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Modos esquemáticos
individuais e o ciclo de
modos conjugal
Kelly Paim
Bruno Luiz Avelino Cardoso
MODOS ESQUEMÁTICOS
Young e colaboradores (2003) propõem quatro categorias amplas, nas quais os MEs
estão agrupados: 1) modos criança, 2) modos pais disfuncionais internalizados, 3)
modos de enfrentamento desadaptativos e 4) modos adaptativos. A seguir, cada cate-
goria de modos será descrita conforme suas características, manifestações e seus di-
ferentes subtipos. Além dos principais subtipos de MEs, apresentados no Quadro 4.1,
também serão descritos os subtipos mais recentes indicados na literatura (Simeone-
-DiFrancesco et al., 2015).
Modos criança
Os modos criança correspondem às sensações primárias de insatisfações das neces-
sidades infantis, bem como às reações infantis direcionadas à busca das necessida-
des (Young et al., 2003). Não obstante haja componentes cognitivos e comporta-
mentais, a característica principal dessa categoria de MEs é a intensa presença de
emoções derivadas de ativações subcorticais que fluem do sistema límbico (Simeone-
-DiFrancesco et al., 2015). A seguir, serão descritos os principais MEs, conforme
Young e colaboradores (2003) e Simeone-DiFrancesco e colaboradores (2015).
Fonte: Arntz (2012), Simeone-DiFrancesco e colaboradores (2015), van Genderen, Rijkeboer e Arntz (2012).
experimentadas como “vozes internas” negativas (Farrell et al., 2012; Young et al.,
2003).
O modo pais punitivos internalizados é caracterizado por autopunições e autocrítica
exagerada, há uma repetição de padrões parentais abusivos, agora internalizados no
indivíduo. Seus julgamentos demonstram intolerância com erros e consideram que
estes devem ser punidos, repetindo a forma com que o(a) pai/mãe ou outra pessoa
significativa usava quando lhe criticava/punia. Nos relacionamentos, esse padrão
internalizado pode estar presente em autopunições e posturas punitivas em relação
ao cônjuge (Stevens & Roediger, 2017). O tom desse modo é duro, crítico e impla-
cável, utilizado quando há qualquer expressão de necessidade. Sinais e sintomas
incluem aversão de si mesmo, autocrítica, automutilação, fantasias suicidas e com-
portamento autodestrutivo.
No modo pais exigentes internalizados, há uma pressão intensa para a manutenção
de padrões excessivamente elevados. Young e colaboradores (2003) destacam que as
internalizações existentes nesse ME são de figuras exigentes que forçam a criança a
cumprir padrões elevados de desempenho ou demandas. A criança sente que precisa
ser perfeita, atingir um nível muito alto e/ou manter tudo em ordem. Também é ca-
racterística desse ME a luta por status, exigência extrema por humildade, cobrança
por sempre atender às necessidades dos outros e ser eficiente sem perder tempo.
Nesse ME, não é permitido demonstrar afeto, vulnerabilidades ou espontaneidade.
mentos afetivos, o cônjuge busca identificar o que o parceiro almeja e age de acordo,
permitindo, inclusive, abuso e maus-tratos e/ou não tomando medidas para satisfa-
zer necessidades saudáveis (Khosravi, Attari, & Rezaei, 2011; Paim & Falcke, 2014).
O modo hipercompensador é outro tipo de modo de enfrentamento desadaptativo.
Trata-se de uma estratégia em que, por meio de “exageros”, se busca aliviar o des-
conforto da ativação dos EIDs. Os comportamentos mais típicos são o autoengran-
decimento e o provocador/ataque.
O tipo autoengrandecedor se comporta de maneira autoritária, competitiva, gran-
diosa e abusiva e busca status excessivamente. Os sujeitos com esse ME ativo mos-
tram pouca empatia pelas necessidades ou sentimentos dos outros, demonstrando
superioridade e exigência de tratamento especial (Wainer & Wainer, 2016; Young et
al., 2003). Além disso, não acreditam que devam seguir as regras que se aplicam a
todos os demais e costumam se vangloriar ou se comportar de maneira expansiva
para inflar seu senso de identidade, inadequação ou dúvida (Arntz, 2012).
No tipo provocador e ataque, o temor de ser controlado ou ferido faz com que o in-
divíduo se antecipe, buscando controlar os comportamentos dos outros por meio de
ameaças ou agressões. De acordo com Simeone-DiFrancesco e colaboradores (2015), as
relações afetivas costumam ser muito prejudicadas quando esse ME está ativado, pois
há a utilização intensa de ameaças, intimidações e todos os tipos de agressão para forçar
o controle sobre o outro. Dessa forma, o uso desse modo tem características sádicas, e
a posição dominante é sempre estabelecida para dar certo alívio, sensação de estar no
controle e seguro. A desconfiança exagerada também pode ser usada na tentativa de pro-
teção contra possíveis ameaças. Assim, por meio da verificação insistente das intenções
por trás do comportamento do parceiro, o indivíduo busca o alívio das sensações infantis
de insegurança. Quando esse modo está ativo, é comum que o sujeito não seja espontâ-
neo e tenha grande dificuldade para falar de aspectos mais íntimos de sua vida.
Outros subtipos do modo hipercompensador são descritos na literatura (Simeo-
ne-DiFrancesco et al., 2015). O desconfiado/supercontrolador utiliza excessivamen-
te uma hipervigilância paranoide de controle para se proteger. O perfeccionista usa
estratégias obsessivas para evitar erros e aliviar culpa. O predador e o manipulador
empregam estratégias antissociais na busca de seus objetivos hipercompensatórios,
podendo até mesmo assumir um “falso self” para isso.
Ainda nos modos de enfrentamento desadaptativos, indicam-se os modos evitati-
vos que visam a fuga de emoções desconfortáveis. O indivíduo pode usar a distração,
a racionalidade extrema e até mesmo a dissociação (Young et al., 2003). Na dinâ-
mica conjugal, a utilização do modo evitativo por um cônjuge pode gerar no outro a
insegurança no vínculo e, consequentemente, a ativação de modos infantis.
O protetor desligado é um modo evitativo em que o indivíduo se retira psicologi-
camente da dor das sensações do modo criança. Acontece como um desligamento
de todas as emoções, funcionando de maneira quase robótica. Os sinais e sintomas
incluem despersonalização, sensação de vazio, tédio, abuso de substâncias, compul-
Modos adaptativos
Além dos modos desadaptativos, Young e colaboradores (2003) também indicaram
modos adaptativos ou saudáveis: o modo adulto saudável e o modo criança feliz.
O modo adulto saudável reflete a busca de relações e atividades positivas para si,
identificando e lidando de forma saudável com pensamentos e sentimentos descon-
fortáveis. “O paciente consegue identificar suas necessidades emocionais não aten-
didas e, de modo organizado e racional, busca meios para tentar as suprir na medi-
da do possível. Demonstra tolerância à frustração e capacidade de planejamento”
(Wainer & Wainer, 2016, p. 153). O adulto saudável desempenha funções adultas
apropriadas, como trabalhar, cuidar dos filhos, assumir responsabilidades e se com-
prometer. Nesse modo, também há a busca por atividades adultas agradáveis, como
sexo seguro, interesses intelectuais, culturais, manutenção de saúde e autocuidados,
entre outras atividades saudáveis. Há um bom equilíbrio entre as próprias necessi-
dades e as dos outros (Arntz, 2012).
O modo criança feliz é um ME adaptativo em que o indivíduo sente-se amado, co-
nectado, contente, valorizado, nutrido, confiante, compreendido, validado e satis-
feito. Com a ativação desse modo, a pessoa mostra-se autoconfiante e encorajada
para agir de forma autônoma e competente, expressando suas emoções e afetos es-
pontaneamente, assim como uma criança feliz e segura (Farrell et al., 2012). Com
esse modo acionado na relação, os cônjuges não precisam utilizar modos de enfren-
tamento desadaptativos, pois a criança feliz sente-se em paz porque suas principais
necessidades emocionais estão atendidas.
Adulto Pais
exigentes Pais
saudável
punitivos
Provocador ataque
Protetor zangado Autoengrandecedor
Autoaliviador Perfeccionista
desligado
Protetor Enganador
desligado manipulador
Criança
Criança impulsiva
zangada
Criança
feliz
Criança Criança
indisciplinada enfurecida
Em geral, haverá um gatilho comum que ativa o modo criança vulnerável e, automa-
ticamente, os modos de enfrentamento desadaptativos (Paim, 2016). É importante
ressaltar que nem sempre o casal perceberá as sensações do modo criança, apenas
tentará aliviar as sensações e os sentimentos aversivos desse modo com modos de
enfrentamento.
Os modos de enfrentamento na relação podem ser experimentados das seguintes
formas: 1) no modo capitulador complacente, um parceiro apenas aceita as palavras
críticas ou exigências do modo pai internalizado, muitas vezes acionado pelas pala-
vras críticas do parceiro, acreditando nelas e agindo de maneira a manter as cren-
ças desadaptativas sobre si e sobre as relações; 2) nos modos evitativos, os parceiros
tentam se proteger da maior intensidade da ativação do modo criança vulnerável,
mantendo-se ocupados, jogando no computador ou se concentrando excessivamen-
te nos filhos, em vez de em si mesmos. Geralmente, os modos evitativos tendem
a deixar o outro parceiro com uma sensação de insegurança no vínculo devido à
desconexão entre o casal; 3) já nos modos hipercompensadores, o parceiro costuma
agir de forma autoengrandecedora, controladora, intimidadora, atacando, lutando
ou argumentando. O parceiro que usa os modos hipercompensadores de forma mais
frequente e rígida sempre tem o objetivo de ter o controle (Paim, 2014).
Os modos de enfrentamento desadaptativos levam a possíveis interações diá-
dicas, e cada interação se torna um ciclo que perpetua o uso dos mecanismos de
enfrentamento desadaptativos. Para fins didáticos, a seguir, serão descritos pa-
drões de interação entre dois modos de enfrentamento. Entretanto, às vezes, pode
haver variações de múltiplos modos de enfrentamento no mesmo ciclo, como par-
ceiros que podem passar rapidamente entre diferentes modos de enfrentamento
desadaptativos. Segundo Simeone-DiFrancesco e colaboradores (2015), a mudan-
ça dos modos de enfrentamento desadaptativos acontece à medida que o modo
criança muda, juntamente com as mudanças das cognições do modo pais disfun-
cionais, o que poderia levar a cadeias de ativações de MEs. Simeone-DiFrancesco e
colaboradores (2015) descrevem cinco padrões básicos de ciclos de enfrentamento
entre dois modos de enfrentamento (sendo que eles podem ser alongados com ou-
tras interações diádicas inseridas no ciclo), são eles:
VINHETA CLÍNICA
BIANCA E CAIO
A esposa chama-se Bianca, tem 43 anos, é advogada, tem um filho de 8 anos de um
relacionamento anterior e nunca conseguiu manter um relacionamento estável. Caio,
37 anos, vendedor, tem um filho de 16 anos com a ex-esposa, com quem manteve um
relacionamento de sete anos com muitas brigas, agressões e inseguranças. Bianca e Caio
estão juntos há dois anos, sendo que há um ano estão morando na mesma casa. Eles
se conheceram em uma atividade em comum e, desde o início, viveram intensamente
o relacionamento. Bianca e Caio alegam que, desde o primeiro momento, sentem uma
necessidade intensa de estarem juntos, mas que, ao mesmo tempo, sempre brigaram
bastante, incluindo agressões verbais, destruição de objetos e comportamentos de ris-
co, como, por exemplo, puxar o freio de mão com o carro em movimento.
Assim que Bianca terminou sua fala, a terapeuta disse a Caio que também gostaria de
ouvi-lo e que percebia que ele estava desconfortável naquela situação. [Na TE, o terapeuta
aproveita os desconfortos e as estratégias defensivas observados na sessão tanto para avaliação
da dinâmica conjugal como para instigar uma mudança interpessoal, em que ele é o modelo de
relação saudável com um olhar empático e atendendo às emoções de cada cônjuge]. Caio res-
pirou fundo e disse que a terapeuta tinha razão, que, para ele, era bastante difícil confiar nas
pessoas e falar sobre questões tão íntimas. A terapeuta mostrou-se compreensiva e o deixou
à vontade para sinalizar os momentos em que estivesse sentindo dificuldade.
Já na primeira sessão foi possível perceber os modos de enfrentamento desadapta-
tivos individuais e como eles estabeleciam um ciclo de modos conjugal. Caio buscava
o controle e o ataque para aliviar a sensação de vulnerabilidade de seu modo criança.
Ele contou que tinha medo de rejeição e traição. Ao ser questionado sobre as origens
do medo em sua história de vida, Caio conta que sempre sofreu em um ambiente vio-
lento e abusivo. O pai de Caio era bastante ausente e, quando estava com a família, era
extremamente crítico e agressivo, demonstrando uma intensa instabilidade emocional.
A mãe, por sua vez, era muito fria do ponto de vista emocional e totalmente resignada
às agressões do marido. Caio saiu de casa aos 15 anos para morar com tios e trabalhar.
Ao lembrar das imagens infantis, ele consegue, aos poucos, relacionar as emoções in-
fantis com as inseguranças atuais. Quando a esposa o critica, ameaça terminar o re-
lacionamento e o manda embora de casa, Caio sente-se rejeitado, atacado, sozinho e
desesperado. Com isso, usa a agressão para tentar obter controle e ficar mais protegido;
entretanto, o controle e as agressões só deixam Bianca mais raivosa e descontrolada.
Bianca, na segunda sessão, ainda um momento de avaliação, conta sua história de
vida. Ela lembra que sofreu com a violência doméstica e que, quando Caio tem uma
postura mais agressiva, ela fica raivosa e descontrolada. Quando a terapeuta faz um
exercício de imagem mental, pedindo detalhes de uma cena infantil com a mesma emo-
ção sentida nas brigas com Caio, Bianca rapidamente consegue se conectar a uma cena
em que escutava de seu quarto, sentindo muito medo, o pai ameaçando e agredindo a
mãe. Nesse momento, com o detalhamento da imagem, o medo da criança vulnerável é
sentido. Bianca muitas vezes usa o modo capitulador complacente para se proteger da
sensação de medo e perigo, mas em alguns momentos também usa o modo hipercom-
pensador provocador e ataque, humilhando e diminuindo Caio.
Além da identificação dos EIDs no modo criança vulnerável de cada cônjuge, neste
momento a terapeuta auxilia o casal a perceber como cada um se defende dos medos
infantis, partindo de uma situação-gatilho atual, mas buscando padrões de respostas
esquemáticas. Ao final da segunda sessão, o ciclo de modos do casal já é compreendido,
como visto na Figura 4.2. O casal apresenta um ciclo hipercompensador/capitulador
complacente, mas também flutua pelo ciclo hipercompensador/hipercompensador.
Com famílias de origem com padrões de relacionamento abusivos e punitivos e com
experiências de extrema demanda emocional na infância, Bianca e Caio têm, certamente,
vozes internalizadas de figuras parentais punitivas e exigentes. A identificação de crenças
e regras mantenedoras da transgeracionalidade de padrões abusivos na relação é de ex-
trema importância no caso. Algumas regras do modo pais punitivos internalizados iden-
tificadas em Caio: “eu não presto mesmo”, “mereço sofrer”, “mereço ser traído”, “as pessoas
que se amam batem e traem”, “as pessoas merecem apanhar”. No processo terapêutico, o
combate aos modos parentais disfuncionais acontece, ajudando o casal a conseguir sentir
raiva e defender-se dos padrões abusivos sofridos na infância e na adolescência, para que,
assim, possam afastar da relação qualquer punição e violência, em vez de reproduzi-las.
Situação-gatilho:
Bianca recebe
ligação do
ex-namorado
CAIO
BIANCA
MODO CRIANÇA
MODO CRIANÇA
ZANGADA
ZANGADA
Grita, expressa raiva,
Grita, expressa raiva e
sente-se ameaçado,
fica com muito medo
com muito medo de
de ser abusada.
traição e rejeição.
BIANCA
MODO CAIO
HIPERCOMPENSATÓRIO MODO
PROVOCADOR ATAQUE HIPERCOMPENSATÓRIO
Expulsa Caio, gritando que a PROVOCADOR ATAQUE
casa não é dele e que ele é Critica, ofende, tenta
um fracassado que não serve controlar e punir.
nem para ter um bom salário.
O terapeuta ajuda cada parceiro a buscar a relação dos modos atuais utilizados na
vida conjugal, com experiências nocivas nas relações primárias, sensações infantis
vivenciadas e estratégias infantis empregadas. Nessa direção, o trabalho com casais
visa o enfraquecimento dos modos de enfrentamento desadaptativos dos cônjuges
para que consigam sentir, entender e ressignificar a dor do modo criança vulnerável.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O conceito de MEs tem como objetivo facilitar a compreensão dos casos no que se
refere ao funcionamento esquemático individual e à dinâmica conjugal. Os MEs
são estados (emocional, cognitivo, sensorial, motivacional e comportamental)
usados pelo indivíduo em determinado momento e que são ativados por gatilhos,
especialmente quando há a sensação de que alguma necessidade emocional não
foi suprida.
Os modos criança estão intimamente relacionados a emoções primárias e sen-
sações corporais, e suas características indicam que as necessidades emocionais
centrais não são atendidas ou estão ameaçadas. Os modos pais disfuncionais in-
ternalizados são atribuições internalizadas de pessoas significativas punitivas,
abusivas e exigentes, gerando crenças centrais e pensamentos automáticos recor-
rentes autodepreciativos, punitivos e exigentes. Os modos de enfrentamento desa-
daptativos são reações de enfrentamento protetivas, desenvolvidas em experiên-
cias na infância em um ambiente tóxico e invalidante. Os modos de enfrentamento
são usados para aliviar emoções (dos modos criança) e avaliações negativas (do
modo pais internalizados).
A busca incessante para satisfazer necessidades emocionais acaba por definir
de forma inconsciente os relacionamentos interpessoais adultos. A criança buscou
formas possivelmente adaptativas na época como a melhor maneira de lidar com
o ambiente. Então, em cada situação semelhante, ela foi seguindo o padrão de
enfrentamento aprendido. Infelizmente, esses modos de enfrentamento vão se
tornando mais rígidos por meio da repetição. Assim, a inflexibilidade dos padrões
se torna mais desadaptativa ao longo do tempo.
A interação dos MEs desadaptativos entre os cônjuges estabelece a dinâmi-
ca conjugal com uma espécie de ciclo de modos destrutivos. A TE para casais visa
ajudar os parceiros a driblar os seus modos de enfrentamento desadaptativos que
causam distanciamento do suprimento das necessidades emocionais. Com técnicas
cognitivas, comportamentais, experienciais e interpessoais (como as exploradas nos
Caps. 6 e 7), o terapeuta identifica o modo criança vulnerável de cada cônjuge para
que, assim, consigam expressar de forma mais eficaz suas necessidades emocionais.
Com o fortalecimento do modo adulto saudável, as necessidades emocionais indivi-
duais e conjugais poderão ser atendidas sem frustrações exageradas causadas pelas
dores dos EIDs.
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