Aplicadas ao
Meio Ambiente
Tecnologias aplicadas
ao meio ambiente
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ISBN 978-85-8482-126-6
CDD 620
Sumário
Unidade 1 | Tecnologias para o tratamento da água 7
Seção 1 - Sistema convencional de tratamento de água 11
1.1 Tratamento convencional de esgoto 12
1.1.1 Tratamento primário 14
1.1.2 Tratamento secundário 14
1.1.3 Tratamento terciário 20
1.2 Para remover os materiais sólidos 25
1.3 Tratamento da água para abastecimento humano 29
Seção 2 - Remoção de alguns elementos específicos 31
no tratamento de efluentes
2.1 Para remover ferro e manganês 31
2.2 Para remover orgânicos dissolvidos 34
2.3 Para remover inorgânicos dissolvidos 36
2.3.1 Eletrodiálise 36
2.3.2 Troca Iônica 37
2.3.3 Osmose Reversa 37
2.4 Para remover fósforo 38
2.5 Para remover nitrogênio 40
2.6 Desinfecção 40
Seção 3 - Reatores biológicos 43
3.1 Reatores aeróbios 43
3.2 Reatores anaeróbios 45
Desta forma, este livro foi construído para que você consiga compreender
como a tecnologia pode ser utilizada nas questões ambientais.
Boa leitura!
Unidade 1
TECNOLOGIAS PARA O
TRATAMENTO DA ÁGUA
Kenia Zanetti Molinari
Introdução à unidade
Seção 1
A água utilizada por todos nós ao serem liberadas para o sistema de esgoto
(água do chuveiro, pia, descarga etc) não possuem os padrões de potabilidade
e estão impróprias para o uso porque já foram utilizadas e estão contaminadas
com detergentes, sais, gorduras, dentre outros contaminantes. O que determina o
padrão de qualidade da água são as características físicas e químicas, sua origem
e o uso da água. Por exemplo, os padrões de potabilidade são diferentes dos
padrões da água utilizada para recreação, irrigação, navegação e assim por diante.
Há legislações específicas que determinam os padrões de qualidade para cada
uso. Para água utilizada para consumo está em vigor a Portaria do Ministério da
Saúde nº 2.914 de 12 de dezembro de 2011 (BRASIL, 2011), que “Dispõe sobre os
procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo
humano e seu padrão de potabilidade”. Esta portaria define alguns termos
relacionados à qualidade da água, qual a competência dos Estados, do Município,
da União, bem como o padrão de potabilidade da água, ou seja, para que nossa saúde
não seja afetada, quais elementos químicos podem estar presentes na água e qual a
concentração máxima.
Esta água contaminada deverá passar por uma série de etapas de tratamento
para remoção de determinados poluentes, só assim é possível voltar às
características iniciais da água contaminada. Geralmente há processos similares
para a remoção de certos poluentes existentes na água, porém dependendo da
contaminação é necessário aplicação de técnicas específicas. A técnica mais
utilizada para o tratamento do esgoto e para a água utilizada para abastecimento
humano é o tratamento completo ou convencional. Vejamos um exemplo de
tratamento completo utilizado em estações de tratamento de esgoto de acordo
com Manahan (2001).
∞∞ Substâncias dissolvidas;
8) Após, fazer a correção do odor e do sabor, esta correção é feita por meio
de processos químicos e filtros de carvão ativo.
ativados oferece duas vias para a remoção do material orgânico, como ilustrado
esquematicamente na Figura 1.2. O material orgânico pode ser removido por:
Se a água ainda possuir poluentes alguns tipos de nutrientes que não foram
removidos por essas duas etapas de tratamento, por exemplo, nitrogênio e fósforo
em quantidade, concentração e formas que podem provocar problemas no corpo
receptor, este deverá ser enviado para o nível terciário de tratamento de efluentes.
∞∞ sólidos em suspensão,
No geral, os processos físicos e químicos são apresentados nas tabelas 1.2 e 1.3.
Processo Aplicação
Imhoff e Imhoff (1996) cita alguns processos físicos para a remoção dos
materiais insolúveis, observe o quadro 1.1.
Processo Aplicação
Sulfato de ferro anidro (III) é outro tipo de coagulante e tem suas vantagens,
pois ele funciona em uma ampla faixa de pH, aproximadamente 4 a 11. Sulfato de
ferro hidratado (II) FeSO4.7H2O, também é comumente usado como coagulante.
Ele forma um precipitado gelatinoso de óxido de ferro hidratado (III); para funcionar,
deve ser oxidado a ferro (III) por oxigênio dissolvido na água em um pH superior
a 13,5, ou por cloro, que pode oxidar a ferro (II) em valores mais baixos de Ph
(MANAHAN, 2001).
• Varredura
• Adsorção
Sulfato de alumínio
Cal
Este composto não deve ser usado sozinho, deve-se adicionar cal ao mesmo
tempo para que possa formar um precipitado. Como a formação de hidróxido
férrico é dependente da presença de oxigênio dissolvido, a reação não se
completa com resíduos que não contenham oxigênio. Os efluentes industriais são
praticamente sem oxigênio dissolvido, desta forma, é necessário a aeração destes,
sendo este o grande inconveniente para o uso deste tipo de coagulante. O pH
ótimo de coagulação situa-se entre 8,5 e 11 (MANAHAN, 2001).
Cloreto Férrico
Polieletrólitos
Esses polímeros podem ser aniônicos (carga negativa), catiônicos (carga positiva)
e não iônico (carga neutra). Esta carga poderá ou não neutraliar o potencial das
partículas, ou seja, se os polieletrólitos forem catiônicos, neutralizará as cargas
negativas das partículas anulando o potencial, desta forma podem atuar como
coagulantes primários, contudo os aniônicos e não iônicos não interferem no
potencial zeta, ou seja, não neutralizam as cargas, eles são adsorvidos pela superfície
(MANAHAN, 2001).
Uma desvatagem deste sistema é que nem todos os sólidos serão enviados para
o topo, uma pequena parte ficará disponível no fundo do tanque.
2- A água passa pelas grades e peneiras para remoção dos sólidos grosseiros;
6- Após decantar o material sólido a água passa pelo filtro que pode ser
constituído de carvão, areia e cascalho.
Seção 2
Níveis relativamente altos de ferro insolúvel (III) e manganês (IV) são encontrados
na água como material coloidal, que é difícil de remover. Estes metais podem ser
associados a coloides húmicos ou material orgânico que se liga a óxidos de metal
coloidal estabilizando o coloide. Metais pesados como cobre, cádmio, mercúrio e
chumbo são encontrados em águas residuais a partir de uma série de processos
industriais. Devido à toxicidade de muitos metais pesados, sua concentração deve
ser reduzida a níveis muito baixos antes de sua liberação no corpo de água. O
tratamento com cal para a remoção de cálcio, precipitando metais pesados como
hidróxidos insolúveis, sais básicos, ou com coprecipitado de carbonato de cálcio
ou hidróxido de ferro (III), são processos que removem os elementos cálcio e
magnésio das águas, contudo não remove completamente mercúrio, cádmio
ou chumbo, sendo que para a sua remoção é necessária a adição de sulfeto,
conforme reação a seguir:
∞∞ osmose reversa;
∞∞ troca iônica;
∞∞ filtração;
∞∞ tratamento biológico.
A filtração que também pode ser precedida pelo tratamento com cloreto de
ferro (III) para formar um floco de hidróxido de ferro (III), que é um eficaz em
remover metais. Da mesma forma, alumínio na forma de hidróxido de alumínio
pode ser adicionado antes da filtração com carvão ativado. Entretanto, a forma do
metal tem um forte efeito sobre a eficiência da remoção. Por exemplo, o cromo
(VI) é normalmente mais difícil de remover do que cromo (III) (MANAHAN, 2001).
O carbono pode ser regenerado depois que sua capacidade adsortiva foi
alcançada. O carbono granular pode ser regenerado em um forno por
oxidação da matéria orgânica removendo-a da superfície do carbono.
Há perdas de carbono durante o processo, cerca de 5 a 10% e deve ser
substituído. A capacidade do carbono regenerado é menor do que a do
carbono novo. O carbono em pó não tem o processo de regeneração
bem denifino.
CO2 + C → 2CO
H2O + C → H2 + CO
Manahan (2001) cita que a remoção de matéria orgânica também pode ser
realizada por polímeros adsorventes sintéticos, tais como Amberlite XAD-4 (resina
não iônica) que têm superfícies hidrofóbicas e fortemente atraem compostos
orgânicos insolúveis, como pesticidas clorados. Eles são facilmente regenerados
por solventes como isopropanol e acetona. Em condições de funcionamento
adequado, estes polímeros removem praticamente todos os solutos orgânicos
não iônicos, por exemplo, fenol a 250 mg/L é reduzida a menos de 0,1 mg/L por
tratamento adequado com Amberlite XAD-4. O uso deste adsorvente é mais caro
do que o de carvão ativado.
∞∞ ozônio;
∞∞ peróxido de hidrogênio;
∞∞ permanganato;
A oxidação eletroquímica pode ser possível em alguns casos, pois alta energia
de feixes de elétrons produzidos por aceleradores de elétrons de alta tensão
também têm o potencial para destruir compostos orgânicos (MANAHAN, 2001).
2.3.1 Eletrodiálise
Conforme a água passa por estas mebranas, os íons positivos serão atraídos
pela membrana negativa
(ânions) porque cargas opostas
se atraem e o mesmo ocorrerá
com os íons negativos
que serão atraídos pelas
membranas positivas. Desta
forma os íons dos material
inorgânico ficarão presos nas
membranas deixando a água
livre desses materiais.
A troca iônica ocorre quando íons presentes em uma solução (cátions ou ânions)
são trocados por quantidades equivalentes de outros íons de mesma carga liberados
por um sólido, o trocador de íons. Este trocador é um composto sólido hidratado,
insolúvel em água e pode ser um sal, um ácido ou uma base. As reações de troca
ocorrem na água, entre a resina trocadora de íons e os íons presentes em solução
(MANAHAN, 2001).
H+ -{Cat(s)} + M+ + X- → M+ -{Cat(s)} + H+ + X-
Para Manahan (2001) o processo de osmose ocorre quando a água flui, através de
uma membrana, da solução menos concentrada para a solução mais concentrada,
até que as duas soluções atinjam o equilíbrio. De acordo com a figura 1.4, o nível de
água da solução mais concentrada na columa estará acima em relação à solução
O fósforo é enviado para os efluente por meio dos detergentes e outras fontes
que contribuem com quantidades significativas de fósforo e de íons fosfato. Alguns
resíduos, tais como resíduos de carboidratos a partir de refinarias de açúcar,
são tão deficientes em fósforo sendo necessároi a suplementação para o bom
crescimento dos microrganismos degradantes dos resíduos (MANAHAN, 2001).
2.6 Desinfecção
Esta etapa é uma das mais imporatntes, pois é nela que ocorre a eliminação dos
microrganismos que causam doenças (patógenos) para os seres humanos na água
como as bactérias, vírus e protozoáris.
livre disponível, sendo que o cloro livre é bem eficaz na eliminação de bactérias
(MANAHAN, 2001).
ClO2 + e- → ClO2-
Seção 3
Reatores biológicos
Nesta seção aprenderemos sobre a diferença dos reatores aeróbios dos reatores
anaeróbios.
Freire et al. (2000) explica que algumas desvantagens deste sistema de lodos
ativados são:
A utilização de células
microbianas no tratamento da Saiba mais sobre os biorreatores com
água também é uma alternativa membranas acessando o site:
no processo de tratamento. http://www.lume.ufrgs.br/
As células microbianas se separam handle/10183/26538. Este site
facilmente do corpo líquido e isso direcionará você a uma dissertação
ocorre pelo fato delas se agregarem de mestrado no qual explicará como
o biorreator a membrana pode
na forma de flocos ou biofilmes.
ser utilizado para o tratamento de
Estas células (biofilmes) podem
efluentes.
Freire et al. (2000) cita diversos trabalhos no qual foram utilizados processos
anaeróbios para remoção de compostos clorados como o pentacloroanilina,
hexaclorobenzeno e pentaclorofenol, clorofórmio, tetracloreto de carbono e
tricloroetano, bifenilos policlorados, clorofenóis, compostos alifáticos clorados e
tetracloroetileno e os resultados apresentaram-se satisfatórios no qual todos esses
compostos foram reduzidos a compostos menos tóxicos.
Coluna B
( ) Decantador secundário
( ) Tratamento biológico
( ) Grades e peneiras
( ) Desinfeção
( ) Coagulação/ floculação/ filtração
Referências
ANDRADE NETO, C. O; CAMPOS, J. R. Introdução. In: CAMPOS, J. R. et al. (Coord.).
Tratamento de esgotos sanitários por processo anaeróbio e disposição controlada no
solo. Rio de Janeiro: ABES, 1999.
TECNOLOGIA DE
BIORREMEDIAÇÃO EM AMBIENTES
TERRESTRES E AQUÁTICOS
Jeanedy Maria Pazinato
Introdução à unidade
Seção 1
Eficiência da biorremediação na
recuperação ambiental
Embora outras tecnologias que usam processos químicos e/ou físicos sejam
também indicadas para descontaminar ambientes poluídos, o processo biológico
de biorremediação é uma alternativa ecologicamente mais adequada e eficaz
para o tratamento de ambientes contaminados com moléculas orgânicas de
difícil degradação e metais tóxicos (GAYLARDE; BELLINASO; MANFIO, 2005). A
biorremediação baseia-se na utilização do metabolismo de organismos vivos –
plantas e microrganismos - para descontaminar ambientes afetados por resíduos.
Os microrganismos estão presentes na natureza em todos os locais, nos solos, em
águas subterrâneas e nos oceanos, sendo parte integrante dos processos naturais
de detoxificação.
• Derivados de Petróleo
• Metais Pesados
• Hexaclorobenzeno (HCB)
• Defensivos Agrícolas
poroso, como o solo, obtendo-se como resultado a absorção dessas moléculas via
planta e a lixiviação para as camadas sub-superficiais do solo, podendo atingir as
águas subterrâneas (LEONEL et al., 2010).
O sistema metabólico que se tem mostrado mais apto para biodegradar moléculas
xenobióticas recalcitrantes nos processos de biorremediação é o microbiano, uma
vez que os microrganismos desempenham a tarefa de reciclar a maior parte das
moléculas da biosfera, participando ativamente dos principais ciclos biogeoquímicos
e representando, portanto, o suporte de manutenção da vida na Terra. Esta
extraordinária diversidade metabólica se deve à combinação do potencial genético
individual das diferentes espécies microbianas em um sistema natural, com enzimas
e vias metabólicas que evoluíram ao longo de bilhões de anos, e a capacidade de
metabolismo integrado apresentada pela comunidade microbiana em conjunto:
produtos do metabolismo de um microrganismo pode ser substrato para outros.
Este intenso sinergismo metabólico entre microrganismos, praticamente ausente
nos organismos mais complexos, é de fundamental importância na biodegradação
de xenobióticos (GAYLARDE; BELLINASO; MANFIO, 2005).
presença de várias enzimas que realizam metabolismo para seu crescimento, e dessa
forma conseguem remediar os compostos químicos, reduzir as concentrações
presentes no ambiente ou torná-los menos tóxicos. Dentre os microrganismos
envolvidos neste processo estão presentes representantes dos eucariotos e
procariotos de vários gêneros (LEONEL et al., 2010).
1.3.2 Bioestimulação
A bioestimulação consiste na ativação dos microrganismos nativos por meio da
adição de nutrientes e/ou surfactantes, aumentando sua população, promovendo
o crescimento e, consequentemente, o aumento da atividade metabólica na
degradação de contaminantes. Esta técnica tem por objetivo aumentar o número
ou estimular a atividade dos microrganismos degradadores da comunidade indígena
de uma determinada região contaminada, via adição de receptores de elétrons,
nutrientes ou doadores de elétrons (MOREIRA, 2013). A bioestimulação pode ser
realizada tanto in situ quanto ex situ, entretanto, só é eficaz quando há populações
microbianas degradadoras no substrato (TONINI; REZENDE; GRATIVOL, 2010).
1.3.3 Bioaumentação
A bioaumentação pode ser adotada para melhorar o potencial biodegradador
de um ambiente contaminado com a adição de populações de microrganismos
degradadores autóctones (que já estão presentes naquele ambiente), ou de
1.3.4 Landfarming
Esta é uma das técnicas mais empregadas para a remediação de solos
contaminados por petróleo. É muito utilizada em locais remotos, por não necessitar
o uso intensivo de equipamentos, sendo uma das opções de menor custo. Abaixo,
temos uma boa definição deste conceito:
1.3.6 Compostagem
1.3.7 Biorreatores
Os biorreatores são utilizados para biorremediar líquidos ou suspensões
contaminadas ex situ. Neste método, o material contaminado é transportado até
o biorreator, onde ocorrerá a degradação, e misturado com água formando uma
suspensão, com 5% a 50% de sólidos. Esta suspensão é agitada mecanicamente,
aumentando a aeração, a homogeneidade dos poluentes e sua disponibilidade aos
microrganismos.
O método, também conhecido como pump and treat, é utilizado para o tratamento
de águas subterrâneas, consistindo no seu bombeamento para a superfície,
procedendo-se a descontaminação ex situ e posteriormente, pela reinjeção da
água tratada (BOOPATHY, 2000). Neste caso, a combinação de biorremediação ex
situ pump and treat com remediação in situ (injeção de nutrientes e O2) permite a
biorremediação in situ.
Figura 2.2 - Estação de tratamento de águas subterrâneas, sistema pump and treat
1.4 Fitorremediação
- Temperatura
- pH adequado
- Microrganismos Degradadores
- Surfactantes
Seção 2
∞∞ Biodisponibilidade do contaminante;
Este tipo de prática pode ter diferentes objetivos, ligados direta ou indiretamente
à atividade de degradação desejada (GAYLARDE; BELLINASO; MANFIO, 2005):
consistirá de diversas etapas operacionais, com seus aportes específicos para que
um resultado conclusivo e compreensível seja alcançado.
possa avaliar corretamente o risco de se utilizar essa área para qualquer que seja o
fim (ANDRADE; AUGUSTO; JARDIM, 2010).
(a) Bioaumentação
(b) Bioestimulação
(c) Landfarming
(d) Fitorremediação
Referências
EMBAR, K.; FORGACS, C.; SIVAN, A. The role of indigenous bacterial and
fungal soil populations in the biodegradation of crude oil in a desert soil.
Biodegradation, v. 17, n. 4, p. 369-377, Aug. 2006.
LEONEL, L. V. et al. Biorremediação do solo. Terra & Cultura, v. 26, n. 51, jul./
dez. 2010. Disponível em: <http://www.unifil.br/portal/arquivos/publicacoes/
paginas/2011/3/294_193_publipg.pdf>. Acesso em: 02 dez. 2014.
TECNOLOGIAS PARA
TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO
FINAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Introdução à unidade
Seção 1
Apesar dos possíveis tratamentos para os resíduos sólidos, quer seja da fração
orgânica ou de materiais recicláveis, haverá uma porção que não poderá ser
aproveitada como matéria-prima em outros processos e que será destinada a um
aterro sanitário. Esta fração dos resíduos é denominada de “rejeito”, de acordo com
a Lei federal 12.305/2010. Rejeitos são definidos como:
A destinação dos resíduos sólidos urbanos para aterros sanitários é uma prática
antiga no Brasil. Outras alternativas utilizadas no gerenciamento de resíduos
sólidos urbanos são os lixões e aterros controlados, porém são destinações
ambientalmente inadequadas.
Pelo que foi exposto sobre os aterros sanitários e a incineração, verifica-se que
estas duas formas de destinação final carecem de soluções para estas limitações
ainda existentes.
2012 2013
Tabela 3.2 - Massa coletada de resíduos sólidos urbanos RSU per capita dos
municípios participantes do SNIS-RS 2012, em relação à população urbana,
segundo região geográfica
Norte 160 1, 10
Nordeste 631 1,17
Centro-oeste 223 1,04
Sudeste 1.095 0,96
Sul 835 0,81
Total - 2012 2.944 1,00
Total – 2011 1.991 0,96
Total – 2010 1.465 0,93
Fonte: Brasil (2014, p. 35)
Sabe-se que a produção de RSU é diferente de uma cidade para outra. De acordo
com dados do diagnóstico do manejo de resíduos sólidos urbanos-2012 (BRASIL,
2014), cidades com população de 30.001 até 100 mil habitantes produzem em
média 0,87 kg de RSU por habitante/dia, este valor corresponde a aproximadamente
67% da produção de RSU per capita diária em relação às cidades com população
maior de 1.000.000 milhão de habitantes, que produzem em média 1,29 kg por
habitante a cada dia (BRASIL, 2013), conforme a Tabela 3.3.
Aterro
92 453 161 817 703 2.226
Sanitário
Aterro Con-
111 504 148 645 367 1.775
trolado
Lixão 1.569
247 837 158 206 121
nível econômico, costumes, estilo de vida, o clima etc., o que torna necessária a
caracterização periódica visando a atualização dos dados e a adequação do sistema
de gerenciamento dos resíduos sólidos.
• Compostagem
∞∞ eliminação de patógenos;
• Incineração
Por sua vez, Cheng & Hu (2010 apud SOARES, 2011) apresentam, na Tabela 3.5,
algumas vantagens e desvantagens da destinação de RSU para aterro sanitário,
compostagem e incineração.
- O custo aumenta
significativamente
com o liner;
-Exige grandes extensões
de terra para sua
implementação;
-Não alcança os
objetivos de redução
do volume dos RSU, e
não são convertidos em
recursos reutilizáveis;
-Solução universal -Se mal operado, pode
que permite a trazer problemas
eliminação dos secundários, como a
resíduos finais; poluição das águas
-Custo relativamente subterrâneas, do ar
baixo e de fácil e do solo;
implementação; -Necessita de cuidados
Aterro -Complementa com pós-encerramento e
Sanitário outras opções de tec- existem incógnitas,
nologia o destino dos como: se há restrições a
resíduos; longo prazo do uso do
-O gás de aterro pode solo
ser um subproduto do local;
para o uso doméstico -A localização do aterro
e industrial. pode ser limitada pela
geologia do local e da
estabilidade natural
do subsolo;
-Devido a não aceitação
pública e à limitação de
espaço, os aterros são
muitas vezes longe dos
locais onde os resíduos
são gerados,
aumentando os custos
com o transporte.
-Alto custo de
implementação em com-
-Fornece a redução paração com as outras
substancial de cerca de tecnologias;
90% no volume de RSU; -Necessidade de
-As cinzas provenientes da qualificação e
incineração são estáveis e experiência do operador;
podem ser usadas em ma- -Equipamentos de controle
teriais da construção civil; de poluição são necessári-
-O calor de combustão os para tratar os gases de
Incineração pode ser usado como fon- combustão, e as cinzas
te de energia para geração precisam ser dispostas em
de vapor e/ou eletricidade; aterros;
-Instalações de incineração -Pode em algum tempo
podem ser localizadas desencorajar a
perto de áreas residenciais, reciclagem e a redução de
reduzindo assim os custos resíduos;
de transporte dos RSU; -A percepção pública é,
por vezes, negativa, princi-
palmente com a emissão
de dioxinas e furanos.
-RCC de pavimentação
e de outras obras de
infraestrutura, inclusive
solos provenientes de
terraplanagem;
-RCC de edificações:
Resíduos reutilizáveis componentes cerâmicos,
Classe A ou recicláveis como argamassa e concreto;
agregados. -resíduos de
processo de fabricação e/
ou demolição de peças
pré-moldadas em
concreto, produzidas no
canteiro de obras.
- plásticos;
- papel/papelão;
Resíduos recicláveis - metais;
- vidros;
Classe B para outros destinos.
-produtos oriundos
do gesso;
- madeiras e outros.
- Tintas, solventes e
Resíduos perigosos óleos;
oriundos do processo de -produtos que
construção, ou aqueles contenham amianto
Classe D contaminados oriundos - RCC de clínicas ra-
de demolições, reformas diológicas, instalações
e reparos de determina- industriais e outros.
das instalações.
O Quadro 3.2 apresenta a destinação dos RCC de acordo com a sua classificação:
( ) produz a compostagem
através dos resíduos
orgânicos provenientes
da coleta nos domicílios
(1) Unidade de tratamento de
e dos resíduos orgânicos
resíduos da construção civil
provenientes de mercados
e feiras livres, que são ricos
em matéria orgânica.
( ) consiste basicamente
na seleção preliminar, na
moagem e classificação
granulométrica dos
(3) Unidade de triagem de materiais sólidos, para em
resíduos sólidos mecanizada seguida serem utilizados
em aplicações práticas de
reutilização de materiais de
obras novas, reformas
ou demolições.
A correlação CORRETA é:
a) 1, 2 e 3.
b) 2, 3 e 1.
c) 3, 1 e 2.
d) 2, 1 e 3.
e) 1, 3 e 2.
Seção 2
2.2.1 Classificação
De acordo com a RDC ANVISA nº 306/04 (ANVISA, 2004), os RSS são classificados
em cinco grupos, sendo:
Quadro 3.5 - Exemplos de resíduos de serviços de saúde de acordo com sua classificação
A RDC ANVISA nº 306/04 (ANVISA, 2004) define como geradores de RSS todos
os serviços relacionados com o atendimento à saúde humana ou animal, inclusive os
serviços de assistência domiciliar e de trabalhos de campo; laboratórios analíticos de
produtos para saúde; necrotérios, funerárias e serviços onde se realizem atividades
de embalsamamento (tanatopraxia e somatoconservação); serviços de medicina
legal; drogarias e farmácias, inclusive as de manipulação; estabelecimentos de
ensino e pesquisa na área de saúde; centros de controle de zoonoses; distribuidores
de produtos farmacêuticos, importadores, distribuidores e produtores de materiais
e controles para diagnóstico in vitro; unidades móveis de atendimento à saúde;
serviços de acupuntura; serviços de tatuagem, dentre outros similares.
Ainda de acordo com esta resolução da ANVISA, o tratamento pode ser aplicado
no próprio estabelecimento gerador ou em outro estabelecimento, observadas,
nestes casos, as condições de segurança para o transporte entre o estabelecimento
gerador e o local do tratamento.
• Autoclavagem
• Micro-ondas
• Incineração
O Quadro 3.6 apresenta os tipos de tratamento que devem ser direcionados para
cada grupo de resíduo de serviço de saúde-RSS.
- TRATAMENTO:
- O tratamento dispensado aos rejeitos do Grupo C – Rejeitos
Radioativos é o armazenamento, em condições adequadas, para o
GRUPO decaimento do elemento radioativo. O objetivo do armazenamen-
C to para decaimento é manter o radionuclídeo sob controle até que
sua atividade atinja níveis que permitam liberá-lo como resíduo não
radioativo. Este armazenamento poderá ser realizado na própria sala
de manipulação ou em sala específica, identificada como sala de
decaimento. A escolha do local de armazenamento, considerando as
meia-vidas, as atividades dos elementos radioativos e o volume de
rejeito gerado, deverá estar definida no Plano de Radioproteção da
Instalação, em conformidade com a norma NE – 6.05 da CNEN. Para
serviços com atividade em Medicina Nuclear, observar ainda a norma
NE – 3.05 da CNEN.
- TRATAMENTO
- Os resíduos líquidos provenientes de esgoto e de águas servidas de
estabelecimento de saúde devem ser tratados antes do lançamento
no corpo receptor ou na rede coletora de esgoto, sempre que não
houver sistema de tratamento de esgoto coletivo atendendo a área
I) resíduos domiciliares;
II) resíduos de serviços de saúde;
III) resíduos industriais;
IV) resíduos públicos.
retorno dos resíduos aos seus geradores para que sejam tratados ou
reaproveitados em novos produtos.
a) Autoclavagem;
b) Lixão;
c) Aterro industrial;
d) Reciclagem
e) Incineração.
Referências
ABRELPE - Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos
Especiais. Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil: 2013. Disponível em: <http://
www.abrelpe.org.br/Panorama/panorama2013.pdf>. Acesso em: 24 nov. 2014.
______. Resolução n. 448, de 18 de janeiro de 2012. Altera os arts. 2°, 4°, 5°, 6°, 8°, 9°,
10°, 11° da Resolução n° 307, de 5 de julho de 2002.
ESTUDO
DOS MAMÍFEROS
Carlos Roberto da Silva Júnior
Introdução à unidade
Seção 1
A atmosfera terrestre, segundo Barry e Chorley (2013, p. 1), é “vital à vida terrestre,
envolve a Terra em uma espessura de apenas 1% do raio do planeta”.
Para que ocorra a retenção dos gases, recorremos a alguns mecanismos para
descrever como ocorre este fenômeno. Segundo Álvares Júnior, Lacava e Fernandes
(2002), estes são definidos como:
a) Combustão e combustão.
b) Adsorção e combustão.
c) Impactação e interceptação.
d) Adsorção e impactação.
poluentes em alta atmosfera, que faz com que as emissões de poluentes atinjam
os receptores de forma diluída, não lhes causando nenhum tipo de prejuízo.
Este tipo de metodologia é totalmente dependente das condições topográficas
e meteorológicas locais, ou seja, das condições do local onde a empresa foi
instalada (ÁLVARES JÚNIOR; LACAVA; FERNANDES, 2002).
Seção 2
Métodos diretos de controle de
emissões – gases e partículas
Acadêmico, agora chegamos a um ponto importante da nossa unidade de
ensino, que é estudar os métodos que são mais utilizados para controle de emissões
atmosféricas industriais. Mas, para começar, você recorda o que quer dizer métodos
diretos de controle de emissões?
Métodos diretos visam remover os poluentes que já foram gerados e não podem ser
diretamente lançados na atmosfera. Estes métodos visam à adequação das emissões de
poluentes para o ar às exigências de padrões estipulados por legislações específicas, que
podem ser nacionais, estaduais ou municipais. Para cumprir estas exigências, utilizam-
se equipamentos de controle, colocados diretamente nos pontos de saída das fontes
geradoras e poluidoras. Este controle funciona como se fosse um filtro, onde elimina
os compostos contaminantes através de determinados princípios, como a impactação
inercial, que na verdade ocorre através da transferência do poluente do meio gasoso
para os meios sólido e/ou líquido (ÁLVARES JÚNIOR; LACAVA; FERNANDES, 2002).
Desta forma, quais são os equipamentos que podem ser utilizados para controle
de partículas? E quais são os equipamentos que são utilizados para controle
de gases?
entram conduzidos por uma tubulação em uma cavidade de maior dimensão; com
isso, as partículas presentes no fluxo gasoso perdem sua velocidade, fazendo com que
as partículas maiores sejam atraídas pela gravidade para o fundo desta cavidade, sendo
coletadas em um compartimento abaixo da câmera, enquanto o resto do fluxo gasoso
segue seu caminho. A velocidade do fluxo não pode ser muito alta, para evitar que as
partículas sejam arrastadas durante o processo de sedimentação (ÁLVARES JÚNIOR;
LACAVA; FERNANDES, 2002).
Estas câmaras podem ser utilizadas para pré-coleta de partículas grandes e para a
diminuição ou redução do material particulado nas etapas seguintes do tratamento nos
coletores finais. Como vantagem, estes apresentam baixa perda de carga, apresentam
facilidade de desenvolvimento de projeto, construção e instalação simples, a instalação
e a manutenção são de baixo custo, não apresentam limite de temperatura, exceto
para determinados tipos de materiais específicos (como, por exemplo, material de
construção). Estes equipamentos realizam a coleta a seco, o que permite recuperação
mais fácil do material. Como desvantagem, estes equipamentos necessitam de grande
espaço para instalação e não são eficientes para coleta de partículas menores que 10
μm, material particulado fino (LISBOA; SCHIRMER, 2007).
A indústria utiliza muito os filtros de tecido para servir como método de controle
para emissões gasosas, sendo que o fluxo de ar passa através dos poros existentes na
membrana do tecido, enquanto as partículas ficam retidas no tecido.
2.3.2 Filtros tipo envelope Figura 4.8 - Filtro tipo envelope, utilizado como
filtro de ar em veículos automotores
Depois de termos conhecido os dois principais tipos de filtros que são utilizados
no controle da emissão de poluentes do ar, nos vem uma dúvida na cabeça: quais
são os tipos de membranas (materiais constituintes) que podemos utilizar para esta
finalidade?
Os filtros de tecido são de elevada eficiência para fumos e poeiras acima de 0,1
μm e são usados na captação de poeira de moagem; mistura e pesagem de
grãos de cereais; moagem de pedra, argila e minerais; trituração de cimento;
limpeza por abrasão; pesagem e peneiramento de produtos químicos em
grãos; trabalhos em madeira, curtumes, fertilizantes, papel, etc. Os materiais
tradicionalmente usados na fabricação de pano são o algodão e a lã, desde
que utilizados em temperaturas de até 82 e 90 °C, respectivamente, e para
correntes de ar sem umidade. Para temperaturas mais elevadas e poluentes
agressivos a esses materiais, é necessário recorrer a tecidos de outros materiais,
como poliamida, poliéster, polipropileno, fios metálicos, fibras de vidro etc.
Os filtros com feltro de poliéster duram cerca de três vezes mais do que os de
algodão, e por isto são também muito usados (LISBOA; SCHIRMER, 2007, p. 31).
Fonte: Wikipédia. Disponível em: <http://en.wikipedia.org/wiki/ Fonte: Wikipédia. Disponível em: <http://en.wikipedia.org/wiki/
Wet_scrubber#mediaviewer/File:Venturimistelim.gif>. Wet_scrubber#mediaviewer/File:Packedtowerex.gif>.
Acesso em: 20 out. 2014. Acesso em: 20 out. 2014.
Este sistema apresenta como vantagens: a alta eficiência de coleta, que funciona
para partículas muito pequenas (nestes sistemas não há limitação para o tamanho
das partículas), o custo operacional é relativamente baixo, apresenta poucas partes
susceptíveis de manutenção, opera em altas temperaturas, podendo chegar a até
650 °C. Ele também coleta o material a seco e apresenta vida útil longa. Como
desvantagem, possui investimento inicial muito alto, exige grande área superficial para
sua instalação, principalmente quando operado a altas temperaturas, e pode ocorrer
2.7 Absorvedores
Para que ocorra a absorção dos contaminantes de forma efetiva, atenção deve ser
dada ao contato íntimo entre as fases gasosa e líquida. Desta forma, a solubilidade do
contaminante no material absorvente deve ser avaliada, sendo que se os contaminantes
possuírem altas taxas de solubilidade em água, consequentemente será possível obter
altas taxas de absorção. Um problema deste sistema é que ele necessita de um tratamento
secundário, uma vez que apenas transfere o contaminante da fase gasosa para a fase
líquida (LISBOA, SCHIRMER, 2007).
Este tipo de método de controle é indicado para tratar fluxos gasosos que contenham
gases ácidos, como ácido clorídrico (HCl), ácido fluorídrico (HF) e sulfúrico (H2SO4),
misturas gasosas que apresentem gás cloro em sua constituição (Cl2), ou amônio
(NH3), ou dióxido de enxofre (SO2) e/ou hidrocarbonetos leves (HC) (ÁLVARES JÚNIOR;
LACAVA; FERNANDES, 2002).
∞∞ Ser economicamente viável diante dos demais parâmetros que são necessários
para construção da torre de enchimento.
A Figura 4.14 apresenta uma ilustração de um sistema que apresenta como princípio
básico de funcionamento a absorção de poluente.
2.8 Adsorvedores
2.9 Incineradores
Os grandes problemas deste sistema estão relacionados ao alto custo dos materiais
que são utilizados como catalisadores e à perda da eficiência ao longo do tempo.
2.10 Biofiltração
Figura 4.17 - Sistema de biofiltração Figura 4.18 - Campo utilizado para realização do
sistema de biofiltração
Fonte: Wikipédia. Disponível em: <http://en.wikipedia.org/wiki/ Fonte: Wikipédia. Disponível em: <http://en.wikipedia.org/
Constructed_wetland#mediaviewer/File:Final_tags.jpg>. Acesso wiki/Constructed_wetland#mediaviewer/File:Newly_planted_
em: 20 out. 2014. constructed_wetland.jpg>. Acesso em: 20 out. 2014.
Acadêmico!
Chegamos ao final de mais uma unidade de ensino do nosso
curso, neste ponto já passamos por todos os tópicos que são
relevantes para controle de poluentes atmosféricos.
Nosso estudo foi dividido em duas seções, sendo a primeira
específica para abordar os tópicos iniciais do estudo de controle
de poluição do ar, seguido de uma breve descrição de como
são feitas as medidas de controle indireto de poluentes do ar.
Nesta seção abordamos os conceitos de emissão, dispersão e
deposição atmosférica, recordamos um pouco dos principais
poluentes emitidos por fontes naturais e antrópicas, fizemos
a classificação das medidas de acordo com os princípios de
correção e prevenção, fizemos a classificação dos poluentes
de acordo com o tipo de equipamento utilizado e definimos
os mecanismos de coleta e/ou retenção dos poluentes nos
diferentes tipos de equipamentos.
Na segunda seção, focamos nosso trabalho no estudo dos
diferentes tipos de equipamentos utilizados para controle
de poluição do ar. Iniciamos nosso estudo falando sobre os
equipamentos utilizados para controle de material particulado,
falamos sobre os sistemas de sedimentação gravitacional, os
do tipo ciclone, os precipitadores eletrostáticos e os lavadores
de gases, partículas e vapores; em seguida, falamos sobre os
métodos utilizados para controle de gases, em específico,
trabalhamos com os sistemas absorvedores, com os
condensadores, com os adsorvedores e com os sistemas de
incineração. Por fim, conhecemos o sistema de biofiltração.
a Incinerador Industrial.
b. Câmara de sedimentação.
c. Precipitador eletrostático.
d. Sistema multiciclones.
e. Condensadores industriais.
Referências
BAIRD, C.; CANN, M. Química ambiental. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2011.