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PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO EM EDIFICAÇÕES

BOATE KISS

27 de Janeiro de 2013

Santa Maria - RS
As ações de segurança contra incêndios possuem três
fases: prevenção, proteção e combate.

A PREVENÇÃO analisa, por exemplo, o tipo de material a


serem aplicados na edificação na edificação,
principalmente nos revestimentos de paredes, tetos e
pisos.

Na fase de PROTEÇÃO, o objetivo é observar o tempo de


resistência ao fogo, que é a segurança estrutura,
importante para que não haja colapso do edifício.

Para o COMBATE, é importante ter todos os


equipamentos contra incêndio bem sinalizados e
atualizados, para que a segurança na evacuação seja
garantida, assim como o combate inicial.
A PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO é definida como medidas
tomadas para a detecção e controle do crescimento do
incêndio e sua consequente contenção ou extinção.

Essas medidas dividem-se em:

1) medidas ATIVAS de proteção que abrangem a detecção,


alarme e extinção do fogo (automática e/ou manual); e

2) medidas PASSIVAS que abrangem o controle dos materiais,


meios de escape, compartimentação e proteção da estrutura
do edifício.
MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO

 Iluminação de emergência;  Chuveiros automáticos;


 Sinalização de emergência;  Brigada de incêndio;
 Saídas de emergência;  Compartimentação;
 Extintores;  Controle de materiais de
 Detecção de incêndio; acabamento e revestimento;

 Alarme de incêndio;  Resistência ao fogo dos

 Hidrantes; elementos de construção.


MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO

PASSIVAS
As medidas de proteção passiva devem ser tomadas
durante a elaboração do projeto arquitetônico e de seus
complementares, com o objetivo de evitar ao máximo a ocorrência
de um foco de fogo, e, caso aconteça, reduzir as condições
propícias para o seu crescimento e alastramento para o resto da
edificação e para as edificações vizinhas.

ATIVAS OU DE COMBATE AO FOGO


As medidas de proteção ativa ou de combate são de
reação ao fogo que já está ocorrendo, que é formado por sistemas
e equipamentos que devem ser acionados e operados, de forma
manual ou automática, para combater o foco de fogo, com o
objetivo de extingui-lo ou, em último caso, mantê-lo sob controle
até sua autoextinção.
MEDIDAS DE PROTEÇÃO PASSIVA

Afastamento entre edificações


Segurança estrutural das edificações
Compartimentações horizontais e verticais
Controle da fumaça de incêndio
Controle dos materiais de revestimento e acabamento
Controle das possíveis fontes de incêndio
Saídas de emergência
Sistema de proteção contra descargas atmosféricas
Brigada de incêndio
Acesso das viaturas do corpo de bombeiros junto à
edificação
MEDIDAS DE PROTEÇÃO ATIVA OU DE COMBATE

Sistema de detecção e alarme de incêndio


Sistema de sinalização de emergência
Sistema de iluminação de emergência
Sistema de extintores de incêndio
Sistema de hidrantes ou mangotinhos
Sistema de chuveiros automáticos (“sprinklers”)
Sistema de espuma mecânica, em alguns tipos de risco
Sistema de gases limpos ou CO2, também em alguns tipos
de risco
MAIORES CAUSAS DE MORTES EM INCÊNDIOS

Analisando levantamentos estatísticos de vários países europeus


sobre a causa das mortes decorrentes de incêndio, mostra que o
fracasso da desocupação das edificações é devido a uma ou mais
das causas citadas abaixo (Entre parênteses os equipamentos
que poderiam ter evitado estas mortes):
Demora para os ocupantes perceberem o fogo (Alarmes?
Treinamento? Brigada de incêndio?);
Rotas de saída de emergência bloqueadas pela presença de
fumaça (sistema de controle da fumaça de incêndio?
Treinamento? Brigada de Incêndio?);
Ocupantes que não conheciam as rotas de saída de
emergência alternativas (sinalização? Brigada de incêndio?
Treinamento?) ;
Rotas de saídas de emergência inadequadas quanto ao
projeto, número e largura (um bom projeto?);
O melhor projeto de segurança contra incêndio é realizado
pela implantação de um conjunto de sistemas de
PROTEÇÃO ATIVA (detecção do fogo, combate ao
incêndio, etc.) e de PROTEÇÃO PASSIVA (resistência ao
fogo das estruturas, compartimentação etc).

A seleção de um sistema de segurança deve ser


determinada pela probabilidade de ocorrência do incêndio
e o consequente risco à segurança das vidas.

Adicionalmente, é necessário identificar a extensão do


dano à propriedade que pode ser considerada tolerável
PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA DE INCÊNDIO

a) a atividade e o conteúdo de combustíveis (carga de incêndio) na


edificação; por exemplo, os riscos são maiores em uma fábrica de
produtos de madeira do que em uma indústria metalúrgica;

b) o tipo de edificação; por exemplo, um prédio térreo com um


pavimento extenso sem compartimentação constitui um risco maior do
que um edifício de múltiplos andares subdividido em grande número
de compartimentos resistentes ao fogo;

c) a prevenção ativa do incêndio; as chances de desenvolvimento de


um incêndio são fortemente reduzidas se forem instalados detectores
de fumaça e chuveiros automáticos.
O triângulo do fogo é a representação dos três elementos
necessários para iniciar uma combustão. Esses elementos
são o combustível que fornece energia para a queima,
comburente que é a substância que reage quimicamente com
o combustível e calor que é necessário para iniciar a reação
entre combustível e comburente.
CLASSES DE INCÊNDIO

Classe A - são materiais de fácil combustão com a propriedade de


queimarem em sua superfície e profundidade, e que deixam
resíduos, como: tecidos, madeira, papel, fibras, etc.
Classe B - são considerados inflamáveis os produtos que
queimem somente em sua superfície, não deixando resíduos,
como óleo, graxas, vernizes, tintas, gasolina, etc.
Classe C - quando ocorrem em equipamentos elétricos
energizados como motores, transformadores, quadros de
distribuição, fios, etc.
Classe D - elementos pirofóricos como magnésio, zircônio, titânio.
Classe K – óleos de cozinha, gorduras e graxa (classificação da
norma NFPA 10).
MÉTODOS DE EXTINÇÃO

A extinção de um incêndio corresponde sempre em extinguir a


combustão pela eliminação ou neutralização de pelo menos um
dos elementos essenciais da combustão representados
pelotetraedro do fogo.
Resfriamento
Método de extinção de incêndio que consiste no rrefecimento do
combustível, ou seja, nadiminuição da temperatura deste,
resfriando material inflamado abaixo do seu ponto de fulgor.

Isolamento
Método de extinção de incêndio
que consiste na redução na
separação entre o combustível
e a fonte de energia (calor) ou
entre aquele e o ambiente
incendiado.
Abafamento
Método de extinção de incêndio que consiste na redução
da concentração do oxigênio tornando a mistura pobre ou
da retirada de Oxigênio, pela aplicação de um agente
extintor, que deslocará o ar da superfície do material em
combustão.
COSCIP-PE

DEFINIÇÃO DOS SISTEMAS


(Art. 25 COSCIP)

l. CLASSIFICAÇÃO DAS OCUPAÇÕES

1. TIPO A ® Residencial Privativa Unifamiliar; Art. 8º


2. TIPO B ® Residencial Privativa Multifamiliar; Art. 9º
3. TIPO C ® Residencial Coletiva; Art. 10
4. TIPO D ® Residencial Transitória; Art. 11
5. TIPO E ® Comercial; Art. 12
6. TIPO F ® Escritório; Art. 13
7. TIPO G ® Mista; Art. 14
8. TIPO H ® Reunião de Público; Art. 15
9. TIPO I ® Hospitalar; Art. 16
10. TIPO J ® Pública; Art. 17
11. TIPO K ® Escolar; Art. 18
12. TIPO L ® Industrial; Art. 19
13. TIPO M ® Garagem; Art. 20
14. TIPO N ® Galpão ou Depósito; Art. 21
15. TIPO O ® Produção,manipulação,armazenamento e
distribuição de derivados de petróleo e/ou álcool e/ou produtos
perigosos; Art. 22
16. TIPO P ® Templos Religiosos; Art. 23
17. TIPO Q ® Especiais. Art. 24
EXTINTORES DE INCÊNDIO

TIPOS:
1. Manual;
2. Sobre rodas (provido de mangueira com, no mínimo 5,0
metros de comprimento, e dotado de difusor, esguicho ou
pistola, apresente-se montado sobre carretas;
EXIGÊNCIAS:
1. Todas ocupações, exceto privativas unifamiliares.
HIDRANTES E MANGOTINHOS

COBERTURA:
1. 30 metros, para internos;
2. 60 metros, para externos;
3. Não protege pavimentos diferentes;
4. Distância máxima entre 2 consecutivos = 60m;
5. Quando externos (duas saídas);
6. As mangueiras deverão estar estendidas em plano;
horizontal e sem computar o jato d’água;

EXIGÊNCIAS GENÉRICAS:
1. Altura > 14m;
2. Edificação com mais de 4 pavimentos;
3. Área construída > 750m2
HIDRANTES E MANGOTINHOS

RESERVATÓRIOS
1. Elevados;
2. Subterrâneos ou de superfície (dotados de bomba);
3. Elevados + Subterrâneos ou de Superfície capacidade do
elevado poderá ser diminuída em 50%, desde que não seja
inferior a 10.000 litros
4. “A” ® 7.200 l se elevado - 30.000 l se subterrâneo;
5. “B” ® 15.000 l se elevado - 54.000 l se subterrâneo;
6. “C” ® 21.600 l se elevado - 60.000 l se subterrâneo.
7. Suprimento d’água permanente;
8. Reserva de incêndio deverá ser calculada para que sua
capacidade garanta suprimento d’água no mínimo durante 30
minutos para alimentação de duas saídas de água
simultaneamente.
SAÍDAS DE EMERGÊNCIA

ACESSO (Definição)

1) Caminhos percorridos pela população do pavimento para


alcançar a saída de emergência (corredores, passagens,
vestíbulos, antecâmaras, balcões, varandas e terraços);
2) Satisfazer as seguintes condições:
a) permitir escoamento fácil;
b) permanecer desobstruído em todos os pavimentos;
c) largura proporcional ao nº de pessoas que transitem;
d) possuir sinalização clara e precisa do sentido da Saída
e) Distâncias a serem percorridas até a saída:
– 25m, quando pvtºs isolados entre si;
– 15m, sem isolamento entre os pavimentos;
– 35m, quando pvtºs isolados entre si e isolamento
entre as unidades autônomas.
ESCADA DE EMERGÊNCIA
1) Tipos:
a) Tipo 1 - Comum.
b) Tipo 2 - Protegida
c) Tipo 3 - Enclausurada
d) Tipo 4 - Prova de Fumaça
ESCADA DE EMERGÊNCIA
Devem ser:
a) Construídas em concreto armado;
b) Pisos revestidos
c) Pisos antiderrapantes
d) Atender todos os pavimentos, inclusive subsolo
e) Corrimãos em ambos os lados.
ESCADAS EM ESPIRAL OU HELICOIDAL NÃO ADMITE
COMO SAÍDA DE EMERGÊNCIA.

PORTAS
1. Escadas tipo 3 e 4, somente PCF;
2. Se + de 50 pessoas, abrir para fora (sentido fluxo);
3. Deverão estar fechadas, mas não trancadas.

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