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CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA INICIANTES

Lei 8.112/90 para iniciantes


(Aula nº 4 – 13/01/11)

Prezado(a) aluno(a),

Nessa quarta e última aula serão abordados os seguintes temas da Lei


8.112/90:

• Processo administrativo disciplinar (art. 143 a 182);

• Seguridade Social do Servidor (art. 183 a 230);

Esses dois tópicos são pouco cobrados em concursos, daí o reduzido número
de questões de concursos e a menor extensão da aula.

Desejo-lhe uma ótima aula!

Armando Mercadante

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PONTO 16
Processo Administrativo disciplinar

A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a


promover a sua apuração imediata, mediante sindicância ou processo
administrativo disciplinar, sob pena de responsabilidade funcional.

Sindicância:

O prazo para conclusão da sindicância não excederá 30 (trinta) dias,


podendo ser prorrogado por igual período, a critério da autoridade superior.

São conseqüências da sindicância:

• arquivamento do processo;

• aplicação de penalidade de advertência ou suspensão de até 30


(trinta) dias;

• instauração de processo disciplinar.

Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a imposição de penalidade


de suspensão por mais de 30 (trinta) dias, de demissão, cassação de
aposentadoria ou disponibilidade, ou destituição de cargo em comissão,
será obrigatória a instauração de processo disciplinar.

Do Afastamento Preventivo

Como o objetivo de evitar que o servidor influencie na apuração da


irregularidade, a autoridade instauradora do processo disciplinar poderá
determinar o seu afastamento do exercício do cargo, pelo prazo de até 60
(sessenta) dias, sem prejuízo da remuneração, podendo esse prazo ser
prorrogado por igual período.

(BACEN/PROCURADOR/2009/CESPE) Como medida cautelar e a fim de que o servidor


acusado não venha a influir na apuração da irregularidade, a autoridade instauradora do
PAD poderá determinar o seu afastamento do exercício do cargo, pelo prazo de até
sessenta dias, com prejuízo da remuneração. (Gabarito: errada)

Processo Disciplinar

O processo disciplinar é o instrumento destinado a apurar responsabilidade


de servidor por infração praticada no exercício de suas atribuições, ou que
tenha relação com as atribuições do cargo em que se encontre investido.

O processo disciplinar será conduzido por comissão composta de três


servidores estáveis designados pela autoridade competente, que indicará,
dentre eles, o seu presidente, que deverá ser ocupante de cargo efetivo

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superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual ou superior ao


do indiciado.

Atenção para a diferença quanto ao número de membros da comissão no rito


sumário: 2 servidores estáveis.

(TCU/AUDITOR/2007/CESPE) Nos termos da lei federal que dispõe sobre o regime


jurídico dos servidores públicos civis da União, a apuração da responsabilidade do
servidor pela infração praticada no exercício de suas atribuições deve ser feita por meio
de processo disciplinar em que sejam garantidos ao servidor o contraditório e a ampla
defesa. O processo deve ser conduzido por uma comissão composta de três servidores
estáveis designados pela autoridade competente, entre eles, o presidente da comissão,
que deverá ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível de
escolaridade igual ou superior ao do indiciado. O prazo para conclusão do processo não
deve exceder sessenta dias, admitida a sua prorrogação por igual prazo. (Gabarito:
correta)

O servidor que responder a processo disciplinar só poderá ser exonerado


a pedido, ou aposentado voluntariamente, após a conclusão do processo
e o cumprimento da penalidade, acaso aplicada.

A Comissão terá como secretário servidor designado pelo seu presidente,


podendo a indicação recair em um de seus membros.

Como decorrência do princípio da impessoalidade, não poderá participar


de comissão de sindicância ou de inquérito, cônjuge, companheiro ou
parente do acusado, consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até
o terceiro grau.

A Comissão exercerá suas atividades com independência e imparcialidade,


assegurado o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse
da administração. As reuniões e as audiências das comissões terão caráter
reservado.

São fases do processo disciplinar:

• instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão;

• inquérito administrativo, que compreende instrução, defesa e relatório;

• julgamento.

O prazo para a conclusão do processo disciplinar não excederá 60


(sessenta) dias, contados da data de publicação do ato que constituir a
comissão, admitida a sua prorrogação por igual prazo, quando as
circunstâncias o exigirem.

Cuidado aqui com a diferença de prazos relativamente ao processo no rito


sumário. Enquanto no sumário o prazo é de 30 dias, prorrogável por até 15
dias, aqui são 60 mais 60.

Vamos analisar cada uma dessas fases ...

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- Inquérito

O inquérito administrativo obedecerá ao princípio do contraditório e da ampla


defesa.

Na hipótese de o relatório da sindicância concluir que a infração é


caracterizada como ilícito penal, a autoridade competente encaminhará
cópia dos autos ao Ministério Público.

Nessa fase, a comissão promoverá a tomada de depoimentos, acareações,


investigações e diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova.

É assegurado ao servidor o direito de acompanhar o processo pessoalmente


ou por intermédio de procurador, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir
provas e contraprovas e formular quesitos, quando se tratar de prova pericial.

As testemunhas serão intimadas a depor mediante mandado expedido pelo


presidente da comissão.

Se a testemunha for servidor público, a expedição do mandado será


imediatamente comunicada ao chefe da repartição onde serve, com a
indicação do dia e hora marcados para inquirição.

As testemunhas serão inquiridas separadamente.

O depoimento será prestado oralmente e reduzido a termo, não sendo


lícito à testemunha trazê-lo por escrito.

Na hipótese de depoimentos contraditórios ou que se infirmem, proceder-se-á à


acareação entre os depoentes.

Concluída a inquirição das testemunhas, a comissão promoverá o


interrogatório do acusado.

No caso de mais de um acusado, cada um deles será ouvido separadamente, e


sempre que divergirem em suas declarações sobre fatos ou circunstâncias,
será promovida a acareação entre eles.

O procurador do acusado poderá assistir ao interrogatório, bem como à


inquirição das testemunhas, sendo-lhe vedado interferir nas perguntas e
respostas, sendo-lhe facultado, porém, reinquiri-las por intermédio do
presidente da comissão.

Tipificada a infração disciplinar, será formulada a indiciação do servidor, com


a especificação dos fatos a ele imputados e das respectivas provas.

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O indiciado será citado por mandado expedido pelo presidente da comissão


para apresentar defesa escrita, no prazo de 10 (dez) dias.

Se o indiciado recusar-se a assinar a cópia da citação, o prazo para defesa


contar-se-á da data declarada, em termo próprio, pelo membro da comissão
que fez a citação, com a assinatura de (2) duas testemunhas.

Havendo dois ou mais indiciados, o prazo será comum e de 20 (vinte) dias.

O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo dobro, para diligências


reputadas indispensáveis.

Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido, será citado por


edital, publicado no Diário Oficial da União e em jornal de grande circulação na
localidade do último domicílio conhecido, hipótese que o prazo para defesa
será de 15 (quinze) dias a partir da última publicação do edital.

Considerar-se-á revel o indiciado que, regularmente citado, não apresentar


defesa no prazo legal.

A revelia será declarada, por termo, nos autos do processo e devolverá o prazo
para a defesa.

Para defender o indiciado revel, a autoridade instauradora do processo


designará um servidor como defensor dativo, que deverá ser ocupante de
cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual ou
superior ao do indiciado.

Apreciada a defesa, a comissão elaborará relatório concluindo pela


inocência ou à responsabilidade do servidor.

Reconhecida a responsabilidade do servidor, a comissão indicará o dispositivo


legal ou regulamentar transgredido, bem como as circunstâncias agravantes ou
atenuantes.

O processo disciplinar, com o relatório da comissão, será remetido à autoridade


que determinou a sua instauração para julgamento.

- Julgamento

No prazo de 20 (vinte) dias, contados do recebimento do processo, a


autoridade julgadora proferirá a sua decisão. O julgamento fora do prazo legal
não implica nulidade do processo.

Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada da autoridade instauradora do


processo, este será encaminhado à autoridade competente, que decidirá em
igual prazo.

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Havendo mais de um indiciado e diversidade de sanções, o julgamento caberá


à autoridade competente para a imposição da pena mais grave.

Reconhecida pela comissão a inocência do servidor, a autoridade instauradora


do processo determinará o seu arquivamento, salvo se flagrantemente
contrária à prova dos autos.

O julgamento acatará o relatório da comissão, salvo quando contrário às


provas dos autos.

Quando o relatório da comissão contrariar as provas dos autos, a autoridade


julgadora poderá, motivadamente, agravar a penalidade proposta, abrandá-la
ou isentar o servidor de responsabilidade.

Revisão do Processo

Iniciativa: a pedido ou de ofício. Em caso de falecimento, ausência ou


desaparecimento do servidor, qualquer pessoa da família poderá requerer a
revisão do processo. No caso de incapacidade mental do servidor, a revisão
será requerida pelo respectivo curador.

Prazo para o pedido de revisão: a qualquer tempo.

Requisitos: fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a


inocência do punido ou a inadequação da penalidade aplicada. A simples
alegação de injustiça da penalidade não constitui fundamento para a revisão.

Ônus da prova: cabe ao requerente.

Procedimento: o requerimento de revisão do processo será dirigido ao


Ministro de Estado ou autoridade equivalente, que, se autorizar a revisão,
encaminhará o pedido ao dirigente do órgão ou entidade onde se originou o
processo disciplinar.

Prazo para conclusão: a comissão revisora terá 60 (sessenta) dias.

Julgamento: caberá à autoridade que aplicou a penalidade julgar no prazo de


20 (vinte) dias, contados do recebimento do processo, no curso do qual a
autoridade julgadora poderá determinar diligências.

Julgada procedente a revisão, será declarada sem efeito a penalidade


aplicada, restabelecendo-se todos os direitos do servidor, exceto em relação à
destituição do cargo em comissão, que será convertida em exoneração.

Reformatio in pejus: ou seja, da decisão da revisão do processo agravar a


situação do servidor. Não se admite!

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Nesse ponto há diferença entre o pedido de revisão, que não admite a


reforma para pior, e o recurso administrativo, que admite essa reforma em
caso de ilegalidade na decisão recorrida.

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PONTO 17
Seguridade Social do Servidor

A União manterá Plano de Seguridade Social com o objetivo de dar cobertura


aos riscos a que estão sujeitos o servidor e sua família.

Referido plano compreende um conjunto de benefícios e ações que atendam


às seguintes finalidades:

• garantir meios de subsistência nos eventos de doença, invalidez, velhice,


acidente em serviço, inatividade, falecimento e reclusão;

• proteção à maternidade, à adoção e à paternidade;

• assistência à saúde.

Os benefícios do Plano de Seguridade Social do servidor compreendem:

QUANTO AO SERVIDOR QUANTO AO DEPENDENTE

• aposentadoria; • pensão vitalícia e temporária;

• auxílio-natalidade; • auxílio-funeral;

• salário-família; • auxílio-reclusão;

• licença para tratamento de saúde; • assistência à saúde.

• licença à gestante, à adotante e


licença-paternidade;

• licença por acidente em serviço;

• assistência à saúde;

• garantia de condições individuais e


ambientais de trabalho satisfatórias;

* O recebimento indevido de benefícios havidos por fraude, dolo ou má-fé, implicará devolução
ao Poder Público do total auferido, sem prejuízo da ação penal cabível.

O servidor que ocupe exclusivamente cargo em comissão, ou seja, que não


possua vínculo com cargo ou emprego efetivo na administração pública direta,
autárquica e fundacional, não terá direito aos benefícios do Plano de
Seguridade Social, com exceção da assistência à saúde.

O servidor afastado ou licenciado do cargo efetivo, sem direito à


remuneração, inclusive para servir em organismo oficial internacional do
qual o Brasil seja membro efetivo ou com o qual coopere, ainda que
contribua para regime de previdência social no exterior, terá suspenso o seu
vínculo com o regime do Plano de Seguridade Social do Servidor Público

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enquanto durar o afastamento ou a licença, não lhes assistindo, neste período,


os benefícios do mencionado regime de previdência.

Caso o servidor licenciado ou afastado sem remuneração pretenda manter


o vínculo com regime do Plano de Seguridade Social do Servidor Público
deve proceder o recolhimento mensal da respectiva contribuição, no
mesmo percentual devido pelos servidores em atividade, incidente sobre a
remuneração total do cargo a que faz jus no exercício de suas atribuições,
computando-se, para esse efeito, inclusive, as vantagens pessoais.

- Aposentadoria:

Ao invés de você fazer uma leitura do art. 186 da Lei 8.112/90, estude as
modalidades de aposentadoria pelo art. 40 da Constituição Federal.

De início, é importante que você faça a seguinte distinção:

I) Servidor estatutário: aposentadoria observa as regras do art. 40 da CF


(Regime próprio de previdência);

II) Empregado público (celetista): aposentadoria observa as regras do art.


201 da CF (Regime geral de previdência).

Geralmente esse artigo 201 é mais cobrado em concursos para bacharéis em


Direito. Já o art. 40 está presente em todos os concursos cujo programa
abranja Direito Administrativo ou Constitucional.

Portanto, nosso foco será a aposentadoria dos servidores estatutários, como


exemplo, os servidores civis federais vinculados à Lei 8.112/90.

Veja o que diz o caput do art. 40:

Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é
assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário,
mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e
inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio
financeiro e atuarial e o disposto neste artigo.

Fiz questão de destacar para você negritando e sublinhando quais são os


pontos cobrados pelas bancas relativamente a esse dispositivo.

Vamos à sua análise...

Quanto aos regimes de previdência, você pode separá-los em dois grupos:


Previdência Geral (INSS) e Previdências Próprias (em regra, dos servidores
estatutários).

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No que interessa ao nosso estudo, a CF já definiu quais agentes públicos estão


vinculados ao regime geral: servidor ocupante exclusivamente de cargo em
comissão, temporário e empregado público (art. 40, §13, CF).

Atenção para o “exclusivamente” ocupante de cargo em comissão. Se você já é


servidor estatutário e passa a ocupar um cargo em comissão, permanecerá
vinculado ao regime próprio de previdência. Porém, se você não é servidor
público e é nomeado para um cargo em comissão, nessa situação você será
um ocupante exclusivamente de cargo em comissão. De acordo com a CF,
contribuirá para a previdência geral (INSS).

Quanto aos servidores vinculados ao regime próprio, veja que o art. 40 faz
referência aos titulares de cargos efetivos, ou seja, os concursados
estatutários.

Além disso, referido dispositivo permite que cada ente federativo (União,
Estados, DF e Municípios) tenha a sua previdência própria, que abrangerá
suas autarquias (ex. INSS) e fundações públicas de direito público (ex. FUNAI).
Contudo, é importante saber que cada ente só poderá gerir uma previdência
própria, conforme determina o art. 40 em seu §20: “fica vedada a existência de
mais de um regime próprio de previdência social para os servidores titulares de
cargos efetivos, e de mais de uma unidade gestora do respectivo regime em
cada ente estatal...”.

As principais características do regime próprio estão destacadas no artigo:


contributivo e solidário.

Outra informação importante para a prova é saber quem contribui para a


previdência própria. O art. 40 também traz esses dados: respectivo ente
público, os servidores ativos e inativos e os pensionistas.

No regime próprio de previdência existem três modalidades de aposentadoria


(art. 40 CF): invalidez permanente, compulsória e voluntária. Veja o que
interessa para a prova sobre cada uma delas:

a) Invalidez permanente:

A regra é que os proventos sejam proporcionais ao tempo de contribuição


(cuidado com pegadinha de prova substituindo a expressão “tempo de
contribuição” por “tempo de serviço”), exceto se a invalidez decorreu de
acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa
ou incurável.

(FUNIVERSA/2009/PC-DF/DELEGADO DE POLÍCIA) Um delegado de polícia do


Distrito Federal aposentado por invalidez permanente, em virtude de ferimentos
sofridos em acidente automobilístico durante viagem de férias, tem direito a
aposentadoria com proventos integrais. (errada)

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b) Compulsoriamente:

Quando o servidor completar 70 (setenta) anos de idade, com proventos


proporcionais ao tempo de contribuição. Já fiz a observação da pegadinha
da troca de “contribuição” por “serviço”. O tempo de serviço é considerado
para fins de disponibilidade (dê uma lida no art. 40, §9º da CF).
(FUNIVERSA - 2009 - PC-DF - Delegado de Polícia - Objetiva) Diversamente dos
servidores públicos em geral, os servidores que exercem atividade policial são
compulsoriamente aposentados aos 60 anos de idade, com proventos integrais.

c) Voluntariamente:

Nessa modalidade o servidor poderá aposentar-se por idade ou por idade +


tempo de contribuição. Em qualquer das hipóteses, será preciso comprovar
tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço público e de
cinco anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria.

(CESPE - 2010 - ABIN - OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA - ÁREA DE DIREITO)


Aplica-se à aposentadoria compulsória o requisito de tempo mínimo de dez anos de
efetivo exercício no serviço público.

Para aposentar somente por idade, quando os proventos serão


proporcionais ao tempo de contribuição, exige-se, além dos requisitos acima,
que o servidor tenha 65 anos e a servidora 60 anos de idade.

Já por idade + tempo de contribuição, com proventos integrais (importante


destacar que a EC 41/03 pôs fim à aposentadoria integral), veja o quadro:

Idade Contribuição
Homem 60 35
Mulher 55 30

(FUNIVERSA - 2009 - PC-DF - Delegado de Polícia - Objetiva) A idade mínima para a


aposentadoria voluntária de mulheres, com direito a proventos integrais, é de 60 anos de
idade.

Nessa última hipótese, e somente nela, os requisitos de idade e de tempo de


contribuição serão reduzidos em cinco anos para o professor que
comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de
magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio.

Idade Contribuição
Homem 55 30
Mulher 50 25

É justamente nesse ponto que se manifestou o STF dando ensejo à seguinte


questão do CESPE, cuja assertiva está errada:

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(TRF5/Magistratura/2009/CESPE) As funções de magistério limitam-se ao trabalho em


sala de aula, excluindo-se as demais atividades extraclasse, de forma que, para efeitos
de aposentadoria especial de professores, não se computa o tempo de serviço prestado
em atividades como as de coordenação e assessoramento pedagógico.

O Supremo Tribunal Federal decidiu no julgamento da ADI 3772/DF


(29.10.2008) que “I - a função de magistério não se circunscreve apenas ao
trabalho em sala de aula, abrangendo também a preparação de aulas, a
correção de provas, o atendimento aos pais e alunos, a coordenação e o
assessoramento pedagógico e, ainda, a direção de unidade escolar; II - As
funções de direção, coordenação e assessoramento pedagógico integram a
carreira do magistério, desde que exercidos, em estabelecimentos de ensino
básico, por professores de carreira, excluídos os especialistas em educação,
fazendo jus aqueles que as desempenham ao regime especial de
aposentadoria estabelecido nos arts. 40, § 5º, e 201, § 8º, da Constituição
Federal”.

Dessa forma, nos termos da jurisprudência do STF, para fins de aposentadoria


especial, computa-se o tempo no exercício das funções de magistério na
educação infantil e no ensino fundamental e médio, bem como nas
funções de direção, coordenação e assessoramento pedagógico
exercidos por professor de carreira em estabelecimentos de ensino
básico.

Retomando à Lei 8.112/90 (art. 187 ao 195), extraímos as seguintes regras:

• A aposentadoria compulsória será automática, e declarada por ato, com


vigência a partir do dia imediato àquele em que o servidor atingir a idade-
limite de permanência no serviço ativo.

• A aposentadoria voluntária ou por invalidez vigorará a partir da data da


publicação do respectivo ato.

• A aposentadoria por invalidez será precedida de licença para tratamento de


saúde, por período não excedente a 24 (vinte e quatro) meses.

• Expirado o período de licença e não estando em condições de reassumir o


cargo ou de ser readaptado, o servidor será aposentado.

• O lapso de tempo compreendido entre o término da licença e a publicação


do ato da aposentadoria será considerado como de prorrogação da licença.

• A critério da Administração, o servidor em licença para tratamento de saúde


ou aposentado por invalidez poderá ser convocado a qualquer momento,
para avaliação das condições que ensejaram o afastamento ou a
aposentadoria.

• São estendidos aos inativos quaisquer benefícios ou vantagens


posteriormente concedidas aos servidores em atividade, inclusive quando

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decorrentes de transformação ou reclassificação do cargo ou função em que


se deu a aposentadoria.

- Auxílio-natalidade

É devido à servidora pelo nascimento de filho em quantia equivalente ao


menor vencimento do serviço público, inclusive no caso de natimorto.

Sendo múltiplo o parto, o valor será acrescido de 50% (cinqüenta por cento),
por nascituro.

(CESPE/2010/DPU/ANALISTA ADMINISTRATIVO) Servidora pública que tiver parto


múltiplo receberá auxílio-natalidade equivalente a um vencimento por nascituro. (errada)

O auxílio será pago ao cônjuge ou companheiro servidor público, quando a


parturiente não for servidora.

- Salário-Família

É devido ao servidor ativo ou ao inativo, por dependente econômico.

Consideram-se dependentes econômicos para efeito de percepção do salário-


família:

• o cônjuge ou companheiro;

• os filhos, inclusive os enteados até 21 (vinte e um) anos de idade ou, se


estudante, até 24 (vinte e quatro) anos ou, se inválido, de qualquer idade;

• o menor de 21 (vinte e um) anos que, mediante autorização judicial, viver na


companhia e às expensas do servidor, ou do inativo;

• a mãe e o pai sem economia própria.

Importante atentar para o fato que não se configura a dependência


econômica quando o beneficiário do salário-família receber rendimento do
trabalho ou de qualquer outra fonte, inclusive pensão ou provento da
aposentadoria, em valor igual ou superior ao salário-mínimo.

Quando o pai e mãe forem servidores públicos e viverem em comum, o


salário-família será pago a um deles; quando separados, será pago a um e
outro, de acordo com a distribuição dos dependentes.

Ao pai e à mãe equiparam-se o padrasto, a madrasta e, na falta destes, os


representantes legais dos incapazes.

O salário-família não está sujeito a qualquer tributo, nem servirá de base para
qualquer contribuição, inclusive para a Previdência Social.

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Se o servidor afastar-se do seu cargo efetivo, sem remuneração, não será


suspenso o pagamento do salário-família.

- Licença para Tratamento de Saúde:

Será concedida ao servidor, a pedido ou de ofício, com base em perícia


médica oficial, sem prejuízo da remuneração a que fizer jus.

(CESPE/2010/DPU/ANALISTA ADMINISTRATIVO) Com base em perícia oficial, a


administração pode conceder, tanto de ofício quanto a pedido, licença para tratamento
de saúde a servidor público. (correta)

Se a licença for inferior a 15 (quinze) dias, dentro de 1 (um) ano, poderá ser
dispensada de perícia oficial.

Caso a licença exceda o prazo de 120 (cento e vinte) dias no período de 12


(doze) meses a contar do primeiro dia de afastamento, deverá ser concedida
mediante avaliação por junta médica oficial.

Sempre que necessário, a inspeção médica será realizada na residência do


servidor ou no estabelecimento hospitalar onde se encontrar internado.

- Licença à gestante:

Será concedida licença à servidora gestante por 120 (cento e vinte) dias
consecutivos, sem prejuízo da remuneração.

O Decreto 6.690/08 permitiu a prorrogação da licença por até 60 dias, que


deve ser requerida até o final do primeiro mês após o parto.

A licença poderá ter início no primeiro dia do nono mês de gestação, salvo
antecipação por prescrição médica.

No caso de nascimento prematuro, a licença terá início a partir do parto.

No caso de natimorto, decorridos 30 (trinta) dias do evento, a servidora será


submetida a exame médico, e se julgada apta, reassumirá o exercício.

No caso de aborto atestado por médico oficial, a servidora terá direito a 30


(trinta) dias de repouso remunerado.

Para amamentar o próprio filho, até a idade de seis meses, a servidora


lactante terá direito, durante a jornada de trabalho, a uma hora de descanso,
que poderá ser parcelada em dois períodos de meia hora.

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- Licença à adotante:

À servidora que adotar ou obtiver guarda judicial de criança serão


concedidos:

Idade da criança Dias de licença Prorrogação*


Até 1 ano 90 dias 45 dias
Mais de 1 ano 30 dias 15 dias
* Prevista no Decreto 6.690/08

- Licença à paternidade:

Pelo nascimento ou adoção de filhos, o servidor terá direito à licença-


paternidade de 5 (cinco) dias consecutivos.

- Pensão

Em que pese o art. 215 da Lei 8.112/90 determinar que a pensão por morte do
servidor corresponde à respectiva remuneração ou provento, deve-se aplicar a
regra prevista no art. 40, §7º, CF:

§ 7º Lei disporá sobre a concessão do benefício de pensão por morte, que será
igual:
I - ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido, até o limite máximo
estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que
trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este
limite, caso aposentado à data do óbito; ou
II - ao valor da totalidade da remuneração do servidor no cargo efetivo em que
se deu o falecimento, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do
regime geral de previdência social de que trata o art. 201, acrescido de setenta
por cento da parcela excedente a este limite, caso em atividade na data do óbito.

A pensão poderá ser requerida a qualquer tempo, prescrevendo tão-somente


as prestações exigíveis há mais de 5 (cinco) anos.

Não faz jus à pensão o beneficiário condenado pela prática de crime doloso de
que tenha resultado a morte do servidor.

As pensões distinguem-se, quanto à natureza, em vitalícias e temporárias.

Pensão vitalícia Pensão temporária

É composta de cota ou cotas permanentes, É composta de cota ou cotas que podem se


que somente se extinguem ou revertem com extinguir ou reverter por motivo de morte,
a morte de seus beneficiários. cessação de invalidez ou maioridade do
beneficiário.

BENEFICIÁRIOS

• cônjuge; • filhos, ou enteados, até 21 (vinte e um)


anos de idade, ou, se inválidos, enquanto

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• pessoa desquitada, separada durar a invalidez;


judicialmente ou divorciada, com
percepção de pensão alimentícia; • menor sob guarda ou tutela até 21 (vinte
e um) anos de idade;
• companheiro ou companheira designado
que comprove união estável como • irmão órfão, até 21 (vinte e um) anos, e o
entidade familiar; inválido, enquanto durar a invalidez, que
comprovem dependência econômica do
• mãe e pai que comprovem dependência servidor;
econômica do servidor;
• pessoa designada que viva na
• pessoa designada, maior de 60 (sessenta) dependência econômica do servidor, até
anos e a pessoa portadora de deficiência, 21 (vinte e um) anos, ou, se inválida,
que vivam sob a dependência econômica enquanto durar a invalidez.
do servidor.

Outras regras também devem ser observadas:

• A concessão de pensão vitalícia para cônjuge ou companheiro exclui desse


direito os demais beneficiários.

• A concessão da pensão temporária para filhos, ou enteados, até 21 (vinte e


um) anos de idade, ou, se inválidos, enquanto durar a invalidez, e menor sob
guarda ou tutela até 21 (vinte e um) anos de idade, exclui desse direito os
demais beneficiários.

• A pensão será concedida integralmente ao titular da pensão vitalícia, exceto


se existirem beneficiários da pensão temporária.

• Ocorrendo habilitação de vários titulares à pensão vitalícia, o seu valor será


distribuído em partes iguais entre os beneficiários habilitados.

• Ocorrendo habilitação às pensões vitalícia e temporária, metade do valor


caberá ao titular ou titulares da pensão vitalícia, sendo a outra metade
rateada em partes iguais, entre os titulares da pensão temporária.

• Ocorrendo habilitação somente à pensão temporária, o valor integral da


pensão será rateado, em partes iguais, entre os que se habilitarem.

Será concedida pensão provisória por morte presumida do servidor, nos


seguintes casos:

• declaração de ausência, pela autoridade judiciária competente;

• desaparecimento em desabamento, inundação, incêndio ou acidente não


caracterizado como em serviço;

• desaparecimento no desempenho das atribuições do cargo ou em missão de


segurança.

A pensão provisória será transformada em vitalícia ou temporária, conforme o


caso, decorridos 5 (cinco) anos de sua vigência, ressalvado o eventual

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reaparecimento do servidor, hipótese em que o benefício será


automaticamente cancelado.

Acarreta perda da qualidade de beneficiário:

• seu falecimento;

• anulação do casamento, quando a decisão ocorrer após a concessão da


pensão ao cônjuge;

• cessação de invalidez, em se tratando de beneficiário inválido;

• maioridade de filho, irmão órfão ou pessoa designada, aos 21 (vinte e um)


anos de idade;

• acumulação de pensão na forma do art. 225, cujo texto é “Ressalvado o


direito de opção, é vedada a percepção cumulativa de mais de duas
pensões”;

• renúncia expressa.

Por morte ou perda da qualidade de beneficiário, a respectiva cota reverterá:

• da pensão vitalícia para os remanescentes desta pensão ou para os titulares


da pensão temporária, se não houver pensionista remanescente da pensão
vitalícia;

• da pensão temporária para os co-beneficiários ou, na falta destes, para o


beneficiário da pensão vitalícia.

As pensões serão automaticamente atualizadas na mesma data e na mesma


proporção dos reajustes dos vencimentos dos servidores.

- Licença por Acidente em Serviço:

O servidor acidentado em serviço fará jus licença com remuneração


integral.

Configura acidente em serviço o dano físico ou mental sofrido pelo servidor


que se relacione, mediata ou imediatamente, com as atribuições do cargo
exercido.

Equipara-se ao acidente em serviço o dano:

• decorrente de agressão sofrida e não provocada pelo servidor no


exercício do cargo;

• sofrido no percurso da residência para o trabalho e vice-versa.

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Se o servidor acidentado em serviço necessitar de tratamento especializado,


poderá ser tratado em instituição privada à conta de recursos públicos.

A prova do acidente será feita no prazo de 10 (dez) dias, prorrogável


quando as circunstâncias o exigirem.

- Auxílio-Funeral:

É devido à família do servidor falecido na atividade ou aposentado, em


valor equivalente a um mês da remuneração ou provento.

No caso de acumulação legal de cargos, o auxílio será pago somente em razão


do cargo de maior remuneração.

O auxílio será pago no prazo de 48 horas, por meio de procedimento


sumaríssimo, à pessoa da família ou terceiro que houver custeado o funeral.

Em caso de falecimento de servidor em serviço fora do local de trabalho,


inclusive no exterior, as despesas de transporte do corpo correrão à conta de
recursos da União, autarquia ou fundação pública.

- Auxílio-Reclusão

É devido à família do servidor ativo:

I - dois terços da remuneração, quando afastado por motivo de prisão, em


flagrante ou preventiva, determinada pela autoridade competente, enquanto
perdurar a prisão. Se o servidor for absolvido, terá direito à integralização da
remuneração;

II - metade da remuneração, durante o afastamento, em virtude de


condenação, por sentença definitiva, a pena que não determine a perda de
cargo.

O pagamento do auxílio-reclusão cessará a partir do dia imediato àquele em


que o servidor for posto em liberdade, ainda que condicional.

- Assistência à Saúde:

A assistência à saúde do servidor, ativo ou inativo, e de sua família


compreende assistência médica, hospitalar, odontológica, psicológica e
farmacêutica.

Será prestada pelo Sistema Único de Saúde – SUS das seguintes formas:

• diretamente pelo órgão ou entidade ao qual estiver vinculado o servidor;

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• mediante convênio ou contrato;

• na forma de auxílio, mediante ressarcimento parcial do valor despendido


com planos ou seguros privados de assistência à saúde.

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO SOBRE


LEI 8.112/90

01) A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar interrompe a


prescrição, até a decisão final proferida por autoridade competente.

02) Da sindicância poderá resultar arquivamento do processo ou aplicação de


penalidade de advertência ou suspensão de até 30 (trinta) dias.

03) O prazo para conclusão da sindicância não excederá 60 (sessenta) dias, podendo
ser prorrogado por igual período, a critério da autoridade superior.

04) Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a imposição de penalidade de
suspensão por mais de 30 (trinta) dias, de demissão, cassação de aposentadoria ou
disponibilidade, ou destituição de cargo em comissão, será obrigatória a instauração
de processo disciplinar.

05) Como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha a influir na apuração
da irregularidade, a autoridade instauradora do processo disciplinar poderá determinar
o seu afastamento do exercício do cargo, pelo prazo de até 30 (trinta) dias, sem
prejuízo da remuneração.

06) O processo disciplinar é o instrumento destinado a apurar responsabilidade de


servidor por infração praticada exclusivamente no exercício de suas atribuições.

07) O processo disciplinar será conduzido por comissão composta de três servidores
estáveis designados pela autoridade competente.

08) Não poderá participar de comissão de sindicância ou de inquérito, cônjuge,


companheiro ou parente do acusado, consangüíneo ou afim, em linha reta ou
colateral, até o quarto grau.

09) O processo disciplinar se desenvolve nas seguintes fases: I) instauração;


II inquérito administrativo, que compreende instrução, defesa e relatório; III -
julgamento.

10) O prazo para a conclusão do processo disciplinar não excederá 60


(sessenta) dias, contados da data de publicação do ato que constituir a comissão,
admitida a sua prorrogação por igual prazo.

11) O inquérito administrativo obedecerá ao princípio do contraditório e da ampla


defesa.

12) O indiciado será citado por mandado expedido pelo presidente da comissão para
apresentar defesa escrita, no prazo de 15 (quinze) dias.

13) Havendo dois ou mais indiciados, o prazo será comum e de 20 (vinte) dias.

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14) O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo dobro, para diligências reputadas
indispensáveis.

15) Na hipótese de o indiciado ser citado por edital, o prazo para defesa será de 15
(quinze) dias a partir da última publicação do edital.

16) No prazo de 20 (vinte) dias, contados do recebimento do processo, a autoridade


julgadora proferirá a sua decisão.

17) O servidor que responder a processo disciplinar só poderá ser exonerado a pedido
ou de ofício, ou aposentado voluntariamente, após a conclusão do processo e o
cumprimento da penalidade, acaso aplicada.

18) O processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício,
quando se aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência
do punido ou a inadequação da penalidade aplicada.

19) No processo revisional o ônus da prova será da Administração Pública.

20) A comissão revisora terá 60 (sessenta) dias para a conclusão dos trabalhos.

21) No processo de revisão, o prazo para julgamento será de 30 (trinta) dias, contados
do recebimento do processo.

22) Julgada procedente a revisão, será declarada sem efeito a penalidade aplicada,
restabelecendo-se todos os direitos do servidor, exceto em relação à destituição do
cargo em comissão, que será convertida em exoneração.

23) Da revisão do processo não poderá resultar agravamento de penalidade.

24) A União manterá Plano de Seguridade Social para o servidor e sua família.

25) O servidor ocupante de cargo em comissão que não seja, simultaneamente,


ocupante de cargo ou emprego efetivo na administração pública direta, autárquica e
fundacional não terá direito a nenhum benefício do Plano de Seguridade Social.

26) O servidor afastado ou licenciado do cargo efetivo, sem direito à remuneração,


inclusive para servir em organismo oficial internacional do qual o Brasil seja membro
efetivo ou com o qual coopere, ainda que contribua para regime de previdência social
no exterior, terá cancelado o seu vínculo com o regime do Plano de Seguridade Social
do Servidor Público.

27) O Plano de Seguridade Social visa a dar cobertura aos riscos a que estão sujeitos
o servidor e sua família, e compreende um conjunto de benefícios e ações que
atendam, dentre outras, à seguinte finalidade, garantir meios de subsistência nos
eventos de doença, invalidez, velhice, acidente em serviço, inatividade, falecimento e
reclusão.

28) Os benefícios do Plano de Seguridade Social do servidor compreendem, quanto


ao servidor: a) pensão vitalícia e temporária; b) auxílio-funeral; c) auxílio-reclusão;
d) assistência à saúde.

29) O servidor será aposentado compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com
proventos proporcionais ao tempo de contribuição.

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30) O servidor será aposentado por invalidez permanente, sendo os proventos


integrais.

31) A aposentadoria por invalidez será precedida de licença para tratamento de saúde,
por período não excedente a 24 (vinte e quatro) meses.

32) A critério da Administração, o servidor em licença para tratamento de saúde ou


aposentado por invalidez poderá ser convocado a qualquer momento, para avaliação
das condições que ensejaram o afastamento ou a aposentadoria.

33) O auxílio-natalidade é devido à servidora por motivo de nascimento de filho, em


quantia equivalente a 50% do seu vencimento, inclusive no caso de natimorto.

34) Para efeito de percepção de salário família não se configura a dependência


econômica quando o beneficiário do salário-família perceber rendimento do trabalho
ou de qualquer outra fonte, inclusive pensão ou provento da aposentadoria, em valor
igual ou superior ao salário-mínimo.

35) Quando o pai e mãe forem servidores públicos e viverem em comum, o salário-
família será pago a um deles; quando separados, será pago a um e outro, de acordo
com a distribuição dos dependentes.

36) O afastamento do cargo efetivo, sem remuneração, acarreta a suspensão do


pagamento do salário-família.

37) Será concedida ao servidor licença para tratamento de saúde, a pedido ou de


ofício, com base em perícia médica, com prejuízo da remuneração a que fizer jus.

38) A licença para tratamento de saúde que exceder o prazo de 120 (cento e vinte)
dias no período de 12 (doze) meses a contar do primeiro dia de afastamento será
concedida mediante avaliação por junta médica oficial.

39) Será concedida licença à servidora gestante por quatro meses, sem prejuízo da
remuneração.

40) A licença poderá ter início no primeiro dia do nono mês de gestação, salvo
antecipação por prescrição médica.

41) No caso de nascimento prematuro, a licença terá início a partir do parto.

42) No caso de aborto atestado por médico oficial, a servidora terá direito a 60
(sessenta) dias de repouso remunerado.

43) Pelo nascimento ou adoção de filhos, o servidor terá direito à licença-paternidade


de 10 (dez) dias consecutivos.

44) Para amamentar o próprio filho, até a idade de seis meses, a servidora lactante
terá direito, durante a jornada de trabalho, a uma hora de descanso, que poderá ser
parcelada em dois períodos de meia hora.

45) À servidora que adotar ou obtiver guarda judicial de criança até 1 (um) ano de
idade, serão concedidos 90 (noventa) dias de licença remunerada.

46) No caso de adoção ou guarda judicial de criança com mais de 1 (um) ano de
idade, o prazo de que trata este artigo será de 30 (trinta) dias.

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47) Será licenciado, com remuneração integral, o servidor acidentado em serviço.

48) Configura acidente em serviço o dano físico ou mental sofrido pelo servidor, que
se relacione, mediata ou imediatamente, com as atribuições do cargo exercido.

49) Equipara-se ao acidente em serviço o dano: I - decorrente de agressão sofrida


pelo servidor no exercício do cargo, ainda que por ele provocada; II - sofrido no
percurso da residência para o trabalho e vice-versa.

50) A pensão por morte vitalícia é composta de cota ou cotas permanentes, que
somente se extinguem ou revertem com a morte de seus beneficiários.

51) A pensão por morte temporária é composta de cota ou cotas que podem se
extinguir ou reverter por motivo de morte, cessação de invalidez ou maioridade do
beneficiário.

52) A pensão por morte será concedida integralmente ao titular da pensão vitalícia,
exceto se existirem beneficiários da pensão temporária.

53) Ocorrendo habilitação de vários titulares à pensão vitalícia, o seu valor será
distribuído em partes iguais entre os beneficiários habilitados.

54) Ocorrendo habilitação às pensões vitalícia e temporária, metade do valor caberá


ao titular ou titulares da pensão vitalícia, sendo a outra metade rateada em partes
iguais, entre os titulares da pensão temporária.

55) Ocorrendo habilitação somente à pensão temporária, o valor integral da pensão


será rateado, em partes iguais, entre os que se habilitarem.

56) A pensão poderá ser requerida a qualquer tempo, não havendo incidência da
prescrição.

57) Não faz jus à pensão o beneficiário condenado pela prática de crime de que tenha
resultado a morte do servidor.

58) Será concedida pensão provisória por morte presumida do servidor, nos seguintes
casos: I - declaração de ausência, pela autoridade judiciária competente; II -
desaparecimento em desabamento, inundação, incêndio ou acidente não
caracterizado como em serviço; III -desaparecimento no desempenho das atribuições
do cargo ou em missão de segurança.

59) A pensão provisória será transformada em vitalícia ou temporária, conforme o


caso, decorridos 3 (três) anos de sua vigência, ressalvado o eventual reaparecimento
do servidor, hipótese em que o benefício será automaticamente cancelado.

60) O auxílio-funeral é devido à família do servidor falecido na atividade ou


aposentado, em valor equivalente a um mês da remuneração ou provento.

61) No caso de acumulação legal de cargos, o auxílio será pago em razão da soma do
valor dos cargos.

62) À família do servidor ativo é devido metade da remuneração a título de auxílio-


reclusão, durante o afastamento do servidor em virtude de condenação, por sentença
definitiva, a pena que não determine a perda de cargo.

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63) Após cumprir sua condenação, determinada por sentença definitiva, o servidor terá
direito à integralização da remuneração.

Gabarito: 01) V, 02) F, 03) F, 04) V, 05) F, 06) F, 07) V, 08) F, 09) V, 10) V, 11) V, 12) F, 13) V, 14) V,
15) V, 16) V, 17) F, 18) V, 19) F, 20) V, 21) F, 22) V, 23) V, 24) V, 25) F, 26) F, 27) V, 28) F, 29) F, 30) F,
31) V, 32) V, 33) F, 34) V, 35) V, 36) F, 37) F, 38) V, 39) F, 40) V, 41) V, 42) F, 43) F, 44) V, 45) V, 46)
V, 47) V, 48) V, 49) F, 50) V, 51) V, 52) V, 53) V, 54) V, 55) V, 56) F, 57) F, 58) V, 59) F, 60) V, 61) F,
62) V, 63) F.

Após conferir o gabarito, preenche o quadro abaixo e veja seu aproveitamento:

Data Nº questões Acertos % acerto Data Nº questões Acertos % acerto


63 63
Data Nº questões Acertos % acerto Data Nº questões Acertos % acerto
63 63
Data Nº questões Acertos % acerto Data Nº questões Acertos % acerto
63 63

Com esses exercícios da Lei 8.112/90 encerro essa minha última aula.

Continuo à sua disposição no fórum até o prazo limite estipulado pelo curso e
após no e-mail mercadante@pontodosconcursos.com.br.

Grande abraço e muita sorte!

Armando Mercadante
armandomercadante@yahoo.com.br

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