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Depressão

Resulta de uma insatisfação, de uma frustração em relação a si mesmo,


naquilo a que se propunha, no não-realizado. Isso se expressa como
desinteresse pela vida, melancolia e apatia, atitude masoquista de fuga e
auto-aniquilação. Outras causas podem ser disfunções e insatisfações
sexuais, principalmente se no sexo está demasiada importância existencial
do indivíduo; dificuldades em aceitar perdas, em lidar com o luto, em
especial se fica um sentimento de culpa ou arrependimento irresolvível
decorrente desse luto, convertidos em auto-punição. Ou ainda aflições e
inseguranças materiais como o desemprego; separações afetivas que
deixam o rastro de solidão e sentimentos de rejeição e inferioridade.
Todas causas que deveriam ser superadas em tempo relativo de algumas
semanas ou meses em caso de saúde psico-emocional, ao prolongarem-se
demasiadamente se agravam e se tornam patológicas exigindo
terapêutica adequada.
Atitudes profiláticas e preventivas são as que garantem segurança e bem-
estar, através da atitude do indivíduo encarar de frente a realidade de
seus sentimentos e falar aberta e naturalmente sobre eles com pessoas de
sua confiança. Falar também aos seus personagens queridos sobre o quão
são queridos e importantes, fortalecendo laços e gerando ambiente
interno saudável de fortalecimento em uns e outros, pela liberação e
cultivo das emoções superiores.
Muitas outras causas podem contribuir, como choques externos,
acidentes, traumatismos cranianos, agressões perversas e traumáticas,
por influenciarem os neurônios do tronco cerebral, próximo à junção do
cérebro com a medula espinhal, que enviam sinais à rafe e ao locus
cerúleo, responsáveis pela produção de serotonina e noradrenalina,
respectivamente, perturbando essa função estabilizadora da afetividade e
permitindo a instalação do transtorno depressivo. Há ainda eventos
perinatais, quando o Self atuando no conjunto celular experimentou a
amargura da mãe que não desejava o filho, da violência paterna, dos
conflitos familiares e domésticos, dos transtornos gestacionais que mais
tarde se manifestarão como transtornos de comportamento. A inevitável
herança de dramas e tragédias de existências anteriores também
resultando em perda de auto-estima e no desequilíbrio na relação entre o
Self e o ego, que resulta mais uma vez no transtorno depressivo e
inclusive possibilitando a ocorrência de sintonias astrais com elementos
presos à cobrança e à culpabilização através de perversas obsessões.
É no momento da fecundação, através da atividade plasmadora do
períspirito, que se imprimem nas primeiras células os fatores necessários à
evolução do indivíduo, que no momento certo se manifestarão em forma
de depressão. A hereditariedade faz parte do cenário de reparação
proposto em seu processo de evolução.
A psicoterapia é caminho de liberação de traumas e eliminação de culpas,
abrindo o ser à esperança, à valorização de si e da vida, à saúde
emocional, à individuação, às vivências enriquecedoras e à felicidade.
Hábitos saudáveis de boa convivência, boas leituras, boas conversas,
oração e prática do bem constituem psicoterapia profilática necessária a
todas as pessoas.

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