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Colegio Educagdo Contemporanea sta colegio abrangetbathos que aberdam o problema ducacional brasileiro de uma perspectva. ania © cca. A educa & considerada como fenimeno totalmente radieado no contexto socal mals amplo © textos desenvolvern andise debate cerca das consequfacas desta relagio de dependncia, Divan proposas de glo peagigica cores einstramentes Teeos e pritioas para 0 tabilho educcionl, consideadonrescadivel pate an projet tic de ‘tansformac da sociedad brass, Contoca mais obras desta colegio, eos mals elevantes autores dara, no nosso sit: \wwtcaresassociados.com br Otaviano Helene UM DIAGNOSTICO DA EDUCAGAO BRASILEIRA € de seu financiamento Colegio Bévcagio Contempatines auronss assocunos EE '”= he Ceppright © 2013 by Editora Autres Assocades Leda Tron ds snares es le acta Pei (IP) Sumério et ___ esas Amresenagi0 7 1 Iie pas aca es eee ase 1. Um breve diagno... . “6 ‘nominee : Ine sn 20min gated 2 mt ee pei a cierto 2 thaicttga pepe a eevee tte feet = ee 2 iat do nin ape ons % a 24 etcetera = <= o 24 Ocalan ous = 26, Mos emesis qe ces pala clusion 3. Financiamento da educasio pablica 3: Come sna bandits 10% do PIB pra 2 ehacao pain. 52, Quam realmente svesumes em uc pica? 5.5 0 pars revamps riers, 34. Mais ecros psa a efucagio: nad perder © 5. Educa, cresimento da produto e Aesevalvieate vce 4. Projetosproblemsiticos. 4. mts poets, enna oso 42. sin a distin: um problema sr supers, no an soo, 415 Se outros pases podem, por que ns 80 perio? 44. Considere ests pies, 5,0 que precisamos fazer? SA Temas conde objevs pa extabelecer un bom sitermaeducacionl Por que a o lege? 2 126 52. Preiss de um ster pio de eduengio referencia m sociedad nae ms neesidades 136 Fonte de dads 4 Sobre o ator ose HED: Apresentacao no pais em seus primeiro e segundo capitals. Para ev tac ua excesiva e magne citagio de dacos estatisticos, ‘2 descricio & feita com base em poucasindlcadores, mas su E: ivr apresenta um breve dagnéstic sobre a elucagio ‘enterente amplos para represetar bem o nosso aa! sistema. ‘educacioal Por exemple, of indicadores do analfbetiemo de jovens ‘autos refetem tanto © presente como @ passado recente do ‘nosso sistema educacionel -e, dada aincapacidade que ess sis tema tem mestrado de recperar os problemas que cis, m jo vem analfabeto ou subescolerizado assim permaneceré por toda vid, thsteando algumas das nossas limitagbes Futura, Os ind ‘adores do ensina superior refletem, por um Indo, a evolugto do sistema eucaional até final do ensino médio; por out, seus aspects quanttativos e qualitativos~ineluindo es académicase sua capacdade de responder, ou ni, snecesidades regionals € profisionais do pals ~ indica nostas possibliades futur Além desses, alguns outros poucos indicadores so sufclentes ‘ar dav uma visio ampla de tod o sistema edveacions do pate ‘austentar es andliss, concludes propostas aul apreentares, 0 diagnstieo aq spresentado toma como uma des ee, ‘ocas a realidad educaciona de outes pase, em panicle ‘tas dead. permtindo loclzat 0 perioes de ange eee estar suas causa © consequénciag também algumas a Cis a concentragio de ren, as possbilidades de desevan ‘eno wal cultural eclentiio do pas, as diferengas eponsis < & Possbildades, ou nfo, de promovermos um aumento, redo de bens evigs, que dependefrtemmente da ov, ‘Gavia de profisionats bem foemados O sliagnéstico deixa claro que nossa stuasio educaconal S24 save do que deseamos,precsamos © pedemos ter, alan de mostrar que, no Brat em lugar dea lucha ser marine ‘mento ave lla na supeacto dos sandes proslanse neces ‘sce por repro, conibuindo pasa que else ppctocn A principal causa do nosso atrasoelucaeional falta da ‘cursos pblcos em quandade suficiente. Ess questio Cabos 42-0 Capitulo 3, no qual éanalisada a reldade do financianeng, & educago. As vantgens de um aumento dos investments oy ucao niblea também aparccem nese capiila. Aina goon ‘enrada ua avaliagio de quant deveranos ines para sapere ‘#atrasosacumladose vibillza um fturo mals promtna Os gnnhos soci, eultuais © econdenene dss ives ‘entossio muito grandes e, portato, compensadore. Devin, 2 IEC Ol {um Percents! msior do produto interno brta (PIE) & educa + sevindeagio histrca de enidaes © pessoas comprome, fia com a construgdo do futuro ~ no causa a meds dee ‘tp.te asad complementam as informagdes neces pore defini o que devemas fazer hoje, ‘Tomando como base os dignéstics, as comparacs n- {eracionas« as do preseate com 0 pasado, o tlie sapile sponta diesto que devercs seguir. Ele nfo € um plano ace 2 de eucigo,mas sim uma ese de conluso logics oe (isa) — programa da Organizagto para a Cooperacao © Desenvolvimenta Econémico (OCDE) que examina profciéeta fem leture, matemtia © ciéacias) , que em sua versio de 2009 avaliouestudantes de 65 pases. Menos de 19% dos nossos Onan pasos srw idea sata plo Minis da aco (SEC) yrasmei qualidade eagle de 2005 1 OMsn's cn prognna go nc tes pozados deer, fenica cnn apcator cae s nos estates de 19208 {inde Ge deans eps Ox pees ads corespnden ‘Poe itis dos dvepenos ass res avalias ‘stadantes de 18 anos de idadeatinge, na méi do deserpeno cm leiture, cincias e matomitie, os dois nivels superores de ‘una escala que va de 1 a6, padre atingido por cerea de 10% dos estudantes dos pases mals desenvolvios. No outro extremo, ddaqueles que nem sequeratingiram o primeira nivel da escal, ‘estlo 214 dos nossos estudates de 18 anos, conra 5% dos pa ‘23 da OCDE (e 34 dos membros da OCDE que fizeram parte do ‘loco socialists © apenas 1% dos ilandeses). A diferensa é mul to grandee sea sles mator se fssem includos na esta todos os nosss jovens de 15 anos de dad, muitos ds quai nio foram consierads no levantamento por J terem sido excluldos da escola ou por apresentar defasagem idade-sérle superior @ dois anos ~ problemas que praticamente incxstem nos pases mals desenvolvdose, entre os paises da OCDE, existe apenas ‘no México. [Nessa comparagio intemacional, © objetivo nlo & fazer um ranqueumerto dos pases paca tstrar como estamos mal. 0 objetivo € entender nossas possibllidades de inser soberana lente as demais nagSes quando pases muita menes populosos do aque 0 nosso ox algumas regides dos pases mais populsos tm um nimero maior de estudantes bem preparados(niveis Se 6 na ‘scala do W188) do que em todo o Bras sino superior Uma anise nos fax conclir que hi dos problemas a se. ‘em enfrenados no ening superior: sua qualigade &comprome- tida pelo pequeno nimero de estidantes bem preparados que ‘conclu oensino médio e pala enorme privatizacio do set. De fac, o Brasil € um do recordist mundial em privatize, talver para desgosto dos dfensores do liberlisno, os Estades Unidos (EUA) no esto entre estes. E, plot, pivatizacéo do- minada por instiuigdes mercants que, como reg, oferecem 18 cursos com apelo mercadolgico, em regis geogréfcasedreas do conhecimento que mio cortspondem nem is necessdades de profissonais do pats nem As caréncias das diferentes regies. "ss privatizasbo nos fer, em comparagao com os demas pases, teruma concentragio multo alta de estudantes em cursos de bat ‘xo recom cultural, sociale econdmico e poucos les (ou pou ‘quissmos) em dreas relacionadas a0 desenvolvimento do sor Drodtivo © & promogio do bem-esar da popula. Assim, export de esi superix yur mio do stor pi ‘vedo ~ coin para a qual todos os goveros fedoras e muitos dos ‘staduaise municipal contebutram durante otto melo su Jo, continua a contrinae~comprometes, de forma gravisima, 8 qualidede do sistem, se ompromerimentorebaixa as expec ‘ativas,tano dos estudante como da popula em geral, quanto ‘0 que 6 ou deveria set ~ um ensino unveriro. xo que no, spenasvihiliza a aceltago desse rcbaixamento dos cursos como ria as conde para que ele se intensifique ainda mais no fi tro, fechando um erento vielogo Tavera aceltaildade que 0 censin a dstinea em nivel superior est secehendo hoje seja um fexemlo de que um primelro rebaixamento da qualidade cia as ‘ondgies para rebaeamentos maores no futuro: alguém podesia Imaginar hé poucesdécadas, um curso superior de lcenctatura ‘om dias horas de aulas presencia por semana e és anos de ‘duragio? Ceramente, nfo. Se hej, no Brasil, es tpo de curso { acetivel, é porque os ertris de qualidade dfndios entre a populace e os exudantes so extremamene aise. 0 futur ser igual co passado? 4 fundamental reveter esa situagio, enftentando s- ‘multaneamente of problemas qualitatves quantitaivs Entretanto, para que ess tarefa faca parte das agendas gover rnamentais (os municipios, dos estados ¢ da Unio}, muita luta ainda € necessria, inclusive especialmente com 0 objetivo de aumentar os recursos piblicos ings 20 seoreducaclonal, Caso pas continue a trilhar os mesmas camino, na hi divides de que reproduzir, no futuro, as mesma caracteristcas atuats, continuando com um padrio edueacional insuiclente, ahaixo mesmo daquele encontrado em patset que apresentam maiores cifculdades, Continuaré a ofereer apenas & poucos os instrumentos necessirios para garaniro leno exerecio de ch usa ede de formar os quads pronssonais necessarice para garantiro bem-estar da populagio e viablzar 0 aumento da produeso econdmica 0 capitulo seguinte, a0 examina» evolugto da educagio baile ao longo dos ilkimos cem anos, extenders, em certo sentido, a anise apresentada até agora a: Tentando entender as origens do problema 2.1. Educagdo: dois grandes passos para trés nl doko seme ecarraeofomca iene Sinise sera mun Ber med cent ni to + ee twa deca gral eqn el ga coo a pou md nl peu us ha ao, ag pe, Tena se dna oe pt hye ue (a ave ncaa dc pens er soe vonnadmente ‘here da ccnlragi lone pl sa ce cna nm pron de pac mls eats aon (wo tm pun 2 ab cs eg psn Tp ecole ma forecés 8 popeago peo ser eel ‘eecponde so ndmers mao de sce de exe dag pen ge ‘ram osm co eu etd ano do een ‘revnnd fens cm Base moog de iano fa), Erle exe eperada mo Bras soln "can © gun, So Ps, FEU, wl 38, es no muito itensas na taxa de crescents, hé dois periodos ‘oentes de extmagio, ou mesmo deretrocesso, bastante longo, lum dees se inicio pouco anes de 1980 e out, por volta do ano 2000. Foram dois exonmespassos para teem uma caminhade J problema, Figura 2 ‘uate media em no) popalagto 10 1889 1980 1940 1950 1S8U IVA) 1980 1890 2000 2010 one Helene 201, pp. 19710, bora dost. Ate de nalsinos x spose roc ses ean pr ss gene € ete obra uc alga etn ects ves mand peo da igure 2 (hoon da pens da seen ed i eer ds pop Inerogs ner ps {rll ain cone sopra creer stay tem adeno er de conte ar Py ierentesniveis edveaconais etc. Apes dessa incerteza é ev Cente a auséncia de qualquer evolugio postiva da escolaridade nas décadas de 1980 ede 2000. ‘A crise da década de 1980 pode ser entendida pelo que ‘corre imediatamente antes dela. Grande parte do crescimeno ‘a esoardade mia ofereida pelo sera educacioal dvante ‘vido militar em vide do fim do exam de admisio para 0 nig gnso(cyo nfl coincide com o que 6 qunta sxe ono bexto ao do ensino fundamental ataimene) ~fato do al ese ‘aces mie vel devem se embrr ~ ¢ com iss os estudantes que tstavam represados ao final do ensino primério pasaram a Muir elo sistema, Entretanto, como io havi in peograma consistence ‘gue fos capa de contnuar Inland noves alunos, quando ese fet de desrgresamena se esgoto, comecou wm longo perfodo de cetagnagioe retroceso, Hse periodo colncde com a crise exond- ‘mica que, como a educaconl, marcou a falénca do projeto impos to pala itadura alta, Muito provavelment, a exise econtnica, ‘ajo perio mal nts coincide com sca de 1950, amb ‘eve ter contibuido com a crise euccional do mesmo perodo, poles frequéniaeocolar, marmo quando implique pagamento de Imenaalidade, gera despesas eperda de rena da fafa doses dantes. Asin, ado €surpreendente que, inexstindo mecanismos ‘que compeasem oefio eondeico provocad pea requ €5- colar, uma erseecondmica tena elexs na educa, ve perlodo de esagnaséo 3 foi superao patie de 1990, e eso pode estar rekicionado a vxos fatoees. Um des pode ter orgem na Consiga de 1988 ¢ nas movimentagies socials que ocrreram na mesma épocs, quando os dcitossoies passer a fazer parte de discusses potas, levando &eeigio e candidtos compromeridos com eses direitos ou menos aves: sot a eles, Outro feito fol osurgimento de polteas de progessio ‘ontinuada~ inftimentetansformadas, na prdtics em aprova ‘eu ee cen 012 ‘ein matin rlgnés pelo Laborsiio de tnortca (CHR) ‘Untrdae FarlPomlense. Dupo st

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