24
FACULDADE ARAGUAIA - FARA
1º Edição - 2018
É proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio e para qualquer
fim. Obra protegida pela Lei de Direitos Autorais
DIRETORIA GERAL
Professor Mestre Arnaldo Cardoso Freire
DIRETORIA FINANCEIRA
Professora Adriana Cardoso Freire
DIRETORIA ACADÊMICA
Professora Ana Angélica Cardoso Freire
DIRETORIA ADMINISTRATIVA
Professor Hernalde Menezes
DIRETORIA PEDAGÓGICA:
Professora Mestra Rita de Cássia Rodrigues Del Bianco
VICE-DIRETORIA PEDAGÓGICA
Professor Mestre Hamilcar Pereira e Costa
COORDENAÇÃO GERAL DO NÚCLEO DE TECNOLOGIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Professor Mestre Leandro Vasconcelos Baptista
COORDENAÇÃO GERAL DOS CURSOS TÉCNICOS
Professor Doutor Ronaldo Rosa Júnior
REVISÃO E APROVAÇÃO DE CONTEÚDO
Professora Mestra Rita de Cássia Rodrigues Del Bianco
REVISÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA
Professor Rafael Souza Simões
COORDENAÇÃO E REVISÃO TÉCNICA DE PRODUÇÃO DE CONTEÚDO EM VÍDEO E WEB
Professora Doutora Tatiana Carilly Oliveira Andrade
DESIGN GRÁFICO E EDITORIAL
Bruno Adan Vieira Haringl
FACULDADE ARAGUAIA
Unidade Centro – Polo de Apoio Presencial
Endereço: Rua 18 nº 81 - Centro - Goiânia-GO, CEP: 74.030.040
Fone: (62) 3224-8829
Unidade Bueno
Endereço: Av. T-10 nº 1.047, Setor Bueno - Goiânia-GO, CEP: 74.223.060
Fone: (62) 3274-3161
Unidade Passeio das Águas
Av. Perimetral Norte, nº 8303, Fazenda Caveiras - Goiânia-GO, CEP: 74445-360
Fone: (62) (62) 3604-9500
Site Institucional
www.faculdadearaguaia.edu.br
25
O autor
Possui bibliografia.
CDU: 371.26
26
SUMÁRIO
27
APRESENTAÇÃO
Bons estudos!
28
Unidade II: Aspectos Legais das Políticas Educacionais
Fonte: http://www.ambientelegal.com.br/jacobinos-no-brasil-entenda-como-esse-fenomeno-prejudica-
a-nacao/. Acesso em 07/07/2018.
29
da Educação Nacional, Lei nº 9.394/96, adotasse esse conceito já no § único do art.
11 ao assinalar a possibilidade de o Estado e os municípios se constituírem como
um sistema único de educação básica. Contudo, a educação básica é um conceito,
definido no art. 21 como um nível da educação nacional e que congrega,
articuladamente, as três etapas que estão sob esse conceito: a educação infantil, o
ensino fundamental e o ensino médio. E o art. 22 estabelece que a educação básica
“tem por finalidade desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum
indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no
trabalho e em estudos posteriores”.
De acordo com Cury (2002, p. 170), trata-se de um “conceito novo, original e
amplo em nossa legislação educacional, fruto de muita luta e de muito esforço por
parte de educadores que se esmeraram para que determinados anseios se
formalizassem em lei”. O autor cita ainda o artigo 205 da Constituição Federal no
qual a educação é “direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e
incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da
pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho”.
Quanto a garantia, obrigatoriedade e acesso à educação, a Constituição
federal de 1988 estabelece:
Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:
I – educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de
idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram
acesso na idade própria; (Inciso com redação dada pela EC nº 59, de 2009) II –
progressiva universalização do ensino médio gratuito; (Inciso com redação dada
pela EC nº 14, de 1996) III – atendimento educacional especializado aos portadores
de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino; IV – educação infantil,
em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade; (Inciso com
redação dada pela EC nº 53, de 2006) V – acesso aos níveis mais elevados do
ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um; VI –
oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando; VII –
atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de
programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e
assistência à saúde. (Inciso com redação dada pela EC nº 59, de 2009) §1º O
30
acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo. §2º O não
oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público, ou sua oferta irregular,
importa responsabilidade da autoridade competente. § 3º Compete ao poder público
recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto
aos pais ou responsáveis, pela frequência à escola.
Observe alguns pontos importantes na história da educação básica no Brasil,
com base e Silva e Silva (2010, p. 35-37):
a) Na constituição de 1824, assegurava-se, no artigo 179, instrução primária
gratuita a todos os cidadãos, e que a lei de 15 de outubro de 1827
estabeleceu que fosse dever do Estado cuidar de todos os níveis de ensino.
Essa lei estabelecia a criação de escolas de primeiras letras em todas as
cidades e vilas mais populosas. Observa-se ainda que a educação brasileira,
até os meados de 1930, quase não sofreu mudanças; além disso, nessa
mesma década o processo de industrialização e urbanização, iniciado nas
primeiras décadas do século XX, alterou consideravelmente a cara do Brasil,
consequentemente influenciando os rumos da política educacional.
b) Na Constituição Federal de 1934, evidencia-se o ideal de
educação para todos como resultado da luta pela instituição da educação
como direito público e de responsabilidade do Estado. O Estado Novo (1937-
1945) vai ser influenciado pelas disposições previstas na Constituição de 34.
Observa-se ainda que a política educacional desse período reflete as tensões
e contradições que estavam presentes na sociedade brasileira;
c) Com a Constituição Federal de 1946 ocorreram discussões em
torno da educação brasileira, destacando-se a necessidade de elaboração de
uma Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional. Todavia, a LBD só
será aprovada em 1961, na forma da Lei nº 4.021/61.
d) Em 1971, surge outra Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, a Lei nº 5692/71. Essa “nova Lei” visava atender à demanda do
processo produtivo que incitava o país a repensar novas tarefas para a
Educação Nacional. Os legisladores da época insistiam que os jovens pobres
poderiam buscar qualificação profissional e contentarem-se com a formação
de ensino médio; os antigos cursos primário e ginasial foram substituídos pelo
ensino de 1º e 2º graus.
31
e) A partir de 1988, o Brasil ingressa em um período de transição
política que resulta na elaboração de uma nova Constituição Federal, a de
1988. Esta nova Constituição possibilitou o surgimento de uma nova Lei de
Diretrizes e Bases da Educação nacional, a Lei nº 9394/96.
Fábio Konder Comparato observa que a Constituição de 1934 estabelecia o ensino
gratuito para todos nas escolas primárias, enquanto a Constituição de 1967
retrocede a uma situação anterior à de 1934 e, por vezes, acentua a privatização do
ensino (COMPARATO, 1987, p. 111).
Bárbara Freitag lembra que ao nível da legislação, as iniciativas
governamentais de maior destaque na área educacional no período de 1964 a 1975
encontram-se:
a) Na nova Constituição de 1967, ainda promulgada no Governo
Castelo Branco;
b) Na Lei 5.540 da reforma do ensino superior em 1968;
c) Na institucionalização do MOBRAL com os Decretos-lei 5.379 (de
1967), 62.4848 e, finalmente, a legislação de financiamento do
Movimento em 1970;
d) Na lei 5.692 de reforma do ensino de 1º e 2º graus de 1971;
e) No Decreto-lei 71.737 que verdadeiramente institucionaliza o
“ensino supletivo” previsto na lei 5.692 nos parágrafos 81, 91, 99.
(FREITAG, 1980, p. 80).
33
cotidiana, nas ações, intervenções e interações com os demais
sistemas de ensino.
2 - Participar do esforço nacional comprometido com a qualidade
social da educação brasileira, cujo foco incide na escola da
diversidade, na e para a diversidade, tendo o PNE e o PDE como
instrumentos de conquista dessa prioridade.
3 - Articular e Integrar num diálogo permanente, as Câmaras de
educação básica e de educação superior, correspondendo às
exigências de um Sistema Nacional de Educação que, ultrapasse
barreiras burocráticas, mediante prática orgânica e unitária. As
câmaras devem intensificar o dialogo entre si. Não há subordinação
entre elas, pois representam níveis de ensino de um único sistema
nacional de educação. Estrategicamente, a articulação e integração
CES e CEB possibilita aperfeiçoar as leituras das diferentes etapas
do processo de escolarização, aproximando as câmaras, constituindo
um todo orgânico, que se exerce no Conselho Pleno e,
consequentemente, um verdadeiro Conselho Nacional de Educação.
4 - Consolidar a estrutura e diversificar o funcionamento do CNE.
Não queremos que ele responda apenas às demandas, mas que se
constitua em espaço de fortalecimento de suas relações com os
demais sistemas de ensino e com os segmentos sociais, espaço de
estudos para as comissões bicamerais, audiências públicas, fóruns
de debates, sempre cuidando da dotação de infraestrutura material
necessária e do quadro de pessoal próprio.
5 - Instaurar um diálogo efetivo, articulado e solidário, com todos os
sistemas de ensino (em nível federal, estadual e municipal), em
compromisso com a Política Nacional de Educação, em regime de
colaboração e de cooperação. Talvez este se constitua no desafio
maior para o CNE.
Fonte: http://portal.mec.gov.br/index.
1
Sobre este aspecto estudaremos mais adiante, nas unidades III e IV deste livro.
34
Trata-se de um processo relativamente longo no qual muitas discussões
foram estabelecidas antes e depois de sua promulgação.
35
trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando
houver; (Redação dada pela Lei nº 13.415, de 2017)
II - a classificação em qualquer série ou etapa, exceto a primeira do ensino
fundamental, pode ser feita:
a) por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série ou fase
anterior, na própria escola;
b) por transferência, para candidatos procedentes de outras escolas;
c) independentemente de escolarização anterior, mediante avaliação feita pela
escola, que defina o grau de desenvolvimento e experiência do candidato e permita
sua inscrição na série ou etapa adequada, conforme regulamentação do respectivo
sistema de ensino;
III - nos estabelecimentos que adotam a progressão regular por série, o regimento
escolar pode admitir formas de progressão parcial, desde que preservada a
sequência do currículo, observadas as normas do respectivo sistema de ensino;
IV - poderão organizar-se classes, ou turmas, com alunos de séries distintas, com
níveis equivalentes de adiantamento na matéria, para o ensino de línguas
estrangeiras, artes, ou outros componentes curriculares;
V - a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios:
a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período
sobre os de eventuais provas finais;
b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar;
c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do
aprendizado;
d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito;
e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período
letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas
instituições de ensino em seus regimentos;
VI - o controle de frequência fica a cargo da escola, conforme o disposto no seu
regimento e nas normas do respectivo sistema de ensino, exigida a frequência
mínima de setenta e cinco por cento do total de horas letivas para aprovação;
36
VII - cabe a cada instituição de ensino expedir históricos escolares, declarações de
conclusão de série e diplomas ou certificados de conclusão de cursos, com as
especificações cabíveis.
De acordo Cury (2008), a educação básica é um conceito que está para além da
inovação, sobretudo se lembrarmos de que o Brasil é um país, cujo histórico elitista
e seletivo, que negou por séculos o direito ao conhecimento pela ação escolar ao
grosso de seus cidadãos.
“Resulta daí que a educação infantil é a raiz da educação básica, o ensino
fundamental é o seu tronco e o ensino médio é seu acabamento. É dessa visão
holística de ‘base’, ‘básica’, que se pode ter uma visão consequente das partes”
(CURY, 2008, p. 295).
Relação de Leis e decretos educacionais a partir de 1996.
LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional) Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
LEI Nº 9.424, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1996 (Lei do Fundef) Dispõe sobre o
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização
do Magistério, na forma prevista no art. 60, § 7º, do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias, e dá outras providências.
63 LEI Nº 9.766, DE 18 DE DEZEMBRO DE 1998 Altera a legislação que rege o
salário-educação, e dá outras providências.
LEI Nº 11.096, DE 13 DE JANEIRO DE 2005 (Lei do Prouni) Institui o Programa
Universidade para Todos (Prouni), regula a atuação de entidades beneficentes de
assistência social no ensino superior; altera a Lei nº 10.891, de 9 de julho de 2004, e
dá outras providências.
LEI Nº 11.128, DE 28 DE JUNHO DE 2005 (Lei do Prouni) Dispõe sobre o Programa
Universidade para Todos (Prouni) e altera o inciso I do art. 2º da Lei nº 11.096, de 13
de janeiro de 2005.
LEI Nº 11.494, DE 20 DE JUNHO DE 2007 (Lei do Fundeb) Regulamenta o Fundo
de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos
Profissionais da Educação (Fundeb), de que trata o art. 6º do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias; altera a Lei nº 10.195, de 14 de fevereiro de 2001;
revoga dispositivos das Leis nos 9.424, de 24 de dezembro de 1996, 10.880, de 9 de
junho de 2004, e 10.845, de 5 de março de 2004; e dá outras providências.
37
LEI Nº 11.738, DE 16 DE JULHO DE 2008 (Lei do Piso Salarial) Regulamenta a
alínea e do inciso III do caput do art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias, para instituir o piso salarial profissional nacional para os profissionais
do magistério público da educação básica.
LEI Nº 11.788, DE 25 DE SETEMBRO DE 2008 (Nova Lei do Estágio) Dispõe sobre
o estágio de estudantes; altera a redação do art. 428 da Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e a Lei
nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996; revoga as Leis nos 6.494, de 7 de dezembro
de 1977, e 8.859, de 23 de março de 1994, o parágrafo único do art. 82 da Lei nº
9.394, de 20 de dezembro de 1996, e o art. 6º da Medida Provisória nº 2.164-41, de
24 de agosto de 2001; e dá outras providências.
LEI Nº 11.892, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2008 (Lei da Rede Federal de Educação
Profissional, Científica e Tecnológica) Institui a Rede Federal de Educação
Profissional, Científica e Tecnológica, cria os institutos federais de educação, ciência
e tecnologia, e dá outras providências.
LEI Nº 12.711, DE 29 DE AGOSTO DE 2012 (Lei de Cotas de Ingresso nas
Universidades) Dispõe sobre o ingresso nas universidades federais e nas
instituições federais de ensino técnico de nível médio e dá outras providências.
137 LEI Nº 13.005, DE 25 DE JUNHO DE 2014 (Lei do PNE) Aprova o Plano
Nacional de Educação (PNE) e dá outras providências. .
DECRETOS DECRETO Nº 3.276, DE 6 DE DEZEMBRO DE 1999 Dispõe sobre a
formação em nível superior de professores para atuar na educação básica, e dá
outras providências. .
187 DECRETO Nº 5.154, DE 23 DE JULHO DE 2004 Regulamenta o § 2º do art. 36
e os arts. 39 a 41 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as
diretrizes e bases da educação nacional, e dá outras providências.
DECRETO Nº 5.493, DE 18 DE JULHO DE 2005 Regulamenta o disposto na Lei nº
11.096, de 13 de janeiro de 2005.
DECRETO Nº 5.622, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2005 Regulamenta o art. 80 da Lei
nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da
educação nacional.
38
DECRETO Nº 5.773, DE 9 DE MAIO DE 2006 Dispõe sobre o exercício das funções
de regulação, supervisão e avaliação de instituições de educação superior e cursos
superiores de graduação e sequenciais no sistema federal de ensino.
DECRETO Nº 6.003, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2006 Regulamenta a arrecadação,
a fiscalização e a cobrança da contribuição social do salário-educação, a que se
referem o art. 212, § 5º, da Constituição, e as Leis nos 9.424, de 24 de dezembro de
1996, e 9.766, de 18 de dezembro de 1998, e dá outras providências.
242 DECRETO Nº 6.253, DE 13 DE NOVEMBRO DE 2007 Dispõe sobre o Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos
Profissionais da Educação (Fundeb), regulamenta a Lei nº 11.494, de 20 de junho de
2007, e dá outras providências.
DECRETO Nº 6.986, DE 20 DE OUTUBRO DE 2009 Regulamenta os arts. 11, 12 e
13 da Lei nº 11.892, de 29 de dezembro de 2008, que institui a Rede Federal de
Educação Profissional, Científica e Tecnológica e cria os institutos federais de
educação, ciência e tecnologia, para disciplinar o processo de escolha de dirigentes
no âmbito destes institutos.
Nº 7.022, DE 2 DE DEZEMBRO DE 2009 Estabelece medidas organizacionais de
caráter excepcional para dar suporte ao processo de implantação da Rede Federal
de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, criada pela Lei nº 11.892, de 29
de dezembro de 2008, e dá outras providências.
DECRETO Nº 7.611, DE 17 DE NOVEMBRO DE 2011 Dispõe sobre a educação
especial, o atendimento educacional especializado e dá outras providências.
DECRETO Nº 7.824, DE 11 DE OUTUBRO DE 2012 Regulamenta a Lei nº 12.711,
de 29 de agosto de 2012, que dispõe sobre o ingresso nas universidades federais e
nas instituições federais de ensino técnico de nível médio.
DECRETO Nº 8.142, DE 21 DE NOVEMBRO DE 2013 Altera o Decreto nº 5.773, de
9 de maio de 2006, que dispõe sobre o exercício das funções de regulação,
supervisão e avaliação de instituições de educação superior e cursos superiores de
graduação e sequenciais no sistema federal de ensino, e dá outras providências.
Fonte: CÂMARA DOS DEPUTADOS. Legislação brasileira sobre educação, 3.
ed., Brasília: Edições Câmara, 2015.
39
Quadro 3- Como ficou a LDB após a lei nº13.415, de 2017.
Capítulo II- Da Educação Básica
Seção I – Das Disposições Gerais
Art. 24 - § 1º - Carga horária mínima anual a partir de 02 de março de 2017, passa a ser de
1.000 horas, devendo ser ampliada para 1.400 horas, no prazo máximo de 5 anos.
Art. 26 – § 2º trata do Ensino de Artes:
O que tinha: O ensino da arte, especialmente em suas expressões regionais, constituirá
componente curricular obrigatório nos diversos níveis da educação básica, de forma a
promover o desenvolvimento cultural dos alunos. (Redação (Redação dada pela Lei nº12.287,
de 2010 ).
Na MP 746: O ensino da arte, especialmente em suas expressões regionais, constituirá
componente curricular obrigatório da educação infantil e do ensino fundamental, de forma a
promover o desenvolvimento cultural dos alunos.
Como ficou: O ensino da arte, especialmente em suas expressões regionais, constituirá
componente curricular obrigatório da educação básica. (Redação dada pela Lei nº13415, de
2017).
Art. 26 – § 3º trata da Educação Física:
O que tinha: A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente
curricular obrigatório da educação básica, sendo sua prática facultativa ao aluno: (redação
dada pela Lei nº10.793, de 2003 )
Na MP 746: A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente
curricular obrigatório, da educação infantil e do ensino fundamental, sendo sua prática
facultativa ao aluno:
Como ficou: A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente
curricular obrigatório da educação básica, sendo sua prática facultativa ao aluno: (Redação
dada pela Lei nº13.415, de 2017).
Art. 26 – § 5º trata das Línguas Estrangeiras:
O que tinha: Na parte diversificada do currículo será incluído, obrigatoriamente, a partir da
quinta série, o ensino de pelo menos uma língua estrangeira moderna, cuja escolha ficará a
cargo da comunidade escolar, dentro das estrangeira moderna, cuja escolha ficará a cargo da
comunidade escolar, dentro das possibilidades da instituição.
Na MP 746: No currículo do ensino fundamental, será ofertada a língua inglesa a partir do
sexto ano.
Como ficou: No currículo do ensino fundamental, a partir do sexto ano, será ofertada a língua
inglesa. (Redação dada pela Lei nº13.415, de 2017).
Art. 26 – § 7º - Trata temas transversais
O que tinha: Os currículos do ensino fundamental e médio devem incluir os princípios da
proteção e defesa civil e a educação ambiental de forma integrada aos conteúdos obrigatórios.
(Incluído pela Lei nº 12.608, de 2012)
Na MP 746: A Base Nacional Comum Curricular disporá sobre os temas transversais que
poderão ser incluídos nos currículos de que trata o caput.
Como ficou: A integralização curricular poderá incluir, a critério dos sistemas de ensino,
projetos e pesquisas envolvendo os temas transversais de que trata o caput. (Redação dada
pela Lei nº13.415, de 2017)
Art. 26 – Foi incluído § 10º que diz:
Na MP 746: A inclusão de novos componentes curriculares de caráter obrigatório na Base
Nacional Comum Curricular dependerá de aprovação do Conselho Nacional de Educação e de
homologação pelo Ministro de Estado da Educação, Educação, ouvidos o Conselho Nacional
de Secretários de Educação - Consed e a União Nacional de Dirigentes de Educação –
Undime.
Como ficou: A inclusão de novos componentes curriculares de caráter obrigatório na Base
Nacional Comum Curricular dependerá de aprovação do Conselho Nacional de Educação e de
homologação pelo Ministro de Estado da Educação. (Redação dada pela Lei nº13.415, de
2017).
Fonte:
https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/176068/Apresentacao_Reforma_Ensi
no_Medio.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em 12 de julho de 2018.
40
2.3 – A Educação e os Direitos Humanos.
41
O Eixo 5 do PNDH-3 trata da educação e da cultura em Direitos
Humanos e dialoga com o Plano Nacional de Educação em Direitos
Humanos (PNEDH) como referência para a política nacional de
Educação e Cultura em Direitos Humanos. O Plano Nacional de
Educação em Direitos Humanos (PNEDH) foi lançado em 2003 e
teve sua versão final em 2006. O PNEDH está respaldado em
documentos internacionais, notadamente no Programa Mundial de
Educação em Direitos Humanos (PMDH) e no seu plano de ação. A
Secretaria de Direitos Humanos, o Ministério da Educação e o
Ministério da Justiça assinam o PNEDH, que está constituído por
cinco eixos, a saber: educação básica; educação superior; educação
não formal; educação dos profissionais de Justiça e Segurança; e
educação e mídia. Em 2012, o Ministério da Educação aprova as
Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos
(DNEDH). As diretrizes estão em consonância com a Constituição
Federal de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(Lei nº 9.394/1996). As diretrizes têm como fundamento os seguintes
princípios: a dignidade humana; a igualdade de direitos; o
reconhecimento e a valorização das diferenças e das diversidades; a
laicidade do Estado; a democracia na educação; a transversalidade,
a vivência e a globalidade; e a sustentabilidade socioambiental
(BRASIL-SDH/PR, 2013, p. 7).
44
crítica dos direitos humanos, com a inclusão de atividades profissionalizantes,
artísticas, esportivas e de lazer para a população prisional;
21. Dar apoio técnico e financeiro às experiências de formação de estudantes como
agentes promotores de direitos humanos em uma perspectiva crítica;
22. Fomentar a criação de uma área específica de direitos humanos, com
funcionamento integrado, nas bibliotecas públicas;
23. Propor a edição de textos de referência e bibliografia comentada, revistas, gibis,
filmes e outros materiais multimídia em educação em direitos humanos;
24. Incentivar estudos e pesquisas sobre as violações dos direitos humanos no
sistema de ensino e outros temas relevantes para desenvolver uma cultura de paz e
cidadania;
25. Propor ações fundamentadas em princípios de convivência, para que se
construa uma escola livre de preconceitos, violência, abuso sexual, intimidação e
punição corporal, incluindo procedimentos para a resolução de conflitos e modos de
lidar com a violência e perseguições ou intimidações, por meio de processos
participativos e democráticos;
26. Apoiar ações de educação em direitos humanos relacionadas ao esporte e lazer,
com o objetivo de elevar os índices de participação da população, o compromisso
com a qualidade e a universalização do acesso às práticas do acervo popular e
erudito da cultura corporal;
27. Promover pesquisas, em âmbito nacional, envolvendo as secretarias estaduais
e municipais de educação, os conselhos estaduais, a UNDIME e o CONSED sobre
experiências de educação em direitos humanos na educação básica.
Resumo
Nesta unidade, você aprendeu a importância dos aspectos legais das políticas
educacionais e seus desdobramentos na formação profissional e acadêmica. Nesse
contexto, evidenciam-se os impactos ideológicos, por meio de embates e disputas
no processo de construção das políticas educacionais, a partir da Constituição de
1988; da nova LDB de 1996; do PNE 2014-2024, dentre outros. É de grande valia o
entendimento da relação entre educação e direitos humanos.
45
Atividades
46
Referências
47
SEVERINO, Antônio Joaquim, os embates da cidadania: ensaio de uma abordagem
filosófica da nova LDB. In: BRZEZINSKI, Iria. LDB dez anos depois: reinterpretação
sob diversos olhares, 3 ed., São Paulo: Cortez, 2010.
48