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Tema
Sistema de partido e critérios de eleições de Moçambique
Metodologia adequada ao
2.0
objecto do trabalho
Articulação e domínio do
Conteúdo discurso académico
3.0
(expressão escrita cuidada,
Análise e coerência / coesão textual)
discussão Revisão bibliográfica
nacional e internacionais 2.0
relevantes na área de estudo
Exploração dos dados 2.5
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Paginação, tipo e tamanho
Aspectos
Formatação de letra, paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre linhas
Normas APA
Rigor e coerência das
Referências 6ª edição em
citações/referências 2.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
ii
Folha para recomendações e melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
Introdução ................................................................................................................................................5
Objectivos ................................................................................................................................................5
Metodologia .............................................................................................................................................5
Artigo 75 ..............................................................................................................................................6
Conclusão ...............................................................................................................................................14
iv
Introdução
O presente trabalho aborda sobre o sistema de partido e critérios de eleições em Moçambique,
nela estará enquadrado alguns artigos de formação de partidos, assim como identificar os
sistemas e partido adoptado pelo nosso país.
Também enfatizar sobre os critérios de eleição como são feitos, para que haja eleição num
país concretamente o nosso
Objectivos
Objectivo geral
Conhecer os partidos existentes no osso pais e como são feitas as eleições.
Objectivos específicos
Conhecer a formação dos partidos
Identificar os critérios usado para que haja eleição
Metodologia
Este estudo é uma pesquisa iminentemente qualitativa. E, tinha o propósito de extrair o
significado, percepções e interpretações que os actores políticos atribuem a competição
partidária e a incerteza eleitoral no contexto da democratização e consolidação democrática
em Moçambique. Contudo, foi combinado uma abordagem quantitativa de forma a auxiliar os
dados qualitativos.
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Sistema de partidos
Segundo a lei n 1/2018 do artigo 74 da constituição da republica diz que:
1. Os partidos políticos expressam o pluralismo político, concorrem para a formação e
manifestação da vontade popular e são instrumento fundamental para a participação
democrática dos cidadãos na governação do país.
2. A estrutura interna e o funcionamento dos partidos políticos devem ser democráticos.
Artigo 75
(Formação de partidos políticos)
1. No profundo respeito pela unidade nacional e pelos valores democráticos, os partidos
políticos são vinculados aos princípios consagrados na constituição e na lei.
2. Na sua formação e na realização dos seus objectivos os partidos políticos devem,
nomeadamente:
a) Ter âmbito nacional;
b) Defender os interesses nacionais
c) Contribuir para a formação da opinião pública, em particular sobre as grandes
questões nacionais;
d) Reforçar o espírito patriótico dos cidadãos e a consolidação da nação
moçambicana.
3. Os partidos políticos devem contribuir, através da educação politica e cívica dos
cidadãos, para a paz e estabilidade do país.
4. A formação, a estrutura e o funcionamento dos partidos políticos regem-se por lei.
Com a presente hipótese procurarou-se evidenciar de que modo o sistema de partidos
pode influenciar a participação eleitoral, sendo que neste caso concreto atentaremos a três
realidades: ao número de partidos candidatos, ao número de partidos efetivamente eleitos e ao
grau de bipartidarização do sistema, ou seja, a percentagem de votos nos dois partidos mais
votados.
Para esta conceção, importa, de forma sumária, referir que concebemos os partidos
como um “qualquer grupo político identificado por uma etiqueta oficial que se apresenta a
eleições, e pode fazer eleger em eleições (livres ou não) candidatos a cargos públicos”
(Sartori, 1980: 91), tendo como objetivo lutar pela “aquisição, manutenção e exercício do
poder (Moreira, 2003: 171).
Neste contexto, seguimos a proposta inicial de Jean Charlot (1982), que identifica quatro
grandes características dos partidos, a saber:
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Organizações duráveis (a expectativa da sua durabilidade deve ser superior a lideranças
ocasionais);
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das assembleias distritais, dos administradores de Distrito, dos membros das
assembleias autárquicas e dos presidentes dos conselhos autárquicos.
2. O apuramento dos resultados das eleições obedece ao sistema de representação
proporcional.
3. A supervisão do recenseamento e dos actos eleitoral cade a comissão nacional de
eleições, órgão independente e imparcial, cuja composição, organização,
funcionamento e competência são fixados por lei.
4. O processo eleitoral e regulado por lei.
Participação política
As eleições representam o cerne do processo de participação política democrática. Embora
Moçambique não tenha presenciado os casos de extrema violência e fraude que têm afectado
certos países africanos, seus processos eleitorais têm, contudo, sido marcados por acusações
de fraude, alto nível de desconfiança entre os partidos políticos e alguns incidentes graves, o
que sinaliza para a fragilidade das instituições democráticas no país. Dentre os incidentes
mais sérios, em 2000, dezenas de simpatizantes da RENAMO morreram asfixiados em uma
cela da polícia em Montepuez, província de Cabo Delgado, na sequência de demonstrações de
protesto contra os resultados das eleições de 1999 e da violência que se seguiu. Em 2005,
após manifestações a alegar a existência de fraude na eleição intercalar para a autarquia de
Mocímboa da Praia, também em Cabo Delgado, o clima político deteriorou-se ao ponto de
provocar violência entre diferentes comunidades, tendo o conflito resultado na morte de oito
pessoas, dezenas de feridos, e a destruição de várias casas. Até à data, nas três eleições gerais,
presidenciais e legislativas (1994, 1999, 2004), organizadas por Moçambique, em todas elas a
RENAMO (1994) ou a RENAMO-UE (1999–2004), como principal coligação eleitoral de
oposição, consideraram ter havido fraude e recusaram-se a aceitar os resultados. O primeiro
processo de eleições autárquicas (1998) foi boicotado por quase todos os partidos da oposição
(tendo registrado, ainda, uma taxa de abstenção de 85%); os demais processos eleitorais locais
(2003 e 2008) contaram com a participação da oposição, a qual, contudo, contestou
fortemente o processo eleitoral de 2008.
De acordo com a legislação eleitoral vigente, o Presidente da República é eleito por sufrágio
universal e directo num círculo eleitoral único ao nível nacional, em eleição de cunho
maioritário, ao passo que os deputados da Assembleia da República são eleitos num sistema
de representação proporcional assente em círculos eleitorais correspondentes à atual divisão
territorial do país em províncias (aos 10 círculos eleitorais formados pelas províncias se soma
a cidade de Maputo, resultando em 11 círculos eleitorais), sendo a cada círculo eleitoral
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atribuído um número de assentos parlamentares proporcional ao número de eleitores
recenseados. Os eleitores votam em uma lista fechada proposta e ordenada pelos partidos
políticos. Até as reformas introduzidas em 2006, uma “cláusula de barreira” na legislação
eleitoral proibia a entrada no parlamento de partidos que não tivessem obtido, no mínimo, 5%
do total de votos nacionais.
Em termos de interação entre os parlamentares e o eleitorado, o actual sistema eleitoral parece
conduzir a resultados pouco satisfatórios, uma vez que muitos cidadãos apontam o facto de
não haver praticamente contacto algum com os deputados. Nos países em que vigora a
escolha eleitoral via lista fechada, como Moçambique, a fidelidade e coesão partidária tendem
a ser maiores e o sistema as incentiva, não havendo fortes incentivos a um maior contacto
entre os parlamentares e seu eleitorado.
Embora ainda não tenham sido estabelecidos padrões internacionais ou africanos a favorecer
um sistema eleitoral em relação a outros, há um considerável número de obras académicas,
assim como um importante estudo comparativo do International Institute for Democracy and
Electoral Assistance (IDEA International), a sugerir sistemas que podem favorecer uma
ligação mais próxima entre os parlamentares e os seus eleitores. Na actual situação da
democracia moçambicana, parece-nos que os legisladores deveriam considerar seriamente a
possibilidade de transição para um sistema proporcional de lista aberta, na qual os eleitores
podem escolher dentre os candidatos seleccionados pelo partido, ao invés de votar em uma
lista completa e fechada anteriormente definida pelo partido. Tal reforma poderia promover
uma nova dinâmica no ambiente político do país e merece ser discutida pelos partidos
políticos e cidadãos moçambicanos. Eventuais reformas deverão ser formuladas com cuidado,
e suas chances de sucesso são maiores se sua formulação for participativa e responder aos
anseios da população.
Até sua recente alteração (2006), a composição da Comissão Nacional de Eleições (CNE) foi
amplamente criticada, assim como tem sido a gestão dos processos eleitorais pelo
Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE). Em particular, a CNE era composta
exclusivamente por representantes dos partidos políticos, sem a presença de representantes
das organizações da sociedade civil ou sequer de especialistas em administração eleitoral.
Durante o último processo de revisão da legislação eleitoral em 2006, a Assembleia da
República tomou em consideração algumas dessas críticas e, entre outras modificações,
estabeleceu novos critérios para a composição da Comissão Nacional de Eleições. Para os
próximos processos eleitorais, portanto, a CNE passará a contar com treze membros, sendo
cinco indicados pelos partidos ou coligações com assento na Assembleia da República de
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acordo com a sua representatividade parlamentar, e os oito restantes a serem escolhidos pelos
cinco representantes parlamentares entre os nomes propostos por organizações da sociedade
civil. O presidente da CNE será, então, eleito pelos integrantes da Comissão dentre as
personalidades propostas pela sociedade civil.
A partidarização dos órgãos eleitorais que existiu por alguns anos correspondia ao clima de
desconfiança entre as duas grandes forças políticas do país, e foi um dos mecanismos
utilizados para lidar com o problema: a ideia era de que, uma vez parte destas instituições, os
partidos políticos não mais teriam razão para desconfiar da lisura de suas actividades.
Contudo, não só foi a ideia ineficaz, pois alegações de fraude eleitoral continuaram a ser
levantadas pela oposição, mas também a transparência e o profissionalismo dos orgãos
eleitorais foi prejudicado. O novo modelo de constituição da CNE não elimina por completo a
representação partidária no interior da Comissão, mas pode contribuir para atenuá-la
consideravelmente. Ao final, a gestão eficaz dos processos eleitorais dependerá da capacidade
deste método selectivo de garantir a escolha de cidadãos competentes e comprometidos com a
transparência e independência do processo eleitoral.
A Constituição de 2004 remete à lei ordinária a definição do funcionamento, organização,
composição e competências da CNE. Em vista das dificuldades que se têm verificado no
processo de formulação e aprovação da legislação eleitoral, especificamente nos aspectos
referentes à CNE, seria razoável que as forças políticas e a sociedade civil discutissem a
possibilidade de que tais questões fossem decididas e, então, constitucionalizadas aquando da
próxima revisão constitucional. A constitucionalização daria maior independência e
estabilidade à actuação da CNE, exigindo, também, que as principais forças políticas
acordassem na sua composição.
Depois das primeiras eleições gerais de 1994, caracterizadas por uma participação massiva
(87%) dos eleitores inscritos, a abstenção nas eleições gerais não tem cessado de aumentar.
As eleições de 1999 registaram uma abstenção de 33% e as eleições de 2004 deram lugar a
uma abstenção de mais de 60%. O comparecimento dos cidadãos a pleitos eleitorais nos
fornece um dos principais indicadores sobre o grau de importância e relevância concedido por
aqueles ao sistema político e ao voto, e o grande número de pessoas que não têm exercido seu
direito de voto lança algumas dúvidas acerca da extensão e significado das reformas
democráticas introduzidas em Moçambique. Muito embora altos níveis de abstenção afectem
também algumas democracias mais antigas e consolidadas, a não participação popular em
processos políticos é sempre preocupante para o vigor dos arranjos democráticos, e o governo
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deve promover a educação cívica em todo o país: se eventualmente um cidadão decidir pela
abstenção, a sua decisão deve ser bem-informada.
Ademais, há evidência de que muitas das queixas dos cidadãos em relação à votação, e
também ao processo de recenseamento eleitoral, dizem respeito a constrangimentos
relacionados ao seu dia-a-dia. A questão das distâncias a percorrer até a zona eleitoral, que
nas áreas rurais são relativamente grandes, podem estar na origem de uma parte da abstenção,
assim como o facto de os dias de votação terem muitas vezes coincidido com o período de
chuvas e, em zonas rurais, onde habita a grande maioria da população, os eleitores terem
preferido dedicar-se à agricultura e abster-se do voto. Assim, para além da educação cívica, os
órgãos de gestão eleitoral devem buscar ao máximo adequar o calendário e o processo
eleitoral às vidas e às necessidades dos cidadãos, facilitando o acto do voto.
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Conclusão
Chegando a esta parte do trabalho ficou retido que Na sua formação e na realização dos seus
objectivos os partidos políticos devem, nomeadamente: Ter âmbito nacional; Defender os
interesses nacionais; Contribuir para a formação da opinião pública, em particular sobre as
grandes questões nacionais; Reforçar o espírito patriótico dos cidadãos e a consolidação da
nação moçambicana.
De acordo com a legislação eleitoral vigente, o Presidente da República é eleito por sufrágio
universal e directo num círculo eleitoral único ao nível nacional,
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Referencias bibliográficas
AMARAL, D. F. (1997). História das ideias políticas, Vol I, Lisboa: Editora Almedina 2.
AMARAL, D. F. (2001). História das ideias políticas, Vol II, Lisboa: Editora Almedina 3.
MIRANDA, J. (1996), Ciência Política: Formas de Governo, Pedro Ferreira Editor, Lisboa.
SERRA, C. (direcção) (2000), História de Moçambique vol. I, II, III, Livraria Universitária
Maputo.
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