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CONJUNTOS

1.1. Noção de Conjuntos.


• Não é suscetível de uma definição precisa.
• É uma noção Primitiva – Georg Cantor (1945-1918).
• Intuitivamente é uma coleção bem definida de objetos.
• Segundo Bourbaki: “Um conjunto é formado de elementos suscetíveis
de possuírem certas propriedades e de terem entre sí, ou com
elementos de outros conjuntos, certas relações”.
• Segundo Georg Cantor: “Um conjunto é um grupamento num todo de
objetos, bem definidos e discerníveis, de nossa percepção ou de nosso
entendimento, chamados os elementos do conjunto”.
Exemplos: Em matemática, estudamos conjuntos de retas, de planos, de
funções, de curvas, etc..

1.2. Notação de Conjuntos e elementos.


Conjuntos: Letras maiúsculas (A, B, C, D, ....,X, Y, Z).
Elementos: Letras minúsculas (a, b, c, d, .....x, y, z).
O conjunto A das vogais do alfabeto português: A= {a, e, i, o, u}
1.3. Família de Conjuntos.
Definição: Um conjunto cujos elementos também são conjuntos.
Também chamada de coleção de conjuntos.
Exemplo: B={ {1,5}, {3}, {5, 6, 9}}.

1.4. Diagrama de Venn.


É uma forma de representação de conjuntos por um recinto plano
delimitado por uma linha fechada qualquer, não entrelaçada.
Exemplo: O diagrama de Venn dos conjuntos A={1,2,5,8,9} e B={5,6,8} é:
Conjunto Unitário.
Definição: chama-se conjunto unitário, todo conjunto A constituído de um
único elemento, a. São conjuntos Unitários:

Conjunto Vazio.
1) Seja resolver a equação em R: x +1 = x. Qual a sua solução.

Definição: O conjunto vazio, designado por { } ou pela simbologia ϕ é o


conjunto que não possui elementos. São conjuntos vazios:
1.5. Conjunto Universo.
Definição: é o conjunto formado por todos os entes que sempre são
considerados como elemento nessa teoria.
Exemplo: o diagrama de Venn do universo U={1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11,12} e
os conjuntos A={2,3,4,5,8}, B={5,6,7,8} e C={10,12} é:
1.6. Conjunto Numéricos.
1.7. Intervalos Limitados em R.
1.8. Intervalos Ilimitados em R.
1.8. Igualdade de Conjuntos.
Propriedades da Igualdade de Conjuntos.
1.8. Relação de Inclusão.
Propriedade da Relação de Inclusão.
1.9. Conjuntos Comparáveis.
1.10. Diagramas Lineares.
1.11. Subconjunto.
1.12. Subconjuntos de um conjunto Finito.

(x+a)^n=Cn,0X^0a^n+ Cn,1x^1a^n-1+Cn,2x^2a^n-1+.........+Cn,nx^na^0
1.13. Conjunto das Partes de Um Conjunto.
1.14. Complementar de um Subconjunto.
1.15. Propriedades do Complementar.
1.16. Interseção de Conjuntos.
1.17. Conjuntos Disjuntos.
1.18. Propriedades da Inclusão e da Interseção.
1.18. Interseção de Conjuntos.
1.19. Propriedades da Interseção.
1.19. Interseção de Vários Conjuntos.
1.20. Interseção de Uma Coleção das Partes de um Conjunto.
1.21. Reunião de Dois Conjuntos.
1.21. Reunião de Dois Conjuntos.
1.21. Propriedades da Reunião e da Inclusão.
1.22. Propriedades da Reunião.
1.23. Propriedades da Interseção e da Reunião.
1.24. Reunião de Vários Conjuntos.
1.25. Reunião de Uma Coleção das Partes de um Conjunto.
1.26. Princípio da Dualidade.
1.26. Simplificação de Expressões.
1.27. Diferença de Conjuntos.
1.27. Propriedades da Diferença de Conjuntos.
EXERCÍCIOS
EXERCÍCIOS
EXERCÍCIOS
EXERCÍCIOS
EXERCÍCIOS
EXERCÍCIOS
EXERCÍCIOS
EXERCÍCIOS
EXERCÍCIOS
EXERCÍCIOS
EXERCÍCIOS
EXERCÍCIOS
Par Ordenado
2.1. Definição.
Par Ordenado
2.2. Pares Ordenados Iguais.

2.3. Diagrama Sagital de Um Par Ordenado.


Produto Cartesiano
2.4. Produto Cartesiano de Um Par Ordenado.
Produto Cartesiano
2.5. Quadrado Cartesiano de Um Conjunto
Produto Cartesiano
Produto Cartesiano
2.6. Representação Gráfica de um Produto Cartesiano.
Produto Cartesiano
Produto Cartesiano
Produto Cartesiano
Produto Cartesiano
2.6. Produto Cartesiano de Vários Conjuntos
Produto Cartesiano
Produto Cartesiano
2.7. Grafos
Relações Binárias
2.9. Definição
Relações Binárias
2.10. Domínio e Imagem de Uma Relação
Relações Binárias

2.11. Relação Recíproca


Relações Binárias
Relações Binárias
2.11. Relação Identidade
Relações Binárias
Exercícios
Relações Binárias
Relações Binárias
Relações Binárias
Relações Binárias
Respostas dos Exercícios
Relações Binárias
Relações Binárias
Relações Binárias
Relações Binárias
2.12. Propriedades das Relações de Um Conjunto
2.12.1. Propriedade Reflexiva
Relações Binárias
Relações Binárias
2.12.2. Propriedade Simétrica
Relações Binárias
Relações Binárias
2.12.3. Propriedade Anti Simétrica
Relações Binárias
2.12.4. Propriedade Transitiva
Relações Binárias
Relações Binárias
Exercícios
Relações Binárias
Relações Binárias
Respostas dos Exercícios
Funções
Funções
Funções
Funções
Funções
CONJUNTOS
CONJUNTOS

Equivalência

Implicação

Negação
Disjunção

Conjunção
Funções

Observações:
Funções
Função Composta
Funções
Funções
Observações:
Funções
Funções
Funções
Funções
Funções

Função Invertível
Funções
Funções Sobrejetoras, injetoras e bijetoras
Funções
Função Sobrejetora.
Funções
Exemplos:
Funções

Função Injetora.
Funções
Funções
Função Bijetora.
Funções
Funções
Funções
Funções
Funções
Funções
Função Inversa.
Funções

Teorema:
Funções
Exemplos:
Funções

Definição:
Funções
Funções
Funções
Funções
Funções
Funções
Funções
Funções
Funções
Funções e Cardinalidade.

Definição: Dois conjuntos X e Y são ditos cardinalmente


equivalentes (ou equipotentes) se existe uma bijeção
f:X→Y

Teorema: Se existe uma injeção f : X → Y , então existe uma


bijeção entre X e um subconjunto Y’ ⊂ Y , isto é, X é cardinalmente
equivalente a um subconjunto de Y

Teorema: Se existe uma injeção f : X → Y , então existe uma


bijeção entre Y e um subconjunto X’ ⊂ X , isto é, Y é cardinalmente
equivalente a um subconjunto de X
Comensurabilidade e Números Reais
Definição: Sejam AB e CD dois segmentos. Se existe um
segmento u e dois números naturais m e n tais que AB = m · u e
CD = n · u, dizemos que AB e CD são comensuráveis (o que se
pode medir). Caso contrário, dizemos que AB e CD são
incomensuráveis.
Ou, de outra forma: Dizemos que um segmento AB é
comensurável com um segmento u quando sua medida AB for
um número inteiro ou um número fracionário.
Exemplo: Suponha que exista um segmento u de medida igual a
unidade (u=1). Vamos verificar intuitivamente quantas vezes o
segmento AB contém u.
Comensurabilidade e Números Reais

Nota: Seja um número positivo n, se for possível obter n-1


pontos intermediários A1, A2, .....An-1 no segmento AB, tal que
todos os segmentos AA1, A1A2, A2A3, A3A4, ....,An-1B sejam
todos congruentes (iguais a u=1). Logo a medida de AB será igual
a n.
Comensurabilidade e Números Reais
Agora imagine se o segmento AB não contém o segmento u um
número inteiro de vezes. Logo temos:

Nota: Seja um segmento W que esteja contido n vezes em u e m


vezes em AB (m, n pertencentes a
No exemplo anterior temos que AB = m.w e u = nw. Com isso:
e já que u = 1.
Comensurabilidade e Números Reais
Nota: Seja um segmento W que esteja contido n vezes em u e m
vezes em AB. Com isso, w é submúltiplo comum de AB e u. Neste
caso os segmentos AB e u são ditos comensuráveis.

Observe que a definição de comensurabilidade parte do


princípio de que um segmento AB é comensurável com um
segmento u quando sua medida AB for um número inteiro ou
fracionário.

Entretanto como ficam os casos em que o quociente entre AB e


u não for um número inteiro ou fracionário? Com isso surge a
idéia de segmentos incomensuráveis.
Como ficam os casos em que não existe um segmento comum a
estes segmentos.
Segmentos Incomensuráveis
Verifiquemos o caso da relação do quadrados com um de seus lados
(unitários), Mostrando que esta diagonal não é comensurável com um de seus
lados

Temos que d2 = 12 + 12 = 2, logo: d2 = 2.


Provemos a incomensurabilidade da diagonal do quadrado d com seus lados
unitários, ou seja, não existe um número racional que seja elevado ao quadrado
seja igual a 2:
Suponhamos que exista tal número e seja dado por d = m/n. Logo d2 = (m/n)2 =
2. Então m2 = 2 n2 e admita que m e n sejam primos entre si (mdc(m,n)=1).
Com isso, a fração (m/n) é irredutível (não há divisores comuns entre m e n).
Segmentos Incomensuráveis

Este resultado é sumariamente importante, pois no início desta demonstração tínhamos m2 =


2n2, então m2 é pode ser escrito como:
m=2p (p natural), o qual elevando-se ao quadrado temos:
m2 = 4 p2, e como m2 = 2 n2 (lembre-se do início que (m/n)=2) . Logo 2n2 = 4 p2. De onde se
obtém:
n2 = 2 p2 (podemos afirmar que se n2 é par, então n é par. Com isso: n = 2 q (q natural).
Segmentos Incomensuráveis
Descrição dos Números Reais
Os números reais formam um corpo ordenado completo.
O termo corpo refere-se à estrutura algébrica dos números reais, constituída
pelas operações de adição e multiplicação e de suas propriedades que são:
i) (x+y)+z = x+(y+z)
ii) 0+x = x+0=x
iii) Existe m ϵ R, tal que x+m = m+x=0
iv) x+y = y+x
v) (xy)z = x(yz)
vi) (xy)z = x(yz)
vii) xy = yx
viii)x(y+z) = xy + xz
ix) 1.x = x.1 = x
x) Se x≠0, então existe x ϵ R, tal que x.x=1
O adjetivo ordenado refere-se à existência de relação de ordem nos reais
de maneira compatível com as operações. Temos a importante propriedade
de completeza dos reais, que diz respeito ao fato da reta real ser contínua,
ou de não ter buracos (falando em linguagem figurativa)
Descrição dos Números Reais
Observe que o conjunto Q também possui todas as propriedades das operações e
da ordem, isto é, Q também é um corpo ordenado, mas não é completo. Assim, é a
propriedade de completeza que caracteriza R, isto é, que o diferencia de Q e de
qualquer outro corpo ordenado K, com Q ⊂ K ⊂ R.

A Descrição Formal dos Reais


Descrever R formalmente consiste em estabelecê-lo como um corpo ordenado
completo. Quando dizemos apenas que R é um corpo, isto signica que estão
denidas aí as operações de adição e multiplicação satisfazendo todas as
propriedades algébricas usuais. O termo corpo ordenado refere-se à relação de
ordem , que é compatível com a adição e multiplicação pelas leis
conhecidas como monotonicidades: Para todos x, y, z ∈ R,

A completeza de R equivale à continuidade da reta, isto é, à ausência de buracos.


Esta última propriedade pode ser enunciada de várias maneiras equivalentes.
Descrição dos Números Reais
Representação Decimal

Exemplos
Descrição dos Números Reais
Representação Decimal
A expressão decimal α corresponde a uma forma de representar a
soma:

O significado preciso da igualdade 5.2 é o seguinte: o número


real α tem por valores aproximados os números racionais:
Descrição dos Números Reais
Descrição dos Números Reais
Representação Decimal dos Racionais
1. A primeira delas é quando, a partir de um certo ponto, todos os dígitos an
se tornam iguais a zero. Para isto temos o seguinte número:
Descrição dos Números Reais
Descrição dos Números Reais

Agora, mostre que se Então:


Descrição dos Números Reais
Dízima Periódica

Assim. Temos:

A geratriz de uma dízima periódica simples é uma fração cujo numerador é


o período e cujo denominador é o número formado por tantos noves quantos
são os algarismos do período.
Descrição dos Números Reais
Dízima Periódica Composta

Fica como exercício provar que a geratriz de uma dízima periódica composta é
a fração cujo numerador é igual à parte não-periódica, seguida de um período
menos a parte não-periódica, e cujo denominador é formado por tantos noves
quantos são os algarismos do período, seguidos de tantos zeros quantos são os
algarismos da parte não-periódica. Isto é:
Desigualdades, intervalos e valor absoluto
Desigualdades
O conjunto dos números reais positivos será designado por R +. Assim:
Desigualdades, intervalos e valor absoluto
Desigualdades
As propriedades essenciais da relação x < y (que também se escreve y >
x) são obtidas a seguir.
Desigualdades, intervalos e valor absoluto
Intervalos
Sejam a, b números reais, com a < b. Os nove subconjuntos de R abaixo
denidos são chamados intervalos

Os quatro intervalos da esquerda são limitados, com extremos a, b. O intervalo


[a, b] é fechado, (a, b) é aberto, [a, b) é fechado à esquerda, (a, b] é fechado à
direita. Os cinco intervalos da direita são ilimitados. O intervalo (−∞, b] é a
semirreta esquerda, fechada, de origem b. Os demais têm denominações
análogas. Deve-se ressaltar enfaticamente que os símbolos +∞ e −∞ não
representam números reais. Neste contexto, são apenas partes da notação de
intervalos ilimitados.
Desigualdades, intervalos e valor absoluto
Valor Absoluto
O valor absoluto (ou módulo) de um número real x, indicado pela notação
|x|, é definido desta forma:
Funções Reais e Gráficos
Funções Reais e Gráficos
Funções Reais e Gráficos
Funções Reais e Gráficos

E o estudo do sinal de q(x) nos fornece


Funções Reais e Gráficos
Funções Reais e Gráficos

Note também que r(0)=2, e que:

.................................................................
Funções Reais e Gráficos
Funções Reais e Gráficos
Funções Reais e Gráficos
Funções Reais e Gráficos
Funções Reais e Gráficos
Funções Reais e Gráficos
Funções Reais e Gráficos
Funções Reais e Gráficos
Funções Reais e Gráficos
Crescimento e Pontos Extremos
Definição:
Funções Reais e Gráficos
Definição:
Funções Reais e Gráficos
Exemplo:
Funções Reais e Gráficos
Exemplo:

Seja a função f de R em R dada por:

Temos:
Funções Reais e Gráficos
Exemplo:

Seja a função f de R em R dada por:

Temos:
Funções Reais e Gráficos
Funções Reais e Gráficos
Funções Reais e Gráficos
Funções Reais e Gráficos
Gráficos
Para o esboço do gráfico de uma função f, seguimos o seguinte roteiro:
1) Calcule o domínio de f;
2) Determinar ou localizar as raízes de f.
3) Encontrar os interceptos x e y do gráfico de f.
4) Determine os intervalos de crescimento e decrescimento;
5) Estudar a concavidade e destacar os pontos de inflexão;
6) Calcular os limites laterais de f em p, nos seguintes casos:
i) p pertence ao domínio de f, mas p é extremo de um dos intervalos que compõem o domínio de f;
ii) P pertence ao domínio de f , mas f não é contínua em p.
7) Calcular os limites de f(x) quando x tende para + e – infinito;
Funções Reais e Gráficos
Funções Reais e Gráficos
Funções Reais e Gráficos
2) Dada:
Funções Reais e Gráficos
Funções Reais e Gráficos
Funções Reais e Gráficos
3) Dada: . Estabeleça o estudo geral de f e conclua que o esboço de seu gráfico é dado pela figura abaixo:

4) . Estabeleça o estudo geral de f e conclua que o esboço de seu gráfico é dado pela figura abaixo:
Funções Reais e Gráficos
4) . Estabeleça o estudo geral de f e conclua que o esboço de seu gráfico é dado pela figura abaixo:
Funções Reais e Gráficos
4) Estabeleça o estudo geral de f e faça o esboço de seu gráfico das seguintes funções:
Funções Reais e Gráficos
Resolvendo . Temos:
Funções Reais e Gráficos
4) Estabeleça o estudo geral de f e faça o esboço de seu gráfico das seguintes funções:
Funções Reais e Gráficos
4) Estabeleça o estudo geral de f e faça o esboço de seu gráfico das seguintes funções:

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