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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - USP

PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO
DOCÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR: PRÁTICAS, RENOVAÇÃO PEDAGÓGICA E
MEMÓRIAS

Cristina Batista de Castro Ribeiro - 12960651


Guilherme Babo Sedlacek - 8744321
Natalia Quinquiolo - 10237775
Thiago Henrique Moroni Vargas - 7145492
Vinicius dos Santos Ignacio - 9769219

BASES HISTÓRICAS E FILOSÓFICAS DA CIÊNCIA:


Uma proposta pedagógica para a reformulação do currículo universitário.

São Paulo - SP
Novembro de 2021
1. Introdução

Pensar sobre a História da Ciência não é pensar ou refletir somente sobre disciplinas
ou determinados conteúdos de forma segmentada. Ao contrário, quando abordamos tal
campo de estudos, discutimos não só os conhecimentos em si, mas conseguimos
compreender e problematizar a visão dos alunos sobre a Ciência, buscando assim a
formação integral dos sujeitos pautada numa visão crítica de mundo. Conforme aponta
Rezende (2008), quando trabalhamos a História da Ciência permitimos ao sujeito ampliar
sua compreensão sobre o que é Ciência e sobre os processos científicos, fugindo das ideias
positivistas e tecnicistas amplamente difundidas ao longo dos anos.
Alvim e Zanotello (2014) reforçam que ao subsidiarmos a noção linear do
desenvolvimento científico e não aprofundarmos na complexidade da evolução da Ciência,
simplificamos o conhecimento e sua construção, superficializando o contexto histórico, as
controvérsias e conflitos envolvidos no processo. Sendo assim, o ensino e aprendizagem da
História da Ciência deveria estar presente durante toda a formação acadêmica, desde a
educação básica até ao ensino superior, sem estar necessariamente restrita à determinados
cursos e contextos formativos.
No que concerne ao Ensino Superior brasileiro, temos uma realidade bastante
controversa. A evolução histórica nos mostra que mesmo tendo nascido sob a influência da
noção de pesquisa, a expansão das universidades no país se deu de forma irregular e
focada na formação profissional a partir de uma perspectiva mercadológica. Principalmente
por conta da ampliação da oferta de cursos por instituições de ensino superior particulares,
nota-se uma crescente polarização na formação superior, dividida em pública e privada,
onde a última, mesmo seguindo as determinações curriculares dos diversos cursos, atua em
sua maioria de forma mais alinhada com a lógica de mercado (CACETE, 2014). Visando
apresentar uma proposta de prática inovadora no Ensino Superior, focaremos nossa
discussão no ensino de graduação considerando a realidade em universidades públicas,
mais especificamente, no contexto de uma possível reforma da USP “para que ela se
converta em uma Universidade”, nas palavras do professor Luiz Bevilacqua (BEVILACQUA;
ALMEIDA FILHO; MOTA, 2020).
O contexto pandêmico de ameaça global ofereceu à universidade pública uma
oportunidade de realizar uma grande reformulação e libertação de ideias, como vemos nas
falas dos professores Luiz Bevilacqua e Naomar de Almeida Filho quando estes apontam a
necessidade de repensarmos a formação superior no Brasil, elaborando propostas
interdisciplinares menos restritivas e segmentadas, tais como a formação em dois estágios,
sendo o primeiro um Bacharelado em Ciências e Cultura ou uma Licenciatura Interdisciplinar
em Ciências e Cultura, e o segundo uma formação profissional (idem). Chauí (2003, p.13) já
apontava em seu trabalho que a realidade encontrada naquele momento, e que se perpetua
ainda hoje, contribui para “a escolarização da universidade, com a multiplicação de
horas/aula, retirando dos estudantes as condições para leitura e pesquisa, isto é, para sua
verdadeira formação e reflexão”, o que provoca a fragmentação e dispersão dos cursos e
estimula a superficialidade. A autora argumenta que:

É preciso também não somente assegurar espaço para a implantação de


novas disciplinas exigidas por mudanças filosóficas, científicas e sociais,
como também organizar os cursos de maneira a assegurar que os
estudantes possam circular pela universidade e construir livremente um
currículo de disciplinas optativas que se articulem às disciplinas obrigatórias
da área central de seus estudos; assegurar, simultaneamente, a
universalidade dos conhecimentos (programas cujas disciplinas tenham
nacionalmente o mesmo conteúdo no que se refere aos clássicos de cada
uma delas) e a especificidade regional (programas cujas disciplinas reflitam
os trabalhos dos docentes-pesquisadores sobre questões específicas de
suas regiões). Assegurar que os estudantes conheçam as questões
clássicas de sua área e, ao mesmo tempo, seus problemas
contemporâneos e as pesquisas existentes no país e no mundo sobre os
assuntos mais relevantes da área. Para isso são necessárias condições de
trabalho: bibliotecas dignas do nome, laboratórios equipados,
informatização, bolsas de estudo para estudantes de graduação,
alojamentos estudantis, alimentação e atendimento à saúde, assim como
convênios de intercâmbio de estudantes entre as várias universidades do
país e com universidades estrangeiras. (idem)

Nesse sentido, é de grande valia voltarmos nossa atenção para o Ensino Superior e
demonstrarmos por meio de quais aspectos uma proposta pedagógica partindo do campo de
estudos da História da Ciência pode se constituir numa prática inovadora para a formação
dos sujeitos, contribuindo assim para a renovação das práticas pedagógicas na USP e nas
universidades públicas brasileiras.

2. Fundamentação da proposta

Nossa proposta pedagógica pode ser caracterizada como uma unidade curricular dos
anos iniciais da graduação de um curso presencial de Bacharelado em Ciências e Cultural
ou Licenciatura Interdisciplinar em Ciências e Cultura. Em ambos os cursos, a formação
superior se dá em dois estágios, sendo estes a etapa inicial, com duração de 3 anos ou 6
semestres letivos. Essa etapa inicial da graduação seria composta por um currículo básico
interdisciplinar e obrigatório, representando 50% dos créditos mínimos, bem como por
disciplinas de livre escolha do estudante, que representariam os outros 50% dos créditos
mínimos. Como afirma Bevilacqua (op. cit.), o currículo básico interdisciplinar pode ser
desenvolvido a partir de uma abordagem temática, sendo o grupo de disciplinas que revela o
ethos e a missão da instituição. Uma destas disciplinas é “Bases Históricas e Filosóficas da
Ciência”, justamente aquela cuja sequência didática detalharemos neste trabalho, embora
convenha que antes apresentemos como ela se insere no projeto do curso e se articula com
outras unidades curriculares.
Um dos principais aspectos inovadores desta proposta parece-nos residir na
possibilidade de combatermos alguns dos principais problemas da universidade, o alto
índice de mudanças de cursos ou mesmo evasão de estudantes nos semestres iniciais dos
diferentes cursos. Seja por incompatibilidades pessoais, por falta de maturidade na hora da
escolha da carreira no vestibular ou por desconhecimento prévio dos cursos, muitos
estudantes acabam optando por trocar ou abandonar seus cursos, levando à perda de
tempo nas suas formações e comprometendo os indicadores de permanência e êxito da
universidade. Seja no Bacharelado em Ciências e Cultural ou na Licenciatura Interdisciplinar
em Ciências e Cultura, trabalhando a partir de uma perspectiva temática, inovadora e
interdisciplinar, o estudante teria tempo de amadurecer sua escolha para uma área de
formação profissional posterior, sem a necessidade de mudar de curso e sem perder os
créditos cursados.
Outro aspecto central dessa proposta de curso está na redução drástica do número
total de créditos a serem cursados, bem como um limite de créditos por semestre. Como
exposto pelo professor Bevilacqua (op. cit.), ao determinar um máximo de 15 créditos por
semestre, estaríamos transferindo o foco do ensinar para o aprender. Acreditamos que esta
estratégia não somente enfatiza a aprendizagem sobre a ensinagem, como ainda pode
contribuir também para reduzir a evasão causada por excesso de créditos e disciplinas nas
grades curriculares atuais. Ademais, a partir do uso sistemático de metodologias ativas e
tecnologias digitais, reforçamos o caráter pró-ativo da formação e o foco no processo de
construção do conhecimento pelos próprios estudantes, a partir de uma mediação dos
professores e da troca de experiências entre as turmas.
Sendo assim, se faz fundamental pensar em estratégias que supram não só as
questões curriculares como também compreendam o contexto de vida dos alunos. Nossa
sociedade se caracteriza atualmente pela imersão nos processos tecnológicos e na
importância da mesma no nosso cotidiano. Portanto, é imprescindível pensarmos em
estratégias que contemplem tal questão. Alguns encontros trarão recursos digitais como por
exemplo o uso do padlet como mural virtual para o compartilhamento de ideias e construção
de conceitos pelos alunos.
Nesse sentido, a disciplina terá como parte de suas atividades o desenvolvimento e a
aplicação de tecnologias que possam ser utilizadas pelos estudantes para o aprendizado e
discussão acerca da história da Ciência e, considerando que a universidade possui como
uma de suas principais atribuições contribuir para a aproximar a Ciência da sociedade, tais
ferramentas deverão atuar para divulgação científica. Pensando nisso, será proposto aos
alunos como atividade que desenvolvam um podcast em que compartilhem seus
conhecimentos acerca do tema e se familiarizem com estratégias que contribuirão para o
seu processo formativo.

3. Sequência didática/unidade temática

“Bases Históricas e Filosóficas da Ciência” será a única disciplina obrigatória ao


longo do curso de Bacharelado em Ciência e Cultura. Nela iremos explorar grandes
filósofos, historiadores, pensadores, geógrafos, econômicos, biólogos, médicos, cientistas,
matemáticos, políticos, que são influentes até os dias de hoje e formam nossa base
científico-cultural. A disciplina será dividida em três fases: 1ª fase com aspectos gerais da
Ciência, 2ª fase com grandes figuras da Ciência e 3º fase com aplicação centrada nos
estudantes. Estabelecemos o total de 10 (dez) encontros para a disciplina, iremos pautar
cada encontro de acordo com o um tema central. Serão aplicadas ferramentas tecnológicas
e metodologias ativas durante todos encontros, sendo totalmente abolidas as aulas
expositivas convencionais. Abaixo, listamos os 10 encontros, explicitando os conteúdos de
cada um, porém focaremos em exemplificar somente alguns de forma mais detalhada:
1º encontro: Introdução à disciplina “Bases Históricas e Filosóficas da Ciência”
Neste encontro, os alunos serão apresentados às características da disciplina
(metodologias ativas, ausência de aulas expositivas, ferramentas tecnológicas, etc),
métodos de avaliação, objetivos, ementa, plano de aula. Atividade em grupo para
apresentação dos alunos e debate com o tema “O que é Ciência?”
Estratégia didática: Fórum de discussão.
Objetivo: Aprofundar seus conhecimentos sobre o pensamento político científico,
pluralidade e os múltiplos sentidos da comunicação e expressão, desafiando o discente a
valorizar abordagens que sejam éticas e sustentáveis em todos os âmbitos da vida.
Desenvolvimento: O professor explica o objetivo do fórum, delimitando 60 (sessenta)
minutos de discussão entre os participantes do grupo. O professor também define a função
de cada um dos participantes do fórum, havendo 1 (um) coordenador (organiza a
participação, dirige o grupo, seleciona as contribuições dadas para a síntese final), 2 (dois)
membros do grupo de síntese (fazem anotações para elaborar a síntese de argumentos), os
demais participantes do grupo como público participante (cada membro se apresenta e dá
sua contribuição ao tema). Ao final, o grupo de síntese relata o resumo elaborado pelos
alunos (ANASTASIOU, 2014).
Avaliação: Os participantes serão avaliados de acordo com a sua função no fórum,
capacidade de organização das ideias (coordenador), síntese de conceitos (grupo de
síntese) e argumentação dos demais participantes.
2º encontro: Filosofia das Ciências
Neste encontro, será fornecido previamente um texto sobre epistemologia e que
aborda sobre os principais filósofos da ciência no mundo contemporâneo. Ao final da aula, o
aluno será capaz de sintetizar os pensamentos de Georges Sarton, Paul Feyerabend, Imre
Lakatos, Thomas Kuhn, Karl Popper e Larry Laudan.
Estratégia didática: Uso do Padlet para síntese de filosofias da ciência.
Objetivo: Investigar questões de cunho tecnológico e da cultura que constituem
nossas vivências e a importância do contexto moral e ético na produção científica.
O professor divide a sala em seis grupos (dependente da quantidade de alunos na
sala). Cada grupo será responsável por apresentar filosofias da ciência diferentes baseadas
nos textos fornecidos pelo professor. Cada grupo irá fazer uma apresentação no padlet que
deverá conter informações sobre a epistemologia e filosofia da ciência, pensadores
importantes, contexto histórico, aspectos positivos e negativos. Durante os últimos 60
(sessenta) minutos do encontro, haverá um debate acerca dos aspectos positivos e
negativos de cada teoria com o apoio do professor.
Avaliação: Os alunos serão avaliados pela capacidade de síntese das teorias em
formato de padlet, uso de estratégias criativas e argumentação durante o debate.
3º encontro: Ciências no Brasil
Objetivo: Este objetivo visa promover o protagonismo do discente, possibilitando
assim que o mesmo não seja apenas um consumidor, mas também produtor crítico, ético e
consciente de seu papel na manipulação da informação, portanto será necessário seu
desenvolvimento nos encontros 3 e 4 para que se conclua.
Neste encontro, os alunos irão receber previamente uma tarefa em ambiente virtual,
onde deverão trazer para o encontro textos, mídias (vídeos, fotos, áudios, etc), objetos, que
representem a história das ciências no Brasil.
4º encontro: César Lattes, Carlos Chagas, Adolfo Lutz, Oswaldo Cruz
Neste encontro, os alunos irão desenvolver um mapa mental através da ferramenta
Miro (miro.com), tendo como tema os principais cientistas nacionais.
5º encontro: Charles Darwin, Albert Einstein, Marie Curie
Objetivo: Desenvolver habilidades de argumentação oral, com base em
fundamentação científica, que possibilitará a troca de ideias em rodas de conversa, eventos
acadêmicos e exercício do magistério (no caso da Licenciatura Interdisciplinar em Ciências e
Cultura).
Neste encontro, os alunos discutirão as contribuições de tais autores por meio da
estratégia do flipped classroom, em que os estudantes contarão com materiais prévios para
serem estudados e se reunião durante a aula, com o acompanhamento do professor, para
problematizar e discutir conjuntamente sobre os autores propostos.
6º encontro: Alexander von Humboldt
Objetivos: Selecionar e organizar os estudos, promovendo intervenções criativas e
inovadoras. Por meio de situações problema desenvolver uma atitude reflexiva e
investigativa, que lhe dará condições de questionar comportamentos e propor soluções nas
mais diversas esferas.
Neste encontro, os alunos serão apresentados a base dos pensamentos de
Alexander von Humboldt, geógrafo, polímata, naturalista, explorador e filósofo alemão, sua
relação com Darwin (já abordado em encontros anteriores) e suas previsões precoces sobre
o aquecimento global. Os alunos irão receber previamente um link com episódios do podcast
“vinte mil léguas” da livraria megafauna, que apresenta a ciência como contos fantásticos.
Estratégia didática: Ensino por investigação
O professor irá desafiar e instigar os estudantes a serem investigadores e
exploradores como Alexander von Humboldt, criando um esboço de projeto de pesquisa
estabelecendo objetivos da pesquisa, solução de problemas, critérios para validação,
reprodutibilidade e análise de resultados. O aluno será capaz de definir o problema central
da pesquisa, dados a serem coletados, procedimentos de investigação, análise de dados,
interpretação e discussão dos resultados com a literatura disponível (ANASTASIOU, 2014).
Avaliação: Os alunos farão avaliação dos esboços entre si, por meio de avaliação
duplo cega e irão sugerir melhorias ou correções de acordo com o que foi discutido em aula.
Dessa forma, poderão praticar competências como capacidade de análise, de correção, de
julgamento, de colocação de ideias para os colegas, articulando com seus conhecimentos
prévios e adquiridos na aula.
7º encontro: livre
Objetivo: Possibilitar que os discentes sejam protagonistas no desenvolvimento de
seu conhecimento, relacionando este processo ao fazer científico.
Neste encontro, os alunos terão a oportunidade de realizar suas atividades de forma
livre, para que possam ter tempo de se e realizar as atividades propostas pela disciplina.
Considerando que muitos alunos, precisam trabalhar enquanto realizam seus estudos ou
possuem demandas pessoais que dificultam a disponibilidade de horário para atividades
coletivas, este encontro tem como objetivo permitir que os estudantes utilizem o horário de
aula para tal.
8º encontro: plantão dúvidas
Objetivo: Oferecer aos estudantes a possibilidade de dirimir dúvidas, realizando ao
mesmo tempo uma autoavaliação dos seus processos de aprendizagem ao longo dos
encontros anteriores e estudo em casa, sobretudo, no que diz respeito à sua postura
investigativa para resolver os problemas que se apresentaram durante os mesmos.
Neste encontro, os alunos terão à disposição o professor da disciplina, para que
assim possam discutir dúvidas e problemas encontrados ao longo da disciplina, de forma
colaborativa, construindo assim um processo formativo participativo. Este encontro vem
disposto logo após o encontro livre pois acreditamos que é nesse momento que os alunos
terão discutido suas dificuldades e desafios coletivamente e assim, poderão incorrer em
dúvidas para serem sanadas pelo professor.
9º encontro: O que já sabemos? Revisão através do Kahoot!
Objetivo: Nos encontros 9 e 10, os discentes poderão refletir sobre suas práticas
durante todo o percurso e desta forma empreender e criar seus próprios produtos educativos
e auto-avaliativos.
Neste encontro, os alunos serão separados em grupos, em que cada grupo será
responsável por criar 5 (cinco) perguntas sobre os temas da disciplina. Durante o encontro,
o professor realizará um sorteio de 20 perguntas que serão incluídas em um jogo através da
plataforma Kahoot! Os alunos serão avaliados através do ranque final do jogo e do grau de
dificuldade das perguntas.
10º encontro: Apresentação e discussão acerca do processo de
desenvolvimento de podcast
A avaliação é uma parte intrínseca do processo pedagógico, mas ela não deve ser
limitada por exames ou instrumentos de medida que retornem valores numéricos. Ela deve
ser tratada como um meio para melhoria da aprendizagem do aluno, uma observação de
como o mesmo realiza uma expectativa (Hadji, 2001). Sendo assim, neste encontro os
alunos deverão discutir os resultados de um podcast que eles desenvolveram ao longo do
curso, com base nos conhecimentos adquiridos durante as aulas, contribuindo assim para a
divulgação científica acerca do tema para a comunidade. Os alunos serão previamente
divididos em grupos (no início da disciplina) e deverão elaborar um podcast que tenha como
público alvo estudantes do ensino básico, divulgando os grandes pensadores apresentados
no curso.
Estratégia didática: Podcast
Os alunos esquematizam apresentações para discutir, coletivamente, o processo de
desenvolvimento e divulgação do podcast por eles desenvolvido, contribuindo com ideias
para os colegas e recebendo críticas e feedbacks. Os podcast devem ser apresentados de
forma geral, em uma apresentação curta (é esperado que toda a turma esteja familiarizada
com a produção dos demais) e com isso se discuta as dificuldades, os desafios e as
contribuições dessa atividade para a formação, para a Ciência e para a comunidade.
Referências bibliográficas

ALVIM, Marcia Helena; ZANOTELLO, Marcelo. História das ciências e educação científica
em uma perspectiva discursiva: contribuições para a formação cidadã e reflexiva. Revista
Brasileira de História da Ciência, v. 7, n. 2, p. 349-359, 2014.

ANASTASIOU, Léa das Graças Camargos; ALVES, Leonir Pessate. Estratégias de


ensinagem. Processos de ensinagem na universidade: pressupostos para as estratégias
de trabalho em aula. Joinville: Ed. Univille, p. 73-107.

BEVILACQUA, Luiz; ALMEIDA FILHO, Naomar de; MOTA, Ronaldo. Vivenciando 2020 -
Perspectivas da universidade: instituição de conhecimento, formação e ensino? 26 mai
2020. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=5FYyrA57lEA>. Acesso em: 24
nov 2021.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018.

CACETE, Núria Hanglei. Breve história do ensino superior brasileiro e da formação de


professores para a escola secundária. Educação e Pesquisa, v. 40, p. 1061-1076, 2014.

CHAUÍ, Marilena. A universidade pública sob nova perspectiva. Revista brasileira de


educação, p. 5-15, 2003.

HADJI, Charles. A Avaliação desmitificada. Porto Alegre: Artmed, 2001.

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