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Variação Anatômica

Como o objeto de estudo da Anatomia Humana é o corpo humano, fazem-se

necessárias algumas considerações sobre ele. Nos agrupamentos humanos há evidentes

diferenças morfológicas, denominadas variações anatômicas, que aparecem em qualquer

um dos sistemas do organismo, sem prejuízo funcional. Veja a figura 1.

Figura 01.

A posição anatômica é uma posição de referência e padronizada. O corpo está numa

postura ereta (em pé, posição ortostática ou bípede) com os membros superiores estendidos

ao lado do tronco e as palmas das mãos voltadas para frente. A cabeça e pés também estão

apontados para frente e o olhar para o horizonte. Na figura 1, externamente os indivíduos A e

B são diferentes, mas nenhum apresenta prejuízo do equilíbrio na posição bípede. Este é um

exemplo de variação anatômica sem prejuízo funcional, embora diferentes, ambos conseguem

fazer a mesma função.

Morfológicas:

Estudo do aspecto, da forma e da aparência exterior dos órgãos, dos seres vivos, da matéria

ou das partes que compõem um vegetal.

Ortostática:

Que diz respeito à ortostasia, à posição vertical.

Medicina Diz-se de fenômenos que só se produzem em consequência da posição em pé.

Anatomia Geral

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Anatomia Geral

Veja agora, na figura 2, a representação do estômago em dois indivíduos.

Figura 02.

A forma dos dois estômagos é diferente. O primeiro é alongado, com grande eixo

vertical e o outro está mais horizontal, mesmo assim os dois estômagos executam os

fenômenos digestivos normalmente, ou seja, existe uma variação na forma, sem alterar a

função dos órgãos.

Figura 03.

Outro exemplo pode ser visto na figura 3, onde em dois organismos humanos, uma

artéria pode se dividir em duas ao nível da fossa do cotovelo (indivíduo A), em outro ao nível

da axila (indivíduo B). Onde a artéria se bifurca varia, mas a função da artéria de irrigar o

membro superior continua preservada.25 26


Devido a estas variações, o estudante deve considerar que os indivíduos que ele observa

podem ser diferentes daqueles representados nos Atlas de Anatomia. As descrições

anatômicas dos Atlas obedecem a um padrão sem variações.

Quando as variações morfológicas têm perturbação funcional, são denominadas de

anomalia. Por exemplo: o indivíduo que nasce sem um olho, além de ter variado a forma,

ainda perdeu a função que o olho desempenharia.

Quando as anomalias são muito acentuadas, deformando profundamente o corpo do

indivíduo, a ponto de ser incompatível com a vida, são chamadas de monstruosidade, como

no caso na anencefalia.

Temos ainda variações anatômicas individuais que decorrem de fatores como: idade,

sexo, raça, tipo constitucional e evolução.

A anencefalia é uma condição caracterizada pela má formação ou ausência

do cérebro e/ou da calota craniana (os rudimentos de cérebro, se existem, não são

cobertos por ossos). Embora o termo sugira a falta total de cérebro, nem sempre é

isso que acontece e muitas vezes há falta de partes importantes do cérebro, mas a

presença de algumas estruturas do tronco cerebral, o que sustenta a sobrevivência

do feto. Contudo, a expectativa de vida de bebês nascidos com anencefalia é

muito curta e ela é sempre uma patologia letal a curtíssimo prazo.

Trata-se de ocorrência rara (1/1.000 ou 1/10.000, conforme as estatísticas),

mais comum em fetos femininos e em mães nos extremos da faixa reprodutiva,

muito jovens ou muito idosas.

A incidência, na verdade, pode ser maior que essa porque ocorrem muitos

casos de abortos espontâneos em que a condição não é diagnosticada.


Leia mais em: http://www.abc.med.br/p/saude-da-mulher/340714/anen-

cefalia+causas+sinais+e+sintomas+diagnostico+evolucao.htm

A idade é responsável por alterações anatômicas evidentes. Desde a fase intrauterina até

a velhice nosso corpo passa por inúmeras transformações. Pelo fator sexo (masculino ou

feminino) é possível diferenciar indivíduos, devido às caracte


Anatomia Geralrísticas especiais, muito além da simples diferença de órgãos genitais. Pela

raça, um grupo humano se distingue de outro devido a características físicas, como por

exemplo, pela cor da pele.

Na grande variabilidade morfológica humana há possibilidade de reconhecer várias

formas constitucionais, do tipo médio aos tipos extremos e mistos. Os tipos são chamados de

brevilíneo, mediolíneo e longilíneo.

Figura 04.

Os brevilíneos são indivíduos atarracados, em geral baixos, com pescoço curto, tórax

de grande diâmetro ântero-posterior, membros curtos em relação à altura do tronco. Os

mediolíneos apresentam caracteres intermediários aos tipos extremos. Os longilíneos são

indivíduos magros, em geral altos, com pescoço longo, tórax muito achatado ântero-

posteriormente, com membros longos em relação à altura do tronco.27

No decorrer dos tempos, os seres humanos também sofreram modificações morfológicas

devido à evolução e adaptação da espécie.

Além das variações citadas, notáveis modificações ocorrem pela cessação do estado de

vida. Os cadáveres não correspondem, exatamente, ao ser humano vivo. Existem alterações

nas estruturas relacionadas à coloração, consistência, elasticidade, forma e posição de

estruturas anatômicas.

Divisão do Corpo Humano

Figura 06.

O corpo humano se divide em: cabeça, pescoço, tronco e membros. A cabeça está na

extremidade superior do corpo, unida ao tronco pelo pescoço. O tronco se

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