Você está na página 1de 138

Departamento de Ciências Humanas

Colegiado de Engenharia de Minas


Campus VI, Caetité-BA

Disciplina:
Geoprocessamento

Sistema de Informação Geográfica -

SIG
Prof. MSc.
Uldérico Rios Oliveira
Engenheiro Agrícola e Ambiental
Especialista em Geoprocessamento
Pós-graduado em Agricultura de Precisão
Mestre em Eng. Ambiental
Tópicos da aula/Conteudos:
• Utilização de dados;
• Dados geográficos

• O que é SIG?;

• Modelos de representação espacial;


• Vetorial, raster (matricial) e não gráfico

• Representação de dados;

• Banco de dados geográficos;


• SIG:
• Coleta, armazenamento, visualização, manipulação e Processamento.
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA - SIG

Sistemas que realizam o tratamento computacional de dados geográficos e recuperam


informações não apenas com base em suas características alfanuméricas, mas também através
de sua localização espacial; [...] as informações disponíveis sobre um determinado assunto
estão ao alcance do usuário, inter-relacionadas com base no que lhes é fundamentalmente
comum – a localização geográfica. (CÂMARA; QUEIROZ, 2012)
O que é SIG?
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA

Sistema de apoio à tomada de decisão que 1 - LOCALIZAÇÃO


permite responder questões relacionadas a: Onde estão as minas?

2 – TENDÊNCIA
Para onde se expande o crescimento/expansão das minas?

3 - CONDIÇÃO
O que está protegido como Área de Preservação Ambiental?

4 - ROTEAMENTO
Como está distribuída as extrações?

5 - PADRÕES
Qual o padrão para concentração de minério?

6 - MODELOS
O que acontecerá com determinada área a 50 anos com o uso inadequado?
SIG (GIS)

Sistema
• área composta de diversas especialidades e funções;
• envolve sistemas computacionais.

de Informações
• dados organizados, estruturados (banco de dados);
• que permite responder perguntas;
• Respostas a questões formuladas e Análise;
Geográficas
• As variáveis são espaciais;
• Coordenadas.
O que é SIG?
• Conceito ampliado de SISTEMA:

Programas

Equipamentos
Informações

Pessoas
Métodos
O que é SIG?

• Conceito mais usual: FERRAMENTA

• “Sistemas de informações construídos especialmente para armazenar,


analizar e manipular dados geográficos, ou seja, dados que
representam objetos e fenômenos em que a localização geográfica é
uma característica inerente e indispensável para tratá-los. Dados
geográficos são coletados a partir de diversas fonte e armazenados via
de regra nos chamados banco de dados geográficos.”

Câmara et al (1996)
REPRESENTAÇÃO DE DADOS

VETORIAL (individualizáveis):

+ + +
+ +
Pontos Linhas Polígonos
(Árvores) (Rios) (Vegetação)

MATRICIAL/RASTER (contínuo):

2 2 2 0 0 0 0
2 2 0 0 0 0 0
2 0 0 1 1 1 1
1 0 0 2 2 1 1
1 0 1 2 2 2 2
1 0 1 1 2 2 2
0 0 1 1 2 2 2
Modelos de representação espacial
NÃO GRÁFICO:

CODIGO NOME ENDEREÇO TELEFONE CIDADE


1010 JOSÉ DA SILVA RUA DA PAZ, 32 334-7676 SALVADOR
1029 ANTÔNIO JOSÉ DA SILVA RUA DO CÉU, 10 276-2939 SALVADOR
1050 MARIA DO CARMO ABREU AVN GUATEMALA, 123 237-1010 SALVADOR
1051 TELMA DE JESUS TRV DAS PALMAS, 1 346-0193 SALVADOR
1052 ORESTES DA COSTA AVN PARATINGA, 29 245-0101 SALVADOR
1053 FLAVIANA CASTRO RUA ALTA VISTA, 345 367-0987 SALVADOR
1070 MARCUS VINÍCIOS SOUZA TRV RIO LARGO, 99 345-0101 SALVADOR
1071 CARLA MARTINS RUA DO CÉU, 25 276-9090 SALVADOR
Modelos de representação espacial
Universo de representação:
Modelos de representação espacial
MATRICIAL/RASTER (contínuo):

 Elementos básicos da
cartografia raster:
 Célula (Corresponde ao pixel =
Picture e Element) - menor
elemento num dispositivo de
exibição (como por exemplo um
monitor)
Modelos de representação espacial
• Representação matricial do ponto, linha e polígono
Modelos de representação espacial
• Na representação vetorial, consideram-se três elementos gráficos básicos: ponto,
linha (poligonal aberta) e área (polígono).

POLÍGONO LINHA PONTO


Estruturas de dados geográficos - vetorial

• Um ponto é um par ordenado (x, y) de coordenadas


espaciais.
PONTO
Estruturas de dados geográficos - vetorial

• As linhas poligonais, arcos, ou elementos lineares são


um conjunto de pontos conectados.
LINHA
Estruturas de dados geográficos - vetorial
• Um polígono é a região do plano limitada por uma ou
mais linha poligonais conectadas de tal forma que o
último ponto de uma linha seja idêntico ao primeiro da
próxima.
POLÍGONO
Estruturas de dados geográficos - vetorial
Além das coordenadas, outros dados não-espaciais
(atributos) podem ser arquivados para indicar de que
tipo de ponto, linha ou polígono se está tratando.
Estruturas de dados geográficos - vetorial

POLÍGONO LINHA PONTO


Banco de dados geográficos
• Banco de dados (ou base de dados) é um conjunto de registros dispostos
em estrutura regular que possibilita a reorganização dos mesmos e
produção de informação.

• Banco de dados Geográficos é uma coleção estruturada de dados digitais


espaciais que tem como característica básica o fato de serem compostos
por duas componentes distintas: DADOS
DADOS

gráfica (dados cartográficos)


+
DADOS

não-gráfica (dados tabulares)


DADOS

(Antenucci et al, 1992) DADOS


Banco de dados geográficos

Dados gráficos Dados não-gráficos


Banco de dados geográficos
• Dados não gráficos – tabulares ou alfanuméricos

IDENTIFICADOR Atributo1 Atributo2 Atributo3


Cada linha (ou registro)
refere-se a uma feição (ou
objeto geográfico)

DADOS
DADOS

Cada coluna refere-se a um atributo, sendo


necessário sempre um atributo de ligação
correspondente ao registro gráfico (geocódigo) DADOS

Descreve características e qualidades das feições ou


fatos e fenômenos, sociais e naturais com DADOS
representação geográfica
DADOS
Banco de dados geográficos

Atributo de ligação ou geocódigo


Formatação dos dados tabulares
Formatação dos dados tabulares
Banco de dados geográficos

• Organização em Planos de Informação (Camadas, Layers)


Banco de dados geográficos
O espaço geográfico como referência de articulação entre
informações de fontes variadas

HIDROGRAFIA DADOS DEMOGRÁFICOS


RELEVO

USO DO SOLO
BANCO DE DADOS
GEOGRÁFICOS DE UMA
REGIÃO
SISTEMA VIÁRIO OUTROS DADOS
SIG
Demanda:

COLETA

Permite:

ARMAZENAMENTO, VISUALIZAÇÃO, MANIPULAÇÃO,


PROCESSAMENTO
Coleta
Armazenamento
Armazenamento
Visualização
Manipulação
Processamento
Projeto de implementação de um SIG
Algumas questões a serem respondidas:
• Qual a finalidade?

• Quais os usuários e níveis de acesso?

• Onde estão esses usuários?

• Qual necessidade de atualização dos dados?

• Qual a escala de análise e saída?

• Quais as fontes mais confiáveis?

• Qual o limite territorial?

• Qual sistema de projeção usar?

• Quanto recurso tenho para implementação? Quanto tempo?


Projeto de implementação de um SIG
• Pense simples, faça simples
•“menos” é “mais”
• Qualidade é mais importante que quantidade.
Referências
ANTENUCCI, J., BROWN, K., CROSWELL, P., KEVALY, M, ARCHER, H. Geographic Information System, a guide to Technology. Van Nostrand
Reinhold, New ork, 1992.
BURROUGH, Peter A. and Rachael A. McDonnell. Principles of Geographical Information Systems. Toronto: Oxford University Press,
1998.
CÂMARA, Gilberto; DAVIS, Clodoveu e MONTEIRO, Antônio Miguel Vieira (orgs.). Introdução à Ciência da Geoinformação. Disponível em
<http://www.dpi.inpe.br/gilberto/livro/introd/> Acessado em: janeiro de 2010.
CENTENO, Jorge Antônio Silva ; MITISHITA, E. A. . Laser scanner aerotransportado no estudo de áreas urbanas: A experiência da UFPR.
In: XIII Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, 2007, Florianópolis. Anais XIII Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto,
Florianópolis, Brasil, 21-26 abril 2007, INPE, 2007.
IBGE. Banco de metadados. Disponível em:
http://www.metadados.geo.ibge.gov.br/geonetwork/srv/br/metadata.show?id=1582&currTab=simple Acessado em: outubro de
2010.
INPE. Capítulo 1 - Introdução a sig e modelagem de dados - Apostila retirada do CD do software SPRING versão 3.5 do Instituto Nacional
de Pesquisas Espaciais (INPE).
JONES, Christopher. 1997. Geographical Information Systems and Computer Cartography. Edinburgh Gate,.Ingleterra: Addison Wesley
Longman Limited,
MIRANDA, José Iguelmar. Fundamentos de Sistemas de Informações Geográficas. Brasília: EMBRAPA,2005.
NAMIKAWA, L. M. Um método de ajuste de superfície para grades triangulares considerandolinhas características. (Dissertação de
Mestrado em Computação Aplicada) – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, São José dos Campos, SP, Brasil, 1995.
NOGUEIRA, Ruth E. Cartografia: epresentação Comunicação e visualização de dados espaciais. Florianópolis: Editora da UFSC, 2009.
PINHO, M. S. e KIRNER, C. Primitivas gráficas. 21 de Novembro de 2010. Disponível em: http://www.htmlstaff.org/ver.php?id=972 ,
acessado em 25 de novembro de 2010
Geoprocessamento
&
Georreferenciamento

Prof. MSc. Uldérico Rios Oliveira


Engenheiro Agrícola e Ambiental
Especialista em Geoprocessamento
Mestre em Eng. Ambiental

Obrigado!
Departamento de Ciências Humanas
Colegiado de Engenharia de Minas
Campus VI, Caetité-BA
Disciplina: Geoprocessamento

Aula 09 e 10:
Fotogrametria
Sensoriamento Remoto
Prof. MSc. Uldérico Rios Oliveira
Engenheiro Agrícola e Ambiental
Pós-graduando em Agricultura de Precisão
Especialista em Geoprocessamento
Mestre em Eng. Ambiental
FOTOGRAMETRIA

SENSORIAMENTO REMOTO
Conceitos Fundamentais
Conceitos Fundamentais
Conceitos Fundamentais
Conceitos Fundamentais
FOTOGRAMETRIA

7
FOTOGRAMETRIA

“Fotogrametria é a ciência aplicada que se propõe a registrar, por meio de fotografias métricas, imagens de
objetos que poderão ser medidos e interpretados” (FAGUNDES; TAVARES, 1991)

8
FOTOGRAMETRIA

O uso adequado e eficiente de fotografias aéreas pode aumentar


materialmente o rendimento e a eficiência das operações de:
 planejamento agrícola;
 planejamento das bacias de drenagem;
 mapeamento de solos;
 manejo e uso de florestas;
 pesquisa geológica;
 ou qualquer outra fase técnica do trabalho de Conservação Ambiental;
 atualização cartográfica.

9
FOTOGRAMETRIA

 A fotografia aérea é o resultado de um grande número especificações, normas e cuidados


relativos:

a) do avião ou outro voo em si;

b) à Câmera e à lente;

c) ao filme;

d) às condições atmosféricas.

10
FOTOGRAMETRIA

 a) O avião
– manter-se, durante o vôo fotográfico, na mesma altura relativa,
–seguir direção reta e uma velocidade uniforme.

 b) A Câmera
– orientada no sentido de que o eixo ótico permaneça vertical
– disparos uniformes.

 c) O Filme
- deve possuir estabilidade dimensional.

 d) O tempo (clima)
- deve apresentar as melhores condições de vôo fotográfico, sobretudo no que diz respeito à presença
ventos e nuvens.

11
FOTOGRAMETRIA

Métrica Interpretativa

Aérea Terrestre

12
FOTOGRAMETRIA

 Fotogrametria MÉTRICA, que envolve trabalho quantitativo, como a


determinação da posição de pontos do terreno, determinação de distâncias, de
diferenças de nível, áreas, volumes.

 Fotogrametria INTERPRETATIVA, em que as imagens são analisadas


qualitativamente, com vista à identificação de objetos.

13
FOTOGRAMETRIA

A aerofotogrametria é uma técnica que tem como objetivo elaborar mapas mediante
fotografias aéreas tomadas com câmaras aerotransportadas (eixo ótico posicionado na
vertical), utilizando-se aparelhos e métodos estereoscópicos.

14
FOTOGRAMETRIA

15
FOTOGRAMETRIA

Cobertura Aerofotogramétrica

16
FOTOGRAMETRIA

Os principais componentes de uma câmera métrica aérea analógica são:

17
FOTOGRAMETRIA

18
FOTOGRAMETRIA

Plataformas

19
SENSORIAMENTO REMOTO

20
Sensoriamento Remoto (SR)
Introdução:
Sensores Remoto

(Novo, 2008)

21
Sensoriamento Remoto (SR)
Introdução:

(Novo, 2008)

22
Sensoriamento Remoto (SR)
Introdução:

 O SR evoluiu da Fotogrametria, que passou a ser um campo


específico deste.

(MOREIRA, 2005)

23
Sensoriamento Remoto (SR)
Introdução:

• É a utilização de sensores para a aquisição de informações


sobre objetos ou fenômenos sem que haja contato direto entre eles
(Novo, 2008).

• Os sensores são equipamentos capazes de coletar energia


proveniente de objeto, convertê-la em sinal passível de ser
registrado e apresentá-lo em forma adequada à extração de
informações (Novo, 2008).

24
Sensoriamento Remoto (SR)
Introdução:

• Existem várias séries de satélites de SR em operação, entre eles podemos


citar: Amazônia 1, LANDSAT, SPOT, CBERS, IKONOS, QUICKBIRD e NOAA.

• Os satélites das seis primeiras séries são destinados ao monitoramento e


levantamento dos recursos naturais terrestres, enquanto que os satélites
NOAA fazem parte dos satélites meteorológicos, destinados principalmente
aos estudos climáticos e atmosféricos, mas são também utilizados no SR.

25
Sensoriamento Remoto (SR)

26
Fonte: http://www.inpe.br/amazonia1/en/
Princípios Físicos do Sensoriamento Remoto

Princípios Físicos do SR
REM

(MOREIRA, 2005)

27
Radiação Eletromagnética - REM

Interação da Energia com a Terra

Os objetos da superfície terrestre como a vegetação, a água


e o solo refletem, absorvem e transmitem radiação
eletromagnética em diferentes proporções (MENESES,
2001).

28
Radiação Eletromagnética - REM

• O espectro eletromagnético é dividido em regiões onde o


componente comprimento de onda possui características
similares. O espectro eletromagnético se estende da região dos
raios gama(γ) às microondas.

(JENSEN, 2009)
29
Comportamento espectral dos alvos terrestres

(JENSEN, 2009)
30
Sensores Ativos e Passivos

(A) (B)

Esquema de um sensor passivo (A) e ativo (B)

Sensor passivo: detectam a radiação solar refletida ou a radiação emitida


pelos objetos.
Sensor ativo: produzem sua própria radiação. (MOREIRA, 2005)

31
Sensores Ativos e Passivos

• Hoje estima-se que existem mais de 5.000 satélites orbitando a Terra.

32
Sensores Ativos e Passivos

• Militares (Ex.: GPS/GNSS)

• Científicos

• Telecomunicações

• Metereológicos

• Recursos naturais  Sensoriamento Remoto.


(MOREIRA, 2005)

33
Sistemas Sensores
• Quanto as Características essenciais que determinam a escolha de uma
imagem:

34
Sistemas Sensores
• Quanto as características essenciais que determinam a escolha de uma
imagem:

35
Resolução Espacial

• É a capacidade de distinguir objetos no solo. Em geral,


admite-se que cada célula da imagem registrada (pixel)
represente essa medida.

Quanto menor é o tamanho do pixel, maior é a resolução espacial


e maior o número de pixels/m².
36
Resolução Espacial

37
Sistemas Sensores
• Quanto as características essenciais que determinam
a escolha de uma imagem:

38
Resolução Espectral
• É uma medida da largura das faixas espectrais do sistema
sensor.
• Diz respeito às faixas do espectro eletromagnético que ele é
capaz de captar.
• É a capacidade de registrar intervalos de bandas espectrais
mais estreitos.

39
Sistemas Sensores

• Quanto as características essenciais que determinam a escolha de uma


imagem:

40
Resolução Radiométrica

• É a capacidade de identificação das diferenças de


intensidade da REM.

• Resolução Radiométrica - capacidade de distinguir variações


no nível de energia refletida, emitida ou retroespalhada que
deixa a superfície do alvo.

• Quanto maior for a capacidade do sensor de distinguir


diferenças de intensidade do sinal, maior será sua resolução
radiométrica.

41
Resolução Radiométrica
 A intensidade da REM em um sensor com resolução de n bits será registrada em valores
que vão de 1 a x (representados nas imagens de cada banda em níveis de cinza).

42
Resolução Radiométrica

43
Resolução Radiométrica

44
Sistemas Sensores
• Quanto as características essenciais que determinam a escolha de uma
imagem:

(NOVO, 2010)

45
Resolução Temporal

• É o intervalo de tempo entre duas visitas de um


sensor a um determinado local (tempo de
revisita).

Órbita do satélite -
CBERS

(NOVO, 2010)
46
Resolução Temporal

• A frequência com que a superfície terrestre é observada ou imageada é


uma característica importante das imagens.

• Os satélites de SR orbitam ao redor da Terra em órbitas quase polar, ou


seja, de um polo a outro a uma distância da superfície terrestre em torno
de 800 km, conforme o satélite CBERS. Através da combinação
sincronizada da velocidade do satélite com a rotação da Terra é possível
recobrir todo planeta após um certo número de dias.

(NOVO, 2010)

47
Resolução Temporal
ANÁLISE TEMPORAL DA COBERTURA DA TERRA

(OLIVEIRA, 2019)

48
Resolução Temporal

DEPOIS

49
Composição da Imagem de Satélite
LANDSAT 5

(JENSEN, 2009)

50
Aquisição de Imagens

http://www.dgi.inpe.br/CDSR/

51
Aquisição de Imagens

http://www.dgi.inpe.br/CDSR/
52
Aquisição de Imagens

http://www.dgi.inpe.br/CDSR/
53
Aquisição de Imagens

https://earthexplorer.usgs.gov/
54
Aplicações do SR:
• Acompanhamento do uso agrícola das terras;
• Apoio ao monitoramento de áreas de preservação;
• Atividades energético-mineradoras;
• Cartografia e atualização de mapas;
• Desmatamentos;
• Detecção de invasões em áreas indígenas;
• Dinâmica de urbanização;
• Monitoramento da cobertura vegetal;
• Queimadas Secas e inundações ;
• Sedimentos em suspensão nos rios e estuários;
• Fiscalização governamental;
• Empreendimentos mobiliários;
• Projetos de expansão urbana;
• Planejamento viário;
• Mapas rodoviários;
• Ensino e pesquisa;
55
• Turismo.
SRTM

Aula Pratica Prática 56


Profª Fabíola Andrade
SRTM
Como o Google “sabe” o Relevo de Toda a Terra?

57
SRTM

58
SRTM SRTM
CONCEITO
 Dados de radar obtidos através do projeto SRTM - Shuttle Radar Topography Mission.

 Parceria das agências espaciais dos Estados Unidos (NASA e NIMA), Alemanha (DLR) e Itália
(ASI), que em fevereiro de 2000, mapeou o relevo da área continental da Terra, entre 60º de
latitude norte e 54º de latitude sul, o que corresponde a aproximadamente 80% das áreas emersas
do planeta.

 Propriedade intelectual da USGS – United States Geological Survey.

59
SRTM SRTM
CARACTERÍSTICAS

 Os dados apresentam aproximadamente 90m de resolução espacial. O produto final possui


precisão vertical global de ±16 m e horizontal de ±20 m. Para a América do Sul, a precisão
vertical é de 6,2m e a horizontal de 9,0m.

 O produto é georreferenciado ao datum WGS84 em coordenadas geográficas decimais e


pode ser obtido via Internet. No território brasileiro são processados pela Embrapa e estão
disponíveis segundo a articulação das folhas topográficas em escala 1:250.000, no site:
http://www.relevobr.cnpm.embrapa.br/download/

60
SRTM SRTM
APLICABILIDADE
 A Embrapa Monitoramento por Satélite desenvolveu metodologia para gerar um produto de
grande interesse para a sociedade brasileira. A base são os dados numéricos de relevo e da
topografia do Brasil obtidos por SRTM.

 Para cada área de 90 metros por 90 metros do território nacional, dispõe-se de uma medida
altimétrica precisa. Esse arquivo de base foi recuperado e tratado matematicamente através de
modelos que permitem reconstituir o relevo do país, como nas cartas topográficas, só que de
forma digital e homogênea.

61
SRTM SRTM
APLICABILIDADE

 Do ponto de vista prático, graças aos métodos e procedimentos desenvolvidos pela Embrapa, esta
tecnologia apresenta diversos exemplos de aplicações para o desenvolvimento sustentável da
agricultura e do país.

 Destacam-se: programas de manejo de bacias hidrográficas, eletrificação rural, conservação


de solos, preservação de recursos florestais, cumprimento do código de florestal, gestão dos
recursos hídricos, planejamento territorial, implantação de estradas rurais, melhoria da
cartografia topográfica disponível (principalmente na Amazônia), zoneamento ecológico –
econômico.

 http://labgeo.blogspot.com.br/2007/08/aplicacoes-dos-dados-srtm.html
62
PRÁTICA

63
Profª Fabíola Andrade
COMO EXTRAIR CURVA DE NÍVEL COM SRTM?

PASSO A PASSO

 Efetuar download da base de dados desejada:


http://www.relevobr.cnpm.embrapa.br/download/

64
COMO EXTRAIR CURVA DE NÍVEL COM SRTM?

PASSO A PASSO

 Efetuar download da base de dados desejada:


https://www.cnpm.embrapa.br/projetos/relevobr/download/ba/ba.htm

65
COMO EXTRAIR CURVA DE NÍVEL COM SRTM?

PASSO A PASSO

 Adicionar camada raster no QGIS

66
COMO EXTRAIR CURVA DE NÍVEL COM SRTM?
PASSO A PASSO

 Acessar o menu Raster > Extração > Contorno

67
COMO EXTRAIR CURVA DE NÍVEL COM SRTM?
PASSO A PASSO
 Indicar nome dos arquivos de entrada e saída e parâmetros:

OBS: O intervalo entre


linhas de contorno
define a distância entre
as curvas. Devido à
resolução do produto,
recomenda-se maior
que 10 metros.

68
COMO EXTRAIR CURVA DE NÍVEL COM SRTM?

PASSO A PASSO

 Resultado final:

69
Referências:
 FLORENZANO, T. G. Imagens de satélite para estudos ambientais. São Paulo: Oficina de
Textos, 2002.

 JENSEN, J. R. Sensoriamento remoto do ambiente: uma perspectiva em recursos


naturais. São José dos Campos, SP: Parêntese, 2009.

 NOVO, E. M. L. M. Sensoriamento remoto: princípios e aplicações. 3 ed. São Paulo:


Blucher, 2008.

 NOVO, E. M. L. M. Sensoriamento remoto: princípios e aplicações. 4 ed. São Paulo:


Blucher, 2010.

 MENESES, P. R.; MADEIRA NETTO, J. da S. (Orgs.). Sensoriamento Remoto:


Reflectância dos Alvos Naturais Naturais. Brasília Brasília: UnB; Planaltina Planaltina:
Embrapa Embrapa Cerrados, Cerrados, 2001. p.203-222.

 MOREIRA, M. A. Fundamentos de sensoriamento remoto e metodologias de aplicação. 3


ed. Viçosa: Ed. UFV, 2005.

70
Departamento de Ciências Humanas
Colegiado de Engenharia de Minas
Campus VI, Caetité-BA
Disciplina: Geoprocessamento

OBRIGADO!
Prof. MSc. Uldérico Rios Oliveira
Engenheiro Agrícola e Ambiental
Pós-graduando em Agricultura de Precisão
Especialista em Geoprocessamento
Mestre em Eng. Ambiental
Departamento de Ciências Humanas
Colegiado de Engenharia de Minas
Campus VI, Caetité-BA
Disciplina: Geoprocessamento

Aula 08:
Sistemas de Posicionamento e Orientação
GNSS/GPS

Prof. MSc. Uldérico Rios Oliveira


Engenheiro Agrícola e Ambiental
Pós-graduando em Agricultura de Precisão
Especialista em Geoprocessamento
Mestre em Eng. Ambiental
TÓPICOS DA AULA / CONTEÚDO:
• O Sistema GNSS;

• O Que é GPS;

• Características dos Sinais GPS;

• Características do Sistema GPS;


Segmento Espacial;
Segmento de Controle;
Segmento de Usuários;

• Tipos de Receptores GPS;


Navegação;
Topográfico;
Geodésico;

• Como Funciona o GPS;

• Aplicações do GNSS.
O SISTEMA GNSS
• A sigla GNSS vem de Global Navigation Satellite System, ou
seja Sistema Global de Navegação por Satélites.

• Além de navegação também é um sistema de posicionamento


(determinação de coordenadas locais).
O SISTEMA GNSS

• A finalidade do sistema é garantir melhoria na geometria da


constelação de satélites, disponibilidade para todas as regiões
do globo terrestre, integridade e confiança aos usuários.
O SISTEMA GNSS
• União dos sistemas de posicionamento, com o objetivo de aprimorar e unificar o
posicionamento global.

NAVSTAR-GPS: GLONASS:
Controle militar; Similar GPS;
Sistema unificado; Rússia;
USA em operação. Em operação.
1978 1982

GNSS NNSS-TRANSIT:
marinha USA;
Desativado.

GALILEO:
BEIDOU: EU;
China; Controle civil;
Geoestacionário; Em desenvolvimento;
Em operação. Em operação.
2007 2005 (BRANDÃO, 2007; MONICO, 2008)
AS CONSTELAÇÕES

FOC = Full Operational Capability


O QUE É GPS?
O QUE É GPS?
NAVSTAR-GPS (NAVigation System with Time And Ranging Global
Positioning System). “Estrela de Navegação”.

• É um sistema de radionavegação baseado em satélites;

• Desenvolvido e controlado pelo Departamento de Defesa dos


Estados Unidos da América - DoD;

• Permite que qualquer usuário saber a sua localização,


velocidade e tempo, 24 horas por dia.

(MONICO, 2008)
CARACTERÍSTICAS DOS SINAIS GPS
• Todos os satélites da constelação GPS transmitem sinais em duas frequências da banda
L, denominadas L1 e L2, que são obtidas a partir da frequência fundamental (fo) de
10,23 MHz multiplicada por 154 e 120 para gerar as portadoras. Portanto, as frequências (L)
e os comprimentos de onda (λ) resultantes são:

• L1 = 10,23 MHZ x 154 = 1.575,42 MHz, com λ ≈ 19 cm


• L2 = 10,23 MHZ x 120 = 1.227,60 MHz, com λ ≈ 24 cm
CARACTERÍSTICAS SISTEM GPS

O sistema GPS é dividido em três segmentos principais:

• 1. O segmento espacial, constituído pelos satélites que


transmitem os sinais usados no posicionamento GPS;

• 2. O segmento de controle, que é responsável pela


manutenção do sistema;

• 3. O segmento de usuários, contendo todas as aplicações e


tipos de receptores.
CARACTERÍSTICAS SISTEM GPS

SEGMENTO ESPACIAL

• 24 satélites na constelação final + 3 reservas;


• 6 planos com inclinação 55°;
• Em cada plano 4 satélites;

Órbita
• 20.183 km (12.545 milhas);
• Período aprox. 12 horas;
• Cobertura global.

(MONICO, 2008)
CARACTERÍSTICAS SISTEM GPS
SEGMENTO DE CONTROLE E MONITORAMENTO

Estações de rastreamento com a função de monitorar e


controlar o sistema de satélites: computando os dados
orbitais, corrigindo o relógio, atualizando mensagens
de navegação...

Monitoramento

Controle
CARACTERÍSTICAS SISTEM GPS
SEGMENTO DO USUÁRIO
• Diretamente associado aos receptores.
TIPOS DE RECEPTORES GPS
NAVEGAÇÃO

• Os receptores que rastreiam apenas o código C/A são tipicamente os receptores de mão
utilizados para navegação em geral, atividades de lazer e levantamentos aproximados.

• Os receptores que utilizam código P são de uso exclusivo militar da Defesa Americana e
não estão disponíveis aos usuários comuns.

Imagens: (http://www.embratop.com.br/produtos/locacao/receptores-gps-gnss-locacao/)
TIPOS DE RECEPTORES GPS
TOPOGRÁFICO

• Os receptores que utiliza, código C/A e portadora L1 (Monofrequência ou frequência


simples) ou as duas portadoras L1 e L2 juntas, são utilizados em Levantamentos
Topográficos que adotam métodos relativos, bem como, na coleta de feições com
atributos temáticos para alimentar Sistemas De Informações Geográficas (SIG).
Estes possuem precisão típica de 1ppm (se observam somente L1, a base deve ser
até 30km).

Imagens: (http://www.embratop.com.br/produtos/locacao/receptores-gps-gnss-locacao/)
TIPOS DE RECEPTORES GPS
GEODÉSICO

• Os receptores que empregam código C/A, código P e as duas portadoras L1 e L2 (dupla-


frequência) conjuntamente são chamados geodésicos e possuem o melhor desempenho e
precisão.

Imagens: (http://www.embratop.com.br/produtos/locacao/receptores-gps-gnss-locacao/)
COMO FUNCIONA O GPS

Os fundamentos básicos do GPS baseiam-se na determinação da distância entre um ponto, o


receptor, a outros de referência e os satélites.

• Na realidade, são necessários no mínimo 4 satélites para determinar a posição corretamente.


POSICIONAMENTO

Existem dois modos fundamentais de posicionamento com o GPS:

• Posicionamento absoluto;
• Quando as coordenadas estão associadas diretamente ao geocentro.

• Posicionamento relativo e diferencial.


• O caso em que as coordenadas são determinadas com relação a um referencial
materializado por um ou mais vértices com coordenadas conhecidas.
POSICIONAMENTO ABSOLUTO
• Posicionamento isolado ou posicionamento autônomo;

• Precisão posicional:

+/- 10m (planimétrico) e


+/- 15m (altimétrico).

• Mais usado para relatório técnico inicial, levantamento de campo expedito para fins
de planejamento, etc.

Imagens: (http://www.embratop.com.br/produtos/locacao/receptores-gps-gnss-locacao/)
POSICIONAMENTO RELATIVO

• Precisão posicional:

• métrico (+/- 1 a 3m) processamento pelo código;

• centímetro (+/- 0,5 a 50cm) processamento pela fase da


portadora L1 (monofrequência);

• milimétrico (0,1 a 10mm) processamento pela dupla fase das


portadoras L1/L2 (duplafrequência);
POSICIONAMENTO RELATIVO

• Observações simultâneas dos mesmos


satélites a partir de duas ou mais
estações.

• Uma estação de referência deve ser


fixa e instalada em um ponto de
posição conhecida.

• Observações são geralmente tratadas


posteriormente (pós-processamento).
• Hoje temos o RTK que realiza a correção do
sinal GNSS em tempo real.

• O vetor GPS, de modo geral, produz


uma precisão excelente.
POSICIONAMENTO RELATIVO
POSICIONAMENTO RELATIVO
• O RTK (Real Time Kinematic) é o sistema de correção mais utilizado atualmente, e pode ser
considerado um avanço do sistema DGPS. Isso porque se trata de um sistema de correção do sinal
GNSS em tempo real, ou seja, que não necessita pós-processamento.
• o sistema RTK trabalha apenas com a fase da portadora em dois receptores, podendo chegar a
medições com acurácia de menos de um centímetro.
POSICIONAMENTO RELATIVO
APLICAÇÕES DO GNSS/GPS

O sistema de GPS é hoje o principal meio para realizar as medições necessárias no


planejamento de uma mina. Além disso, por ser um sistema que não tem sua
funcionalidade afetada por qualquer condição climática habitual, decerto, é
garantido o elevado índice de acerto nos cálculos de localização e distâncias.

https://www.minasjr.com.br/importancia-gps-mineracao/#:~:text=O%20sistema%20de%20GPS%20%C3%A9,c%C3%A1lculos%20de%20localiza%C3%A7%C3%A3o%20e%20dist%C3%A2ncias.
APLICAÇÕES DO GNSS/GPS
Já imaginou minas autônomas, sem operadores, sem riscos e com alta produtividade? É
esse conceito que está sendo implantando hoje na mina de Brucutu, em Minas Gerais.
Essa mina, da Vale, tem como principal objetivo se tornar a primeira mina autônoma por
completo do Brasil. Com o intuito de ser um exemplo de sucesso de implantação do
sistema de automação industrial na mineração no Brasil. Parece ficção cientifica quando
vemos as máquinas tão rapidamente tomando espaço no mercado de gigantes não é
mesmo?

https://www.minasjr.com.br/minas-autonomas-entenda-seu-funcionamento/
APLICAÇÕES DO GNSS/GPS
O que são as minas autônomas e como elas funcionam?

https://www.minasjr.com.br/minas-autonomas-entenda-seu-funcionamento/
APLICAÇÕES DO GNSS/GPS
O que são as minas autônomas e como elas funcionam?
E os operadores dessas minas, o que acontece com eles?

https://www.minasjr.com.br/minas-autonomas-entenda-seu-funcionamento/
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
BERNARDI, J.V.E.; LANDIM, P.M.B. (2002) Aplicação do Sistema de Posicionamento Global (GPS) na coleta de dados. DGA,IGCE,UNESP/Rio Claro,
Lab. Geomatemática, Texto Didático 10, 31 pp. Disponível em <http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/textodi.html>. Acesso em: 14 – jul. – 2014.
BLITZKOW, Denizar; FONSECA Jr., Edvaldo Simões da; CINTRA, Jorge Pimentel; PACILÉO Neto, Nicola. Material Didático da disciplina Informações
Espaciais. São Paulo: PTR/EP/USP, 2005.
BLITZKOW, D. (2002) Sistema de Posicionamento Global (GPS). Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Disponível em:
<http://sites.poli.usp.br/ptr/ptr/site-ant/FTP01/DGPS2201-02B.pdf>. Acesso em: 14 – jul. – 2014.
BRANDÃO, A. Geoprocessamento (Material didático). Escola Politécnica, UFBA, 2007. Acessivel em www.geodesia.ufba.br
CARVALHO, E.A.; ARAÚJO, P.C. (2009) Leituras cartográficas e interpretações estatísticas II. EDUFRN. Natal, RN, v. 12, 244 p.
IBGE. Noções Básicas de Cartografia http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/cartografia/manua l_nocoes/indice.htm Acessado em janeiro de
2010.
MONICO, J. F. G. Posicionamento pelo GNSS: descrição, fundamentos e aplicações. São Paulo: ed.
UNESP. 2008. 480p.

TIMBÓ, Marcos A. Elementos de Cartografia. Departamento de Geografia/UFMG, 2001.


VEIGA, Luis Augusto Koenig; Zanetti, Maria Aparecida Z.; Faggion, Pedro Luis. Fundamentos de Topografia, 2007.
Departamento de Ciências Humanas
Colegiado de Engenharia de Minas
Campus VI, Caetité-BA
Disciplina: Geoprocessamento

Obrigado!
Prof. MSc. Uldérico Rios Oliveira
Engenheiro Agrícola e Ambiental
Pós-graduando em Agricultura de Precisão
Especialista em Geoprocessamento
Mestre em Eng. Ambiental

Você também pode gostar