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CAPITULO 1A Logica ‘Proposicional 1.2 Equivaléncias ‘Proposicionais 13 Predicados ¢ Quantifcadores 14 Quantificadores Aarupados 1.5: Regras de Inferéncia 16 Introdugio a ‘Demonstragdes L7 Métodos de ‘Demonsiragio ce Esiratéaia Os Fundamentos: Légica e Demonstra¢gdes A S22 lice especifiam o signal de sentenss mattis, Propasisment ‘esses regras nos ajudam a entender propesigdes ais como “Existe um inteio que nao é soma de dois quadrados" ¢ “Para cada intro postivon, a soma dos intsiros positivos menores, aque ou iguais an é n(n + 1) /2”, ber como a racicinar sobre elas. Ligica & a base de todo ra- ciocinio mateméticae de todo raciocinio astomatizado Ela tem aplicagbes préticas no desenvol- vimento de miquinas de computacio, em especificagio de sistemas, em inteligéncia artifical, «em programagio de computadores, em linguagens de progtamaga e em outras ras daciéncia da computagio, ber como em outros campos de estudo. Para entender matemitica, precisamos entender 0 que toma um argumenito matemstico corto, ow ej, uma demonstrago, Pimeio, demonsiranas que uma airmagio € verdadeiae achamaamon de torema, Um conjunto de tcoremas sobre determinado tpico organiza 0 que conaecemos Sobre esse tpico, Para aprender um tpico de matemtice, uma pessoa precisa constr ativamente angi rentos matemiiticos neste Lipico,e io apenas ler algumas exposes. Além diss, conbecer a éemonstraio de um teorema, com freqiécia toma possivel modificaroresultadoem alguma outa situagdo; demonstragessio essenciais para o desenvolvimento de novasidias. studantes de cn cia da computagio feqientemente se surpreendem em relagdo ao quanto as demonstragdes $30 Jmportantes em sua rea. De fato elas 80 essenciais quando queremos Verficar se um programa computacional esté dando ume saida corcta para todos os possveis valores de entrada, quando ‘mostramos que algoritmos sempre prodizem resultados corres, quand estabelecemos a seguran- a de um sistema e quando eriamosintligencia artificial. Sistemas de raciocino automatzado tem sido construdos para permitir que computadores constnuzm suas prOprias demonstrapSes. ‘este capitulo, vamos explicar o que toma um argumento metemético conto e introduzir ferramentas para construr esses argumentos. Vamos desenvolver um arsenal de métodos de de- rmonstragdo diferentes que nos tomardo cepazes de demonstrat muitos tipes de resultados. De- pois de introduzir os diferentes métodos de demonstagio, introduziremos alguma estatégia para a construgio de demonstragBes c também a noglo de conjectura, eexplicaremos 0 processo de desenvolvimento da matematica pelo estudo das conjectuas 1.1 Légica Proposicional ra Introdugao ‘As regas de logica nos do um significado preciso par sentengas mateméticas, Essa regras slo usadas para dstngur entre argumentos maiemiicos vidos cinvlidos. Como o objetivo principal deste livo & ensinar nosso letor a entender ex construir arguments matemitcos corrtos, comega- _emos nosso estudo de matemitica discret com umaintroduo& logic. ‘Parlclamente a sua importéncia no entendimento do raiocinio matematico, ¢logica tem nu- -merosasaplicagdes em cigneia da computaglo. Suas regras so usadas no design de cicuitos de computador, na consrugio de programas, na verificagao da corregao de programas e de muitas outras formas. Além do mais, sistemas de softwares tm sido desenvolvidos para constr de- ‘monstrapSes antomaticamente, Vamos disci essasaplicagdes da logica nos préximos capitulos. Proposicées Nossa discusso comoga com um introdu & constragi dos blocosbisicos de lbgica — pro- posicées. Uma proposigao € uma sentenga declarativa (isto é, uma sentenga que declara um fate), que pode ter verdadeira ou fala, mas no ambes. 1 2 1/0s Fundamontos: Lopica ¢ DemonstapSos 12 EXEMPLO1 Todas as seguintes sentengas declarativas sio proposigaes. amie 1+ Brasilia capital do Bras ‘ras 2. ‘Toronto ¢ a capital do Canada. 3 11 =2, 4. 242=3 [As proposigies 1 €3 sfo verdadeiras, assim como 2 e 4 so falss. «< Algunas sentengas que nio so proposigdes so dadas no Exemplo 2. EXEMPLO2 Considere as seguintes sentengas. 1. Que horas sio? 2. Leia isto cuidadosamente, 3. x+1=2, 4 xtyen [As sentengas | ¢ 2 ndo sio proposigdes porquc nfo sio sentengas declarativas, As sentengas 3 ¢ 4 ni so proposigaes porque nio so nem verdadeiras nem falsas. Note que as sentengas 3 ¢ 4 podem se tomar proposigles se atribuirmos um valor para as variéveis. Também vamos discutir ‘outros meios de transformar tas sentengas em proposigSes na Segio 1.3. 4 ‘Usamos letras para indicar varlivels proposicionais (ou variévels declarativas), que so variiveis que representam proposigies, assim como letras sio usadas para indicar variiveis snuméricas. As leas convencionalmente sadas para variaveis proposiciontis so p,q, 5... valor-verdade de ume proposisioé verdadciro, indicado por V, se for uma proposicio verdadcirs, ¢ falso, indicado por F, se for uma proposiglo fats, A fea da ligica que se preocupa com as proposigbes € chamada de edleulo proposicional ou Iigiea proposicional, e foi esenvolvia sistematicamentea primeira vez pelo fl6sofo prego Arsttels, hd mais de 2.300 anos. ARISTOTELES (84 46.-322.40) Avistteles nasceu em Estagira, norte ds Gréci, Seu pai era méico particular {da rei da Macednia. Como seu pai morru quand Aritteles er over, oflésofo no péde spi 0 cosime det ‘4 mesna profisdo de seu pai, Aristeles ficou ori ced, pois sua mie também morret logo, O guardifo que o riou ‘ensinor The poesia, eric e greg, As 17 anns, Seu uate oenviow& Atents para continua sb edacaglo, Ans tele juntoue & Academia de Plato, onde feqientou durante 20 anos as aus de Patio, portrirment apzereato, suas propriaslituras de retria. Quando Platzo moeu em. 473. Arsteles no fi escolhido para ser seu suces Sor na Aotdomia, pois suas ides eram muito diferentes das de Piso, Anim, Arstteles se junto & core do Te Hermias, nde permaneceu por ts anos e exits com a sbrinha do re, Como os persis derotaram Hermits, Ar "tees se mudou para Milena e,convidad poo re Flip da Maceddnia, iormou se ioe de Alexandze, fio de Filipe, «que mais tarde se trmaria Alexandre, 0 Grande. Aristtees foi rtor de Alexandre durante cinco anos e, depois da mors do rei Filipe, rear. ‘nou a Atenas e organiou sua prdpit escola, chamois “Liceu” Osseguidores de Aries eram ehamados de “peripatétics”, que sigrifca “os que pasteiam”, que Aritteles costamava caminhar «quind discuta quests loséfcas.Aristtcesensinou no "Liceu” po 13 anos, dando ligdes aos ses estudartes mais avangados pela ma- ‘Be os populares em um auditiro aberto, a noite. Quando Alexandre, 0 Grande, morreu em 323 aC, uma reaao violent corra todo ‘elscionade « Alexandre inicio um grande aague de mpetos conta Aristtses, qu fugu para o Cleis para evita um process, Ele vive spenas um ano em Calcis, morrendo por un problema estomacal em 322 aC. “Aristtelesesceveu ts tipos de trabaho:acuclsescritos para uma audicia popular, compilagSes de ftos clemtficose ratados sis femdtoos Este limos ineluem trabalho de lpia, sot, psicologa, sea ehistria natural, Os escrito de Arist fram preserva dos por umn estidanteeexcondidos em ume eis, senda descobertos po im colecionador de lives 200 anos depots. les foram levados ‘para Roma, onde foram estudados por eruitos ¢publicados em novasedigdes para serem presevaos paraapostridade, 1a snes) DEFINICAO1 EXEMPLO3 ine EXEMPLO4 TABELA1 A 11 Logica Proposicional 3 Agora voltaremos nossa atengio para métodos de produeio de novas proposigdes a partir daquelas que i temos. Esses métodos foram discutidos pelo matemético ingles George Boole em 1854, em seu Livro The Laws of Thought. Muitas sentengas mateméticas so construidas combi- nando-se uma ou mais proposigdes. Novas proposigdes, chamadas de proposigdes compostas, so criadas a partir de proposigdes existentes usando-se operadores lépicos. Seja puma proposigio. A negasdo de p,indicada por sp (¢ também por), & sentenga “Nio é 0 caso de p. ‘A proposigio sp & lida “ni p”. O valor-verdade da nezagio de p, —p, € 0 oposto do vvalor-verdade de p. Encontre a negagio da propesigio “Floje & sexta-fei expresse-a em portugués, Soluyao: A negasio & “Nilo é 0 caso de hoje ser sexta-feira.” A negagii pode ser expressa simplesmente por “Floje no & sexta-feira.” ou “Nilo € sexta-feira hoje.” < Encontre a negagdo da proposigao “No minimo 10 mm de chuva cairam hoje em Sao Paulo.” expresse-a em portugués, Solurdo: A negasto & “No é 0 caso de no minimo 10 mm de chuva ter caido hoje em Sto Paulo.” E pode ser expressa por ““Menos de 10 mm de chuva cairam hoje em So Paulo.” < Lembre-se: No sentido estrito, sentengas que envolvem advérbios de tempo como essas dos exemplos 3 ¢ 4 nko sfo proposigées até que um tempo fixo seja assumido, O mesmo ocorre para advérbios de lugar, até que um lugar fixo seja assumido, ¢ para pronomes, até que um individuo seja assumido. Nos sempre assumiremos um instante fixe, um lugar definido ou um indivi- «dio determinado nessas sentengas, a no ser que indiquemos o contririo. A Tabela 1 nos mostra a tabela-verdade pera a negacio de uma proposiglo p. Essa tabela tem ua linha para cada uma das possbilidades de valor-verdade da proposicio p ~ Verdadeiro e Fal. Cad linba mosteao valor-verdade dep comespondente ao valor-verdade de p nesta links 4/1/03 Fundamontos: Lopica e DemonstapSes M4 DEFINICAO 2 EXEMPLO5 DEFINICAO3 ‘A negagio de uma proposisio pode tamibém ser considerada o resultado da operacio do ‘operador de nogagio em uma proposieao. O operaor de negaco consti nova proposigbes 8 partir de proposiqdes precxistentes. Agora, introduziremos os operadores logicos que sto usados para criar novas proposiges a partir de outras dus ou mais jéexistntes. Os operadores lgicos slo também chamados de conectivos. Sejam p eg proposigles. A conjunciio de p eg, indicada por p A 9, ¢ a proposicio “p eg”. A conjuncio p A g 6 verdadeira quando ambas sto verdadeiras,efalsa caso contri. ATTabela 2 nos mostra a tabele-verdade para p Ag. Essa tabela tem uma linha pera cada combina de valores-verdade para as proposigdes p ¢ g. As quatro linhas correspondem aos pares VV, VF, FVe FE, em que o primeiro valor-verdade €0 valor de p e © segundo & valor de ‘Note que em logica a palavra “mas” éfreqiientemente usada no lugar do “e” em uma conjun- fo. Por exemplo,« frase "O sol est brilhando, mas esté chovendo” é uma outra maneira de dizer "O sol estébrilhando e esti chovendo”. (Em nossa linguagem natural, existe uma diferenga subs- tancial entre “mas” ¢“e", mas ndo vamos nos preocupar com essa nang aqui.) Encontre a conjunpio das proposigSes peg, em que p&8 proposigio “Hoje é sexta-feir"eq éa proposigio “Hoje esti chovendo”. Solucio: A conjungio pq dessas proposigdes ¢ a proposigdo “Hoje & sexta-feira ¢ hoje esté cchovendo”. Esse proposigdo é verdadeira em uma sexta-feira chuvosae ¢falsa em qualquer outro caso. < Scjam pe gproposigdes. A dingo dep q indvada pr p v q £8 proposigio“p ouq”. A. disjungio pV 96 false pe sho ambos flea, e vedadeim em qualquer onto caso. ‘A Tabela 3 nos mostra a tabela-verdade para p V 9 (O.uso do conectivo ow em uma disjungéo corresponde a uma des formas de uso da palavra ow em portuguds, chamado ow inelusivo, Uma disjungio ¢ verdadeira quando ao menos uma das proposigSes & verdadeira. Por exemplo, o ou inclusivo foi usado na frase “Estudantes que tém aulas de edleulo ou ci aula. cia da computagio podem assistir a estas TABELA2 ATabels-Verdade para | | TABELAS A Tubela-Verdade para ‘8 Conjunsao de Duas Proposigées. Disjuneio de Duas Proposicdes. ? pag Pe e pve ov v v v v v v F F v F v F v F F v v F E E F FE F 1s 11 Logica Proposicional 5 Aqui, queremos dizer que estudantes que tim aus de cielo e ciéncia da computagio podem assistr «estas alas, bem como estudantes que tém aulas em apenas um dos cursos. Por auto lado, se queremos usa o ou excusvo,dizemos “Bstudantes que tém aulas de céleulo ou eiéneia da computagio, mas nfo ambas, podem as- sistr a estas aula.” esse caso, queremos dizer que estudantes que tém aulas nesses dois cursos, eéleuloe ciéncia da computago, no podem assistir a estas aulas. ‘De maneira similar, quando em um cardipio de restaurants esté escrito “Sopa ou salada & servida como entrada”, o restaurante quer dizer que uma das duas entradas pode ser pedida, mas ‘no ambas, Portanto, esse ¢ um ou exclusive, ¢ nfo um ou inclusivo. EXEMPLO 6 Qual é disjunedo das proposigies p eg, em que p ¢ g sio as proposigdes do Exemplo 5? tamas fra) Solo: A cisions p V desas proposes & a proposisdo ‘as “Floje & sexta-eira ou hoje esté chovendo.” Essa proposigio é verdadeira em uma sexta-feira ou em um dia chuvoso e somente ¢falsa no caso fem que ni é sexta-feira nem chove. < ‘Como tinhamos observado anteriormente, 0 uso do conectivo ow em uma disjungio corresponde a uma das formas da palavra ou usadas em portugués, denominada forma inclusiva. Entdo, uma disjungdo & verdadeira se uma das proposigdes 0 &. As vezes usamos ox da maneira exclusiva. Quando a manera exclusiva € usada para conectar as proposigbes p g, a proposiglo “p ou q (mas nao ambas)” é obtida. Essa proposicio ¢ verdadeim se uma, apenas uma, das proposiqies ¢ verdadcira, c ¢falsa quando p eq sio ambas falas ou ambas verdadeiras. DEFINICAO 4 —Sejam p e g proposigdes. A disjunedo exclusiva (ou ou exclusiva) de p e q, indicads por © q, 6a proposigdo que é verdadeira quando exatamente uma das duas & verdadeira¢ falsa ‘ROS Outros casos. A tabela-verdade para o ou exclusivo de duas proposigies & mostrada na Tabela 4. GEORGE BOLE (1815-1864) George Boole, ho de um sapatsiro nasceu em Lincoln, na Inglaterra, em novem- ‘bo de 1815, Por causa da dite! situaydo franceira da familia, Boole eve que se esowar para educar-e enquanio a sustoniava No entant, ele so tornou um dos mateaiticns mais importantes do séeulo XIX. Erba coasderasso & ‘ariza como um lérgo le prefers, m ver disso, enzar no munde de ensino mais tarde abrir sua propria escola, Em sun prepara pars ensinar matemétic, Boole — insaieto com o ivtos de sua época — deca Feros taba thos ds grandes matemdtcos. Enquanto ia os tabalhos do grande matemiticofraneés Lagrange, Boole fez descober tas no eleulo de varanes.o campo de andlse que ida com a descobeta de curas esupeticiese, asim, otimiza eros partmoto. Em 1848, Boole publicou olivo The Mathematical Anaisss of Log 0 prime de su contribuigao& Hgica smnllica. Em 1849, ele fi convdado par ser profesor de matcmitca da Universidade de Queen, em Cork, Irianda. Em 1854, publicon ‘The Laws of Though, soo ras famoso teebllo, Ness iv, Boole itouziu © que pussu a scr chamado de digebra baoleana, em sua Ihomenagem. Boole esroveu livros de ova de aquapes diferencias quo foram usados na Gri Botan ao fal do culo XIX. Casou-se ‘ea {855; sus mulher era sobrinb do profesor de grego da Universidade de Quoen, Em 1864, Boole moreu de pumonia, conida por ‘mantrselonde mesmo erchareado depois deme temporada 1/0s Fundamontos: Lagicae Demonstragbes 1 DEFINICAO 5, ato ‘watiagio TABELA4 ATabela-Verdadepara | [TABELAS A Tubela-Verdade para 0 Ou Exclusivo de Duas Proposigdes. 1s Sentengas Condicionals Sora = - 4 pow a F y Z 2 4 pod a ie . v v v F v v ¥ e E E F F F v v F E v Proposigées Condicionais ‘Vamos, agora, discutir outros modos importantes sobre os quais podemos combinar proposigaes. Sejam p e q proposigdes. A proposiedo condiclonal p —» q € a proposigao “se p, entio g”. A. ‘condicional p — q ¢ false quando p € verdadeim e q & falsa, ¢ verdadeira em qualquer outro caso, Na condicional p — g, p é chamada de hipdtese (ou antecedente ou premissa) eq € cha- mada de eonclusdo (ou eonsagilOncia ou eonsogilente). Ayroposigio p — q6 chamada de condicional porque p +g afima que q éverdadeira na condi- «0 de que p também o seja. Uma proposicio condicionalé também chamada de implieagio, A tabcle-verdade para a condicional p —> q & mostrada na Tabela 5. Note que p = 9 & vverdadeira quando ambos o so e quando p éfalsa (no importando qual o valor-verdade de q). Como a condicional ¢ usada como uma regra essencial no raciocinio matemitico, uma variedade de termos pode ser usada para expressar p —+ q. Voc® pode encontrar algumss das seguintes formas para expressar a condicional: “p implica g ~p é suciente para g” “uma condigéo suficiente para g ép” ear qauneer g quando ocomer p>” 1g &necessvio parap” “uma condigZo necessiria para p &q” —“g segue de p” “qa menos que =p" ‘Umamaneira usual de entender atbela-verdade de uma condicional é pensar em uma obrigasio ‘ou.um contrato. Por exemplo, uma promessa que muitos politcas fazem quando so candidatos é "Se eu for eleito, ento vou diminuir os impostos.” Se © politico for eleto, os eleitores devem esperar que esse politico diminue os impostos. No entanto, se 0 politico nfo for eleito, os eleitores nfo ferdo nenhuma expectativa sobre o que tal politico faré com os impostos, mesmo que @ pessoa tenha influéncia suficiente para baixé-los. Seré apenas quando o politico for eleto, mas no baixar os impostos, que os eletores poder dizer que politico quebrou sua promessa de carmpanha. Esse iltimo cenirio corresponde a0 cas0 fem que p & verdadeira ¢ q ¢ falsa em p — ¢. ‘Similarmente, considere a proposicio que um professor pode fazer: “Se voo8 tirar nota 10 no exame final, entio tert conceito A.” 1 EXEMPLO7 remot tras 11 Logica Proposicional 7 Se tirar nota 10 no exame final, entdo vocé espera reccber 0 conccito A. Se nto tira 10, voeé pode ou ndo receber o conceito A dependendo de outros fatores. No entanto se trar 10, mas 0 professor nfo Ihe der o conceito A, entio voc® se sentir trapaceado ‘Maitas pessoas acham confuso que “p somente se q” expresse 0 mesmo que “se p entlo q". Para lembrar isto, note que “p somente se q” significa que p no pode ser verdadera quando ¢ ilo & Ou set, a proposiqao & false se p & verdadeira, mas g& falsa. Quando p€ fala, q pode set verdadeira ou flsa, porque a proposigio nio diz nada sobre o valor-verdade de g. Um ero comum é pensar que “g somente se p” § uma possibilidade de expressarp —»g. No entant,essas proposiqdes tém valoes-verdade diferentes quando p eg tém valores-verdade diferentes. ‘A-expressdo “a menos quo” ¢ ffeqientemente usada para expressar condicionsis. Observe que “g a menos que —p" significa que se —p & fala, entio q deve ser verdadeia. Os seja, a proposigdo "g a menos que —p"é flsa quando p é verdadeirae qé falso, mas ¢ verdadeia em qualquer outro caso, Conseqlientemente, “q a menos que =p" ¢ p + ttm o mesmo valor- verdade Tstraremos a traducio entre condicionas ¢ proposigdes em portugués no Exemplo 7. Seja 2 proposigdo “Maria gprende matemdtica discreta” e ga proposigio “Maria vai conseguir um Bom emprogo”. Expresse p —+ q em portugues. Solurdo: Da definigto de condicional, vemos que, quando p é a proposigéo “Maria aprende ma- temética disereta” ¢ g € a proposiglio“Maria vai conseguir um bom emprego”, p —+ g epresenta ‘a proposigdo “Se Matia aprender matemética discreta, entio ela vai conseguir um bom emprego.” Existem muitas outras maneiras de expressar esse condicional em portugues. Algumas des mais ‘aturais so: ““Maria vai encontrar um bom emprego quando aprender matemtica discret.’ “Para conseguir um bom emprego, é suficiente que Maria aprenda matematica disereta.” “Maria vai conseguir um bom emprego, a menos que nio aprenda matemética discreta." ‘Note que © modo que definimos a condicional émais geral do que o significado intrinseco as proposigdes em portugués. Veja que a proposigdo condicional no Exemplo 7 e a proposigao ‘Se hoje esté ensolarado, entdo vou a praia.” io proposigdes utiizadas em linguagem natural, em que hé uma relagio entre a hipétese e a conclusfo. Além disso, a primeira proposigao é verdadeira, a menos que Maria aprenda matemi- tica discreta, mas nd consign um bom emprego, ea segunda é verdadeira, a menos que seje um ia ensolarado e eu nio vi a praia. Por outro lado, a proposiga0 “Se hoje € sexta-feira, entio 2 +3 ¢ verdadcira pela defingio de proposigo condicional, porque aconclusto€ verdadeira (0 valor- verdade da hipdtese no faz diferenga nesse caso.) A proposigia condicional “Se hoje € sexta-feira, entio 2 + 3= € verdadeira para todos os dias, exceto as sextas-feiras jf que 2 + 3 = 6€falo ‘Nilo usamos essas dua iltimas condicionais em linguagem natural (exceto sarcasticamente), porque nilo existe uma relagio entre a hipétese © a conclusio nos dois casos. No raciocinia 3 1/0s Fundamontos: Lopia e DemonstapSes a EXEMPLO8 EXEMPLO9 ‘matemético, consideramos.acondicional de uma forma mais geral qe a usada na lingua portiguesa. (© conceito matzmatico de condicional éindependente de relagdes de causa-efeito entre a hipotese «a conclusdo. Nossa definigfo de condicional especifica seus valores-verdade; nio tem como base ‘2 sun utiizago em portugués. A linguagem proposicional & uma linguagem artificial; nds apenas ‘usamos o paralelo em portugués para torni:-le fcil de ser uilizada e lembrada. Acconstrusdo se-ento usada em muita linguagens de programagio € diferentc da usada em logica. A meioria das linguagens de programacio contém declaracGes tais como ifp them S, em que p € uma proposigio ¢ 5 & um segmento do programa (uma ow mais declaragSes a serem, executadas). Quando a execueo do programa enconira tal declaraglo, S & execatado se p & verdadeira, mas $nio ¢ executado sep ¢ false, como ilustrado no Exemplo 8. Qual o valor da varidvel x depois da declaragiia if 2+2=4thenxsox +1 sex = O antes de a declarapdo ser encontrada? (Q simbolo x:=x+ | significa que o valorx + | seri atibuido ax) ignifica atribuigdo. A declaragio Solugio: Como 2 + 2 = 4 & verdadeira, a declaragdo de atribuigio x:—x + 1 € executada, Por- tanto, x tem o valor 0 + 1 = 1 depois da declaragdo encontrada, < OPOSTA, CONTRAPOSITIVA E INVERSA Podemos formar muitas outras proposigdes co- :egando com a condicional p ~ g. Em particular, exstem trés proposiqdes condicionaisrelacio- nadas que ocortem to freqientemente que damos nomes a elas. A proposigio q —» p & chamada de oposta dep —+ ¢. Acontrapostiva dep» g 6 proposigdo +g + ~p.A proposigio —p—> 9 ¢ chamada de inversa de p —» g. Veremos que, dessas ts condicionais formadas a partir de Pg, apenas a contrapositive sempre tem o mesmo valor-verdade que p> @. Primeiro vamos mostrar que & contrapositiva, .g —» sp, de uma condicional p > g sempre temo mesmo valor-verdade que p — g. Par ver sso, note que a contrapostiva€ false apenas no caso dep flsa eg verdadeira, que é apenas quando qéfalsa ep é vendadeirs. Agora podemos ‘ver que nem a oposta, q— p, nem a inverse, sp +g, t8m o mesmo valor-verdade gue p—> @, para todos os possveis valores-verdade de pe g. Note que, quando p éverdadeia eg ¢ fal, & concicional original ¢ false, masa opost a inversasio ambas verdadeias, ‘Quando duas proposigSes compostastém sempre 0 mesmo valor-verdade,nés as chamamos equivalentes, de modo que a proposigio condicional ¢ a contrapostive sto equivalentes. A posta ¢ a inversa também sio proposigses equivalents, como o leitor pode verifcas, mas no so equivalentes& condicional original (Vamos estadar proposigdes equivalentes na Scydo 1.2.) Considere nota que um dos eros mais comuns na lipica é assumir que inversa ou a oposta de ‘uma condicional éequivalente a essa condicional Iusraremos o uso das proposes condicionais no Exemplo 9. Qual é conirapositiva, a oposta e a inversa da proposiglo condicional O time da casa gana sempre que estd chovendo."? sempre que)” é uma das maneiras de escrever @ condicional p—+ g, a propo- sigdo original pode ser reescrita como “Se esti chovendo, entio o time da casa ganha.” Conseqiientemente, a contrapositiva dessa condicional & “Se 0 time da casa nio ganha, entdo nao esté chovendo. 19 DEFINIGAO 6 EXEMPLO 10 “rnd 11 Logica Proposicional 9 A opostaé “Se o time da casa ganha, entio esté chovendo.” Aiinversa & “Se nfo esti chovendo, entio o time da case ndo ganha. ‘Apenas a contrapositiva € equivalente & condicional original. < BICONDICIONAIS Vamos agora introduzir uma nova mancira de combinar proposiges que cexpressa que duas proposigdes tm o mesmo valor-verdade. Scjam p ¢q proposigdes. A proposicdo bicondicional p + q & a proposisto “p se ¢ somente se °-A bicondicional p + q € verdadeira sempre que p ¢ g tim o mesmo valor-verdade, ¢ falsa ‘caso contririo, Bicondicionais sao também chamadas de bi-implioagdes. A tabela-verdade para p © g esta representada na Tabela 6. Note que p + q é verdadeire, quando ambas as condicionais p + q e q —» p so verdadeiras, e falsa, caso contririo, Este é o motivo pelo qual usamos a expressio “se ¢ somente se” para expressar 0 coneetivo e porque ele ¢ simbo- licamente escrito pela combinagio de —+ e «~. Existem muitas outras maneiras comuns de ex- pressar peg: “p énecessériae suficiente para q” 'e p enti 9, e vice-versa” "psseg” (‘pitt’). A Gitima maneira de expressar uma bicondicional usa a abreviago “sse" para “se e somente se" Note que p ++ q é cxatamente 0 mesmo que (pg) A (q— p). ‘Sejapa proposigaio “Voc® pode tomar o avido” eq a proposigdo “Voc® comprou uma passagem’. Entio p + q éa proposiglo “Vect pode tomar o avido se ¢ somente se vocé compro uma passagem.” ssa proposigZo & verdadeira se p e q so ambas verdadeiras ou ambas falsas, ou seja, se voe® ‘comprou uma passagem e pode tomar © avido ou se vood no comprou uma passagem e no pode tomar o avio. E cla & falsa quando p eq tém valores-verdade opostos, ou seja, quando voc ccomprou uma passagem, mas nBo pode tomar o avido (como se a empresa aérea o impedisse) ou quando no comprou uma passagem e pode tomar 0 avido (como se voee tivesse ganho uma viagem), < TABELA 6 ATabels-Verdade para a Bicondicional p ~ ¢ | ao eels enue? 0 1/ Os Fundamentes: égica« Demonstragdes 10 ene) EXEMPLO 11 USO IMPLICITO DE BICONDICIONAIS Devemos estar cintes de que nem sempre bi- condicionais estio explictas em nossa linguagem natural. Em particular, a construglo “se & somente se” € raramente usada na linguagem comum. Em vez disso, bicondicionais so fre- qientemente expressas usando a construgdo “se, ent2o” ou "somente Se". A outa parte dose € somente se” fica impliita. Ou sej, a proposigio oposta estéimplicita, mas nao escrita (ou falada). Considere, por exemplo, a frase em portugues “Se terminaro almogo,entdo voce pode comer & sobremesa". Essa frase tem significado exato “Vooé pode comer a sobremese se, © somente se, terminar 0 almogo”. Essa proposigao ¢ logicamente equivalente as duas proposi- Bes “Se terminar 0 almogo, ent20 voce pode comer a sobremesa” e “Vocé pode comer sobre- ‘mesa somente se terminar o almogo". Como temos essa imprecisdo na linguagem natural precisamos assumir que uma proposigzo condicional na linguagem natural inclui sua oposta Come a precisio € essencial em matemitica e em légica, vamos sempre fazer distingio entre condicional e bicondicional. Tabelas-Verdade para Proposigées Compostas Agora, esto itroduzidos os quatro importantes conectvos l6gicos — conjungies, dsiungdes, condicional e bicondicional —, assim como as negagdes. Podemos usar esses conectivos para construir proposiges mais complicadas que envolvem qualquer ntimero de variiveis proposicio- nais. Voc8 pode usar tabelas-verdade para determinar 0 valor-verdade dessas proposigbes, como ‘lustrado no Exemplo 11. Usamos uma coluna para achar 0 valor-verdade de cada expressio ccomposta que ocorre na proposigdo composta orginal, exatamente como est construid. O v Jor-verdad da proposigo composta para cada combinagio de valores-verdade das variéves pro- posicionais € expresso na tltima coluna da tabela. CConstrua a tabela-verdade da proposiglo composta V9 09. Solugia: Como exsa proposigio envolve apenas duas variveis proposicionais p e 9, existem @ Aa). 2 a | ne | ave | rae |ov-aere v v F v v v v F v v F F F v F F F v F F v v E F tt EXEMPLO 12 “aes EXEMPLO 13. 1.1 Légies Proposicional 11 pV qe-r.No entanto, para reduzir 0 nimero de parénteses, especificamos que « negacio & aplicada antes de qualquer outro operador. Isso sigmifica que —p A & a conjungio de =p q, no a negagdo de conjungio de p e ‘Outra regra geral de prioridade ¢ que a conjuncio tem prioridade sobre a disjungio, PAG rsignifica (p A @) V rem vezde p A (g ¥ 7). Como essa regra pode ser mais dificil de ser lembrada, vamos continuar usando parénteses até que a ordem fique clara, ‘Finalmente, € uma regra aceite que ¢ condicional ¢ a bicondicional tém prioridade menor que conjunglo ea disjungio, Conseqientemente,p V q -»ré omesmo que (p V q) —+r. Vamos usar parénteses quando a prioridade dos conectivos condicional e bicondicional estiver em ordem inyersa; tal seqiéncia seri: 0 condicional deve tet prioridade maior que 0 bicondicional. A Tabela {8 mostra os niveis de prioridade dos operadores logicos, 7, A, Vy 2-4 Traduzindo Sentengas em Portugués Enistem muitas razdes para traduzir sentengas em portugués para expressdes que envolvem varidveis proposicioais e conectivos légicos. Em particular, o portugués (¢ muitas outtas Jingusgens humanas) éfreajentemente ambisuo, Traduzir sentengas como proposigdes com postas (c outros tipos de expressdcs logicas, as quais vamos introduzir mais tarde neste ca itulo) acaba com essa ambigtidade. Note que isso pode envolver um conjunto de fatos assumides com base no significado de cada sentenca. Mais ainda, uma vez traduzidas do portugues para expresses l6gicas, podemos analisar seus valores-verdade, manipuli-las © ainda usar regras de inferéncia (as quais discutiremos ne Seqdo 1.5) pere raciocinar sobre clas Paraiustraroprocesso de tradusio de uma sentenga do portgués para uma expresso lice, considere os exemplos 12 ¢ 13, (Como podemos traduzir esta sentenga do portugués para expresses Ibgicas? “Voce pode acessar a Intemet a partir deste campus somente se voc & um expert em cineia «da computagao ou niio é um novato," Soluedo: Existem muitas maneiras de traduzir essa sentenga para uma expressio ldgica. Por exemplo, poderiamos representé-la por uma simples variével proposicional p, mas isso pode no ser usual quando queremos anslisa o significado dela ou raciocinar sobre ela. No entanto, pode- ‘mos usar varidveis proposicionais para cada sentenga que forma a proposigo ¢ determinar os conectivos ldgicas que dever estar entre elas. Em particular, podemos usar a,c frepresentando “Vooé pode acessar a Internet a partir deste campus”, “Vocé é um expert em ciéncias da compu taglio” © “Voed & um novato”, respectivamente. Note que “somente se” é uma forma de a condi- cional ser expressa, entio podemos representar a sentenca por a>teVai) < (Como podemos traduzir esta sentenga do portugués para expresses Ibgicas? “Voot pode pula de pira-quedas se voct tem autorizago de seus pais ou se tem mais de 18 2 1/ Os Fundamentes: égica« Demonstragdes ar EXEMPLO14 ‘omnes = earas EXEMPLO 15 EXEMPLO 16 Solugio: Sejam 9, r€s as representagies de “Voe8 pode pular de pra-quedas”, “Vocé tem auto- angio de seus pais” e "Vooé tem mais de 18 anos", respectivamente, Entfo, a sentenga pode ser ‘waduzida por (Ang 74. claro que exitem muits outras maneiras de traduira sntenga, mas ess jé €sufciente, < Sistemas de Especificacées A tradugto de sentengas da Tinguagem natural para expressbes 1ogicas € uma parte essencial para a especificagio de sistemas de hardware e sistemas de software. Sistemas e engenheiros de software tomam afimmagdes em linguagem natural eproduzem especficagdes precisase sem mbigiidade que podem ser usadas como base de um sistema de desenvolvimento. O Bxemplo 14 mostra como proposigdes compostas podem ser usadas nesse processo. Expresse a especificagio “A resposta automitica ndo pode ser enviada quando o sistema esté sobrecarregado", usando conectivas lbgicos. Solugia: Um meio de traduzic & tomar p como “A resposta automtica pode ser enviads" e como “O sistema esti sobrecaregado'. Entio, —p representa “Ni € 0 caso de a resposta auto- it oder ser env 94 “A respi automatic no pode se enviae”.Coneqientemente nossa expecificagio pode ser representada por g —+ p. Sistemas de especificagies devem ser consistentes, ou seja,nio podem conter especificagies cconflitantes que possam ser usadas para derivar uma contradigo. Quando as especifieagSes nl so consistentes, pode niio haver um meio de desenvolver um sistema que satisfaga todas as cespecificagies. Determine se este sistema de especificagbes 6 consistente: “A mensagem de diagnéstico € armazenada no buifer ou éretransmitida.” “A mensagem de diagnéstico nio é amazenads no bute. “Se amensagem de diagnostico é armazenada no buffer, ent ela é retransmitida,” Solugo: Para determinar se esse sistema & consstente,primeiro vamos reescrevé-o como ex- presides logicas. Sejap“A mensagem de disgnéstico¢ armazenada no buffer" eq “A mensagem de diggndstco € rettansmitida". As especificagtes podem ser eseritas como p V 4, =p €p —* ¢- ‘Uma valoragdo que toms as ts especificaySes verdaderas deve trp fala para que =p seja verdadeira. Como queremos que p V seja verdadeia etemos p falsa, devemos ter g verdadeira. ‘Ainda como p—+ € verdadeira quando p €falsa eg ¢ verdadeia, concluimos que essasespeci- ficagBes slo consistentes porque sio verdadviras quando p ¢ false eg € verdadeira, Poderiamos chegar i mesma conclusdo analisando as tabelas-verdade e examinando as quatro possibilida- des de valores-verdade para pe 4. 4 sisteme de especificagdes do Exemplo 15 continua consistente se adicionarmos a especificagio “A mensagem de diagndstice nfl 6 retransmitida”? Solugdio: Verficando 0 Exemplo 15, notamos que o sistema & consistente se p & falsa e g éverda- deira, mas a nova especificagdo representa 4, que somenteé verdadeira seq & falsa, Conseqiien- temente, esse novo sistema é inconsistente < ts) EXEMPLO17 “hrm ts) EXEMPLO 18 aoa art) 1.1 Lépiea Propossional 13 Buscadores Booleanos Conectivos légicos so largamente usados em buscadores de grandes conjuntos de informayies, tais como indices de paginas da Intemet. Como esses buscadores utilizam téenicas da Tégica proposicional eles sio chamados de buscadores booleanos. Em buscadores booleanos, o conectivo E (AND) € usado para encontrar informagDes que contenham ambos os termos procurados; 0 conective OU (OR) € usado para encontrar informagiies que contenham um ou ambos os termes procurados; eo conective N4O (NOT), is vezes escrito ENO (AND NOD), €usado para excinir alguma informagdo que contenha ess termona procure. Um estudo euidadoso de como sio usados os conectives logics € necessério quando buscadores booleanos sfo usados para localiza alguma informario de interesse potencial. O Exemplo 17 idustra como fincionam os buscadores booleanos. Pesquisando Piginas da Internet A maioria dos buscadores na Web, 08 quais sualments podem nos ajudar a encontrar paginas da Internet sobre algum objeto especifico, utiliza técni- cas de buscadores booleanos. Por exemplo, usando um buscader booleano para ackar uma pégina da Web sobre universidades em Sio Paulo, devemos procurar por péginas que trba- them com SAO AND PAULO AND UNIVERSIDADES. Os resultados dessa buses incuirdo as piginas que contém as tes palavras SAO, PAULO e UNIVERSIDADES, Isso deve incluir todas as péginas de interesse, assim como paginas sobre universidades que t€m algum texto sobre Sao Paulo, (Note que, no Google ¢ em muitos outros buscadores, a palavra “AND” nao ¢ necessaria; essa fica subentendida porque todes os termos slo incluides.) Segundo, para ea- contrar piginas de universidades em Sio Paulo ou Parend, devemos procurar por pinas que trabalhem com (SAO AND PAULO OR PARANA) AND UNTVERSIDADES. (Nota: Aqui 0 operador AND tem prioridade maior que 0 operador OR. Além disso, no Google, os termos usa- dos devem see SAO PAULO OR PARANA) O resultado dessa busca deve inlui todas as pgi- as com a palavra UNIVERSIDADES e/oa uma ou ambas as palavras SAO ¢ PAULO ou PARANA. Novamente, paginas com textos que incluem essas palavras, mas que nao sao de inte- resse, serio istadas, Finalmente, pam encontrar plginss sobre unversidades em Sto Paulo, nfo piblies, podemos primero fazer uma busca com SAO AND PAULO AND UNIVERSIDADES, ‘nas ssa busea incur as pginas sce as universidades também plies; eno, demos buscar por (SAO AND PAULO AND UNIVERSIDADES) NOP PUBLICAS, O resultado lista as pigi- ‘bas que contém es palavras SAO ¢ PAULO c UNIVERSIDADES e nfo contém a palavra PUBLI- CAS. (No Google ¢ em muitos outros buscadores, a palavra “NOT” é substituida pelo sinal de subtagio “—"ynesse caso, buse seria SAO PAULO UNIVERSIDADES~PUBLICAS) Quebra-Cabecas Légicos Enigmas que podem ser resolvidos por ravioeinio l6gico so chamados de quebra-cabegas légl- 0s. Resolver quebra-cabesas ldgicos €um excelente meio de treinar as regras da l6gica. Também 0s programas de computadores que devem trabalhar com raciocinio légico freaientemente usam conhecidos quebra-caberas para demonstrar sua capacidade. Muitas pessoas apreciam resolver cesses quebta-cabegas léaicos, 0s quais sio publicados em livros ¢ periédicos como atividade de recreagao, ‘Vamos discutir dois quebra-cabeyas Idgicns. Comegaremos com um originalmente proposta ‘por Raymond Smullyan, um mestre desses jogos, que publicou muitos livros com quebra-cabegas Aesafiantes que envolvem raciocinio logico. Em [Smi78] Smullyan props muitos quebra-cabepas sobre uma ill que contém dois tipos de babitantes: cavaleiros, que sempre falam a verdade, e bandidos, que sempre mentem. Voce en- contra duas pessoas 4 eB. Quem si0.4 eB, se 4 diz“B é um cavaleira” e B diz “Nés dois somos tipos opostos de habitantes™? “ 1/ Os Fundamentes: égica« Demonstragdes ae Solugio: Sejam pe q as proposigées “4 é um cavaleiro” ¢ “B & um cavaleiro”, respectivamente, centdo =p eg slo as afirmagies que dizem ser 4 e B bandidos, respectivamente. Primeiro, vamos considerar a possibilidade de A ser cavaleiro; ou seja, a proposigio p & verdadeira. Se isso ovorre, entdo ele est falando a verdade, o que implica que B é um cavaleiro. ‘Sendo assim, o que 2 fala é verdade também; no entanto ele diz que os dois so de tipos diferentes «estamos coneluindo que ambos sio cavaleiros, 0 que é absurdo. Entio, devemos pensar que A € um bandido, logo esta falando mentira, e portanto 2 também ¢ bandido, Este fato é plausivel, pois se ele esti mentindo também, entilo ambos devem ser habitantes do mesmo tipo, o que & verdade, Podemos, entio, concluir que ambos sio bandidos, < Proporemos mais desses quebra-cabegas de Smullyan sobre cevaleiros ¢ bandidos nos exervicios 55 1 59 do fim desta seydo. Agora, proporemos 0 conhecido como © quebra-eabega ddas eriangas enlameadas, que fala de das criangas. EXEMPLO 19. Um pai diz aos filhos, um menino e uma menina, para brincarem no quintal sem se sujarem. No fentanto, enquanto brincavam, os dois sujaram a testa de lama, Quando pararam de brincar, 0 pai disse: “Ao menos im de vocés est com lama na testa”, e depois pedis que cada crianga respon- or 9 = V@=>) D PAMVEGAD bager @pvavr . Considere que p eq sto proposes: ‘P: Noot dire a mais de 104 km’, 4g: Voo recebe wna mula por excesso de velocidad Escreva estas proposigdes usando p, q ¢ conectives ogicos. a) Voct nto dtige a mais de 104 kan. 1) Voce iige @ mais de 104 km/h, mas nfo reeebe uma, ula por excesso de velocidad (©, Voct recurs uma mula por excesso de velocidade, s©-vocédirgira mais de 104 anv, @) Se vot no diigir a mais de 104 km’, voot no receberi uma multz por excesso de velocidade. © Ditigir a mais de 104 knw’ € suficiente para receber uma malta par exeesso de velocidade. 1 Voct recede uma multa por excesso de velocidade, ‘us voo! nfo dirige a mais de 104 kena, ® Sempre que receber uma multe por excesso de velocidade, voc estrd dirgindo a ais de 104 km/s. ‘Consider que p, q€r sto proposistes ‘p: Nooé tra um A.no exame final. g: Voed faz todos of enerefcios deste veo, 7: Vocs tre umm A nesta matéria Escreve estas proposigdes usando p, 4, r © conectivos Togicos n 2 1B. Ma. 1.1 Légiea Propossional 17 8) Vooé tira um A nesta matésia, mas nio faz todos os cexersicios deste listo. 1b) oos tra um A no exame final, fz todos os exericios este livroe ra um A nesta maéca, (©) Tiar um A nesta matéra & necessisio para rar um A po exame final 4) oo tira umn A no exame final, mas nio faz todos os cexercicios deste lio; no eatanto, ta um A nesta ater, (©) Trae um A no exame finale fazer tos os exerccios deste livro& suficiente para trar A nesta matéra 1) ooevaitrar um A nesta matéria se esomente se voce {ize 1odas os exercicios dest ivr ou voce tira um A ro exame final. Considere que p,q © r a proposigies: : Ussos-cinzentos so vistos ne rea, 4g: Fazer camiahda na wile € segue, 1r: As bapas esto maduras ao longo da tris zcrova estas proposigbes usando p, 4, r © concetivos legicos 4) As bagas estto maduras ao longo da titha, mas os rsos-cinzentos nto slo vistos na deea. ) Ursos-cinzentosndo so vistosa dren fier cuminbuda ‘a tila sogure, mas as bagas esto maduras ao long a ihe. ©) Se as bagas estio maduras ao longo da witha, fazer caminhada é seguro se e somente se 0s ursos-cinzentos to forem vistos na rea 48) No & seguro fazer caminhada na tile, mas os ursos- inzentos nfo so vistosna rea e as bagas 30 longo da trithaestio maduras © Para a caminhada ser segura, ¢ necessiro, mus alo saficent, que as hagas no estejam murs uo longo da trilbae que 0 usos-cinzentos no soja vists naire. 4. Caminhada nfo ¢ sepure a longo datriha sempre que (of ursos-cinzentos sie vistos na dea e as bags estio smaduras ao longo da tilha. Determine se estes bicondicionais sio verdadeiros ou falsos. a) 2+2=4seesomentese1 +1 b) 14 1=2sce somentese2 +3-= ©) 1 +1 =3see somente se macacos puderem voat 4) 0> I see somente se 2> 1 Determine se cada uma destas proposigBes condicionsis & ‘verdadeia ou fal. a) Sel+ b) Sel + ©) Selt 4) Se macacos puderem your, entio 1 + ‘Determine se cada ura destas proposiges condicionais & verdaeira ou fas. 4) Se1 + 1.=3,entlo unicérnis existem, D) Se +1 = 3,entdo cachorros podem vou ©) Se +1 =2 ent cachorrs podem vou. @) Se2+ 3 eno 1+ 18 1/05 Fundaments: Logica e Demonstacbes 15, Para cada uma estas semtngas, etomine se 0 cu €inch- sivo ou exclusiv. Expique su repost 8) Café ou ch ver com o jena. 1) Uana senha dove ter a0 menos tts digits ou oito caucires de comprinento © 0 présequisito para o curso é um curso em tora dos mers eu um cuso em eipogsatia. ot pode jogar usando dlaresaericans ou cuos 16, Para cada uma estas sentences, eteine se 0 ou € inch sivo ou exlsivo, Explique sus repost. 8) Experiécia em C+ ou Java énecessiie. 1) O alnogo inclu sop ou salada. ©) Par entrar no pais, &nocessrio um pasapors ou um cart de regis etn 4) Publique os sueumba, 17, Pam cada sntenoa,idenifiqe o que signifi aSeieag, se cu inlsivo (ou ea ua dsjuno} ou exchasivo. Quis des sigritiados do ou voeépesa ser itacional? 2) Para cusar matenitca discrete, oot deve te tido ciiulo ou um eumo de eifnia da computa 1) Quando voré compra um novo caro da Companhia ‘Acme Motr, voet pega de velis § 2000 ou um enpsimo de 2% ©) lantar para dois inci dois tens da coluna A ou tds ions a coluna B. 4) A escol fechase car mais de dois pis de neve ou sea Sensagiotémniea estiverabixo de 100, 18, Escrevs cade uma deta proposes me forma "sep, eto af em poraguts (Dia: Reco lista de mane comns de expressr proposigSs condionais inscrida nesta 50) 1) Eevee ava o car do chet pra ser promovido 1) Venios do sul implica: um depo primaver ©) Ue condi suiciente par a garanta ser vlide € 9 baw) ) p97) 228. Construa uma tubela-verdade para cada uma dests pro- posigdes composts ) pop bpp 9 peuve Grd eva 9 GH —og D Gog o~-9) 29, Construa ums tabele-verdad para cada uma dests pro- Posigdes composts, 2 eva-be) YD OSO—BAD 9OYDEPAD AD E“DEEE—d 9 PH doer 9 @oa)>~0-9 30, Consrua um tabele-verdade para cada uma destas pro- osigdes composts ape » pe-p 9 pO-4 ® -po-8 9 GOIVRO- NGODAPO-* 31. Constua ums tabele-verdad para cada uma dests pro- posigdes composts ) p49 wpe 9 O-DVEP +9) OD E-IAC Ea) 8 Geavorea 9 Cpe ea) 32, Construa um tabela-verdade para cada uma destas pro- osigdes composts, a evavr Devaar 0 @Agvr DADA 9 @Vga—r 9 Agar ‘33, Construa uma tabela-verdade para cada uma destas pro: sigs composts. a) pave d) p> @—) 9 @>NVCP>n) ®) @> DACP) 2 PH NVCIHn 0 pra aon 34. Construa uma tabela-verdade pare (p> 9) +r) +5. 1.1 Lépiea Propossional 19 35. Construs urna tabela-verdade para (p ++ g) +> (r+ 8). ‘36. Qual o valor de x depois que cada uma destas proposigdes se 1 by if(. + 1=3)ORQ +2=3)thenw=x+1 @ HQ 4+3=5)ANDG+4=7)thenw=x+t 4) if(L + 1=2)XOR (1 +2=3)thenx=3 +1 ©) ifx q uma ‘autologia. A notagio p = 9 indica que p e q slo logicamente equivalentes. Lembre-se: © simbolo = nio é um conective logico ¢ p= q nfo ¢ uma proposicdo compost, apenas quer dizer que p +» q 6 uma tautologia, O simbolo <> é usado freqilentemento no lugar de = para indicar equivaléncias ligicas. ‘Uma maneira de determinar quando duas proposigdes compostas slo equivalentes € usar a tabela-verdade. Em particular, as proposigées compostas p e q sio equivalentes se e somente se as colunas que fornecem seus valores-verdade so ‘dénticas. O Exemplo 2 ilustra esse método para estabelecer uma importantissima e muito usada equivaléncia légica: —(p Vg) € o mesmo que ap Ag. Besa equivaléncia légica é uma das duas leis de De Morgan, mostrada na Tabela 2, demonstradas pelo matemético inglés Augustus De Morgan, na metade do século XIX. Mostre que (pV 4) ¢—p 4 9 sho Togicamente equivalents. Solupio: As tabelas-verdade dessas proposigées compostas estio na Tbela 3. Como 0s valores- verdade -(p V 4) esp Ag coincidem para todas as possibilidades de combinagdes de valo- res-verdade de p € g, segue-se que V q) ++ (=p /\ >) & uma tantologia ¢, portanto, essas roposigcs compostas so logicamente equivalentes. < TABELAS Tabolas-Verdade para (pV 9) ep A~| eg | pve | -ova| ne | =e | -pane voy v F e | F F ve v F rly F FOV v F vie F FOF F v viv v 1a EXEMPLO3 EXEMPLO4 112 Eaquivalincias Proposcionais 23 TABELA4 Tabela-Verdade para—p Vg ep va | ap | pve | poe vovie v |v vole F F Foviv viv re Fly viv Mostre quep +g ¢— p Vq sho logicaments equivalentes. Soluydo: Construimos a tabela-verdade dessas proposiges compostas na Tabela 4. Como os valores-verdade de — p V gp — q 80 idénticos, eles slo logicamente equivalentes < ‘Vamos agora estabclever uma equivaléncia légica entre duas proposigSes compostas que cavolvem trés variaveis proposicionais diferentes p,g¢ . Para usar a tabela-verdade estabelecen- do essa equivaléncia logica, precisamos de oito linhas, uma para cada combinagaio de valores- verdade desses tres varidveis. Simbolicemente, nés representamos essas combinapées listando os valores de p,q er, respectivamente, Essas oito combinagies de valores-verdade so VVV, VVE, VEV, VFF, FVV, FVE, FFV e FF; usaremos essa ordem quando montarmos as linhas da tabela- verdade. Note que precisamos do dobro de linhas de que precisivamos quando tinhamos duas variéveis proposicionsis; essa relagdo continua sendo vélida para cada nova varidvel proposicio- nal que venha a ser adicionada, enti precisaremos de 16 linhas pera estabelecer a equivaléncia entre duas proposigdes compostas com quatro variéveis proposicionais, ¢ assim sucessivamente. Em geral, 2° linhas so necessérias quando temos n varidveis proposicionais, Mostre que p V (@ Ar) €(p V a) A (p V7) sto logicamente equivalentes. Essa & a propriedade disiributtva da disjungio sobre a conjuncéo, Solucdo: Construimos a tabela-verdade para essas duas proposigBes compostas na Tabela 5. Como os valores-vendade de pV (q Ar) € ( Vg) A (pV 7) Sko iguais, essas proposigées so logicamente equivalentes. < ‘TABELAS Uma Demonstrasio de quep V @ ANe@Y 9) ABV). Equivalentes. Logicamente Pe a r | aar [evaan| eve | evr |ovaaevn v v v Vv v v v v v v F F v v v v v F v F v v v v v F F F v v v v F v v v v v v v F v # F F v ® # F F v F F F v F F F F F F F F F 4 1/ Os Fundamentes: égica« Demonstragdes 14 TABELA6 Equivaléneias Légicas. Equivalencas ‘Nome Propredades dos elementos neutos ‘Proprsdades de deminasio ‘roprodades idempotents Propredade da dupla negasio Proprodades comuativus ovavrepvavn aad @AMAr= pAGAn PpVGAn= evaA@YA PAGVA=PAav Gan Propredades distribuivas Leis do De Morgan Proprodades do absorp Propriedades de nepaga0 ‘A Tabela 6 contém algumas equivalénciasimportantes.* Nessas equivaléncias, V indica uma proposigio composta que ¢ sempre verdadeira, uma tautologi, e F indica uma proposigdo que & sompre falsa, uma contradigio. Nés também mostramos algumas equivaléncias importantes que cnvolvem condicionaise bicordicionais nas tabelas 7 e 8 respectivamente. Ao leitor seri pedido que verifique a veracidade dessas equivaléncias nos exercicios no final desta segao. ‘A propriedade associativa para a disjunedo mostra que a expresso p V9 V r€ bem definida, no sentido de que tanto faz qual disjungao ¢ considerada primeiro, ou seja, tanto faz se fazemnos primeiro PV qe posteriormente a disjungie deste com , ou se fzemos primeiro a disjunglo de g com re depois com p. De maneima andlogs,p 4 q 4 r também est hem definida. Estendendo esse acio- cinio, segue-se que p, V pz V ++ V py € Pp, \ Ps A «+ Ap, também so bem definidas sempre que p;, Ps -- PaS80 proposicSes. Além disso, note que as leis de De Morgan podem ser estendidas para OV EV VPA) (pA aps Ap) AO APA AP) = (PY PAV (Métodos para demonstrar essas identidades serio analisados na Sogo 4.1.) Vopr: * Letres timilirzados com o enesitsdelebra boleaa vo nota que esas idetidades so um cso especial de ‘dads que vam para qualgurslgabra oleae. Compare st com 0 coajuno do omtdads da Tabada Sato 2.2 eco a idemtidades bocleanas a Tabel pa Seg I. 1s 412 Eaquivalincias Proposicionais 25 TABELA7 Equivaléncias Légicas ‘que Envolvem Sentengas TABELA 8 Equivaléncias Légicas que Envolvem Bicondicionais. pegso—aAG—p) peg Peg=@ngv(-pn—a) AH )=neng apg ©-+DAC=D=P2GAY @>NAG—N=wVaor @+9VE4)=p—Gvn O>AV@N=@Ag—or Usando as Leis de De Morgan ‘As duas equivalénciaslogicas couhecides como leis de De Morgan sfo paticularmente impor tantes. Elas nos mostram como negar conjungdes e como negar disjungdes. Em particular, a equivaléncia (pV 9) = iz.que a negasto de uma disjungdo ¢ formada tomando a conjungdo das negagSes das proposigdes componentes. Similamente, (p Aq) = pV a nos diz que a negagio de uma conjungio ¢ formada tomendo a disjungdo das negagies das pro- posigdes componentes. O Exempo 5 ilustra ouso das leis de De Morgan. EXEMPLO 5 Use as leis de De Morgan para expressar as negaydes de “Miguel tem um celular e um laptop” e “Rodrigo vai ao concerto ou Carlos vai ao concerto”. Solugdo: Sejep “Miguel tem um celular” c g"Miguel tem um laptop”. Eno, “Miguel fem um celular um laptop” pode ser representado por p 4 g. Contudo, pela primeira lei de De Mor- gan, ~(p Aq) € equivalente a -p Vg. Conseatientemente, podemos expressar a nogagio de nossa proposigo original por “Miguel no tem um celular ou no tem um laptop” ss) AUGUSTUS DE MORGAN (1805-1871) Augustus De Morgan nasceu na india, onde teu pa er coronel no exer ‘ito indiana. familia De Morgan mudou-s pars Inpletora quando cle inka 7 meses de dade. Flo feqBontoso3c0- las pariculues, onde desenvolveu um grande interesse por matemitice na sua juvenude. De Mongun estou na Universidade de Trini, em Cambridge, gduando-se em 1827. Embora pensasse em entrar em medicina eu diet, De Morgan decid syuir carrera em mutemitica, Fle conquistou uma eadeira na Universidade de College, em Lon rcs, em 1828, mas demitu-se quando a faculdade despediw um colega sem apresetar as enusus para demissio. Enircanto, cle etomou essa cadcima em 1836, quando seu sucssor mora, permanccendo a 86. De Morgan fo um professor novel que dava Enfase aos principio mais qu is tenicas. Ente seus estudantes eto muitos materiticos Famosos, incuindo Augusta Ada, Condessa de Lovelace, que era eolaboradara de Chatles Babine em seu trabalho corm miquins computacionais (gj a pigina 27 nas notas bogriicas de Augista Ada). (De Margan proven a cones de que estudar matematica em exceso,poeiaierferircm suas habilidades materais!) De Morgan foi um eseritorextrmamenteprolfica, Esereveu milkares de atigos para mais de 15 periédios. Também escrves ios tedeios sobre muitosassunos, incluindo loca, probablidade, cleuloe dlgebra. Em 1838, ele apresenou o que talvez tena sie a primei- rv explicago clara de uma importante tenia de demonsraio, cnhecida como induso matematia (iseutida ma Sesio 41 deste io), {emo que ele eanhou. Na dévada de 1840, De Morgan fer contibuigtesfundementss a dasenvolvimento da lgicssimbGlic. Ele clea otagdes que oajudaram a provarequvaléaciasproposcionais, assim como as les que receberam seu nome. Em 1842, De Morgan apresex- {on 0 que taver tena sds primeira defini precisa de limite eo devenvolvimento de alguns testes de convergéncia denies infin. De Morgan inteessoi-s tombe pola istra da matemndsica,escrevendobiogafas de Newton e Haley im 1887, De Morgan easou-se com Sophia Frend, que escreveu a biografa do mado em 1882, A pesquisa, eserita eo ensno de De Morgan dexaram pou temp par ele se dedicar a sn familia e vida soeil. No entra, ele fons conkeciga pela sua honda, bern humor grande intelgeocn, 6 1/ Os Fundamentes: égica« Demonstragdes 126 EXEMPLO6 EXEMPLO7 Seja r “Rodrigo vai ao concerto” e s “Carlos vai ao concerto”. Entio, “Rodrigo vai a0 con- certo ou Carlos vai ao concerto” pode ser representado por r Vs. E, pela segunda lei de De Mox- ‘gan, temos que =(r V s) € equivalente a +r A —s. Logo, podemos expressar sua negacio por “Rodrigo nfo vai ao concerto ¢ Carlos nio vai go concerto”. < Construindo Novas Equivaléncias Légicas ‘As equivaléncias logicas na Tabela 6, assim como qualquer outra que sejaestebelecida (como as ‘mpstradas nas tabelas 7e 8) podem ser usadas para construir equivalencies logicas adicionais. A azo para isso € que uma proposigdo composta pode ser substituida por outa proposigdo com poste que ¢ logicamentc equivalente a essa scm mudar o valor-verdade da proposicdo origina. ssa téonica ilustrada nos exemplos 6-8, em que também usamos o fato de que se pe q S50 logicamente equivalentes ¢ g r sto logicamente equivalents, entio p ¢ r também sio logica- monte equivalentes (veja 0 Exercicio 56). Mostre que (p+ g) ep Aq sia logicamente equivalentes. Solueda: Podemos usar uma tubela-verdade para mostrar que essas proposigBes compostas so cequivalentes (como no Bxemplo 4), Inclusive, nto deve ser dificil fazer isso. No entanto, quere- ‘mos ilustrar como usar identidades logicas que jé conhecemos para estabelecer novas identidades logicas, isso porque esse método tem uma importineia pritica para estabelecer equivalencies de proposigdes compostas com um grande nimero de varidves. Entio, vamos estabelecer essa equi- vvaléncia desenvolvendo uma série de equivaléncias logicas, usendo uma das equivaléncias da ‘Tubela 6 por vez, comecando por a(p—> 4) ¢terminando com p Ag. Temos, assim, as equiva- ncias a seguir. 70> 9= (pq) pelo Exempio’3 (ap) Ag pela segunda lei de De Morgan ang ela propriclade da dupla negacio < Mostre que =(p V (ap 4g) ¢ =p Ag Sio logicamente equivalentes desenvolvendo uma série de equivaléncias logicas. Solugio: Vamos usar uma das equivaléncias da Tabela 6 por vez, comegando por (pV (=p 4 @)) ce temninando comp /g. (Nota: Poderiamos estabelecer essa equivaléncia facilmente usando tabelas-verdade.) Assim, temos es equivaléncias a seguir. APY Op Ag) =p AAG AQ) pele sogunda lei de De Morgan Sop Aap) va pela primeira lei de De Morgan PARY 79) ela propriedade da dupla negasio GPAP)V (pA—a) pela segunda propriedade dstibutiva Vv GpAng) pois ap Ap=F (pang) VF pole propriedade comutativa para disjunges =-pAn9 ‘pela proprisdade dos elementos neuros para F Em conseqiéncia, 4(p V (=p A g)) ep Aq sto logicamente equivalentes. < tar 112 Equivalincis Proposicionais 27 EXEMPLO8 —Mostre que (p Aq) > (pV q) € ums tautologia, Solucio: Para mostrar que essa proposi¢ao ¢ ume tautologi, vamos usar equivaléneias para demons- tar que é logicamentc equivalente a V. (Vora: Isso poderia ser feito usando tabelas-verdade.) @rg-evO= (PAV VG) —_peloExemplo 3 pela primeira lei de De Morgan. elas propriedadesassocitivase comutativas para adsjungio pelo Exenmplo 1 ¢ pela propriedade comutativa para disjuncio = pela propriedade de dominasio < Umma tabela-verdade pode ser usada para determinar se uma proposigio composta & uma tautologia. Isso pode ser feito rapidamente sc for uma proposigo composta com poucas varié- veis, mas, quando o nimero de varidveis cresce, isso pode fica impraticavel. Por exemplo,exis- tem 22° ~ 1.068.576 linhas em uma tabela-verdade para. uma proposigdo composta com 20 varidveis proposicionais. Claramente voc€ precisard de um computador para ajudé-lo a determi- nar quando uma proposigo composte é ums tautologi, Quando, no entanto, existem 1,000 va- Fveis proposieionais, um computador pode determinar em um tempo rzodvel se uma proposig0 € uma tautologia? Testando todes as 2% (um mimero com mais de 300 algarismos decimis) possivcis combinagSes de valores-verdade, um computador nfo conseguc terminar em menos dc alguns trilhdes de anos. Além disso, ndo existe um outro método conhecido que um computador possa seguir pare determinar em um tempo razoavel quando uma proposigo com muita varis- ‘eis proposicionais€ ume tautologia. Vamos estudar questdes como essas no Capitulo 3, quando estudaremos a complexidade de algoritmos. AUGUSTA ADA, CONDESSA DE LOVELACE (1815-1852) Augusta Ada fo dies Tha do easamente do famo- so posta Lorde Byron ¢ Lady Byron, Annabella Millbank, que se separaram quando Ada tinka 1 més deidade, por ‘causa do escandalo amoroso de Lorde Byron com sua meia-inn8, Lorde Byron inka ums reptasdo, deserts por tums de suas smantes como “Touso, mal eperigoso”. Laly Byron eru notivel por su inteligenetse ina pul por ‘matemdtica; ela era chamada por Lorde Byron de “A Princesa dos Paralelogramos". Augusta foi criada por sua mle, ‘que encorajou seus talents inclectuss, especialmente na misice ena matemética, tendo em vist que considera perigoss as endénciaspoticas. Naquelaépoca, ndo era permitdo que as mulheres freqUentassem as unversidades nem e juntassem a grupos de estudos, No entanto, Augusta adquit seus etudos matematios soznha e com ma- feméticos,icluindo William Frond, Ela tanbém nha o apoio de outa matemitcs, Mary Somerville, m 1834, ers um janar na casa de Mary Somerile, ela foi apresentads ds itias de Charles Babbage sobre uma maquina de calla, chamada “Engenho Analteo”, Em 1838, Augusta Ada easou-se com Lorde King, clevado posteriomente a Conde de Lovelace. Juntos, eles tive ram tis filbos. ‘Augusta Ada continuou seus esudos em matemitica depois do casumeate, Cares Babbage continuou tnbalhando em scu "Engeabo Analkico” eapresentando-o pare a Europe. E1842, Babbage pediu Auguste Ads que taduzise um artigo para ofrancts, dexcrevendo sua invengo. Quando Babbage vn aug, superiu que ela comeqasse a escrever suas prprias anotages, eo ela final fol rs vers 0 ‘rginl, Os relatos mais compleos sore maquina de Babbage eso nas anctayies de Augusta Ada, Em suas anlage, ela comparou ot Dalho do "Engeaho Analfico" ao ear de Jacquard, com a analgia dos ides perturas Ge Babbage aos usudos pata iar estas no teat. ‘Alm dss, cla recnecea a promessa da miquina como uma propesa de computador mute metho do qu fz Babbape. Ha consatou que "O ‘motor € expresso materia de qualquer fungo indefnda de qualgue grau de generaidae e complexiade”. Stas anoagdes sore o "Enge- ‘ho Antico” antecipram twos desenvolvimento Augusta Ada puicou sous esrts sob us inisiais AA pra ocular su dente ‘como mulher, assim como muitas muberes fizeram naqule tempo em que mio exam cosideradasintelectuais como os homens. Depois de 1845, ‘lao Bebhage uabuarum juntos no desenvolvimento do um sisoms para determin ras decavaloslnfeizmente ese ssema mo fincionoa ‘muito bem, debando Augusta exeman:cntedcbitada fsicamentc, command cincer de to ainda muito joyer. ‘Em 1953, as anotaydes de Augusta Ada sobre o “Engen Analitco” Zora ropublicdas, 100 ance pés «sua escrita depois de maito tecnpo esquscids. Em seu trabalho, na década de 1950, sobre a capacidade de os computadores pensarem (¢ seu famoso teste Turing), ‘Alan Turing respondou & doclaragdo de Augusta Ada de que “o Engeaho Analitco nfo tom a prtensio de der origem a nada. Fle pode fazer o que conhecemes para exanizar sua performance”. Esse “logo” enre Turing e Augusta Ada € ainda assunio de controversias Por eausa de suas eoatibuigdes fundamentas & computagao, a Iiguagem computacional “Augusta” resebeu esse nome em homnenagem 4 Condessa de Lovelace, 28 1/OsFundaments: Logica e Demonstragdes 128 Exercicios 1, Use tabela-verdade para verificar estas equivaléncas, a) pAVEP ») pVE=p © pAF=E @ pvvev © pyp=p Dpap=p 2, Mostze que (rp) ¢p slo Iopicamente equivaletes 3. Use a tahole-verdade para veriica as propriedades comuta- tivas. =) pVg=4vp b) pAG=aAp 4, Use a tabela-verdade para verficur as propriedades associa- ‘vas, a) @v avr b) @AgA 5. Uses tabel pvavn, Agra, -verdade para veritiar propriedade distrbu- ADV DAN: ‘uma das proposigbesabaiz. a) Jan érieae feliz, 1) Carlos andard de bicieleta ou coreré amania, (9) Mei anda ou pega o Gnibus para i a escola 4) Torahim é espero e rabalhs muito, 8, Useas leis de De Morpan para encontrar a neyasdo de cada lama das proposigbes absixo, a) Kovume tabalbac na indistria ou id para a fuculdade, 'b) Yoshiko conhove Java e eiculo, ©) James €jovem e ferte. 44) Rita mudaré para Oregon ou Washington até aposemtarse, em 1982 HENRY MAURICE SHEFFER (1883-1964) Henny Maurice Sheffer, iho de pais judeu nia e emigrou pars os Estados Unidos em 1892 com seus is esis immo. Estudou a Escola Latina de Boston antes de earar em Harvard, onde completou sua eaduasio em 1905, seu mestado em 1907 e seu Ph.D. em filosoia ext 1908, Depo de congistar uma posiao de psoutor er Harvard, Henry vigjou pra a Europa com bola de peu sa Ao retomar para os Etados Unidos, cle se tomou um académico nimade, emanecendo tm anc em sada univer sidade: Universidade de Washington, Corel, Minessota, Missouri e Universidade da Cidade, em Nova York. Em 1916, ele etarnow Harvard como memiro do corpo docents do departameato de flosofa. Permaneceu em Harvard 8. Mostre que cada uma das proposiges condicionais& seguir uma tautologia, usando atabela-verdade. AQP — WP PVa) 99049 HOAD=0>9 9 7049-— DAw+a—>-4 10, Mostre que eada uma dss proposes condicionais abaixo (uma teuologis, usando a tabels-verdade ) LPAwvala ») I+ HAG 9 bAG—al—a @ (evaAD—>A@—>A—r 11, Mose que cada uma das proposicies eondivionss do Exercisio 9 € uma autlogia, sem usar a tabela-verdade 12, Mosire que cada uma das proposigdes condizionas do Exericio 10 € uma tautologia, sem usar tabela-vedade 13, Use a tubeliverdade para veriicar as propricdades de absorg. DPYOAD=P WM PADVD=P 44, Determine se (=p A (p—@)) + 9 € uma tautoogia 18, Detemnine se (g Ap 4)) + p € ua tatologa (Os execiios 16828 peem que vos! mestre que dus propo sides composts slo logicamentc equivalents. Para fazer sso, ou most que os dois lads sto verdadeiros, ou que os ois sto falsos, para exatamente as mesmas combinagées de valoresvendade das vardveis propossionasnessas enpres- siies (0 que for mais fi, 16, Moscequep + 7¢(0 Ag) V (pa) sf equivaleniss a7: Maris ir ae <9 eo lepine aes. Sbefferinroduiu, em 1913, o que conbecemos hoje por “golpe de Sheffer" qu se mes famoso apenas depois «que foi usa em 1925 na edigdo de Principia Mathematica, de Whitehead e Russell, Nessa mesma ego, Russel esereveu que Shelf ‘nha inventado um poderoso método que podera se sad para simplifcar a Principia. Por causa dese comentiio, Sefferera visio como tun home misterioso para os logicos, especialmente porgue ele que teve poucas publcardes ao longo de sua earera,nunea public os etter desse modo, qu foi apenas desrito em abtas de mimidgmfo e em uma breve publicagzo abate, Sheffer fo um professor dedicado de ligica matemdtica, Ele gosta de ministaraulas em turas pequenas; no postava de audios. ‘Quando estanhos apareciam em suas aula, ShflrpediaAhes que se revrassem, mesmo se fssem colegas ou convidedos que iam visiar Harvard. Sheer tinha apenas um metro e meio de altura; era nado por su inteligéciae vigor, assim como poo sen nevosisn e iit ‘ilidedo.Finbora mute inteligente cle ora muito sozinho. Fle & conhcido pela pada que fez ae sposetar-se:"Profesaresvethos munca ‘mozrem, tomam-se emits". Shefer também tem o crédito de cunhar a expressio“lgebra boolean" (assunto do Capitulo 1 dest iro). le fi casa por um cut espaga de tempo e vives a maice par do sua vida madura em um qurto de hotel, com sous livros de égica = ‘um vaste arguve de paps em que cle cosimava ancar sua iia, Inflimente, Sheffer sot de depreasioprofunda durante as duns ‘imas daeadas de sua vid. +039, 129 18, Mostre que p +g ¢ > —p si0 logicamente equivalents. 19, Mosre que +p => 9g © p + 9 So logicamente eguivalents. 20, Mose que Wp © 4) € p = 4 slo lopicamente equivalents. 21, Mose que 7(@ +9 9) € ap ++ ¢ so lopicamente suivants. 22. Most que (@ = @) A(@ +) ep (GAA sto logicament equivalents. 28, Mose gue (>). A (G1) eg) + sto Iogicamenteequivaleats 24, Mose que ( ~ @) V @ > 7) © p+ (V9 sho logicament equvaletes. 28, Mose que @ + DV @ =e @ Ad =r sto logicamente equveletes 26, Mosre ue—p — (q— 1) ¢4— (PY) si lopicamente equivalents, 27, Mose que p+ ¢ (p+ 9) A (@—p) sto logicameate csuivaletes. 2B, Mose que p + q ¢ =p “> — so lopicamente suivants. 29, Most que (+4) AG 1) + +) & uma tastoog 30, Mostrs que (PV 9) A (=p YA) @ Yr) & um tautologia. ‘1, Most que (p + g) + r © p> (q+ 2) alo sto equivalents. 32, Moste que pg) > re (@ 7) A @ =A Bo sto uivalents. 33, Mose gue (p> @) (re) (3) nko so lopicamente equivalents. (© ual de ume proposigo composta que contin apenas ‘operadores lgicos Ve + 68 proposgao composts obtida pela coca de cada v por A cada A por Vs cada V por Fe cada F por V.O dual de. 6 representa por ‘34, Encontro o dual de cada uns dostas proposigdes com: posts. ) pv-9 ©) BA-WVEAR) 38. Enoonir o dial de cada ums destas proposigdes com posta 2) prrganr 9 @vHA@yy 236, Quando s* = sem que» € uma proposigo composts? 37. Mose que (")* = s quando s uma propossao compost, 38, Most que as equivalénciaslogieas da Tabela 6, exce to pela propriedads da dupla negagdo, vim em pares, cm que cada par contém proposigSes compass que So dois ds proprias Por que os dusts de duas proposes composts equiva- lentes so também equivalents, em que essas propos es composts conlém apenas os operndors 2, >? 40, Enconte uma proposiio composia que envolva as va- ‘veisproposicionisp, ger, que € verdad quando 7 4 sio veradeiras e € flea, mas o contri & fas. [Dica: Use uma conjunc de cada vardvel proposicio= sal ou sue negacto} D PA@VOAY) D@Aganvs aL. =f, 412 Equivaincias Proposicionais 29 Encore uma propesigho composta que eavolva as variveis proposicionas p, ge, que € verdadeira quindo cxaiamentc diss de p, g ¢ r forem verdadsias, mas 0 contritia false, (Dice: Forme una disungo de conjungées. Tnclua uma conjunglo para cada combinago de valores ‘paraos quaisa variant proposicional for verdadeira. Coda ‘conjunglo devers inclu eda uma dessus tes variéveis ou suas negayées.] ‘Suponaaquea tabela-verdadeemn varidves proposicionais, Gas, Mostre que pode ser formads uma propos ‘composta com essa tubela-verdade a paris de uma isjunplo das conjungbes das variveis, ou suas nevardes, ‘com uma conjungio formada por cada combinagdo de valores para os quiis« proposiglo composia€ verdadeirs ‘A proposiedo composta resultzate & ehamada de forma normal disjuntiva. ‘Um conjunto de operadores lgicos échamado de funcionalmen- ‘te completo quando todas as proposes compossas sto logica- ‘mente equivalentes a una proposigio composta que envolva ‘spenas estos operadores ligicos. a Ms. Ms, ‘Mostre que —, /\¢V formam um grupo de operadores gicos fimcionalmente completo. [Dica Use 0 fio de que toda roposio compost é logicamente equivalent a outa em ‘una fora normal sj univ, como visto no Exereicio42,] Mostre que —; e A formam um gripe de operadores logicos funcionalmente completo, [Dica: Primeiro use a Tei de De Morgan para mostrar que p V q € equivaleme anc Ana ‘Mostre que V formam um grupo de operadores ogicos funcicnalmeste completo Os exercicios subsequentes envolver os operadores lozicos [NAND € NOR. A proposigio p NAND q & verdadeira quando 01 1p ou, ow amas, fore falsas;¢ & flsa quando p ¢ g, ames, forem verdadeiras. A proposigdo p NOR q & verdadeira quando mbes, pe , from flsas, e & falsa em qualquer outro caso. AS proposes p NAND q ep NOR g sto indicadas porp|q ep | 4 respectivemente, (Os operadores |e | slo chamadosde eonectivo de Sheffer ¢ lecha de Peirce, zecebendo os nomes de H. M. Sheffer eC. 8. Perce, respectivamente:) 46. a. a8. 49. 50. +51. a2 8 ‘Construs a tabela-verdade para 0 operadarlogico NAND. ‘Mostre que |¢& logicamente equivalente a (pA 4). ‘Constr a tabele-verdade para o operadarligico NOR, ‘Mostre que p | 9 &losicamente equivalente a—(p V 9). ‘Neste exereicio, mostrremos que {4} & um conjunto de ‘operadores logicos funcionalmente completo 8) Mostre que pp é logicamente equivalente a—p. by Mostreque(p |g) L(p | 4)€logicamente equivalente apva. ©) Conelua a partir dos ites (a) ¢ (6) ¢ do Exereicio 49 que {J} & um conjunto de operadores légicos Juncianelmente eampleto. Encontre ume propesiqio compostalogicamenteequvalenie ‘ap —+q, usando apenas 0 peradar lig | Mostre que {i) € um conjunto de operadores Iogicos fimeionalmente completo. ‘Mostre que |q | p sto equivalentes. Mostre que p | (@ | 7) © @ | 4) | r nfo sto equivalentes; pportanto,o operador logic | do ¢ associative, 30 1/ Os Fundamensos: Logica e Demonstragdes 785, Quantas formas diferentes de tabolas-verdade de proposi- Bes composts exister que envolvam as variantes propo- sicionaisp eq? 6. Most que sep. ¢r so proposigdes composas,em que pe ‘qsiologicarente equivalents eq er slo urnbém logicamen- ‘e equivalents, entop eso logicamente equivalents, 7. A sentenga a seguir foi tirada das especiticagdes de um sistema telfnico: “Se diretrio de dados for do bance bert, ento 0 monitor é posto em estado de fechamento, 00 sistema ndo estiver em seu estado inicia”. Essa espe. cificasto € dificil de ser compreendida porque envolve proposigdes com duas condicionsis, Eneontre um equiva lente, uma especificag de ficil cormpreenso, ue envol- va disjungaes e negagies, mas no proporigies condi- 58. Quunts das disunedes p Vag, pV 4,9 V7.9 Vore Sq V —r podem ser verdadeiras simltanesmente, «par tir da construgio de uma tabcla-verdade com valores parap.ger? 59. Quantas das disjungoes p Vg V 8, 4p Vr V 5, —p Var Vas pV GV QV V8 gv ar ng, 1.3. Predicados e Quantificadores a. 10 Ap qVns.p Vr sep Vr se podem sor ver: adeiras simultaneamente, a pertir da construgio de tua tabela-verdade com valores para p, @,r¢? ‘Uma proposigio composta ¢ satisfatéria se existe uma ateibuigho de valores-verdade para as varveis na propo- siglo que toma a declrasio verdadeirs. 1 Quais das proposes compostasabaixo so saistntirias? 8) @Vq¥—D GV =a) ABV nV) A Gry gv Ap Vay BD) CPV=dVAAEPY EY AGY9V>8)A Cp arV58) \@V EV AG Y eV 8) ©) BV GVA AY GV HAG FV3)A Gpvrvav ap vay DAGV av aNA Cpvnavs) a pv—ry—s) Explique como um algoitmo par defnr se uma prposi- 0 composia 6 stisfntria pode ser usado para dtermi- ‘arse urna proposigdo compose & ums tatolgi.[Dico: Observe sp, em que p 6 proposzzo composta quest sono examinada} Introdugio ‘A légica proposicional estudada nas segdes 1.1 ¢ 1.2, ndo pode expressar adequadamente o sig- niffcado das proposigdes em matemética e em linguagem natural. Por exemplo, suponha que saibamos que “Todo computador conectado & rede da universidade esté fmcionando apropriadamente.” ‘Nenhuma regra de légica proposicional nos permite decidir sobre a veracidade da afirmag30 "MATHD esté funcionando apropriadamente,” fem que MATHS 6 um dos computadores conectados & rede da universidade. Da mesma forma, ‘do podemos usar as regras da logica proposicional para concluir da proposigio "C52 esti sob ataque de um hacker” ‘em que CS2 ¢ um computador na rede da universidade, para concluir que é verdade que “Bxiste um computador na rede da universidade que esté sob ataque de um hacker”” Nesta sepdo, vamos introduzir uma logica mais poderose chamada logiea de predieados. ‘Veremos como a Iogica de predicados pode ser usada para expressaro significado de um amplo ‘srupo de proposigdes em matematica ¢ em ciéncia da computagio de mode que nos permita ra- ciocinar e explorar relagbes entre objetos. Para entender a logica de predicados, precisamos pri- ‘meiramente introduzit 0 conceito de predicado. Posteriormente, varios introduzir o conceito de {quantificadores, que nos permite raciocinar com declaragées sobre determinada propriedade que vale para todos os objetos de certo tipo e com declaragSes sobre a exist@ncie de um objeto com ‘uma propriedade especitica

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