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Décima terceira aula de ME5330

– conceito de rotação específica

Novembro de
2010
Devemos recorrer
ao fator de Thoma,
o qual depende da
rotação específica.
O que fazer
quando não é
dado o
NPSHrequerido pelo
fabricante?

?
Quero ver
isto com
um
exemplo!
Dados:
Calcular a máxima
altura estática de 1. Ponto de trabalho: vazão 40
aspiração de uma L/s e carga manométrica 20 m
bomba com rotor de 2. Temperatura do fluido = 600C
entrada bilateral, 3. Pressão de vapor que para
com um estágio, 600C é igual a 0,231 kgf/cm²
devendo elevar 80 (abs)
L/s de água a uma 4. Peso específico a 600C que é
altura manométrica igual a 983 kgf/m³
de 20 m. 5. Pressão atmosférica local igual
a 0,98 kgf/cm²
6. Rotação da bomba = 1150 rpm

Conhecemos também a carga


Conhecemos ainda a perda de carga na cinética na entrada da bomba
aspiração (antes da bomba) que é igual a igual a 0,12 m
1,3 m
Devemos
calcular a
0,08 rotação
1150
n Q 2
nq   específica
4 H3 4
B 203
n q  25,5rpm  bomba centifuga
radial nomal

Mas o que
vem a ser
rotação
específica?
Velocidade específica
ou rotação específica é Suponhamos, portanto, que
um parâmetro que
possibilita uma escolha uma bomba funcionando com
mais rigorosa da uma rotação n (rpm) eleva uma
bomba, isto será vazão Q (m³/s) a uma altura útil
possível quando forem HB (m), na situação de máximo
fixadas a priori a vazão rendimento B (ponto ideal
Q, a carga
manométrica HB e a estabelecido pelo fabricante da
rotação n. bomba hidraulica)

Escolha preliminar em função


do fabricante e da vazão e
carga manométrica de projeto
Se fizermos a bomba
trabalhar com um
Q' n '
m  p   número de rotações
Q n n’ (rpm), sua nova
vazão será Q’ (m³/s), e
H B' '2
n entre as grandezas
m  p   nos dois estados de
HB n2 funcionamento,
recorrendo as
adimensionais típicos
das bombas, existirão
as relações:
1 n 2I n
Admitamos que a   nI 
carga manométrica HB n2 HB
HB’ passe a ser um (1) QI n I Q
metro. As grandezas n   QI  n I 
e Q sob essa condição Q n n
assumem os valores n Q
QI  
nI e QI e se chamarão, HB n
respectivamente, de
Q
número unitário de QI 
rotações e vazão HB
unitária, portanto:

nI em rpm e QI em
m³/s.
Como queremos que HB se
Vamos supor agora que mantenha igual a 1m apesar
a carga manométrica se da variação da vazão,
conserve igual a um (1) deveremos variar as
metro e a vazão passe a dimensões do rotor, certo?
ser 0,075 m³/s (escolha
deste valor decorre de
que 75 L de água para
serem elevados a uma
altura de um (1) metro
demandam uma
potência de 1 CV e isto
caracteriza a BOMBA
UNITÁRIA)
Isso mesmo, assim, n S D RI

chamando de DRI o n I D RS
diâmetro QI 0,075

correspondente às n I  D3RI n S  D3RS
grandezas unitárias QI n I D3RI QI D 2RI
e DRS o diâmetro    
0,075 n S D3RS 0,075 D 2RS
nas novas condições
n S D RI QI
(HB = 1m; Q = 0,075  
n I D RS 0,075
m³/s), teremos:
QI n 1000  Q
nS  n I   
0,075 HB 75  H B
n Q
Aí surge a
expressão para
n S  3,65 
o cálculo da 4 H3B
rotação
específica, ou
velocidade Denomina-se número
específica: específico de rotações por
minuto ou velocidade
específica real da bomba.

Se na equação acima a Q for dada


em L/s ao invés de m³/s, o fator
3,65 se converte em 0,1155.
Assim o valor de nS
especifica o tipo de
A importância da bomba a usar.
determinação da velocidade
específica resulta de que a
mesma fornece um termo de
comparação entre as diversas
bombas sob o ponto de vista
da velocidade e de ser o seu
valor decisivo na escolha do
formato do rotor a empregar
para atender a um número de
rotações n, a uma vazão Q e a
uma carga manométrica HB.
Baseados nos resultados CLASSIFICAÇÃO BÁSICA
obtidos com as bombas 1. LENTAS – 30 < nS < 90 rpm =
bombas centrífugas puras, com
ensaiadas e no seu custo,
pás cilindricas, radiais, para
o qual depende das pequenas e médias vazões.
dimensões da bomba, os 2. NORMAIS – 90 < nS < 130 rpm =
fabricantes elaboraram bombas semelhantes as
tabelas, gráficos e ábacos, anteriores.
delimitando o campo de 3. RÁPIDAS - 130 < nS < 220 rpm –
emprego de cada tipo possuem pás de dupla
curvatura , vazões médias
conforme a rotação
4. EXTRA-RÁPIDA ou HÉLICO-
específica, de modo a CENTRÍFUGA – 220 < nS <440
proceder a uma escolha rpm = pás de dupla curvatura –
que atenda as exigências vazões médias e grandes.
de bom rendimento e 5. HELICOIDAIS – 440 < nS < 500
baixo custo. rpm – para vazões grandes.
6. AXIAIS – nS > 500 rpm –
assemelham-se a hélices de
propulsão e destinam-se a
Na chamada dessa aula grandes vazões e pequenos HB
apareceu nq e não nS, por
que?
Ela se refere a
Outros chamam de
velocidade
rotação específica,
específica nominal
número específico de
(nq) e é o caso de,
rotações ou número
ao invés de
de Brauer.
considerar a Q de
75 L/s, alguns
autores preferem
considerar a Q de 1
m³/s. Chamam
então de número
característico de
rotações por
minuto nq

O que importa é que representa o número de rpm da bomba geometricamente


semelhante a bomba considerada, capaz de elevar 1 m³/s de água à altura de 1m
Os norte-americanos
usam U.S galão por
minuto como unidade
n Q de vazão e pés para a
nq  carga manométrica,
de modo que teremos
4 H 3B para a conversão de
unidade:
 n S  3,65  n q
n S USA
n Smétrico 
14,15
 n S USA  3,65 14,15  n q métrico
n S USA  52  n q métrico

E para as bombas de
múltiplos estágios e de
entrada bilateral?
Considerando n Q
i = número n S  3,65 
3
4  H B

de estágios

 i 
Q
n
n S  3,65  2
4 H 3B

Legal, mas até agora


não se falou de como
se obter o NPSHR
Conhecida a
rotação específica
nominal (nq),
podemos calcular 4
  3
o fator de Thoma 4  n Q 
   nq 3  
(σ ou θ)  4 H3 
 B 

?
 0,0011 para bombas  é um fator que
centrífugas depende da
radiais, lentas e própria rotação
normais ; específica, assim:
 0,0013 para bombas
helicoidais e
hélico-axiais
 0,00145 para bombas
axiais

Agora dá para
calcular o fator 4
de Thoma para o   0,0011 n q 3  0,0011 3 25,54
exemplo inicial.   0,0825
Tendo o fator de NPSH R    H B
Thoma, pode-se
calcular o
 NPSH R  0,0825  20
NPSHR, isto NPSH R  1,65m
porque:

O Fator de Thoma
pode também ser Sim pelo gráfico dado
obtido graficamente. por Stepanoff.
Gráfico extraído da
página 215 do livro:
Bombas e
Instalações de
Bombeamento,
escrito por
Archibald Joseph
Macintyre e editado
pela LTC em 2008
Figura adaptada da figura
apresentada na página 136
Vamos nesse ponto do livro: Máquinas de Fluido
completar o exemplo escrito por Érico Lopes Henn
proposto: calcular a e editado pela editoraufsm
máxima altura estática
de aspiração de uma
bomba … para tal
consideramos a figura
ao lado:
Considere que :
0 = ponto no nível do reservatório de captação
e =ponto na boca de sução da bomba
x = ponto genérico já dentro do rotor,
normalmente próximo ao bordo de ataque das
p x p e ps
  pás, onde, em virtude das sobrevelocidades
   decorrente da redução da seção de passagem do
fluido provocada pela espessura das pás, a pressão
pe po v e2 do fluido atingirá o seu menor valor
  ze   H p aB ps = depressão suplementar entre os pontos e e
  2g x.
ps
   HB

p x po v e2 ps
  ze   H p aB 
  2g 
po p x v e2
 ze    ze   H p aB    H B
  2g
p o p x v e2
ze     H p aB  NPSH R
  2g
O máximo valor da altura de sução
é alcançado quando a pressão A bomba pode
absoluta no ponto x diminui até o estar instalada no
valor de pressão de vapor do máximo a 4,5 m
fluido, pv, dando-se o início ao acima do nível de
fenômeno de cavitação, portanto: captação.

p vapor 2
po ve
ze     H p aB  NPSH R
  2g
0,98 10 4 0,23110 4
ze    0,12  1,3  1,65
983 983
ze  4,5m
Neste semestre
ficamos por
aqui.

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