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No Dia Nacional da Libras, Cid Torquato, as intérpretes Vânia

Santiago e Dayane Ebert e a educadora Néllik da Silva falam


sobre essa forma de comunicação
Por Juliana Delgado

A Língua Brasileira de Sinais (Libras) ganhou visibilidade


durante a pandemia na busca por garantir acessibilidade na
transmissão de eventos remotos. E ainda está sendo
implementada como um direito de pessoas surdas sinalizadas,
embora já seja reconhecida oficialmente no Brasil.

Um dos destaques, inclusive, ocorreu em uma das eliminações


do reality show Big Brother Brasil 2022, ocasião em que
Tadeus Schmidt, apresentador da edição, contou primeiro à
comunidade surda sinalizada que naquele dia “as mulheres
ficariam”, pois o mais votado para sair da casa havia sido o
participante Rodrigo.
Em manifestações nas redes sociais, diversos internautas
comemoraram a atitude do jornalista, afirmando que foi uma
valorização da Língua Brasileira de Sinais e, por consequência,
da inclusão. Anualmente, em 24 de abril é comemorado o Dia
Nacional da Língua Brasileira de Sinais, data marcada pela
publicação da Lei nº 10.436/02 Site externo, que regulamenta
essa forma de comunicação.

A intérprete Vânia Santiago, que atua na área há 24 anos,


declara que houve um “aumento considerável” de demanda
para a prestação do serviço de interpretação em Libras durante
o isolamento social e que a língua recebeu mais visibilidade por
ter alcançado uma maior abrangência com os eventos on-line:

“Eventos que eram realizados presencialmente com


interpretação somente para o público presente foram
transferidos para as redes sociais, principalmente YouTube e
Facebook, permitindo que mais pessoas tomassem
consciência da necessidade da Libras como direito linguístico
das pessoas surdas sinalizadas. Chamando atenção para
diferentes recursos de acessibilidade, forçando inclusive que as
plataformas adaptassem suas configurações para comportar
diversos recursos.”

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