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Profa. Dra.

Eromi Izabel Hummel


CURRÍCULO E INCLUSÃO DE ALUNOS COM
DEFICIÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR: RELFEXÕES
SOBRE A DOCÊNCIA UNIVERSITÁRIA

Rita de Cássia Barbosa Paiva Magalhães


Reflexões

O processo de inclusão de pessoas com deficiências no Ensino


Superior apresenta-se como um desafio par professores
universitários.

ACESSO X PERMANÊNCIA

(MAGALHÃES, 2013, p.49)


[...] a universidade é um espaço social onde as diferenças estão
presentes, também este lugar deve empreender ações objetivas que
visem dirimir os silêncios e as ausências destinadas ao alunado com
deficiência neste nível de ensino. Tais ações deve incitar a elaboração de
políticas públicas de respeito às diferenças e especificidades do alunado,
bem como ser capaz de programas de formação docente em nível inicial
e continuada que torne aptos os docentes a ações educativas menos
segregadoras e preconceituosas e mais respeitosas e inclusivas. Eis um
desafio que se impõe à atual universidade brasileiras.

(CARDOSO; MAGALHAES, 2009, p.6-7)


A construção de uma universidade inclusiva implica na necessidade de o professor
desenvolver processos de reflexão na e da prática docente, com vistas à
organização de estratégias de ensino e aprendizagem adequadas a todos os alunos,
inclusive os considerados deficientes.
Com isso, não estamos responsabilizando esse professor pelo sucesso ou fracasso
escolar de alunos com deficiência incluídos em sua sala de aula. Pontuamos que os
processos de ensino e aprendizagem desenvolvidos na sala de aula na universidade
podem colaborar, decisivamente, na democratização da escola, como instituição
social.

(MAGALHÃES, 2013, p.50)


As mudanças propostas à Universidade pela educação inclusiva são de cunho
teórico-prático e político visando:
- apresentar novas formas de conceber os atos de planejar, ensinar, aprender e
avaliar no ensino universitário;

- discutir as concepções sobre deficiência que circulam no meio universitário e que,


frequentemente, revelam desconhecimento, ou mesmo, preconceito com relação
às possibilidades de formação em Ensino Superior de pessoas com deficiência.

CURRÍCULO
Ponto de partida
(MAGALHÃES, 2013, p.51)
ADAPTAÇÃO CURRICULAR

Possibilita para o aluno com deficiência, seja temporária ou


permanente, viabilizando a flexibilização de uma prática
pedagógica que valorize o desenvolvimento dos potenciais desse
aluno.

(MAGALHÃES, 2013, p.51)


❖Escuta às necessidades e aspirações de seus alunos na busca da construção do
conhecimento;

❖ Organização pressupõe uma contínua construção de alternativas que


diversificam e ampliam as possibilidades de aprendizagem na sala de aula;

❖ Procedimento de ajuste paulatino das respostas educativas dos professores;

(MAGALHÃES, 2013, p.52)


Tipo de adaptações
- Adaptações significativas – depende da decisão das esferas
administrativas, pedagógicas e políticas.

- Adaptações não significativas – decisões do professor, metodologia,


estratégias, plano de aula

(MAGALHÃES, 2013, p.53-56)


DESENHO UNIVERSAL DE APRENDIZAGEM

O Desenho Universal para Aprendizagem (DUA) é uma abordagem que


procura minimizar as barreiras metodológicas de aprendizagem,
tornando o currículo acessível para todos os alunos, pois possibilita a
utilização de diversos meios de representação do conteúdo, de
execução e de engajamento na tarefa
Cenário atual da sala de aula

Estudantes diferem em suas histórias familiares, conhecimentos de mundo,


habilidades pessoais, interesses, dificuldades específicas, motivações, etc.

Não existe turma homogênea.

Aluno padrão é aquele que acompanha um currículo baseado no padrão


Manolito é um aluno padrão?
Unesco – 2017

Todo estudante é significativo

Inclusão é um processo que ajuda a vencer barreiras de participação

Ver o aluno não como problema mas, como oportunidade de


enriquecimento

Todos os alunos podem aprender e todos podem precisar de apoio


Barreiras de aprendizagem

❖ Conteúdo curricular
❖ Linguagem de instrução
❖ Método do professor
❖ Materiais selecionados
❖ Na avaliação da aprendizagem
❖ Atitudes negativas, estereótipos da diferença
❖ Suportes e serviços inapropriados
❖ Família do aluno
❖ Insuficiências na formação dos professores
Como eliminar as barreiras que dificultam o processo de ensino e
aprendizagem?

Como promover a participação e o sucesso de todos estudantes em


contextos regulares de educação e ensino, combatendo qualquer
forma de exclusão?
Igualdade, Equidade ou LIBERDADE?

“Por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e


totalmente livres”

Rosa Luxemburgo

http://gianyrpead.blogspot.com/2018/01/igualdade-equidade-e-liberdade.html
No ensino superior

Como fazer para que as aulas sejam


mais acessíveis para todos
estudantes?
DESENHO UNIVERSAL DA APRENDIZAGEM

Cast – Center for Applied Special – Boston

1984 - Organização sem fins lucrativos de pesquisa e desenvolvimento educacional que


trabalha para expandir as oportunidades de aprendizagem para todos os indivíduos
através do Desenho Universal de Aprendizagem
A chave para o DUA é que desenvolve-se experiências de aprendizagem,
que desde o início são planejadas para serem universais para se ter certeza
de que todos aprendem.

Esse design é primeiramente baseado no poder de ser flexível, de permitir


escolhas, diferentes caminhos, permitindo que conteúdos científicos sejam
demonstrados de modos diferentes e assim alcançar a ideia: universal e
todos aprenderem.

(DAVID ROSE, 2015)


Neurociências e aprendizagem

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