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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA


MESTRADO PROFISSIONAL EM ENERGIA ELÉTRICA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

APLICAÇÃO WEB PARA MONITORAMENTO DE


PARÂMETROS ELÉTRICOS DE SISTEMAS
FOTOVOLTAICOS

ALLAN DAVID SILVA DA COSTA

Natal, RN
Novembro de 2019
ALLAN DAVID SILVA DA COSTA

APLICAÇÃO WEB PARA MONITORAMENTO DE PARÂMETROS

ELÉTRICOS DE SISTEMAS FOTOVOLTAICOS

Natal, RN
Novembro de 2019
ALLAN DAVID SILVA DA COSTA

APLICAÇÃO WEB PARA MONITORAMENTO DE PARÂMETROS


ELÉTRICOS DE SISTEMAS FOTOVOLTAICOS

Trabalho apresentado ao Programa de Mes-


trado Profissional em Energia Elétrica da Uni-
versidade Federal do Rio Grande do Norte -
UFRN como requisito final para obtenção da
titulação de Mestre.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

Orientador: Prof. Dr. MARCOS ANTÔNIO DIAS DE ALMEIDA


Coorientador: Prof. Dr. JOSÉ ALBERTO NICOLAU DE OLIVEIRA

Natal, RN
Novembro de 2019
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Sistema de Bibliotecas - SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Central Zila Mamede

Costa, Allan David Silva da.


Aplicação web para monitoramento de parâmetros elétricos de
sistemas fotovoltaicos A / Allan David Silva da Costa. - 2020.
98 f.: il.

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Rio Grande


do Norte, Centro de Tecnologia, Programa de Mestrado
Profissional em Energia Elétrica, Natal, RN, 2020.
Orientador: Prof. Dr. Marcos Antônio Dias de Almeida.
Coorientador: Prof. Dr. José Alberto Nicolau de Oliveira.

1. Aplicação web - Dissertação. 2. Microcontrolador -


Dissertação. 3. Sistemas fotovoltaicos - Dissertação. I.
Almeida, Marcos Antônio Dias de. II. Oliveira, José Alberto
Nicolau de. III. Título.

RN/UF/BCZM CDU 621.311

Elaborado por Ana Cristina Cavalcanti Tinôco - CRB-15/262


Dedico este trabalho a Deus, a minha
família e amigos, em especial a minha
esposa Kaliane Guedes e à minha filha
Júlia Costa pelo apoio incondicional e
pela paciência, nesse árduo percurso.
Agradecimentos

Agradeço a Deus pela minha vida e por, de forma maestral, ensinar-me que todas as
coisas acontecem no momento escolhido por ele.
A minha família, em especial à minha mãe Ledizia Costa, ao meu pai Robson Kennedy,
a minha irmã Allana Daphne, a minha avó De Deus Rocha e a meu avô José Cabloco
(in memorian), por todos os inesgotáveis esforços, e por serem exemplos de coragem e
perseverança na minha vida.
A minha esposa Kaliane Guedes, pessoa sem a qual não vivo, por sua grandiosa
paciência e dedicação e por me ajudar em todos os momentos difíceis.
A minha filha Júlia Costa, fonte maior de inspiração.
Aos meus orientadores Professor Dr. Marcos Dias e Professor Dr. Alberto Nicolau, que
com dedicação, conhecimento e, acima de tudo, paciência, me guiaram desde os primeiros
esboços do projeto até as últimas etapas deste trabalho.
Aos Professores do Programa de Mestrado Profissional em Energia Elétrica da Universi-
dade Federal do Rio Grande do Norte, pelos conhecimentos transmitidos e pela paciência
em nos moldar, de forma a nos transformar em Mestres.
As demais pessoas que, de alguma forma, contribuíram para a realização deste trabalho.
”Cada sonho que você deixa para trás, é um pedaço do seu futuro que deixa de existir.”
Steve Jobs

”Deus é a fonte inesgotável de todas as coisas.


Sem ele nada somos nem nada fazemos!”
Desconhecido
Resumo
A energia renovável já é uma realidade no Brasil e cada vez mais se tem registros da
implantação de parques eólicos e sistemas fotovoltaicos alicerçando o desenvolvimento
nacional no que diz respeito à disponibilidade de energia elétrica. Este fato vem sendo
impulsionado pelas crescentes pesquisas e desenvolvimento de materiais e equipamentos
mais eficientes, bem como a criação e a atualização de normas e padrões que têm como
intuito fomentar o uso dessas tecnologias. Sendo assim, a proposta deste trabalho é
a criação de uma aplicação WEB associada a um sistema microcontrolado, acessada
pela rede mundial de computadores, que possibilita ao usuário acompanhar a geração
de energia do seu sistema fotovoltaico, propiciando a sua gestão eficiente e das faturas
a serem analisadas. Esta aplicação será desenvolvida em linguagem de programação
PHP, que servirá como uma interface homem-máquina, onde serão mostrados os dados
oriundos de um hardware desenvolvido conjuntamente com a aplicação, que conterá todos
os sensores necessários para a captação de grandezas elétricas e ambientais. Os valores
coletados da planta solar poderão ser armazenados em diversos pontos como o banco
de dados do sistema. Além disso, esta aplicação poderá ser utilizada em indústrias que
possuam sistemas fotovoltaicos instalados em suas dependências, já que as informações
que serão disponibilizadas pela aplicação poderão atender alguns setores da empresa
como: manutenção, ao verificar a eficiência da geração de energia da planta do sistema; e
financeiro, a partir dos dados obtidos, observar se realmente o sistema está sendo eficiente
na redução dos custos de energia.

Palavras-chaves: Aplicação WEB, Microcontrolador, Sistemas Fotovoltaicos.


Abstract
Renewable energy is already a reality in Brazil and there are more and more records of
deployment of wind farms and photovoltaic systems underpinning the development regarding
the availability of electricity. This fact comes being driven by the growing research and
development of materials and equipment, as well as the creation and updating of standards
and standards designed to encourage the use of these technologies. Therefore, the The
purpose of this paper is to create a WEB application associated with a controlled by the world
wide web, which allows monitor the power generation of their photovoltaic system, providing
their efficient management and invoices to be analyzed. This application will be developed
in PHP programming language, which will serve as a human machine interface where data
from hardware developed jointly with the application, which will contain all sensores required
for the capture of electrical and environmental quantites. The values collected from the
solar plant can be stored at various points such as the system database. In addition, this
application can be used in industries that have photovoltaic systems installed. dependencies,
since the information that will be made available by the application, may serve some sectors
of the company such as maintenance, checking the efficiency power generation of the
system plant; and financial, from the data obtained, whether the system is actually being
efficient in reducing the costs of energy.
vspace 1cm
textbf Keywords: WEB Application, Microcontroller, Photovoltaic Systems.
Lista de ilustrações

Figura 1 – Composição do Sistema Elétrico Nacional. . . . . . . . . . . . . . . . . 16


Figura 2 – Redução do preço da FV em leilões de energia. . . . . . . . . . . . . . 17
Figura 3 – Fluxo da informação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
Figura 4 – IHM da ABB. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
Figura 5 – IHM da CANADIAN. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
Figura 6 – KeyPort da CANADIAN. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
Figura 7 – IHM da FRONIUS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
Figura 8 – IHM da SOLARVIEW. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
Figura 9 – Primeiro módulo solar do Bell Labs. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
Figura 10 – Composição do Sistema Fotovoltaico On Grid. . . . . . . . . . . . . . . 26
Figura 11 – Composição do Sistema Fotovoltaico Off Grid. . . . . . . . . . . . . . . 27
Figura 12 – Atlas Solarimétrico do Brasil. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
Figura 13 – Curva característica (I-V) de módulo fotovoltaico para diferentes valores
de irradiância. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
Figura 14 – Sensor de temperatura e umidade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
Figura 15 – Circuito da simulação do DHT11. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
Figura 16 – Indicação do ponto de medição da tensão contínua on grid. . . . . . . . 34
Figura 17 – Indicação do ponto de medição da tensão contínua off grid. . . . . . . . 35
Figura 18 – Resistor de 200 Ω. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
Figura 19 – Resistor de 2200 Ω. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
Figura 20 – Simulação do divisor de tensão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
Figura 21 – Simulação do divisor de tensão duplo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
Figura 22 – Interface do posicionamento do Inversor. . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
Figura 23 – Sensor de presença de tensão alternada. . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
Figura 24 – Pinos do ACS712 da ALLEGO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
Figura 25 – Circuito simulado do ACS712. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
Figura 26 – Sensor STC013. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
Figura 27 – Drive para o sensor STC. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
Figura 28 – Pinos do ATMEL
R
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
Figura 29 – Etapas de um projeto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
Figura 30 – Arduino UNO e Genuino. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
Figura 31 – Pinos do Arduino UNO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
Figura 32 – Stand-Alone com o microcontrolador ATmega328. . . . . . . . . . . . . 48
Figura 33 – Circuito com todos os sensores. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
Figura 34 – Circuito com todos os sensores para prototipagem. . . . . . . . . . . . . 51
Figura 35 – Fluxograma de funcionamento do sensor DHT11. . . . . . . . . . . . . 53
Figura 36 – Resultado das medições realizadas com dois DHT11. . . . . . . . . . . 54
Figura 37 – Protótipo com um DHT11. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
Figura 38 – Fluxograma de funcionamento do sensor Vcc . . . . . . . . . . . . . . . . 55
Figura 39 – Resultado das medições realizadas com dois sensores Vcc . . . . . . . . 56
Figura 40 – Protótipo com dois divisores de tensão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
Figura 41 – Fluxograma de funcionamento do sensor de Vca . . . . . . . . . . . . . . 58
Figura 42 – Indicação se existe 220 Vca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
Figura 43 – Protótipo do detector de 220 Volts. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
Figura 44 – Fluxograma de funcionamento do sensor de Icc . . . . . . . . . . . . . . 60
Figura 45 – Resultado das medições realizadas com o sensor Icc . . . . . . . . . . . 61
Figura 46 – Protótipo do sensor de Icc . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
Figura 47 – Fluxograma de funcionamento do sensor de Ica . . . . . . . . . . . . . . 62
Figura 48 – Resultado das medições realizadas com o sensor Ica (40 Watts). . . . . 63
Figura 49 – Resultado das medições realizadas com o sensor Ica (100 Watts). . . . 63
Figura 50 – Protótipo do sensor Ica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
Figura 51 – Logomarca MEDENERGIA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
Figura 52 – Código padrão EAN-13. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
Figura 53 – Tela de entrada da aplicação WEB. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
Figura 54 – Tela de login da aplicação WEB. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
Figura 55 – Tela principal da aplicação WEB. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
Figura 56 – Detalhe de visualização das variáveis. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
Figura 57 – Detalhe do botão "+". . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
Figura 58 – Composição da tensão contínua. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
Figura 59 – Abas e gráfico para uma medição díaria da tensão contínua. . . . . . . 68
Figura 60 – Gráfico da semana de Vcc . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
Figura 61 – Gráfico do mês de Vcc . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
Figura 62 – Mensagens de alertas da aplicação WEB. . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
Figura 63 – Composição da tensão contínua. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
Lista de tabelas

Tabela 1 – On Grid x Off Grid. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27


Tabela 2 – Pinos do sensor DHT11. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
Tabela 3 – Modelos do CI ACS712. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
Tabela 4 – Alguns modelos do sensor STC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
Tabela 5 – Pinos do microcontrolador utilizados pelos sensores. . . . . . . . . . . . 48
Tabela 6 – Lista de componentes discretos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
Tabela 7 – Resolução dos pinos analógicos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
Tabela 8 – Resultados das medições com os sensores de tensão contínua. . . . . 57
Tabela 9 – Comparação entre as leituras medidas e as calculadas. . . . . . . . . . 60
Tabela 10 – Levantamento de custos para o desenvolvimento do projeto. . . . . . . 71
Tabela 11 – Percentual custo x orçamento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72
Lista de abreviaturas e siglas

ABSOLAR Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica

C Capacitância, em Faraday

CA sinal Alternada

CC sinal Contínuo

ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica

f Frequência, em Hertz

FV Fotovoltaico

Hz Unidade de Frequência

Ica Corrente Alternada, em Ampere

Icc Corrente Contínua, em Ampere

IHM Interface Homem-máquina

Imáx Corrente máxima

Ipico Corrente de pico

kohm Unidade de resitência multiplicado por 1000

MYSQL Banco de dados proprietário usado em sistemas WEB

nF Unidade de Capacitência, nano(10(−9) )

off grid Sistema fotovoltaico que não é ligado ao sistema elétrica de alguma
concessionária

OHM Letra grega que é a unidade de resistência elétrica

on grid Sistema fotovoltaico ligado ao sistema elétrica de alguma concessionária

OSI Acrônimo do inglês Open System Interconnection. Modelo de rede de


computador dividido em camadas, garantindo a comunicação entre dois
sistemas computacionais

PHP Linguagem de programação usado para desenvolvimento de aplicações


WEB
PWM Abreviatura de Pulse Width Modulation. Controle de sistema por variação
da largura do pulso de uma onda quadrada

SFV Sistema Fotovoltaico

SQL Linguagem de programação para WEBB

TCC Trabalho de Conclusão de Curso

Vca Tensão Elétrica, em Volt

Vcc Tensão Contínua, em Volt

Vin Tensão de entrada

Voc Tensão de circuito aberto

Volts Unidade de tensão

Vout Tensão de saída

Vsc Tensão de curto circuito

W/m(2) Unidade de incidência solar ao solo, Watt por metro quadrado

watts Unidade de Potência Elétrica

WEB Rede mundial de computadores

Wp Unidade de Potência em sistema solar, Watt-pico

Xc Impedância capacitiva, em ohm


Sumário

Lista de ilustrações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8

Lista de tabelas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

Lista de Siglas e Abreviaturas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
1.1 Aspectos Gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
1.2 Motivação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
1.3 Objetivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
1.3.1 Objetivo geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
1.3.2 Objetivos específicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
1.4 Estado da Arte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
1.5 Estrutura do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
1.6 Enquadramento do TCC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24

2 REFERENCIAL TEÓRICO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
2.1 Energia solar fotovoltaica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
2.2 Tipos de sistemas fotovoltaicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
2.3 Composição de um sistema fotovoltaico . . . . . . . . . . . . . . . . 28
2.4 Características elétricas dos módulos fotovoltaicos . . . . . . . . . . 30

3 ESTRATÉGIAS DE MEDIÇÃO DAS VARIÁVEIS A SEREM MONITORA-


DAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
3.1 Variáveis ambientais - temperatura e umidade . . . . . . . . . . . . . 32
3.2 Medição de tensões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
3.2.1 Medição da tensão contínua - Vcc . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
3.2.2 Indicação da tensão alternada - Vca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
3.3 Medição de correntes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
3.3.1 Medição da corrente contínua - Icc . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
3.3.2 Medição da corrente alternada - Ica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40

4 HARDWARE - CIRCUITO E MONTAGEM . . . . . . . . . . . . . . . . . 43


4.1 Microcontrolador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
4.2 Prototipagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
4.2.1 Conceitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
4.2.2 Plataforma de Prototipagem Eletrônica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
4.2.3 Arduino . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
4.2.4 Arduino UNO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
4.3 Circuito esquemático para montagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48

5 SOFTWARE - PROGRAMAÇÃO E TESTE . . . . . . . . . . . . . . . . 52


5.1 Medição de temperatura e umidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
5.2 Medição da tensão contínua . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
5.3 Medição da tensão alternada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
5.4 Medição da corrente contínua . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
5.5 Medição da corrente alternada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61

6 APLICAÇÃO WEB . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
6.1 Aplicação WEB . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64

7 ANÁLISE FINANCEIRA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71

8 CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73

REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74

APÊNDICES 77

APÊNDICE A – PROJETO FV ON GRID - PASSO A PASSO . . . . . . 78

APÊNDICE B – PROGRAMAS PARA O MICROCONTROLADOR . . . 79

ANEXOS 84

ANEXO A – CARTA DE INTENÇÃO DE PARCERIA . . . . . . . . . . . 85

ANEXO B – PROPOSTA COMERCIAL - SOLAR GRID . . . . . . . . . 87


1 INTRODUÇÃO

Neste capítulo será apresentado um conjunto de itens que definem e delimitam esta
dissertação, sendo dividido em seis seções. A primeira é referente aos aspectos gerais,
a qual apresenta uma contextualização do ambiente no qual o estudo foi desenvolvido,
seguido da motivação e dos objetivos geral e específicos. Na sequência, é apresentada uma
pesquisa onde são mostrados outros equipamentos correlacionados com o objeto principal
deste trabalho, além da forma que foi estruturada esta dissertação e seu enquadramento ao
edital que rege o Mestrado Profissional em Energia Elétrica da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte.

1.1 Aspectos Gerais

A energia elétrica tem seu protagonismo na história recente como sendo a responsável
direta pela revolução do século passado. E esse entendimento é corroborado por Tavoli-
eri(2015), que afirma que a maior revolução do século passado está diretamente relacionada
à complexa questão que envolve os avanços industriais, tecnológicos e científicos. Sendo
a eletricidade fundamental para os avanços citados, deve-se a ela as possibilidades que
se têm hoje, como a internet, telefonia, sistemas digitais de televisão etc. Isto possibilita o
aumento do consumo de bens e serviços pela grande massa de consumidores, propiciando
inúmeros benefícios no dia-a-dia.
Na Figura 1, pode-se observar os percentuais das fontes geradoras de energia elétrica
no Brasil. Segundo dados da ABSOLAR, se percebe a predominância da utilização da
energia hídrica com 61% e em menor escala as energias renováveis com 26,1% do total da
matriz elétrica do país.
Considerando para uma primeira análise as hidroelétricas, termoelétricas e as usinas
nucleares, observa-se que elas apresentam características semelhantes quanto às suas
construções. Geralmente são instaladas distantes dos centros de consumo. Este fato inter-
fere diretamente no valor final de sua concepção, pois aumentam os custos de implantação,
bem como na operação e no valor da comercialização da energia gerada a partir dessas
fontes. Outro ponto a ser considerado são suas interferências no meio ambiente e nas
comunidades que as cercam, são, na maioria das vezes, impactadas negativamente, pois
por exemplo há o alagamento de terras quando observamos hidroelétricas.
Diante desses fatores, cada vez mais existe uma tendência de utilização de fontes
de energias renováveis para a geração de energia elétrica, a fim de diversificar a matriz
energética, sendo as mais comumente utilizadas a energia eólica, a energia solar e a
biomassa.
Capítulo 1 16

Figura 1 – Composição do Sistema Elétrico Nacional.


(ABSOLAR, 2019)

Particularizando o estudo para a geração de energia elétrica a partir da energia solar,


tem-se um ritmo crescente no Brasil. Segundo a (ABSOLAR, 2018), em 2015 a energia
solar registrou um crescimento superior a 300% e com uma expectativa de ampliação de
mais de 800% em 2016. Considerando apenas o estado do Rio Grande do Norte, esses
números impressionam ainda mais, já que o mesmo ampliou sua potência instalada e o
número de unidades em 4000% entre os anos de 2013 a 2017 (JÁCOME, 2017).
A redução dos custos, visto na Figura 2, o descobrimento de novas aplicações e
vantagens, elevados índices de radiação solar e o baixo impacto ambiental são fatores
responsáveis pela elevada taxa de crescimento da capacidade instalada de unidades de
geração fotovoltaicas no Brasil. Além disso, um outro fator que contribuiu para esse aumento
foi a publicação da Resolução Normativa N◦ 482 de 17 de abril de 2012, pela ANEEL, que
estabelece as condições gerais para o acesso de micro e minigeração distribuída, além dos
critérios da compensação de energia. Esta Norma foi atualizada pela Resolução Normativa
N◦ 687 de 24 de novembro 2015 que estabeleceu novos conceitos como o de geração
distribuída e geração remota de energia através da geração fotovoltaica.
Capítulo 1 17

Figura 2 – Redução do preço da FV em leilões de energia.


(ABSOLAR, 2019)

1.2 Motivação

Diante das vantagens anteriormente citadas do uso de energia solar, percebe-se um


crescimento na utilização desse sistema de geração, que está sendo impulsionado pela
preocupação dos órgãos competentes em torná-lo interessante para os produtores e
consumidores finais, especialmente para os consumidores residenciais, que devido às
dimensões, que podem fazer uso dessa fonte de energia em seus domicílios, o que não é
possível, com os sistemas eólicos devido às suas medidas avantajadas.
Entretanto, existe uma necessidade iminente de controle das potências geradas por
estes sistemas fotovoltaicos, uma vez que os clientes, residenciais e industriais em geral,
desconhecem a geração dos seus sistemas, e dependem das leituras mensais das concessi-
onárias que os atendem. Na mesma direção, os instaladores e profissionais envolvidos com
esses sistemas fotovoltaicos, depois de instalados, têm uma dificuldade em acompanhar a
produção dos sistemas de seus clientes e saber se estão dentro de um padrão normal de
funcionamento.
Dessa maneira, este trabalho apresenta os procedimentos e elementos usados para o
desenvolvimento de uma aplicação WEB, que poderá ser acessada na internet por meio
de programas comuns e amplamente difundidos, os browsers, que suportem a linguagem
de programação Personal Home Page - PHP e que não exige uma grande capacidade de
processamento. Essa linguagem de programação foi escolhida a fim de se obter, um produto
comercial que poderá ser usado em sistemas fotovoltaicos de geração de energia elétrica,
com o objetivo central de fornecer informações dos parâmetros elétricos dos sistemas
envolvidos para o usuário, seja ele residencial ou industrial, e para os profissionais que
Capítulo 1 18

terão uma ferramenta que auxiliará em suas atividades.


Além desses parâmetros, o sistema será capaz de realizar e exibir duas leituras de
temperaturas e duas leituras de umidade, em dois pontos pré determinados. Estes dois
pontos serão equidistantes entre as bordas do conjunto de placas e instalados logo abaixo
das mesmas. Assim, será possível ter acesso ao real valor das temperaturas e umidades
envolvidas. Com isso, o sistema pretendido poderá fornecer uma série histórica de dados
que, sendo usados por pesquisadores, poderão fazer a correlação entre a geração de
energia elétrica do sistema e as condições ambientais.
Por se tratar de uma aplicação WEB em P HP
c
, é facilmente integrada a um banco de
dados programado em linguagem SQL
c
, através do ambiente M Y SQL
c
. O P HP
c
eo
M Y SQL
c
são plataformas difundidas e com grande repositório de informações encontra-
das na própria internet e que podem ter produtos desenvolvidos com essas ferramentas
registradas, com os direitos garantidos ao desenvolvedor, desde que respeite a Open Source
Iniciative1 - OSI.
Entretanto, como a proposta deste trabalho é uma aplicação WEB que fornecerá dados
que devem ser captados junto ao sistema fotovoltaico, será necessário um hardware
para fazer a interface com a aplicação, onde se tem o desenvolvimento de um sistema
microcontrolado baseado no microcontrolador ATmega328, da fabricante ATMEL
R
para
a obtenção desses dados e como o resultado só é alcançado com a interação desses
dois produtos, a aplicação passa a ser dedicada e autoral, permitindo assim o registro do
software em questão segundo a Lei n◦ 9609 de 20 de fevereiro de 1998, art. 1◦ , que diz:

"Programa de computador é a expressão de um conjunto organizado de


instruções em linguagem natural ou codificada, contida em suporte físico de
qualquer natureza, de emprego necessário em máquinas automáticas de
tratamento da informação, dispositivos, instrumentos ou equipamentos peri-
féricos, baseados em técnicas digital ou analógica, para faze-los funcionar
de modo e para fins determinados."

Como o principal produto deste trabalho é a Informação e ela é obtida a partir da


interpretação dos dados oriundos do sistema microcontrolado e tratados na aplicação WEB,
o usuário do sistema proposto poderá ter um entendimento sobre o funcionamento da usina
fotovoltaica observada em dado momento.
Sendo o valor da informação residente no relacionamento que o usuário constrói entre
si mesmo e a determinada informação (CHOO; ROCHA, 2003), pode-se tomar como
exemplo uma indústria que tenha em sua planta de geração um sistema fotovoltaico. Nela,
o setor de manutenção poderá se apropriar das informações a partir da aplicação WEB
e apresentar um cronograma de manutenções preditivas e preventivas, bem como agir,
quando necessário, nas manutenções corretivas. Engenheiros Eletricistas poderão ser mais
assertivos em seus projetos fotovoltaicos, pois terão, como uma possível fonte de consulta,
1
Em tradução livre, significa iniciativa código aberto e dispõe sobre a proteção da propriedade intelectual de
programa de computador, sua comercialização no país, e dá outras providências.
Capítulo 1 19

uma série histórica de dados de temperatura apresentados com a utilização do objeto deste
trabalho, o que poderá trazer mais economia e mais eficiência para os seus projetos.

Figura 3 – Fluxo da informação.

Fonte: Elaborada pelo Autor

A Figura 3 ilustra o fluxograma do sistema proposto e que mostra o gerenciamento da


informação e tem vários aspectos de uso. Ela será gerada no circuito circular, no canto
superior esquerdo, que representa a usina fotovoltaica, captadas pelo sistema microcontro-
lado e tratadas na aplicação WEB. Após essa etapa, elas serão disponibilizadas ao usuário
por meio da própria aplicação e do armazenamento no banco de dados para geração de
gráficos, relatórios, etc.

1.3 Objetivos

1.3.1 Objetivo geral


O objetivo geral deste trabalho consiste em desenvolver uma aplicação WEB, acessada
em um browser de internet, que será responsável pela visualização dos parâmetros elétricos
medidos em um sistema fotovoltaico, dentre eles: tensão elétrica, corrente elétrica e potência
ativa. Adicionalmente, serão visualizadas as temperaturas e umidades dos locais onde o
sistema considerado será instalado e como ganho os integradores de sistemas FV poderão
ter as reais entradas dessas grandezas em projetos futuros e, eventualmente, ter ganho de
eficiência na escolha das placas usadas. Em outras palavras, o objetivo deste trabalho é a
elaboração de um software, em linguagem PHP, dotado de um arquivo de banco de dados,
para armazenamento dos parâmetros elétricos de um sistema fotovoltaico. Além disso,
o sistema será capaz de fornecer também uma série histórica de dados ambientais para
estudos futuros e até mesmo comparação da eficiência de conversão de energia fotovoltaica
em energia elétrica em determinado período de tempo. Em resumo, têm-se como objetivo
geral deste trabalho:
Capítulo 1 20

1. Desenvolver, através de linguagem de programação PHP, uma aplicação WEB que


servirá como uma IHM (interação Homem-máquina) entre o sistema fotovoltaico e o
usuário.

1.3.2 Objetivos específicos


Dentre as possibilidades de utilização do produto a ser desenvolvido neste trabalho,
tem-se a capacitação de profissionais (instaladores, técnicos e engenheiros) que trabalham
com sistemas fotovoltaicos sobre um sistema que seja capaz de exibir o funcionamento
das suas usinas geradoras de energia elétrica junto aos seus clientes, sendo perfeitamente
personalizável por se tratar de um programa de computador. Tal produto pode ainda
servir como base de dado para pesquisas que, eventualmente, possam estudar o efeito da
temperatura e da umidade em sistemas fotovoltaicos que estejam funcionando, de modo a
obter dados de eficiência ante as variações dessas grandezas ambientais.
Para a captação dos parâmetros elétricos será necessário desenvolver um sistema
microcontrolado, dotado de diversos sensores específicos para cada unidade, capaz de
alimentar a aplicação WEB com os valores requeridos, como tensão e corrente elétrica. Em
resumo, têm-se como objetivos específicos deste trabalho:

1. Desenvolver, através do ambiente de programação MYSQL, um banco de dados para


armazenamento dos dados captados;

2. Desenvolver o protótipo de um sistema microcontrolado capaz de captar e fornecer


dados específicos ao objeto deste trabalho.

1.4 Estado da Arte

Com o crescente desenvolvimento das tecnologias empregadas nos sistemas foto-


voltaicos, tem-se a integração da eletrônica e do conceito da internet das coisas2 nos
equipamentos, principalmente, nos inversores que são os elementos com mais eletrônica
envolvida detre os que compõe um sistema fotovoltaico. Ele é capaz de transformar a
corrente contínua em corrente alternada em padrões de tensão e frequência de uma rede
elétrica a qual ele estará ligado.
Existem no mercado diversos fabricantes com uma imensa variedade de modelos de
inversores. Neste contexto, realizou-se neste trabalho uma pesquisa referente a alguns
desses inversores, objetivando a avaliação de suas funcionalidades e destacando as
principais características, modos de operação, interfaces gráficas e outras informações.
2
Internet das coisas é um conceito que expressa a existência de uma rede de diversos equipamentos
eletroeletrônicos capaz de reunir, tratar e transmitir dados através da internet, para serem usados para
gerir informações das mais diversas naturezas. (Nota do Autor)
Capítulo 1 21

Dentre os fabricantes, pode-se citar a ABB, Canadian Solar Inc. e Fronius, como os mais
conhecidos e usados na atualidade.
Os inversores da ABB são destinados na sua maior parte para clientes de grande porte.
São dotados de comunicação com a internet e possuem uma interface gráfica, Aurora Visor
Plant, conforme ilustrado na Figura 4

Figura 4 – IHM da ABB.


(SICES, 2019)

A empresa Canadian Solar tem duas versões de monitoramento, a CSI Cloud, projetada
para o usuário final, a fim de fornecer dados de geração e rendimento e a CSI CloudPro que
visa atender empresas de instalação e manutenção. Ambas as versões do IHM da Canadian
partem do mesmo modelo de visualização, mostrado na Figura 5, e são específicas para
seus inversores, devendo ser cadastradas através do site da empresa próprio para a
finalidade. Também contam com um hardware chamado de KeyPort, visto na Figura 6, que
habilita a utilização do computador que servirá para a utilização da aplicação da empresa.

Figura 5 – IHM da CANADIAN.


(CANADIAN, 2019)

A aplicação da empresa Fronius, Figura 7, é a mais clara das três citadas, porém com o
detalhe de ser também proprietária, ou seja, o seu funcionamento só é permitido com os
inversores da própria empresa. Com duas versões, desktop e mobile, mostra indicação
Capítulo 1 22

Figura 6 – KeyPort da CANADIAN.


(CANADIAN, 2019)

de valores totais do sistema fotovoltaico observado e tem uma pilha de dados com valores
armazenados D-5, ou seja, com histórico de apenas 05 (cinco) dias.

Figura 7 – IHM da FRONIUS.


(PORTALSOLAR, 2019)

Analisando as três aplicações, tem-se como característica comum a utilização específica


para cada inversor, ou seja, não há nenhum grau de intercambialidade entre as marcas.
Além disso, todas as três limitam-se em mostrar os valores das potências geradas, sem
considerar a visualização das correntes envolvidas, por exemplo. Apenas a aplicação da
ABB mostra valores de temperatura, mas apenas do inversor e não do ambiente. Outro
ponto observado é que o software da Fronius mostra a economia em Euro, moeda européia.
Durante a pesquisa realizada nesta etapa do trabalho, foram analisados os produtos
da SolarView, uma plataforma de visualização de dados de usinas fotovoltaicas, que
mostravam valores como geração da usina, perspectiva de economia e outros dados,
independentemente do inversor usado. Porém o produto foi descontinuado e agora faz parte
de um pacote de produtos da empresa, chamado Smart Meter Solarview, que agrega valor
ao simulador de propostas da empresa. Na Figura 8 é ilustrada a tela do IHM antiga da
empresa, já que no momento da confecção deste trabalho a nova versão não se encontrava
disponível.
Capítulo 1 23

Figura 8 – IHM da SOLARVIEW.


(SOLARVIEW, 2019)

1.5 Estrutura do Trabalho

Este trabalho está estruturado em sete capítulos. O primeiro capítulo apresenta a parte
introdutória, contemplando uma contextualização dos aspectos gerais, apresentação da
motivação e dos objetivos relacionados à proposta do trabalho, além da estrutura geral do
trabalho é apresentado o seu enquadramento junto ao edital que o rege.
No Capítulo segundo, o referencial teórico será desenvolvido de forma a apresentar a
revisão da literatura sobre as temáticas consideradas pertinentes à proposta do estudo.
No Capítulo três serão apresentadas as variáveis que serão consideradas nesse trabalho,
bem como as estrategias de medição, de indicação e até mesmo alguns elementos que
comporão o hardware do projeto.
No quarto Capítulo será apresentado o conceito de prototipagem, comum quando se
tem a necessidade de desenvolver um produto comercial e é apresentada a plataforma de
prototipagem e os circuitos esquemáticos para uma primeira montagem e teste.
No Capítulo quinto, serão mostrados os resultados dos programas que serão usados no
microcontrolador utilizado, bem como os seus respectivos fluxogramas para um completo
entendimento.
O Capítulo seis apresentará o principal objeto deste trabalho, que é a aplicação WEB
que será a IHM do sistema com o usuário.
No Capítulo sete será apresentada uma análise financeira baseada nos valores dos
componentes usados no desenvolvimento do protótipo, um possível valor de mercado, tudo
referenciado a quatro propostas comerciais de eventuais usinas fotovoltaicas.
Por fim, no Capítulo oito é dada a conclusão do trabalho descrito aqui.
Capítulo 1 24

1.6 Enquadramento do TCC

O trabalho que está sendo apresentado tem dois componentes distintos. O primeiro,
objeto central, é um programa de computador que será usado pelo usuário para acom-
panhamento das grandezas elétricas medidas. O segundo componente é um sistema
microcontrolado que servirá como interface entre as placas do sistema fotovoltaico e o
programa citado acima. De acordo com o EDITAL DE SELEÇÃO 02/2017/MPEE - Mestrado
Profissional em Energia Elétrica que rege o trabalho em curso, o programa de computador
pode ser caracterizado pelo item 3.2.1, subitem (vii), que diz:

"item 3.2.1 Desenvolvimento de programa computacional – produção da


documentação formal e técnica exigida pelo Instituto Nacional da Proprie-
dade Intelectual, incluindo algoritmo, estudo de caso e listagem integral ou
parcial do código fonte, além de outros dados que se considere pertinente
para identificar e caracterizar sua contribuição."

Já o segundo componente, o sistema microcontrolado, pode ser associado aos subitens


(v) e (ix) do item 3.2.1 do referido edital que dizem, respectivamente:

"Projetos técnicos – relatório técnico com memorial descritivo, memória de


cálculo e desenhos, passível de registro de ART no CREA, cujo trabalho
deverá necessariamente estar associado à resolução de um problema não
convencional de Engenharia, incluindo processos de inovação técnica. "

"Protótipos de equipamentos – apresentação do protótipo, com demonstra-


ção de funcionamento e manual de operação técnica. Além disso, deverá
ser entregue a documentação necessária ao registro de propriedade inte-
lectual no INPI. "

Ainda com relação ao sistema microcontrolado, este poderá ser registrado no Conselho
Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CONFEA, através da Resolução No 260,
de 21 abril de 1979 que resolve em seu artigo 1o :

"Os autores de projetos, esboços e obras plásticas concernentes à geo-


grafia, topografia, engenharia, arquitetura, cenografia e ciência poderão
registrá-los no Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia
para efeito de segurança em seus direitos."
2 REFERENCIAL TEÓRICO

Este capítulo apresenta a revisão da literatura que reúne os seguintes temas: Energia
solar fotovoltaica, composição de um sistema fotovoltaico, tipos de sistemas fotovoltaicos e,
por fim, as características elétricas dos módulos fotovoltaicos.

2.1 Energia solar fotovoltaica

Energia solar fotovoltaica trata-se da energia obtida através da conversão da luz solar
em eletricidade, por meio da utilização de uma série de elementos, mas sendo a célula
fotovoltaica a peça fundamental desse processo.
Os primeiros registros dos efeitos fotovoltaicos foram observados ainda no século XIX,
em 1839, por Edmond Becquerrel que, ao mergulhar placas metálicas de platina ou de prata
em eletrólitos, era gerado uma pequena diferença de potencial elétrico quando expostos
à luz. Em 1877, W. G. Adams e R. E. Day, dois norte-americanos, usaram o selênio, na
ocasião exposto à luz, para a produção de eletricidade. Os experimentos seguiram até
março de 1953, quando Calvin Fuller, dos Bell Laboratories (Bell Labs)1 desenvolveu um
processo de difusão para introduzir impurezas em cristais de silício para controlar suas
características elétricas. A esse processo se deu o nome de dopagem. O químico Fuller
produziu uma barra de silício dopada com gálio2 que a tornara condutora, isto é, obteve
cargas em movimento chamadas de positivas.
Com a ajuda do físico Gerald Peason, também do Bell Labs, foi mergulhada a barra em
um banho quente de lítio, criando assim na superfície da barra, uma zona com excesso
de elétrons livres, portadores de cargas negativas3 . Na região entre os dois compostos,
chamada de camada de junção P-N, foi observado um campo elétrico permanente. Outro
ponto constatado foi que na barra, quando exposta à luz, havia um fluxo de elétrons, ou
seja, uma corrente elétrica. Dessa forma, foi criada a primeira célula fotovoltaica mostrada
na Figura 9.
Depois de discutir seus experimentos com o engenheiro Darly Chapin, do Bell Labs, que
possuía trabalhos semelhantes, obtiveram a valores de até 4% de rendimento, fantástico
para a época. Com a substituição do gálio pelo arsênio, Pearson obteve 6% de rendimento
elétrico, o que chamou a atenção dos Estados Unidos (EUA), que autorizou a publicação
do estudo da primeira célula solar na reunião anual da National Academy os Sceines, em
Washignton, e anunciada em uma conferência da imprensa em 25 de abril de 1954.
1
Localizado em Murray Hill, New Jersey, EUA
2
SiGa - Tipo P.
3
SiLi - Tipo N.
Capítulo 2 26

Figura 9 – Primeiro módulo solar do Bell Labs.


(SOLSTICIO, 2019)

2.2 Tipos de sistemas fotovoltaicos

Os sistemas fotovoltaicos podem ser classificados em três grupos principais: Os sistemas


conectados à rede (on grid), ilustrado na Figura 10, e sistemas isolados (off grid), explicitado
na Figura 11 ou ainda, a junção dos dois modelos anteriores, chamado de sistema híbrido.
O primeiro sistema é conectado à rede elétrica entregando a energia gerada pela luz do sol
à concessionária, gerando descontos na conta de energia.

Figura 10 – Composição do Sistema Fotovoltaico On Grid.


(SOLARBRASIL, 2019)

Já os sistemas isolados possuem a característica de não serem conectados à rede elé-


trica. A energia produzida pelo sistema é armazenada em baterias estacionárias, garantido
Capítulo 2 27

Figura 11 – Composição do Sistema Fotovoltaico Off Grid.


(SOLARBRASIL, 2019)

o abastecimento em períodos sem sol. Enquanto que os sistemas híbridos são aqueles que,
quando desconectados da rede elétrica convencional, apresentam várias fontes de geração
de energia como por exemplo: turbinas eólicas, geração diesel, módulos fotovoltaicos, entre
outras. Porém, esse sistema de geração torna-se complexo já que utiliza diversas fontes
de energia, exigindo um controle de todas as fontes para que haja máxima eficiência na
distribuição dessa energia.
As vantagens e desvantagens dos sistemas conectados à rede e isolados podem ser
vistos na Tabela 1.

Tabela 1 – On Grid x Off Grid.

Sistema Vantagens Desvantagens


Pode ser utilizado Necessita de baterias e
em regiões remotas controladores de carga
Off grid Não tem conta de luz Custo Elevado
Possui sistema de
armazenamento de Menos eficiente
energia
Dispensa a utilização
de baterias e controladores Acesso à rede de energia
de carga
Geração de créditos de Não há armazenamento
On grid
energia de energia4
Créditos usados em outros Pagar conta de luz, no mínimo
consumidores taxa de disponibilidade
Mais eficiente

Fonte: Elaborada pelo Autor


Capítulo 2 28

2.3 Composição de um sistema fotovoltaico

Um sistema fotovoltaico de energia é composto por um conjunto de módulos fotovoltaicos


e por uma série de equipamentos complementares, tais como:

Módulo: É o elemento que transforma a energia solar em energia elétrica. Também é chamado
de painél fotovoltaico. A potência do sistema em questão é limitada pela capacidade
de geração dos módulos que o compõem.

Controlador de carga: Equipamento eletrônico que regula a carga da bateria com a energia oriunda dos
painéis fotovoltaicos e libera energia para as cargas consumidoras.

Bateria: Componente auxiliar acumulador de energia elétrica. Trata-se de um componente


de armazenamento de energia elétrica para ser utilizada quando ocorrer falha da
fonte geradora, quando a mesma não atenda à carga desejada devido ao excesso da
demanda ou a limitação da radiação solar.

Inversor: Equipamento que converte a corrente contínua gerada pelos painéis em corrente
alternada necessária para alimentar os mais diversos equipamentos eletroeletrônicos.

Para a confecção das células fotovoltaicas que são utilizadas na fabricação de painéis
solares (módulos), normalmente utiliza-se silício monocristalino e silício policristalino, uma
vez que possuem uma melhor eficiência. No entanto, existe outro tipo de material conhecido
como filmes finos, que é constituído por silício amorfo, disseleneto de cobre e índio ou
disseleneto de cobre, índio e gálio e telureto de cádmio, e é utilizado em menor escala, pois
apresenta uma menor eficiência quando comparado com os anteriores.
Os módulos fotovoltaicos, que são compostos pelas células, devem ser ligados em
série, em paralelo ou pela combinação dos dois tipos de ligação, dependendo da corrente e
tensão desejadas. Quando ligado em série, o valor da tensão resultante do arranjo é dado
pelo somatório do valor de tensão de cada módulo, e o valor da corrente elétrica do arranjo
é igual ao valor especificado por um módulo. Já quando ligados em paralelo, a tensão do
arranjo será igual à tensão de cada módulo, individualmente, e a corrente do arranjo será o
somatório das correntes de todos os módulos.
No entanto, existe outro elemento que pode ser considerado como componente do
sistema fotovoltaico. O Sol, com sua peculiaridade, tem fundamental importância no sistema
em questão e sua incidência nas placas solares tem impacto direto na produção de energia
elétrica. Quanto maior é a incidência, maior será a corrente originada a partir das placas.
Como forma de orientar o "uso"do sol, foi elaborada o mapa solarimétrico do Brasil, Figura
12, onde se pode ver as regiões que mais tem exposição ao sol e, consequentemente, e
onde é mais apropriado a instalação dos sistemas fotovoltaicos.
Capítulo 2 29

Figura 12 – Atlas Solarimétrico do Brasil.


(ATLAS, 2019)
Capítulo 2 30

2.4 Características elétricas dos módulos fotovoltaicos

Para um módulo fotovoltaico gerar energia elétrica em corrente contínua, o mesmo


deve estar exposto à luz solar e dependerá da intensidade da radiação e da temperatura
ambiente. Usualmente, a capacidade desse módulo é identificada pela potência de pico
(Wp). A condição desejada para a determinação dessa potência é definida para o módulo
exposto a uma radiação solar de 1000 W/m2 e uma temperatura da célula de 25◦ C (PINHO,
2004). A máxima potência é atingida quando se obtém a corrente de máxima potência
(Imp ) e a tensão de máxima potência (Vmp ). Desse modo, é válido ressaltar que a corrente
elétrica gerada pelo módulo é diretamente proporcional à irradiância, e que a incidência da
radiação e a variação da temperatura ambiente implicam em uma variação de temperatura
nas células fotovoltaicas. Nesse sentido, alguns parâmetros são utilizados para especificar
a característica elétrica dos módulos sob determinadas condições de radiação solar e
temperatura ambiente, sendo tais parâmetros, a potência máxima (Pmp ), tensão e corrente
de máxima potência (Vmp , Imp ), tensão de circuito aberto (Voc ) e corrente de curto-circuito
(Isc ).
As medidas de tensão e corrente podem ser desenhadas em uma curva característica
(I-V) do módulo, conforme visto na Figura 13. A corrente é influenciada pela irradiância
como indica as curvas para 600, 800 e 1000 W/m2 . Quando a tensão é nula, tem-se o
valor de corrente de curto-circuito (Isc). Analogamente, quando a corrente é nula, tem-se o
valor da tensão de circuito aberto (Voc ) (ABINEE, 2012).
A parte útil da curva (I-V) é a que corresponde entre os pontos de tensão de circuito
aberto (Voc , 0) e o ponto de curto-circuito (0, Isc ). Nesses pontos não se verifica a produção
de energia, uma vez que a potência instantânea obtida a partir do produto entre corrente e
tensão é igual a zero. A partir dessa curva, sob condições padrão de teste (STC), obtêm-se
os principais parâmetros que determinam a sua qualidade e o desempenho, entre eles Isc ,
Voc , Vmp , Imp e Pmp (ZILLES et al., 2016).
Como foi dito anteriormente, as características elétricas das células fotovoltaicas podem
ser alteradas em razão de alguns fatores ambientais como a radiação solar e a temperatura.
E, dessa forma, pode-se dizer que o aumento da temperatura ocasiona a diminuição da
tensão do circuito aberto e um discreto aumento de corrente de curto-circuito. Estes fatos de-
vem ser considerados na etapa de projeto, pois influencia, por exemplo, nas especificações
dos cabos de corrente contínua.
Capítulo 2 31

Figura 13 – Curva característica (I-V) de módulo fotovoltaico para diferentes valores de


irradiância.
(ABINEE, 2012)
3 ESTRATÉGIAS DE MEDIÇÃO DAS VA-
RIÁVEIS A SEREM MONITORADAS

Neste capitulo serão descritos algumas variáveis as quais compõe os sistemas foto-
voltaicos, e que são de extrema importância para suprir as informações que constarão
na aplicação WEB. Neste sentido, esta parte do trabalho apresenta: variáveis ambientais
(temperatura e umidade), medições das tensões e medições das correntes elétricas.

3.1 Variáveis ambientais - temperatura e umidade

Para se obter as temperaturas e as umidades do ambiente, às quais os sistemas


fotovoltaicos estarão expostos, será necessário, a utilização de sensores específicos para
cada grandeza. Estes sensores serão responsáveis por captar os valores e transformá-
los em sinais elétricos para serem enviados à aplicação WEB. Considerando que esses
sistemas irão funcionar por um longo período, o projeto pretendido será capaz de fornecer
um histograma que indicará o período na qual, o sistema fotovoltaico instalado foi mais
eficiente. Essa possibilidade é uma utilização direta deste projeto, pois com o aumento do
uso da aplicação, será possível mapear ponto-a-ponto quais os melhores lugares para a
instalação de sistemas isolados e conectados à rede elétrica, frente ao utilizado hoje, que
são atlas solarimétricos como mostrado na Figura 12. Este item também compõe um dos
objetivos principais deste projeto, que é subsidiar pesquisadores a fazerem estudos sobre a
influência do sol em usinas fotovoltaicas reais e não somente nas condições standard, ou
seja, 25 ◦ C e pressão de atmosférica de 1 atm.
Neste projeto, serão utilizados dois sensores do modelo DHT11, ilustrados na Figura
14, ligados a dois pinos diferentes do microcontrolador utilizado no hardware do projeto,
pois segundo o manual do fabricante, a estabilidade de leitura da umidade é de 0,5% por
ano, o que significa que há um erro e o mesmo deve ser considerado nas leituras, e essa
configuração, com dois sensores, servirá para obter-se uma média aritmética dentro do
software, que estará tratando os valores fornecidos na intenção de se ter um valor médio
mais próximo do real possível. Na Tabela 2, tem-se a descrição de cada pino do sensor em
questão.
Ainda segundo (AOSHONG, 2014), o termistor precisa de um intervalo de 10 segundos
e a placa capacitiva1 , que mede umidade, necessita de 6 segundos para exibir os valores
reais medidos. Além disso, outra ressalva que o manual do fabricante faz é a necessidade
de se ter um resistor ligado entre o Vcc e o pino Data, isto é um resistor de pull-up. Essa é
1
Para medir a temperatura, utiliza-se um termistor, enquanto que para a umidade é usado um elemento
capacitivo.
Capítulo 3 33

Figura 14 – Sensor de temperatura e umidade.


(FRITZENLAB, 2019)

Tabela 2 – Pinos do sensor DHT11.

PINOS DESCRIÇÃO
1 Tensão de alimentação - Vcc
2 Saída de sinal - Data
3 Não conectado
4 Pino terra - GROUND

Fonte: Elaborada pelo Autor

Figura 15 – Circuito da simulação do DHT11.

Fonte: Elaborado pelo Autor


Capítulo 3 34

uma característica dos elementos que utilizam o protocolo de comunicação one-wire, que é
uma comunicação serial de baixa velocidade e realizada por apenas um fio condutor. Na
Figura 15 pode-se ver os dois sensores DHT11 ligados a dois pinos do microcontrolador.

3.2 Medição de tensões

Um dos dois parâmetros mais importantes que se deve acompanhar e entender em sis-
temas fotovoltaicos é a tensão elétrica. Ela é responsável pela impulsão da corrente elétrica
e é característica fundamental nos sistemas FV. Pode-se encontrar tensões de 12 volts, 24
volts e até 48 volts nas plantas dos sistemas fotovoltaicos e a escolha passa pelo custo final,
pois quanto maior a tensão utilizadas, mais caros os equipamentos complementares como
as baterias em sistemas off grid.

3.2.1 Medição da tensão contínua - Vcc


As medições de tensão contínua, ou Vcc , ocorrem em dois pontos distintos, dependendo
se o sistema em questão será conectado à rede de energia elétrica ou isolado. No primeiro
sistema, como não há a utilização de baterias estacionárias, a medição da tensão contínua
só será realizada na própria placa, ou no conjunto delas, como pode ser idealizado na
Figura 16.

Figura 16 – Indicação do ponto de medição da tensão contínua on grid.


(BHARAT, 2019)

Considerando um sistema isolado com baterias estacionárias para acúmulo de energia,


o mesmo medirá a tensão contínua nas placas, ou no conjunto delas, e nos terminais
positivos das baterias, como pode ser visto na Figura 17. Com isso, o usuário poderá
Capítulo 3 35

Figura 17 – Indicação do ponto de medição da tensão contínua off grid.


(BHARAT, 2019)

observar o comportamento de carga e descarga dessas baterias, bem como sua vida útil a
partir das tensões máximas alcançadas.
O circuito que será usado para medir a tensão contínua estará baseado em um divisor
de tensão de simples implementação. Esse divisor é obtido fixando-se o valor de um resistor
base, chamado de R2 , e calculando um segundo resistor, chamado de R1 . É necessário
saber também a tensão de entrada do divisor, que será chamado de Vin .
A expressão matemática para o divisor de tensão é:

R2
Vout = x Vin . (3.1)
R1 + R2
A fim de se obter o valor máximo de Vin , deve-se considerar que os sistemas fotovoltaicos
isolados usam baterias elétricas de 24 volts, já que para essa finalidade, esse é o valor
comumente usado e encontrado comercialmente. Outros valores de tensão podem ser
obtidos através de associação em série de duas ou mais baterias. Para este projeto será
usado 2,5 vezes o valor de 24 vcc . Poderia ser outro valor, mas considerando as boas
práticas de projetos de instrumentos de medição e considerando que o fundo de escala,
valor máximo seguro que é possível ser medido com determinado instrumento, não deve ser
igual ao valor máximo de trabalho (MüNCHOW, 2001), tem-se uma tensão máxima possível
de ser medida de 60 vcc .

Vin = 60vcc . (3.2)

Considerando que está sendo usado neste trabalho um microcontrolador e que este é
Capítulo 3 36

alimentado com até 5 volts em suas entradas analógicas, tem-se que:

Vout = 5vcc . (3.3)

Para calcular R1 , considera-se que R2 seja igual a:

R2 = 200Ω. (3.4)

Substituindo os valores das equações 3.2, 3.3 e 3.4 em 3.1, tem-se:

200Ω
5volts = x60volts, (3.5)
R1 + 200Ω
em que:

R1 = 2200Ω. (3.6)

Consultando a tabela de cores de resistores e para os valores encontrados, os códigos


de cores comerciais, para R1 e R2 são vistos nas Figuras 18 e 19.

Figura 18 – Resistor de 200 Ω.


(NOVA, 2018)

Figura 19 – Resistor de 2200 Ω.


(NOVA, 2018)

O hardware em desenvolvimento será dotado de dois sensores de tensão contínua para


o mesmo ponto. Considerando que os resistores comerciais aceitam uma tolerância de
Capítulo 3 37

até 5% em seus valores nominais, esta redundância poderá diminuir o erro, uma vez que,
com o mesmo ponto de medição e duas entradas diferentes no microcontrolador e a partir
do software programado, esse erro tenderá a ser diminuído por uma média aritmética e
poderá representar mais aproximadamente o valor real da tensão medida. As Figuras 20 e
21 mostram as configurações pretendidas, bem como uma simulação, realizada no software
Protheus, com os valores de tensão de entrada e saída.

Figura 20 – Simulação do divisor de tensão.

Fonte: Elaborado pelo Autor

Figura 21 – Simulação do divisor de tensão duplo.

Fonte: Elaborado pelo Autor

3.2.2 Indicação da tensão alternada - Vca


Os dois tipos de configurações de sistemas fotovoltaicos tem em comum o uso de um
equipamento chamado Inversor. Ele é responsável por receber em sua entrada um sinal de
tensão/corrente contínua, e na sua saída ele fornece um sinal de tensão/corrente alternado
sintonizada na frequência de 60 Hz. Na Figura 22 é possível ver um esquema que traduz a
importância do inversor.
Capítulo 3 38

Figura 22 – Interface do posicionamento do Inversor.

Fonte: www.portalsolar.com.br/o-inversor-solar.html

A estratégia de medição da tensão alternada será baseada no alto nível da eletrônica


que há nos inversores. Como os fabricantes desses equipamentos garantem que em suas
saídas a tensão nominal é a declarada, por exemplo, 220 Volts, o circuito usado, Figura 23,
será um optoacoplador que apenas indicará se tem tensão ou não na saída do inversor.

Figura 23 – Sensor de presença de tensão alternada.

Fonte: Elaborado pelo Autor

O uso do capacitor de 220 nF será para garantir uma impedância considerável, dada
a tensão de 220 volts, sem a necessidade da utilização de resistores de potência dada a
importância do capacitor também no acoplamento/desacoplamento de estágios de circuitos
de rádio frequência.
A impedância capacitiva pode ser calculada na equação 3.7, obtendo-se o valor de Xc :

1
Xc = . (3.7)
2πf C
Capítulo 3 39

1
Xc = . (3.8)
2π.60.220 x 10−9

Xc ' 12063Ω ' 12kΩ. (3.9)


Sendo assim, o capacitor poderá substituir um resistor de 12kΩ x 3 Watts, sem prejuízo
para o circuito e a medição.

3.3 Medição de correntes

Conjuntamente com a tensão elétrica, a corrente elétrica é a segunda grandeza de


maior relevância nos sistemas de geração fotovoltaica. O produto dela pela tensão origina
a potência elétrica e esta é diretamente proporcional, ou seja: quanto maior a corrente
elétrica, maior será sua potência. Com isso, é possível perceber a importância de se
ter conhecimento do comportamento dessa grandeza nos sistemas envolvidos, pois será
possível ter uma ideia geral de como todo o sistema está se comportando, pois, por exemplo,
só existe corrente elétrica sendo gerada nas placas do sistema FV se ele estiver em perfeito
funcionamento, caso contrário necessitará de manutenção corretiva.

3.3.1 Medição da corrente contínua - Icc


Para medir a variável corrente contínua, obtida entre as placas e o inversor, será usado,
além de alguns componentes passivos, o CI ACS712 do fabricante ALLEGO. A pinagem e
a configuração típica do CI ACS712 pode ser vista na Figura 24.

Figura 24 – Pinos do ACS712 da ALLEGO.


(ALLEGRO, 2012, p. 03)

Este componente é disponibilizado em três modelos, como é visto na Tabela 3. Neste


projeto, o modelo utilizado será o ACS712-30A, que é capaz de medir correntes até 30
Amperes. A Figura 25 ilustra o circuito que será simulado.
Capítulo 3 40

Tabela 3 – Modelos do CI ACS712.

MODELO RANGE SENSIBILIDADE


ACS712-05B ± 5A 185 mV/A
ACS712-20B ± 20A 100 mV/A
ACS217-30A ± 30A 66 mV/A

Fonte: Elaborada pelo Autor

Figura 25 – Circuito simulado do ACS712.

Fonte: Elaborado pelo Autor

3.3.2 Medição da corrente alternada - Ica


A corrente alternada será medida por um sensor não invasivo da fabricante YHDC,
chamado STC013. Segundo (STC-HD, 2013), este sensor tem um dielétrico que suporta
até 6000 Volts e pode trabalhar em temperaturas de até 70◦ C. Alguns modelos podem ser
vistos na Tabela 4.

Tabela 4 – Alguns modelos do sensor STC

MODELO INPUT OUTPUT


SCT-013-000 0-100A corrente/0,33 mA
SCT-015-005 0-5A volt/1V
SCT-015-005 0-10A volt/1V
SCT-015-005 0-15A volt/1V
SCT-015-005 0-20A volt/1V

Fonte: Elaborada pelo Autor

O modelo do sensor STC que mede até 100 Amperes tem como peculiaridade apresentar
o sinal de saída em corrente, diferentemente dos demais que tem o sinal de saída sendo
Capítulo 3 41

Figura 26 – Sensor STC013.


(FILIPEFLOP, 2019)

uma tensão elétrica em detrimento da corrente medida. Assim, como pode ser visto na
Figura 27, há a necessidade de se ter um circuito entre o sensor e o microcontrolador. Esse
circuito servirá como uma espécie de drive para converter o sinal de corrente em um sinal
de tensão que poderá ser lido pelo hardware em questão. Uma outra nomenclatura que se
pode dar para esse circuito é burden resistance ou resistor de carga.
O valor do resistor de carga pode ser encontrado com as seguintes equações:
Corrente máxima medida, que pode ser compreendida como a corrente RMS:

Imáx = 100A. (3.10)

Corrente máxima de pico:


Ipico = 100. 2 = 100.1, 414 = 141, 1A. (3.11)

Considerando que há 2000 voltas na bobina do sensor, encontra-se a corrente de pico


nas bobinas:

141, 1
Ibobina = = 0, 0707A. (3.12)
2000
Como a tensão máxima suportada pelo microcontrolador usado é de 5 volts e devido às
boas práticas em projetos eletrônicos, é usual a não utilização de instrumentos com o fundo
Capítulo 3 42

Figura 27 – Drive para o sensor STC.

Fonte: Elaborado pelo Autor

de escala. Será usado um divisor de tensão simétrico de 2,5 volts a fim de se calcular o
resistor de carga:

2, 5
Rcarga = = 35, 4Ω. (3.13)
0, 0707
Como no mercado não se encontra o valor obtido de 35,4 Ω de resistência, será utilizado
o valor mais próximo que é de 33 Ω.
4 HARDWARE - CIRCUITO E MONTA-
GEM

Neste capítulo serão demonstrados os circuitos que processarão os dados a serem


transformados em informações úteis na aplicação WEB, bem como as etapas de montagem
desses circuitos. O capítulo está estruturado da seguinte forma: microcontolador, plataforma
de prototipagem eletrônica e, por fim, o circuito esquemático para montagem.

4.1 Microcontrolador

Segundo (SILVEIRA, 2014)[p. 28],

"Um microcontrolador é um único circuito integrado que pode ter de oito a


até mais de 100 pinos e que inclui uma Unidade Central de Processamento
- CPU, memória e circuitos de entrada e saída. Alguns modelos podem vir
com contadores/temporizadores decimais, conversores analógicos/digitais,
comparadores de tensão e circuitos de comunicação serial, tudo embutido
no mesmo encapsulamento."

Figura 28 – Pinos do ATMEL


R
.
(ARDUINO, 2019b)
Capítulo 4 44

Para o projeto pretendido, será utilizada o microcontrolador ATmega328 da empresa


ATMEL
R
, que é amplamente usada nas plataformas de prototipagem ARDUINO
R
. Esse
microcontrolador tem 14 pinos digitais de entrada e saída, dos quais seis podem ser usados
como saída PWM1 e seis entradas analógicas que podem ser configuradas a partir da
programação imposta ao CI. A Figura 28 ilustra a pinagem deste microcontrolador.

4.2 Prototipagem

Ao longo do desenvolvimento de qualquer hardware é prudente desenvolver, antes do


produto final, um protótipo. É nesta etapa que se pode ter a certeza de que o produto
funcionará, bem como corrigir um eventual problema das mais variadas naturezas, como
problemas de programação, estruturais e etc. Esta seção aborda uma visão global sobre o
conceito de prototipagem, e também sobre como será desenvolvido o protótipo específico
para a aplicação pretendida.

4.2.1 Conceitos
O desenvolvimento de qualquer produto ou serviço é obtido, basicamente, mediante três
etapas. No decorrer dessas etapas, ocorre a idealização do produto até o seu acabamento
final. Como é visto em (TAVEIRA, 2018), as etapas são:

1. Conceito

2. Planejamento do produto ou serviço

3. Engenharia do produto ou serviço

Considera-se na Figura 29, o sentido evolutivo do desenvolvimento de um produto ou


serviço. Já o item 3, engenharia do produto ou serviço, pode ser entendido como o próprio
desenvolvimento do elemento em questão, pois é neste item, segundo (TOLEDO, 2003),
que diz:

"A composição e a transformação das informações geradas na fase anterior


em desenhos e normas, ou seja, a transformação das informações gera-
das no Conceito e Planejamento do Produto em um projeto específico e
detalhado do produto, com dimensões e características reais, envolvendo a
criação de protótipos e realização de testes."

Como é possível encontrar em (ROSARIO, 2009), há vários tipos de prototipagem,


dentre eles cita-se:
1
o termo PWM, Pulse Width Modulation, que em tradução direta significa Modulação de Largura de Pulso,
expressa o controle da potência ou da velocidade de um sistema, através da largura do pulso de uma onda
quadrada de controle, sendo as variáveis controladas diretamente proporcionais a largura deste pulso(Nota
do Autor).
Capítulo 4 45

Figura 29 – Etapas de um projeto.

Fonte: Elaborada pelo Autor

1. Prototipagem rápida na concepção mecânica.

2. Prototipagem rápida para projetos de sistemas de controle.

3. Prototipagem rápida em Células flexíveis de Manufatura.

4. Prototipagem rápida em instrumentação virtual.

Considerando o produto pretendido neste projeto, a forma mais adequada de desenvolvê-


lo é utilizando a prototipagem rápida em instrumentação virtual que, ainda segundo (ROSA-
RIO, 2009, p.67 e 68), pode ser definida como:

"A implementação de controle de sistemas automatizados por meio de


software, de hardware e de Controladores Programáveis para Automação
(PAC). Atualmente, o conceito de Prototipagem Rápida envolve a concepção
de todo o projeto de um sistema de controle em automação por meio de
ferramentas colaborativas, desde as etapas de modelagem, de simulação e
de arquitetura de controlador, até a sua implementação final em hardware
dedicado. Ampliando esse conceito, podemos incluir a implementação em
ambiente virtual do modelo do sistema (modelagem do sistema mecânico e
acionamento), simulação e hardware de supervisão e controle."

Além das considerações acima sobre prototipagem, deve-se afirmar que ela é importante,
pois reduz, significativamente, o seu custo de desenvolvimento. A idéia de custo aplicada
a essa vertente já foi evidenciada por (MARTINS et al., 2003, p.25), que afirma que custo
significa a despesa relativa a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou
serviços.

4.2.2 Plataforma de Prototipagem Eletrônica


Atualmente, com o desenvolvimento de inúmeras formas de se obter um protótipo ou até
mesmo realizar uma simulação eletrônica de determinado produto, seria uma consequência
Capítulo 4 46

natural surgir uma maneira padronizada de realizar e desenvolver um protótipo eletrônico.


Com esse intuito, surgiu em 2005 o Arduino
R 2
. que é uma das mais famosas e difundidas
plataformas de prototipagem eletrônica de hardware da atualidade, de baixo valor financeiro,
funcional, de fácil programação e acessível de estudantes a projetistas.

4.2.3 Arduino
Como é mostrado no sítio do projeto Arduino, sua definição é apresentada como sendo
uma plataforma de prototipagem eletrônica open-source3 que se baseia em hardware e
software flexíveis e fáceis de usar. Originalmente desenvolvida para artistas, designers e
hobbistas, teve sua entrada natural no meio acadêmico por proporcionar aos docentes e
discentes um caminho rápido para a prototipagem de seus projetos. Por ser um projeto
italiano, através de seu idealizador Massimo Banzi, professor de design no Interaction
Design Institute na cidade de Ivrea, teve uma maciça divulgação na Europa. Por se tratar de
uma plataforma de prototipagem, o projeto Arduino é composto por um hardware, que é a
própria placa, e um software, que é um compilador dos códigos escritos por seus usuários.
O principal objetivo do Arduino é ser fácil, acessível e escalável. Por essas características,
a plataforma foi a responsável direta pelo aumento do movimento Maker e DIY, sigla para
Do it yourself, que em tradução livre significa "faça você mesmo".

4.2.4 Arduino UNO


O objeto deste trabalho será desenvolvido baseando-se na placa Arduino UNO, cujo
tamanho é acessível para a aplicação, bem como o número de portas é suficiente para os
vários sensores que serão utilizados. Essa placa usa o microcontrolador ATmega328 da
fabricante ATMEL
R
, que atualmente foi adquirida pela empresa MICROCHIP
R
, conhecida
desenvolvedora de softwares para microcontroladores.
Na Figura 30 apresenta-se dois modelos, o Arduino UNO e o Genuíno, que são extrema-
mente semelhantes. Já a Figura 31 apresenta a pinagem do Arduíno UNO.
Após a etapa de teste, é de boa conduta desenvolver uma placa dedicada ao projeto
final, que será implementada e utilizada para a finalidade a que se propõe (ver Figura
32). O termo Stand-Alone é usado quando o desenvolvedor, baseado em um Arduino,
utiliza o mesmo microcontrolador e os mesmos componentes de uma determinada placa na
confecção de outra placa de circuito impresso que é instalada e usada em definitivo pelo
processo.
Essa facilidade de se replicar, dado ser uma plataforma Open-Source, é o que funda-
menta a plataforma Arduino ser escalonável.
2
Considerar que todas as citações do nome Arduino respeitam a propriedade intelectual da marca, por este
ser um nome registrado.
3
Termo em inglês, que significa código aberto, ou seja, tem suas linhas de códigos divulgadas e com
possibilidade de alteração.
Capítulo 4 47

Figura 30 – Arduino UNO e Genuino.


(GENUíNO, 2019)

Figura 31 – Pinos do Arduino UNO.


(ARDUINO, 2019a)
Capítulo 4 48

Figura 32 – Stand-Alone com o microcontrolador ATmega328.


(SILVEIRA, 2014, p. 171-179)

4.3 Circuito esquemático para montagem

Para que seja iniciada a montagem do hardware, primeiramente, deve-se selecionar


quais pinos serão usados e quais sensores vão ser conectados em cada pino. A Tabela 5
exibe quais são os pinos utilizados do microcontrolador ATmege328 e a Figura 33 ilustra a
sua disposição e associação com os circuitos complementares.

Tabela 5 – Pinos do microcontrolador utilizados pelos sensores.

SENSOR TIPO PINO


DHT11 - 01 DIGITAL D10
DHT11 - 02 DIGITAL D9
SENSOR Vcc - 01 ANALÓGICO A1
SENSOR Vcc - 02 ANALÓGICO A0
SENSOR Vca DIGITAL D7
SENSOR Icc ANALÓGICO A3
SENSOR Ica ANALÓGICO A2

Fonte: Elaborada pelo Autor

Para a realização dos testes no desenvolvimento do projeto do hardware, para compor o


produto final, os sensores serão implementados na plataforma de prototipagem ARDUINO
R
.
Capítulo 4 49

Este processo facilitará a correção de algum eventual erro. Os sensores serão ligados de
acordo com a Figura 34 e serão utilizados os componentes mostrados na Tabela 6.

Tabela 6 – Lista de componentes discretos.

COMPONENTE QUANTIDADE
SENSOR STC013 1
RESISTOR - 33r 1
RESISTOR - 10k 4
RESISTOR - 2K2 4
RESISTOR - 200r 2
CAPACITOR - 0.1 uf 2
CAPACITOR - 220 nf 1
DIODO - 1N4007 1
OPTOACOPLATOR - 4N25 1
SENSOR DHT11 2
SENSOR ACS712 1

Fonte: Elaborada pelo Autor


Capítulo 4 50

Figura 33 – Circuito com todos os sensores.

Fonte: Elaborado pelo Autor


Capítulo 4 51

Figura 34 – Circuito com todos os sensores para prototipagem.

Fonte: Elaborado pelo Autor


5 SOFTWARE - PROGRAMAÇÃO E
TESTE

Um dos passos para o desenvolvimento do projeto pretendido é a existência de uma


programação para o microcontrolador e, em seguida, os testes para comprovar o correto
funcionamento da programação e corrigir eventuais erros. Esta fase do desenvolvimento do
projeto é de fundamental importância, pois, a partir dos resultados dos testes, desenvolve-se
o hardware final e a programação final do microcontrolador, elemento esse que fornecerá
as informações à aplicação WEB e, consequentemente, fará o produto ser usado de forma
correta.
Será usado para desenvolvimento o ambiente de programação conhecido como IDE, do
inglês Integrated Development Environment ou Ambiente de Desenvolvimento Integrado,
especificamente desenvolvido para a programação em C + + da plataforma de prototipagem
Arduino. A escolha por essa forma de programação é baseada em sua objetividade e
agilidade, além da possibilidade de consulta em um amplo repositório encontrado na
Internet.

5.1 Medição de temperatura e umidade

Como visto anteriormente neste trabalho, na página 33, será usado para medição da
temperatura e da umidade o sensor DHT11. Para a programação destes sensores, inclui-se
a sua biblioteca, que é um arquivo que interpretará os dados coletados pelo pino "data"do
sensor e fornecerá as informações desejadas. Na Figura 35 é apresentado o fluxograma da
lógica usada para este sensor.
Na Figura 36 é mostrado alguns valores de temperatura e umidade medidos pelos dois
sensores. Adicionalmente, é mostrado nas duas últimas colunas os valores médios das
temperaturas e umidades medidas. Na Figura 37 é mostrado um dos sensores DHT11 em
teste.
Capítulo 5 53

Figura 35 – Fluxograma de funcionamento do sensor DHT11.

Fonte: Elaborado pelo autor


Capítulo 5 54

Figura 36 – Resultado das medições realizadas com dois DHT11.

Fonte: Elaborado pelo Autor

Figura 37 – Protótipo com um DHT11.

Fonte: Elaborado pelo Autor

5.2 Medição da tensão contínua

As tensões DC, ou Vcc , serão medidas usando os circuitos mostrados nas Figuras 20
e 21. Trata-se de dois divisores de tensão que fornecerão um valor proporcional à tensão
máxima de entrada, que de acordo com os dados de projeto, será de 60 Volts. Os dois
sensores serão ligados a dois pinos, em um total de seis disponíveis, de entrada analógica
do microcontrolador usado. De acordo com a Tabela 7, estes pinos têm a resolução de
210 bits, ou seja, ele converte as tensões lidas em valores inteiros compreendidos entre 0
e 1023. Para que estes valores sejam apresentados de forma correta, há a necessidade
de fazer uma regra de três simples, sendo necessário multiplicar por 5, ou seja, multiplicar
pelo maior valor possível de tensão aceita pelo microcontrolador em um dos seus pinos
de entrada e depois dividir por 1023. Esse primeiro cálculo é para encontrar a tensão Vout ,
Capítulo 5 55

expressa na Formula 3.1. Existe ainda a necessidade de multiplicar o Vout pela constante
de transformação, que, para esse caso, é igual a 12, para o valor do Vin .
Na Figura 38 é ilustrado o fluxograma para entendimento da lógica usada para a medição
da tensão contínua.

Figura 38 – Fluxograma de funcionamento do sensor Vcc .

Fonte: Elaborado pelo Autor

Na Figura 39 são mostrados os valores obtidos durante os testes realizados. Nesta


figura há uma coluna de informações que evidência a tensão média entra as duas medições,
similarmente ao que houve nas medições de temperatura e umidade. Na Figura 40, visualiza-
se como foi montado o protótipo para essas medições. Na Tabela 8, se pode ver que os
Capítulo 5 56

Tabela 7 – Resolução dos pinos analógicos.

Entrada Analógica
Resolução 10 bits (0 a 1023)
Faixa de tensão 0 a 5 volts

Fonte: Elaborada pelo Autor

valores medidos estão próximos aos valores fornecidos, inclusive, na última linha, os valores
são praticamente iguais.

Figura 39 – Resultado das medições realizadas com dois sensores Vcc .

Fonte: Elaborado pelo Autor


Capítulo 5 57

Figura 40 – Protótipo com dois divisores de tensão.

Fonte: Elaborado pelo Autor

Tabela 8 – Resultados das medições com os sensores de tensão contínua.

Tensão de saída Tensão medida %


5 volts 4.78 volts 95.6 %
10 volts 9.79 volts 97.9 %
15 volts 14.75 vols 98.3 %
20 volts 19.77 volts 98.8 %
24 volts 23.99 volts 99.9 %

Fonte: Elaborada pelo Autor

5.3 Medição da tensão alternada

A tensão CA, ou Vca , neste momento não será medida. Ela será apenas indicada, ou
seja, vai depender da entrada digital 07 do microcontrolador informando se há ou não 220
Volts no ponto analisado. Na Figura 41 encontra-se o fluxograma com a lógica usada para a
indicação da tensão alternada. Na Figura 42 pode ser visto se há ou não tensão de forma
direta. Já na Figura 43 é possível ver o circuito de teste montado.
Capítulo 5 58

Figura 41 – Fluxograma de funcionamento do sensor de Vca .

Fonte: Elaborado pelo Autor


Capítulo 5 59

Figura 42 – Indicação se existe 220 Vca .

Fonte: Elaborado pelo Autor

Figura 43 – Protótipo do detector de 220 Volts.

Fonte: Elaborado pelo Autor

5.4 Medição da corrente contínua

Para a medição da corrente contínua, será usado o CI ACS712, modelo ACS712ELCTR-


30A, com sensibilidade para ler correntes de -30 Amperes a 30 Amperes. Este CI fornece em
sua saída 66 milivolts a cada 01 (um) Ampere medido. Como ele possibilita "mostrar" valores
para correntes negativas, nas suas medições para esta aplicação, necessariamente, tem
que dividir a entrada por dois, pois o meio da escala que seria o valor zero volt, corresponde
à 1024/2, sendo que o valor de 1024 representa a conversão do pino analógico de entrada
do microcontrolador utilizado. Na Figura 44 é apresentado o fluxograma que servirá como
base para a lógica de medição deste sensor. As Figuras 45 e 46 ilustram, respectivamente,
o resultado dos testes realizados, considerado um equipamento de potência igual a 100
Watts e o protótipo montado para os testes.
Na Tabela 9 tem-se o registro de 5 (cinco) leituras realizadas pelo sensor e o cálculo
Capítulo 5 60

Figura 44 – Fluxograma de funcionamento do sensor de Icc .

Fonte: Elaborado pelo Autor

das correntes para dois equipamentos de 100 Watts e 40 Watts sob a tensão de 220 volts.

Tabela 9 – Comparação entre as leituras medidas e as calculadas.

Equipamento de 100 watts Equipamento de 40 watts


Leituras
Valor Valor valor Valor
Vm/Vc Vm/Vc
calculado Medido calculado medido
1 0,454 A 0,400 A 88 % 0,181 A 0,186 A 102 %
2 0,454 A 0,450 A 99 % 0,181 A 0,186 102 %
3 0,454 A 0,417 A 92 % 0,181 A 0,193 106 %
4 0,454 A 0,340 A 75 % 0,181 A 0,178 99 %
5 0,454 A 0,422 A 93 % 0,181 A 0,146 80 %

Fonte: Elaborada pelo Autor


Capítulo 5 61

Figura 45 – Resultado das medições realizadas com o sensor Icc .

Fonte: Elaborado pelo Autor

Figura 46 – Protótipo do sensor de Icc .

Fonte: Elaborado pelo Autor

Considerar para analise da tabela 9 que as colunas que tem percentuais representa, em
certa medida, a acurácia dos valores medidos (Vm) em relação aos valores calculados (Vc).

5.5 Medição da corrente alternada

A medição da corrente alternada é realizada utilizando-se o sensor SCT-013-100, para


uma corrente máxima de 100 Amperes. Esse valor máximo é suficiente para a aplicação
pretendida, pois permite cargas que somem até 22 quilowatts de potência, em tensão de
220 volts ou proporcional em 380 volts. Como é possível ver na Figura 27, este sensor é
não invasivo, o que facilita a sua instalação no sistema fotovoltaico. As Figuras 48 e 49
apresentam as respostas das leituras para as mesmas cargas utilizadas anteriormente, de
40 e 100 Watts, respectivamente. Também é possível perceber que as leituras realizadas
Capítulo 5 62

por este sensor são mais estáveis, muito devido sua construção. Na Figura 47 é ilustrado o
fluxograma de medição da corrente alternada. A Figura 50, apresenta o protótipo montado
para os testes.

Figura 47 – Fluxograma de funcionamento do sensor de Ica .

Fonte: Elaborado pelo Autor


Capítulo 5 63

Figura 48 – Resultado das medições realizadas com o sensor Ica (40 Watts).

Fonte: Elaborado pelo Autor

Figura 49 – Resultado das medições realizadas com o sensor Ica (100 Watts).

Fonte: Elaborado pelo Autor

Figura 50 – Protótipo do sensor Ica .

Fonte: Elaborado pelo Autor


6 APLICAÇÃO WEB

Neste capitulo será abordado o objeto central deste TCC, que é uma aplicação WEB que
pode ser entendido como um sistema que será acessado pela internet e que possibilitará a
visualização dos dados fornecidos pelos sensores demonstrados anteriormente.

6.1 Aplicação WEB

O principal objetivo deste trabalho é a implementação de um sistema que funcionará na


Internet. Para isso, é necessário que ele esteja sob um domínio, ou seja, com um endereço
de Internet, e depois ser hospedado em um servidor que permitirá o fluxo de dados. Com o
intuito de fundamentar este passo, foi pensado primeiramente em um nome comercial para
o produto, o MEDENERGIA, cuja logomarca desenvolvida pode ser visualizada na Figura
51. Essa logomarca será, a partir de agora, usada para identificar o projeto desenvolvido. O
endereço usado para a página do produto é www.medenergia.com.br.

Figura 51 – Logomarca MEDENERGIA.

Fonte: Elaborada pelo Autor

Como houve o interesse de tornar este projeto um produto comercial, tornou-se prudente
registrar a logomarca da Figura 51. Para isto, foi solicitado ao Instituto Nacional de Propri-
edade Industrial - INPI, a fim de cumprir as exigências da legislação brasileira, o registro
da marca sob número 912893850, publicado na Revista de Propriedade Industrial no 2426.
Contudo, para a comercialização do serviço, é necessário que o produto seja registrado
no Brasil sob um código de barra único. A Figura 52 mostra o código em formato padrão
EAN-13. O registro do código de barra também cumpriu uma exigência da Agência Nacional
de Telecomunicações - ANATEL, pois como a aplicação utilizará a Internet, é necessário a
homologação junto ao órgão competente e no formulário de solicitação é pedido o número
do código do produto.
O sistema instalado na Internet tem três telas. A primeira, ilustrada na Figura 53, será a
tela de entrada onde o usuário encontrará informações pertinentes ao tema, etc. Ao acessar
o sistema através do botão "acessar área restrita", o usuário é levado a uma tela de login
que servirá para acessar um determinado sistema instalado. Na Figura 54 pode ser visto em
Capítulo 6 65

Figura 52 – Código padrão EAN-13.

Fonte: Elaborada pelo Autor

Figura 53 – Tela de entrada da aplicação WEB.

Fonte: Elaborada pelo Autor


Capítulo 6 66

detalhe esta tela. Após o correto preenchimento dos dados requeridos, a tela principal da
aplicação WEB é acessada, onde se pode ver os dados gerados por determinado conjunto
de sensores. Na Figura 55 é possível observar toda a tela do sistema.

Figura 54 – Tela de login da aplicação WEB.

Fonte: Elaborada pelo Autor

O painel de controle da tela principal pode ser dividido em quatro áreas distintas. A
primeira, superior, mostra todos valores obtidos, das variáveis observadas pelo sistema, que
são: a tensão contínua (Vcc ), corrente contínua (Icc ), indicação da tensão alternada (Vca ),
corrente alternada (Ica ), temperatura e umidade. A Figura 56 traz em detalhe essa região.
A atualização da visualização dessas variáveis é a cada 05 (cinco) minutos. Dentre elas,
existem três que resultam das médias entre dois valores captados pelos sensores, que são:
tensão contínua, temperatura e umidade. Os valores que compõem essa média são vistos
a partir do sinal "+", conforme ilustrada na Figura 57.
Na Figura 58 há um exemplo de visualização dos dois valores obtidos nos dois sensores
de tensão contínua. Ainda no painel principal, no centro, a região que mostra os gráficos
das variáveis referentes a determinado período (dia, semana e mês). A escolha pode ser
realizada nas abas logo acima do gráfico. Na Figura 59 tem-se as abas de escolha das
variáveis e o gráfico da tensão contínua do dia. Nas Figuras 60 e 61 podem ser vistos os
gráficos da semana e do mês para Vcc .
Capítulo 6 67

Figura 55 – Tela principal da aplicação WEB.

Fonte: Elaborada pelo Autor


Capítulo 6 68

Figura 56 – Detalhe de visualização das variáveis.

Fonte: Elaborada pelo Autor

Figura 57 – Detalhe do botão "+".

Fonte: Elaborada pelo Autor

Figura 58 – Composição da tensão contínua.

Fonte: Elaborada pelo Autor

Figura 59 – Abas e gráfico para uma medição díaria da tensão contínua.

Fonte: Elaborada pelo Autor


Capítulo 6 69

Figura 60 – Gráfico da semana de Vcc .

Fonte: Elaborada pelo Autor

Figura 61 – Gráfico do mês de Vcc .

Fonte: Elaborada pelo Autor

Ainda existem duas áreas distintas na parte inferior do painel de controle principal. Uma
que mostrará as mensagens de alerta, ou área de LOG, visto na Figura 62 e uma mais
a esquerda da tela principal que mostrará a potência acumulada e o valor equivalente do
custo, em reais, referente à geração de energia. A Figura 63 mostra essa última área.
Capítulo 6 70

Figura 62 – Mensagens de alertas da aplicação WEB.

Fonte: Elaborada pelo Autor

Figura 63 – Composição da tensão contínua.

Fonte: Elaborada pelo Autor


7 ANÁLISE FINANCEIRA

Este projeto é baseado em dois produtos distintos. O primeiro, objeto principal, é a


aplicação WEB que ficará hospedada em um provedor de internet para acesso remoto
do cliente e dos profissionais envolvidos. O segundo, que dá suporte a todo o sistema
WEB, é uma placa de circuito impresso com diversos componentes que será instalado
junto aos sistemas fotovoltaicos. Com isso, pode-se considerar que, para se chegar ao
produto final, há a necessidade de desenvolver esses dois produtos e o valor para este
desenvolvimento deve, necessariamente, considerar todos os componentes envolvidos. A
Tabela 10 apresenta o orçamento realizado para o desenvolvimento do primeiro protótipo,
considerando que esta fase é, necessariamente, para testes do produto.

Tabela 10 – Levantamento de custos para o desenvolvimento do projeto.

Valor
Item Descrição Quant. Valor final (R$)
Unitário (R$)
Desenvolvimento da
1 100,00 30 3.000,00
aplicação web (R$ x hora)
2 Hospedagem (R$ x mês) 60,00 3 180,00
3 Desenvolvimento da logomarca 70,00 1 70,00
4 Registro da logomarca (R$ x ano) 60,00 1 60,00
5 Sensor STC013 45,00 1 45,00
6 Sensor ACS712 12,00 1 12,00
7 Sensor DHT11 6,00 2 12,00
8 Capacitor 0.1 uf 0,30 2 0,60
9 Capacitor 220 nf 0,40 1 0,40
10 Diodo - 1N4007 0,15 1 0,15
11 Optoacoplador 4N25 1,20 1 1,20
12 Resisto de 33r 0,10 1 0,10
13 Resistor de 10k 0,10 4 0,40
14 Resistor de 2k2 0,15 4 0,60
15 Resistor de 200r 0,20 2 0,40
16 Acessórios 120,00 1 120,00
Total - acessórios 192,85 1 192,85
Total geral - - 3.502,85

Fonte: Elaborada pelo Autor


Capítulo 7 72

Considerando que o produto desenvolvido neste trabalho será incorporado ao mercado


B2B1 , ou seja, será primeiramente direcionado ao comércio com outras empresas e ainda,
considerando um acréscimo de 30 % correspondente ao BDI - Benefícios e Despesas
Indiretas, praticado atualmente, resulta em um valor de custo de, aproximadamente, R$
250,70 (duzentos e cinquenta reais e setenta centavos), evidenciado na equaçõe 7.1.

Custo = R$ 192, 85 x 1, 3 = R$ 250, 70. (7.1)

Com isso, a primeira ideia é que seja vendido por R$ 550,00 (quinhentos e cinquenta
reais), mais uma mensalidade de até R$ 15,00 (quinze reais) por ponto instalado, repassados
pela integradora dos sistemas fotovoltaicos em questão. Com esses valores, tem-se o
retorno financeiro do custo a partir do segundo mês consecutivo instalado. Na Tabela 11
são registrados os percentuais do valor final em relação a algumas propostas comerciais de
implantação de sistemas.

Tabela 11 – Percentual custo x orçamento.

Proposta de Proposta de Proposta de Proposta de


4,8 kWp 56 kWp 100,8 kWp 210 kWp
R$ 34.724,95 R$ 296.800,00 R$ 493.920,00 R$ 945.000,00
Valor de
comercialização 1,58 % 0,18 % 0,11 % 0,05 %
R$ 550,00

Fonte: Elaborada pelo Autor

Levando-se em consideração o aumento citado por (JÁCOME, 2017) de sistemas


instalados no estado do Rio Grande do Norte que, entre os anos de 2013 a 2016, cresceu
de 4 para 168 unidades e considerando como horizonte o ano de 2020 um total de 670
unidades instaladas. Se multiplicar esse total por R$ 550,00, será alcançado um valor de
R$ 368.500,00 (trezentos e sessenta e oito mil e quinhentos reais) e um lucro aproximado
de 198.320,00 (cento e noventa e oito mil, trezentos e vinte reais), o que torna este projeto,
do ponto de vista financeiro, viável.

1
Sigla em inglês que significa Business to Business e representa o comércio entre empresas.
8 CONCLUSÃO

A energia elétrica é fundamental para o desenvolvimento e a sustentação da vida


moderna. Isso é reforçado pelo crescente desenvolvimento das energias renováveis e,
dentre elas, a energia fotovoltaica vem despontando como a que tem o maior potencial de
desenvolvimento, devido por exemplo a facilidade de instalação e seu tamanho diminuto com
relação aos sistemas eólicos. Isso é um fato que pode ser comprovado com as inúmeras
notícias em vários veículos de informação e o desenvolvimento deste projeto vai na direção
de entrar neste nicho de mercado, estando na cadeia produtiva dessa energia renovável.
Desenvolver esse projeto se mostrou uma tarefa desafiadora, principalmente, no momento
de delimitá-lo, pois há sempre o sentimento de querer desenvolver mais e até mesmo
colocar mais itens no trabalho. Implementar um sistema baseado em um microcontrolador
foi uma experiência nova e inovadora, principalmente durante os testes, pois houve inúmeros
momentos de dificuldade e associado a isto, um sistema alicerçado na internet forçou a
descoberta de novos conceitos de rede de computadores e até mesmo de gestão e tráfego
desses dados.
Com a resolução dos eventuais problemas, o desenvolvimento se tornou mais interes-
sante e intuitivo, ficando mais próximo possível de um produto comercial. Inclusive, esse é
o intuito final deste trabalho, ter uma plataforma comercial. Durante a concepção do projeto
foram consultadas algumas empresas acerca do que seria melhor e mais interessante para
entrar no mercado, o que resultou em uma carta de intenção que pode ser consultada no
anexo A, cuja empresa demonstra interesse em representar e utilizar a plataforma no estado
do Rio Grande do Sul.
Existe ainda a intenção de desenvolver trabalhos futuros baseados na estrutura con-
seguida neste projeto, como desenvolver uma plataforma de monitoramento de energia
para residências que possibilite o acompanhamento e a gestão da eficiência do consumo
de energia. Há também a possibilidade de se desenvolver uma ferramenta de gestão de
energia e água para condomínios residenciais. A partir desse projeto, surgiu a ideia de ser
desenvolvido ainda um analisador de energia, projeto este com pretensão de ser submetido
a um doutorado profissional. Com tudo isso, conclui-se que este projeto se tornou um pro-
duto comercialmente viável, com um alto valor agregado, monetizado e com possibilidade
de várias aplicações, bastando para tanto, a realização de algumas adaptações para cada
caso que se fizer necessário, como por exemplo encaminhando do cabeamento do sistema
em questão.
Referências

ABINEE. Proposta para inserção da energia solar fotovoltaica na matriz


elétrica brasileira. 2012. Acessado em 06 de junho de 2019. Disponível em:
<http://www.abinee.org.br/informac/arquivos/profotov.pdf>.

ABSOLAR. BRASIL SOLAR POWER. 2018. Acessado em 06


de fevereiro de 2019. Disponível em: <http://absolar.org.br/
brasil-solar-power-2016-o-evento-oficial-do-setor-solar-fotovoltaico-brasileiro.html>.

ABSOLAR. Composição do sistema elétrico. 2019. Disponível em: <https:


//www.absolar.org.br>.

ALLEGRO. Fully Integrated, Hall Effect-Based Linear Current Sensor IC with 2.1
kVRMS Isolation and a Low-Resistance Current Conductor. 2012. Acessado em 13 de
junho de 2018. Disponível em: <http://img.filipeflop.com/files/download/Datasheet_ACS712.
pdf#_ga=2.150203574.1823983977.1497610019-1067950429.1493296180>.

AOSHONG. Temperature and humidity module DHT11 Product Manual. 2014.


Acessado em 13 de junho de 2018. Disponível em: <http://akizukidenshi.com/download/ds/
aosong/DHT11.pdf>.

ARDUINO. Pinos do Arduino UNO. 2019. Disponível em: <http://http://omecatronico.com.


br/blog/arduino-basico-em-10-min/>.

ARDUINO. Pinos do ATMEL


R
. 2019. Disponível em: <http://www.arduino.cc>.

ATLAS. Mapa Solar do Brasil. 2019. Disponível em: <http://solarfinger.com.br/


mapa-solar-brasil/>.

BHARAT. Indicação do ponto de medição. 2019. Disponível em: <http://www.


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2000.

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usam a informação para criar significado, construir conhecimento e tomar decisões.
[S.l.]: Senac - São Paulo, 2003.

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eficiência de prédios públicos. XI CEEL - Conferências de Estudos em Energia Elétrica,
2013.

EPE, B. Balanço energético nacional 2016. 2016.

FILIPEFLOP. Sensor STC013. 2019. Disponível em: <http://www.filipeflop.com>.

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//fritzenlab.com.br>.
75

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em 30 de maio de 2019. Disponível em: <http://www.novonoticias.com/economia/
em-4-anos-producao-de-energia-solar-fotovoltaica-cresceu-4000-no-rn>.

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76

ZILLES, R. et al. Sistemas fotovoltaicos conectados à rede elétrica. [S.l.]: Oficina de


Textos, 2016.
APÊNDICES
APÊNDICE A – Projeto FV On Grid -
Passo a passo

Descrição simplificada para projetar um sistema fotovoltaico On Grid.

Pré-projeto 01: Descobrir o índice solarimétrico do local do projeto.

Pré-projeto 02: Analisar a Normativa Aneel n◦ 482 e ver o enquadramento do projeto em questão.

passo 01: Ver as 12 últimas faturas de energia do cliente.

passo 02: Ter a média em quilo-watt-hora/mês - kWh/mês.

passo 03: Calcular os parâmetros do projeto.

Cálculos de projeto:

1. Reservar o índice solarimétrico do local.

2. Reservar o consumo médio do cliente em kWh/mês.

3. Considerar um período de 30 dias.

4. Considerar a eficiência padrão de 83%.

5. Transformar Kwh/mês em Wh/mês, multiplica por 1000.

6. Dividir o consumo mensal por 30. resultado: consumo diário.

7. Dividir o consumo diário pelo índice solarimétrico. resultado: em Watt - W.

8. Dividir o resultado em Watt pela eficiência de 0,83 (padrão).

9. Supondo que irá ser adquirido placas de 240 Watts, divide o resultado acima pela
potência da placa. resultado: número de placas do projeto.
APÊNDICE B – Programas para o
Microcontrolador

1 // ( TRECHO ) PROGRAMA PARA LER E APRESENTAR OS VALORES DE


TEMPERATURA E UMIDADE - DHT11
2

3 # include < dht .h >


4 # define dht1_dpin 9
5 # define dht2_dpin 10
6

7 float umid_total = 0;
8 float temp_total = 0;
9

10 dht DHT1 ;
11 dht DHT2 ;
12

13 void setup ()
14 {
15 Serial . begin (9600) ;
16 while (! Serial ) ;
17

18 }
19 void loop ()
20 {
21

22 DHT1 . read11 ( dht1_dpin ) ;


23 DHT2 . read11 ( dht2_dpin ) ;
24 umid_total = ( DHT1 . humidity + DHT2 . humidity ) /2 ;
25 temp_total = ( DHT1 . temperature + DHT2 . temperature ) /2 ;
26

27 ...
28

29 }
80

1 // ( TRECHO ) PROGRAMA PARA LER E APRESENTAR AS TENSOES VCC


2

3 const int pinoVCC01 = A0 ;


4 const int pinoVCC02 = A1 ;
5 float leiturasVCC01 ;
6 float leiturasVCC02 ;
7 float VCCmedio ;
8

9 void setup () {
10 pinMode ( pinoVCC01 , INPUT ) ;
11 pinMode ( pinoVCC02 , INPUT ) ;
12 Serial . begin (9600) ;
13

14 }
15

16 void loop () {
17 leiturasVCC01 = analogRead ( pinoVCC01 ) ;
18 leiturasVCC01 = (( leiturasVCC01 *5) /1023) *12;
19

20 ...
21

22 leiturasVCC02 = analogRead ( pinoVCC02 ) ;


23 leiturasVCC02 = (( leiturasVCC02 *5) /1023) *12;
24

25 ...
26

27 VCCmedio = ( leiturasVCC01 + leiturasVCC02 ) / 2;


28

29 ...
30

31 }
81

1 // ( TRECHO ) PROGRAMA PARA VERIFICAR SE TEM TENSA0 VCA


2

3 int sensorVCA = 7;
4 int pinoVCA ;
5 void setup ()
6 {
7 Serial . begin (9600) ;
8 pinMode ( sensorVCA , INPUT ) ;
9 }
10

11 void loop ()
12 {
13 pinoVCA = digitalRead ( sensorVCA ) ;
14 if ( pinoVCA == HIGH ) {
15 ...
16

17 Serial . print ( pinoVCA ) ;


18 Serial . println ( " 220 DETECTADO " ) ; }
19 else {
20 ...
21

22 Serial . print ( pinoVCA ) ;


23 Serial . println ( " SEM TENSAO VCA " ) ;
24

25 ...
26 }
82

1 // ( TRECHO ) PROGRAMA PARA VERIFICAR SE TEM TENSA0 ICC


2

3 int sensorPin = A3 ;
4

5 int sensorValue_aux = 0;
6 float sensorValue = 0;
7 float currentValue = 0;
8 float voltsporUnidade = 0.004887586;
9

10 void setup () {
11 Serial . begin (9600) ;
12 pinMode ( sensorPin , INPUT ) ;
13 }
14

15 void loop () {
16

17 for ( int i =100; i >0; i - -) {


18 sensorValue_aux = ( analogRead ( sensorPin ) -511) ;
19 sensorValue += pow ( sensorValue_aux ,2) ;
20 }
21

22 sensorValue = ( sqrt ( sensorValue / 100) ) * voltsporUnidade ;


23 currentValue = ( sensorValue /0.066) ;
24

25 ...
26

27 }
83

1 // ( TRECHO ) PROGRAMA PARA VERIFICAR SE TEM TENSA0 ICA


2

3 # include < EmonLib .h >


4

5 EnergyMonitor emon1 ;
6

7 int pino_sct = 1;
8

10 void setup () {
11 Serial . begin (9600) ;
12 emon1 . current ( pino_sct , 0.2) ;
13

14 }
15

16 void loop () {
17 double Irms = emon1 . calcIrms (1480) ;
18 Serial . print ( " Corrente : ");
19 Serial . println ( Irms ) ;
20

21 ...
22

23 }
ANEXOS
ANEXO A – Carta de intenção de
parceria
CARTA DE INTENÇÃO DE PARCERIA

Eu, ADEMIR OCCHI DA SILVA, representante da ADEMIR OCCHI DA


SILVA ME, CNPJ. 14.142.995/0001-30 declaro haver interesse desta empresa em
firmar parceria com o SR. ALLAN DAVID SILVA DA COSTA, para ser
representante nos estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina e fazer
uso do produto MEDENERGIA – SISTEMAS DE MEDIÇÃO PARA
SISTEMAS FOTOVOLTAICOS, ora desenvolvido.

Declaro, também, ter ciência dos direitos e deveres decorrentes da


assunção dos termos da parceria a se firmar, nos limites de um contrato final, bem
como o interesse e a possibilidade da sociedade empresarial por mim
representada. Afirmo, ainda, o interesse em participar ativamente do
desenvolvimento tecnológico do produto final.

Atenciosamente,



Ademir Occhi da Silva
Gerente Comercial
(48) 98475-8954
ANEXO B – Proposta Comercial - Solar
Grid
Proposta
Comercial
Nosso compromisso

Confiança se conquista Bom negócio


Atuamos em toda a região sudeste, Você será um empresário da energia:
temos mais de 200 projetos Você investe, tem o retorno do capital
homologados e somos a número e depois o lucro.
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Dimensionamento do projeto

Base de consumo considerada no projeto


630 kWh/mês

Módulos fotovoltaicos
18

Potência do projeto
4,8 kWp

Geração estimada
570 kWh/mês

Percentual de energia solar


90%
Análise financeira
Sua conta de luz anual Sua conta de luz anual Sua economia anual,
sem a SolarGrid com a SolarGrid* com a SolarGrid

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Investimento proposto
Á vista R$ 34.030,45

Sinal R$ 6.944,99

30 dias R$ 13.889,98
Parcelado

60 dias R$ 13.889,98

Total parcelado R$ 34.724,95


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Inversor Fronius ou ABB 5 anos

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Estrutura --------------------------- 12 anos

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Manutenção
A manutenção básica dos sistemas fotovoltaicos é a simples limpeza das placas,
sendo na maioria dos casos realizada de forma natural pela chuva.

Necessidades específicas poderão ser solucionadas pela SolarGrid.

Este é um pré-orçamento e tem validade de 15 dias.


O orçamento definitivo será encaminhado após a visita técnica.
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Bom para o seu bolso.

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energia por pelo menos 25 anos.
Durante esse período, você estará ajudando
a emitir menos CO2. Sabe o que isso significa?

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106 toneladas de CO2


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CLIENTE
Allan David
Parnamirim- RN

Gerador fotovoltaico completo.


Para consumo aproximado de:

210 kWp
29.050 kWh/mês
348.600 kWh/ano

100,8 kWp
13.940 kWh/mês
167.280 kWh/ano

56 kWp
7.750 kWh/mês
93.000 kWh/ano

PRPOSTA COMERCIAL PRELIMINAR


SISTEMA ON GRID para geração de energia elétrica

LIENTE
Nome: Allan David Empresa:
Endereço: Nº Complemento:
Cidade: UF: CEP
Fone/Cel 84 8814-5229 CPF:
E-mail: allandavid.projetos@yahoo.com.b CNPJ:
CARACTERÍSTICAS GERAIS DO SISTEMA
Potência do Sistema – 210 kWp
Geração Média Mensal 29.050 kWh/mês
Geração Anual Estimada 348.600 kWh/ano
Área necessária para Instalação 1222,5 m² (área liquida aproximada)
Descrição e valores do equipamento
05 Inversores on grid Inversor ABB PRO 33.0-TL-OUTD-SX-400 - Trifasico 380V
750 módulos de 280 Wp CANADIAN SOLAR 60CELLS 280W MONO-SI
Suporte (chapa metálica) e material elétrico Cabos, disjuntores, conectores, suporte. etc.
Preço por Wp + Solicitação + instalação R$ 4,50
TOTAL Instalado R$ 945.000,00

módulo solar suporte para telhado inversor

CARACTERÍSTICAS GERAIS DO SISTEMA


Potência do Sistema – 100.8 kWp
Geração Média Mensal 13.940 kWh/mês
Geração Anual Estimada 167.280 kWh/ano
Área necessária para Instalação 586,8 m² (área liquida aproximada)
Descrição e valores do equipamento
03 Inversores on grid SMA SOLAR INVERTER STP 25.000TL-20 -380V
360 módulos de 280 Wp CANADIAN SOLAR 60CELLS 280W MONO-SI
Suporte (chapa metálica) e material elétrico Cabos, disjuntores, conectores, suporte. etc.
Preço por Wp + Solicitação + instalação R$ 4,90
TOTAL Instalado R$ 493.920,00

módulo solar suporte para telhado string box inversor


CARACTERÍSTICAS GERAIS DO SISTEMA
Potência do Sistema – 56 kWp
Geração Média Mensal 7.750 kWh/mês
Geração Anual Estimada 93.000 kWh/ano
Área necessária para Instalação 326 m² (área liquida aproximada)
Descrição e valores do equipamento
02 Inversores on grid SMA SOLAR INVERTER STP 25.000TL-20 -380V
200 módulos de 280 Wp CANADIAN SOLAR 60CELLS 280W MONO-SI
Suporte (chapa metálica) e material elétrico Cabos, disjuntores, conectores, suporte. etc.
Preço por Wp + Solicitação + instalação R$ 5,30
TOTAL Instalado R$ 296.800,00

módulo solar suporte para telhado string box inversor

Sistema Grid Tie, gerador solar fotovoltaico, conectado à rede elétrica. Serviço técnico especializado de acordo com a normativa n.° 482 de 17
de abril de 2012 (ANEEL) e n.517 de 11 de dezembro de 2012 (ANEEL). A partir dessas normativas, todo consumidor, pessoa física ou jurídica,
usando fonte renovável, pode produzir energia para o seu consumo.
Prestação de serviço
Nosso atendimento abrange todo processo:
* Dimensionamento do sistema (baseado no consumo)
* Indicação do sistema adequado à necessidade do cliente
* Solicitação de acesso à concessionária
* Instalação do sistema
* Acompanhamento pós-venda
Equipamento
Os Geradores de Energia Solar Fotovoltaica Grid Tie ou conectados à rede podem fornecer de 0 a 100% da energia elétrica consumida,
reduzindo o valor da conta de energia elétrica. A conexão deve ser feita em 60Hz e 220V.
Todos os itens que compõe este kit são conhecidos, testados, certificados e utilizados mundialmente. São marcas de primeira linha e
equipamentos com garantia do fabricante.
Produto Garantia
Módulos Fotovoltaico 25 anos (Perda de eficiência)
Inversor de Frequência 5 anos (Defeito de fabricação)
Estruturas de Fixação 20 anos (Defeito de fabricação)
OBS - Orçamento válido por 10 dias. Frete não incluso

Recife, 15 de junho de 2017.

Edilson Custódio
Gerente comercial

Av. Flor de Santana, 317/801 – Parnamirim – CEP 52060-290 - Recife – PE

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