Pré-história
Há 5000 já havia indícios de estudos do sistema nervoso, estavam cientes de
muitos sintomas causados por danos cerebrais, mas acreditavam que o
coração era a sede do espírito e repositório de memórias.
Egípcios
Eles acreditavam que alma e a mente eram sinônimos. Aliás, essa ideia durou
por muito tempo dentro da medicina e da filosofia entre o século IV e II a.C.
Para eles a sede da alma estava no coração e não no cérebro, que era jogado
fora cada vez que um deles falecia.
ideia ficou conhecida como dualismo mente-corpo cuja pergunta central era: a
mente e o corpo são distintos, ou seja, são feitos de “materiais” diferentes, ou a
mente é a experiência de um cérebro físico? Para Descartes, sim. O principal
problema dessas ideias reside no erro lógico de considerar um fator causal
entre uma substância imaterial (a mente) e uma material (o cérebro). O
cartesianismo considerava que memória e imaginação eram produzidos por
funções corporais e que a mente era algo divino e diferente do corpo físico.
Porém, o maior radicalismo dessas ideias era considerar que o cérebro
também afetava a mente, e que os sentimentos eram reflexo do corpo que
influenciava os estados mentais. O pensamento cartesiano impulsionou muito a
ciência, embora a religião interveio e atrasou o progresso científico em séculos.
Franz Gall
Para ele a mente não era unificada, mas sim composta por múltiplos
componentes em diferentes partes do cérebro. Suas ideias ficaram conhecidas
como a ciência da Frenologia cuja prática era relacionar traços de
personalidade com as medidas das saliências do crânio. Valores humanos
como benevolência, obediência e justiça eram considerados neste “cálculo”.
Flourens
Para ele as partes do córtex tinham uma contribuição igualitária para todas as
habilidades mentais. O que auxiliou a deduzir isso, era que ele lançava mão de
métodos científicos com animais: removia partes do cérebro e observava os
comportamentos. Também cometeu erros porque confiava demais nos seus
estudos.
Paul Broca
Um neurocirurgião observou o cérebro post mortem de um paciente que só
conseguia pronunciar a palavra “tan”. Ele encontrou uma enorme lesão no lado
anterior esquerdo do cérebro e relacionou essa área a dificuldade na produção
da fala. Hoje, essa região é conhecida como Área de Broca, sendo um
importante avanço no estudo clínico de pacientes neurológicos e no
entendimento da relação região-função.
Impresso por Patricia Vale, CPF 002.681.340-81 para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não
pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 11/05/2022 14:21:59
Karl Lashley
Afirmou que o córtex cerebral teria igual participação de todo pensamento.
Essa ideia ficou conhecida como Lei da ação das massas , que diferia das
ideias localizacionistas, pois atribuía regiões cerebrais a funções específicas.
Alexander Luria
É considerado por muitos o pai da Neuropsicologia direcionou seus esforços
para o entendimento de uma relação mais estreita entre cérebro e
comportamento. Seus principais objetivos eram identificar lesões cerebrais que
levavam a dificuldades comportamentais com o objetivo de diagnosticar
precocemente o local onde ocorriam as lesões e oferecer reabilitação
adequada. Para que isso fosse possível, ele tratou cerca de 800 soldados com
lesão cerebral no período pós-guerra. Seus estudos contribuíram muito para o
pouco que se conhecia sobre a natureza dos processos cognitivos.