MARANHÃO – IFMA
CAMPUS SÃO LUÍS - MONTE CASTELO
DIRETORIA DE ENSINO TÉCNICO – DETEC
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE QUÍMICA – DAQ
DISCIPLINA: QUÍMICA ANALÍTICA EXPERIMENTAL II
TURMA: QUÍMICA 511
Professores: Luiz Carlos / Graça Sampaio / Gláucia Corrêa
São Luís - MA
2022
1. INTRODUÇÃO
Tomemos, por exemplo, uma titulação cujo titulante seja uma solução de
ácido clorídrico. É conveniente para a volumetria de neutralização que o analito
contenha uma única base em solução, pois será justamente a concentração desta
única substância que será determinada pelo volume gasto de titulante. Se, porém,
houver duas substâncias de caráter básico em solução, este mesmo volume gasto
de titulante não dirá respeito a apenas uma substância, mas ao total de base
presente no analito. Tem-se um problema, portanto, se for necessário calcular a
concentração de uma única substância básica em solução. Este é exatamente o
caso da determinação da pureza de uma amostra de soda cáustica.
A soda cáustica comercial não é puramente hidróxido de sódio, mas uma
mistura de hidróxido de sódio e carbonato de sódio. Para determinar a pureza destra
amostra, deve-se conhecer o teor de um destes componentes em uma alíquota
dissolvida na solução titulada. O volume de ácido titulante gasto, porém, dirá
respeito tanto ao hidróxido quanto ao carbonato em solução. Uma solução
relativamente simples para este impasse é eliminar uma das substâncias do analito.
Pode-se eliminar do analito a parcela de carbonato de sódio através do
aquecimento da solução de soda cáustica e adição de gotas de cloreto de bário; o
resultado será um precipitado, segundo a reação:
BaCl2 (aq.) + Na2CO3 (aq.) → BaCO3 (ppt.) 2 NaCl (aq)
Deve-se adicionar as gotas de cloreto de bário até que não se forme mais
nenhum precipitado, de modo que todo o carbonato reaja e consequentemente
tenha-se certeza de que o volume de ácido gasto na titulação subsequente diga
respeito somente ao hidróxido de sódio.
Disto decorre a fórmula VTotal = V(NaOH) + V(Na2CO3). Note-se que, fazendo uma
titulação com uma alíquota de soda cáustica sem precipitar o carbonato e em
seguida outra titulação precipitando-o, é possível obter os valores de V Total e V(NaOH),
respectivamente.
2. OBJETIVO
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1. MATERIAL
III. Montou-se o sistema, ambientou a bureta com HCl 0,1mol/L e acertou até o
menisco. No primeiro erlenmeyer contido de NaOH e alaranjado de metila, foi
titulado e observamos sua mudança de cor e o volume gasto.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Observou-se que a dissolução dos 0,33 g de soda cáustica não foi imediata,
demandando alguns minutos de agitação antes da transferência da solução para o
balão volumétrico de 250 mL.
Os alunos foram orientados a fazer uma segunda dissolução (fugindo ao
relatório), pois notou-se que a concentração ficaria muito elevada e demandaria
maiores volumes de HCl do que se tinha disponível para o experimento.
A titulação feita com a primeira alíquota retirada da solução (1º erlenmeyer)
determinou a alcalinidade total pela reação do HCl 0,1M com o NaOH e Na 2CO3. A
solução, que havia adquirido uma cor alaranjada por conta do uso do indicador
alaranjado de metila, tomou aparência vermelha/rosada ao fim do processo. O
volume de HCl gasto na primeira titulação foi 3,8 mL.
Com a segunda alíquota retirada da solução (2º erlenmeyer), realizou-se a
precipitação do BaCO3 por meio da reação entre o BaCl2 5% e Na2CO3:
BaCl2 (aq) + Na2CO3 (aq)→ BaCO3 (s) + 2 NaCl (aq)
Dessa forma, foi possível realizar a segunda titulação para obter-se apenas a
alcalinidade devida ao hidróxido, sem a interferência do Na 2CO3. Utilizando
novamente o HCl como titulante,
Com a retirada do interferente Na 2CO3, titulou-se novamente com o HCl, mas
apenas o NaOH
Sem a interferência do Na2CO3, pôde-se calcular somente a quantidade de
NaOH presente no segundo erlenmeyer por meio da titulação com HCl, fazendo uso
do indicador fenolftaleína, que passou de um aspecto rosa para incolor quando
alcançado o ponto final. O volume de HCl gasto na segunda titulação foi 1,2 mL.
Os dois erlenmeyers continham o mesmo volume e concentração de NaOH,
logo, considerou-se a quantidade de matéria de ambos igual. Sabendo que a
quantidade de HCl gasta na primeira titulação corresponde ao volume total
necessário para titular tanto o NaOH e Na2CO3, admitiu-se que:
V T =V NaOH +V Na2 CO 3
3,8 mL=1,2 mL+V Na2 CO3
V Na2 CO3=3,8 mL−1,2 mL
V Na2 CO3=2,6 mL
Sendo V o volume de ácido clorídrico.
Para descobrir massa de NaOH que estava presente na segunda solução de 250
mL:
250 mL 50 mL
= ⇒ mNaOH =0,0235 g
mNaOH 0,004704 g
−4
mNa 2CO 3=n Na2 CO 3 x MM Na 2CO 3=1,27 x 10❑ x 105,98=0,013459 g
Para descobrir massa de Na2CO3 que estava presente na segunda solução de 250
mL:
250 mL 50 mL
= ⇒mNaOH =0,0679 g
mNaOH 0,01359 g
Como a segunda solução de 250 mL era a dissolução de uma alíquota de 50 mL,
retirada da primeira solução de 250 mL, o cálculo para encontrar a massa inicial de
Na2CO3 procedeu:
250 mL 50 mL
= ⇒m NaOH =0,3395 g
mNaOH 0,0679 g
100 0,33 g
= ⇒Teor de Na2 CO 3 :102,87 %
% Na 2CO 3 0,3395 g
5. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS