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possibilidades e
técnicas
Raquel Lanna Passos • Rodrigo Borges Fonseca
Gustavo Oliveira dos Santos • Leandro de Moura Martins
Jordi Manauta • Rafael Calixto • Jorge Eustáquio
Thiago Ottoboni • Maciel Eustáquio da Silva Júnior
09
Rony Christian Hidalgo • Raphael Monte Alto
REABILITAÇÃO ESTÉTICA ANTERIOR O PASSO A PASSO DA ROTINA CLÍNICA
É
inegável que os procedimentos adesivos que a inclusão de alto percentual de partículas permite a Em situações de urgência ou até mesmo de esco- Diferentes técnicas de acabamento e polimento
conjuntamente com as resinas compostas obtenção de boas propriedades mecânicas, mas altera a lha da realização do procedimento à mão livre, outras compõem os casos deste capítulo. Isto ocorre para que
revolucionaram a odontologia. De acordo viscosidade do material e, em consequência, sua manipu- técnicas indicadas estão ilustradas neste capítulo. Téc- o cirurgião dentista possa selecionar a que mais se ade-
com a literatura, as restaurações em re- lação, pois materiais resinosos com alto conteúdo de carga nicas como o loop na matriz de poliéster e seu tracio- que à sua filosofia de trabalho e rotina clínica ou, até
sina composta em dentes anteriores têm são altamente viscosos e de difícil manipulação. Na tabela namento têm como objetivo a simplificação do proce- mesmo, experimentar técnicas e materiais diferentes
taxa de falha anual de 4,1%1, sendo que, 01, pode-se observar uma síntese das características, indi- dimento nestas situações. em situações distintas.
quanto maior a dimensão da restauração, maiores os cações e marcas comerciais das resinas compostas.
índices de falha. Isto significa que a cada cem restaura- Quanto as propriedades óticas, vale ressaltar que
ções anteriores realizadas, espera-se uma falha de apenas as variações de translucidez permitem estratificação e TAMANHO DE QUANTIDADE INDICAÇÃO EXEMPLOS
RESISTÊNCIA POLIMENTO
quatro durante um ano. O principal fator associado às fa- obtenção de resultados com excelente mimetização das PARTÍCULAS EM PESO (%) CLÍNICA COMERCIAIS
lhas não é apenas o material selecionado, mas também à características dentárias. Contudo, é necessário que o Excelente no
Cores de Esmalte
início, mas pode Vestibular de den-
qualidade do procedimento executado e aos cuidados do cirurgião dentista compreenda as particularidades de Micropartículadas 45-55 Baixa da Aura (SDI)
ser perdido com tes anteriores
paciente2. Restaurações perfeitamente aderidas ao dente cada sistema. Uma resina A2 em um sistema difere Durafill VS (Heraeus Kulzer)
o tempo
comportam-se como um corpo único integrado ao rema- quanto as nuances da cor da resina de mesmo matiz e CZ250XT (3M)
nescente dental3. Dessa forma, reproduzem propriedades croma de outro sistema. Portanto, o cuidado na seleção Vit-l-essence (Ultradent)
Premisa (Kerr)
mecânicas semelhantes às da dentina e do esmalte, o que de cor e a alternativa de usar pequenas porções da re-
Charisma Diamond (Hera-
permite a realização de procedimentos menos invasivos4. sina polimerizadas no dente previamente aos procedi- eus Kulzer)
Sendo assim, é importante o conhecimento das proprieda- mentos adesivos tem sido demonstrada e relatada com Empress Direct (Ivoclar
Bom nível de
des dos materiais resinosos para que se possa indicá-los eficaz ao fazer a seleção das cores a serem utilizadas Vivadent)
Microhíbridas/ polimento, infe- Dentes anteriores
70-85% Alta GrandiOSO (VOCO)
corretamente para a obtenção de sucesso clínico longevo. no procedimento restaurador. Esta técnica é, inclusive, Nanohíbridas rior às nanopar- e posteriores
Palfique (Tokuyama)
ticuladas
As propriedades mecânicas das resinas compos- demonstrada em alguns casos neste capítulo. Estelite Omega (Tokuyama)
tas, tais como rigidez, dureza e resistência à tração dia- Posto isto, pode-se observar que a seleção da re- Forma (Ultradent)
Herculite Précis (Kerr)
metral6 são afetadas, principalmente, pela quantidade sina mais apropriada para cada situação clínica deve NT Premium (Coltene)
e pelo tamanho das partículas de carga6,7, embora a basear-se nas propriedades mecânicas do material, Brillant Ever Glow (Coltene)
matriz resinosa exerça papel importante na polimeriza- em sua facilidade de manipulação e nas característi- Vittra (FGM)
ção8. Logo, a classificação das resinas quanto à quanti- cas óticas de modo que a união dessas características Excelente nível
de polimento, Dentes anteriores
dade de carga e ao tamanho das partículas direciona a permita maior simplificação do procedimento clínico Nanoparticuladas 70-87% Alta Z350XT (3M)
estável e mais e posteriores
indicação para cada situação clínica. Em regra, resinas e mimetização da estrutura dental remanescente. Em durável
com maior conteúdo de carga inorgânica (microhíbri- se tratando de dentes anteriores5, algumas caracterís-
Tabela 01 • Classificação das resinas compostas e indicação de uso clínico.
das, nanohíbridas e nanoparticuladas) tendem a pos- ticas desejáveis aos materiais a serem indicados estão
suir maior resistência mecânica e melhores proprieda- descritas na tabela 02.
des óticas, o que permite maior versatilidade clínica7. Quanto às técnicas restauradoras, é importante res-
As resinas de micropartículas contêm partículas cujo saltar que o enceramento diagnóstico prévio à realização RESINAS PARA DENTES ANTERIORES
tamanho varia de 0,01-0,1µm, o que resulta em alta lisu- do procedimento restaurador deve ser encorajado, uma Resistência aumentada para suportar cargas mastigatórias, embora a vestibular possa ser trabalhada com resinas menos
resistentes e mais estéticas
ra superficial, entretanto, industrialmente, dificulta a in- vez que serve como simulação do procedimento e, assim,
Alto polimento superficial
clusão em matrizes resinosas, resultando em resinas com permite ao cirurgião dentista fazer um estudo detalha-
Alto grau de conversão
menor conteúdo de carga (< 55% em peso) e, como conse- do dos posicionamentos e detalhes dos dentes. Além dis-
Viscosidade intermediária para permitir escoamento
quência, propriedades mecânicas inferiores. Já as resinas so, serve como ensaio restaurador, no qual poderão ser
Cores variadas para dentina, desde cromatizadas (terço cervical e médio) até brancas (terço incisal)
microhíbridas apresentam partículas de 0,01 a 1µm. Quan- previstas possíveis complicações ou dificuldades, assim
Translucidez variada para o trabalho incisal
do há apenas nanopartículas (< 100nm) na matriz resino- como permite a confecção de uma muralha de silicone
Resinas com opalescência/translucidez para regiões de esmalte
sa, pode-se então considerar essa resina verdadeiramente para maior facilidade, previsibilidade e agilidade no pro- Pigmentos para pinturas intrínsecas
nanoparticulada. O desafio dos fabricantes está no equilí- cedimento restaurador. Este procedimento está demons- Resinas acromáticas para o trabalho de translucidez/opalescência incisal
brio entre componentes orgânicos e inorgânicos, uma vez trado em detalhes em alguns casos a seguir.
Tabela 02 • Características das resinas compostas indicadas para dentes anteriores.
224 225
REABILITAÇÃO ESTÉTICA ANTERIOR O PASSO A PASSO DA ROTINA CLÍNICA
Quanto ao isolamento absoluto, vale ressaltar que de 100% de medida em comprimento para 80%
deve ser sempre encorajado. Entretanto, em situações de medida em largura. Os laterais foram plane-
em que se opte pela realização de alternativas para o jados para obterem 75% da largura dos incisivos
isolamento absoluto, o importante é que o controle de centrais e, após calculada sua largura, o compri-
umidade seja absoluto. A técnica pela qual isto será ob- mento foi calculado seguindo a proporção estéti-
tido cabe ao operador escolher. ca de 69% entre comprimento e largura dos inci-
sivos laterais.
REANATOMIZAÇÃO DE DENTES CONÓIDES • Após todos os procedimentos restauradores te-
rem sido realizados, houve a constatação de que
QUEIXA PRINCIPAL
as medidas aferidas não foram exatamente man-
Insatisfação em relação ao formato de seus incisivos laterais.
tidas durante o processo restaurador, havendo a
AVALIAÇÃO CLÍNICA
necessidade de correção pois os incisivos centrais
Incisivos laterais superiores conoides e um pequeno diastema
entre os incisivos centrais. ficaram com larguras discrepantes (dente 21 com
largura maior que do 11). Assim, abriu-se espaço
PLANEJAMENTO
com ponta diamantada 2200 entre o 21 e o 11 e
Enceramento, mock-up, clareamento, reanatomização de
incisivos centrais e laterais. entre o 21 e o 22, desgastando-se prioritariamen-
te o dente 21. Os espaços foram devidamente res-
MATERIAL EMPREGADO
Charisma Diamond.
taurados e o resultado final foi muito agradável.
EQUIPE ENVOLVIDA CD
SEQUÊNCIA CLÍNICA
Rodrigo Fonseca. 02A
01. A,B • Sorriso inicial (A). Observar discrepân- 02. A,B • Clareamento em duas sessões com e amostras das resinas polimerizadas sobre os
cia de largura entre os incisivos centrais, os quais clareamento em consultório utilizando peróxido dentes anteriores. As fotografias são fundamen-
mantêm entre si um pequeno diastema. Ambos os de hidrogênio a 35% (Total Blanc H35, Nova DFL) tais nesta fase, sendo o uso do cartão fotográfico
incisivos laterais são conoides e mantêm espaço (A). Quinze dias após o final do clareamento, os cinza 18% bem indicado como fundo fotográfico.
para a futura restauração (B). dentes foram restaurados com resina composta Da esquerda para a direita podemos ver as cores:
Charisma Diamond, sendo as cores seleciona- A1, A2, CO (clear opal), CL (clear light), OM (opa-
das em condições de umidade dental preservada que medium), OL (opaque light) (B).
226 227
REABILITAÇÃO ESTÉTICA ANTERIOR O PASSO A PASSO DA ROTINA CLÍNICA
04A 04B
03A
04C 04D
03B 04E
03. A,B • Imagem das amostras de resinas ex- resinas mais translúcidas após a deposição da esmalte exibem alguma alteração, menor que as 04. A-E • Após isolamento absoluto modificado SingleBond Universal (3M) foi aplicado em uma palatina e o remanescente dental é preenchida
pressando seus efeitos ópticos. Note as resinas língua na parte posterior das amostras de resina. translúcidas e maior que as de dentina. Tudo isso e fios afastadores (feitos com fita teflon: corte camada, removidos os excessos, evaporados os suavemente com uma resina flow (Z350XT flow,
de esmalte levemente translúcidas (A1 e A2), as As resinas mais opacas OM e OL pouco alteram a irá orientar no local de inserção das resinas duran- uma tira de 4 cm, divida-a ao meio no sentido solventes com jato de ar por 60s e fotopolimeri- cor A1, 3M) para eliminar todos os micro orifícios
resinas de efeito com o maior nível de translucidez reflexão e transmissão de luz; já as resinas CO e te a fase restauradora, dependendo das mesmas longitudinal e enrole produzindo dois fios) in- zado por 20s (B). A resina CO foi aplicada sobre existentes (D). Resina para dentina OL foi aplica-
e opalescência (CO e CL) e as resinas mais opa- CL sofrem uma grande alteração, principalmente características observadas nos dentes naturais e seridos, o condicionamento ácido do esmalte uma matriz de silicone feita sobre o enceramento da na região de interface entre os remanescentes
cas sendo indicadas para regiões de dentina (OM a CO, que apresenta a maior característica opa- que precisam ser repostas com as resinas que fo- dental foi feito com ácido fosfórico a 35% (Ul- diagnóstico e levada em posição, sendo fotopoli- dentais e a base palatina, criando a escultura ter-
e OL) (A). Veja a mudança de cores que ocorre nas lescente dessas resinas; por fim, as resinas de rem escolhidas (B). traetch, Ultradent) por 15s e lavado com spray merizada 40s em cada dente (C). Bases palatinas ciária interna representada pelos mamelões ou
ar-água por 20s (A). O sistema adesivo universal criadas com a resina CO. A interface entre a base lóbulos de desenvolvimento dentinário (E).
228 229
REABILITAÇÃO ESTÉTICA ANTERIOR O PASSO A PASSO DA ROTINA CLÍNICA
05A 05B
06A
05C 05D
05. A-H • As pontas dos mamelões foram en- A1 (D). A resina CO foi usada, finalmente, para fina- nesta imagem, podemos ver o resultado obtido até 06. A-F • Em todos os terços a área de reflexão de Entretanto, dimensões reais que estejam muito dis- também podem ser realizados com discos abrasivos
tão pintadas com um corante branco (Tetric Color lizar a anatomia vestibular (E). Após a polimerização o momento (G). Em nova consulta iniciou-se a fase luz deve ter medidas semelhantes. Nesta imagem crepantes nos dentes a serem ajustados dificilmente (Optidisc, Kerr).Por fim, as ameias interdentais são
White, Ivoclar Vivadent) (A). Observa-se a ponta da última camada, foi aplicado um gel hidrossolúvel de acabamento e polimento por meio da definição mostra-se o uso de um paquímetro aferindo a lar- terão resultado eficiente, como será visto neste caso ajustadas (D). Foi aplicada em toda a superfície uma
dos mamelões já pintadas. Esse corante é uma re- sobre todas as superfícies das restaurações e po- da anatomia primária (formas básicas) e secundária gura no terço cervical (A). Observe que a mesma (B). Após os ajustes da área de espelho e da área de broca multilaminada com 32 lâminas (#9904, Prima
sina flow e deve ser fotopolimerizado por 40s após limerização adicional realizada 40s por dente (F). (periquimácias, sulcos vestibulares, ameias, etc.). medida feita no dente 11 foi transportada para o fuga de luz descritos acima, os terços dentais de- Dental) de modo a deixá-la mais lisa e preparar para
aplicado (B). A região entre os mamelões foi então Os dentes restaurados foram então acabados com Com auxílio de um grafite, as arestas mesial e distal dente 21, onde constatou-se que a largura do ter- vem ser corrigidos proporcionando as 3 inclinações a fase de polimento (E). Borrachas para polimento
preenchida com a resina CL (C). A maior parte da pontas diamantadas finas e extrafinas, ajustados em dentes são marcadas e mensuradas para ajuste de ço cervical está maior, devendo ser reduzida. Estas dentais. Estes ajustes podem ser feitos com brocas, universais foram então usadas para promover o
região vestibular foi preenchida com a resina na cor relação aos movimentos excursivos mandibulares e, forma e áreas de reflexão de luz (H). correções permitem ajustes de forma que permitam tais como a broca multilaminada 7901 usada nesta brilho superficial, removendo os riscos e alisando a
230 que os dentes fiquem com dimensões semelhantes. imagem (Prima Dental) (C). Os ajustes dos terços superfície (Opti 1 step Polisher, Kerr) (F). 231
REABILITAÇÃO ESTÉTICA ANTERIOR O PASSO A PASSO DA ROTINA CLÍNICA
07. A-H • Foi usada uma borracha de granulação borracha de granulação média à base de óxido de de carbeto de silício de granulação extrafina (DHpro) 08. A-H • Resultado final com excelente brilho de su- e 21, e 21 e 22 com uso de ponta diamantada #2200. desgaste prioritário feito no dente 21 que havia ficado
grossa à base de óxido de alumínio (DHpro) (A). Os alumínio (DHpro).Veja o resultado obtido após a ação (F). Aplicação de escova de crina de cavalo com pasta perfície. Todavia, observe que os dentes 11 e 21 têm Condicionamento ácido com ácido fosfórico a 35% muito largo (E). Vista após correção das anatomias
remanescentes da degradação da borracha usada da borracha média (C). Foi usada uma borracha de de polimento Opal L (Reinfert) (G). A pasta aplicada grande discrepância de tamanho, devendo ser corrigi- (Ultraetch, Ultradent) por 15s e lavado com spray ar-á- dentais apenas com a resina CO (F). Resultado final
no item anterior foram misturados com gel hidros- granulação fina à base de óxido de alumínio (DHpro) deixa uma superfície aparentemente fosca, devendo dos (A). Sorriso final (B). Reparo sendo executado após gua por 20s (C). Aplicação do sistema adesivo Single- imediato após todos os passos de acabamento, texturi-
solúvel e usados como abrasivo sobre uma taça de (D). Foi usada uma escova de carbeto de silício de ser polida com disco de feltro. Aplicação do disco de abertura dos espaços interproximais entre os dentes 11 Bond Universal (3M) (D).Veja os espaços criados com zação e polimento (G). Sorriso final (H).
borracha comum para profilaxia (B). Foi usada uma granulação média (DHpro) (E). Foi usada uma escova feltro sobre os dentes com pasta Opal L (Reinfert) (H).
232 233
REABILITAÇÃO ESTÉTICA ANTERIOR O PASSO A PASSO DA ROTINA CLÍNICA
DIFERENCIAIS DO CASO
O contorno de dentes anteriores com diastemas pode ser
obtido com matrizes metálicas seccionadas e cunha de ma-
deira, simulando o contorno proximal dos incisivos.
PLANEJAMENTO
Restaurações em resina composta na mesial do dente 12 e
11, distal do 21 e mesial do 22 e aumento incisal do 12 ao 22.
MATERIAL EMPREGADO
Resina composta Brilliant Everglow Coltene.
EQUIPE ENVOLVIDA CD
Jordi Manauta, Leandro Martins, Rafael Thomaz Mar da Silva.
10A
09. A-C • Imagem inicial da face da paciente mos- 10. A-E • Seleção de cor da resina composta Brilliant do grampo 212 possibilitanto afastamento dos tecidos
trando os diastemas entre incisivos (A). Sorriso Everglow (Coltene). Essa resina tem a característica de e exposição adequada da estrutura coronária (C). Con-
inicial (B). Imagem intraoral da arcada superior ser duoshade, ou seja, cada resina cobre duas cores dicionamento com ácido fosfórico a 37% em esmalte
evidenciando os diastemas entes os incisivos (C). da escala VITA ao mesmo tempo. Neste caso, a resi- por 10s, seguido pela lavagem por 20s e secagem com
na selecionada foi a A2/B2. Outro detalhe a ser notado ar (Adesivo One Coat Bond Universal) (D). Aplicação do
é a inserção da resina na região que será restaurada adesivo com pincel na área condicionada. A aplicação
para selecionar a cor. Com isso, podemos perceber a do adesivo com pincel minimiza o excesso de adesivo
cor selecionada interagindo em situação real (A). Isola- e permite uma aplicação mais uniforme em regiões de
234 mento absoluto (B). Campo isolado e posicionamento difícil acesso, como as proximais (E). 235
REABILITAÇÃO ESTÉTICA ANTERIOR O PASSO A PASSO DA ROTINA CLÍNICA
12C 12D
11C
12E 12F
11. A-D • Fotopolimerização do adesivo (A). Apli- 12. A-H • Vista palatina da matriz seccionada po- B2 (D). Aplicação da resina translúcida para criar
cação da resina a mão livre com a espátula Modella sicionada e o espaço a ser preenchido pela resina o efeito incisal (E). Aplicação da resina opaca OA2
(LM Arte) na mésio-vestibular do dente 11 (B). Resina composta (A). A matriz é removida com o auxílio para criar o halo opaco incisal (F). Última camada
aplicada nas faces vestibular e mesial (C). Inserção da de um porta-agulha após o preenchimento palatino na face vestibular com a resina A2/B2 (G). Dente 11
matriz seccionada e cunha de madeira, possibilitando e fotopolimerização (B). Contorno proximal realiza- após o acabamento inicial com lâmina de bisturi,
um contorno adequado da restauração (D). do (C). Confecção dos mamelões com a resina A2/ tira de lixa e broca multilaminada (H).
236 237
REABILITAÇÃO ESTÉTICA ANTERIOR O PASSO A PASSO DA ROTINA CLÍNICA
14C
13C 13D
14D
13. A-E • Esculturas com resina finalizadas; os mes- (C). Pré-polimento da superfície vestibular com o 14. A-E • Imagem inicial da face da paciente mos-
mo passos foram realizados para os demais dentes polidor Comprepol Plus (23SG14RA) - DIATECH trando o resultado final das restaurações (A). Sor-
(A). Imagem intraoral da arcada superior com as ShapeGuard (Coltene) (D). Polimento de alto reflexo riso final (B). Imagem intraoral frontal da arcada
esculturas terminadas (B). Imagem do elemento 11 da superfície oclusal com o polidor Composhine Plus superior das restaurações finalizadas (C). Imagem
acabado e texturizado com brocas multilaminadas (24SG14RA) - DIATECH ShapeGuard (Coltene) (E). intraoral lateral direita mostrando as restaurações
finalizadas entre os dentes 12 e 11 (D). Imagem in-
traoral lateral esquerda mostrando as restaurações
finalizadas entre os dentes 21 e 22 (E).
238 239
REABILITAÇÃO ESTÉTICA ANTERIOR O PASSO A PASSO DA ROTINA CLÍNICA
PLANEJAMENTO
Remoção completa do material e confecção de novas res-
taurações.
MATERIAL EMPREGADO
Resina composta Vit-l-escense e Amelogen Plus (Ultra-
dent Products Inc).
EQUIPE ENVOLVIDA CD
Rafael Calixto. 15A
16D 16E
15B 15C
15. A-E • Aspecto inicial do sorriso do paciente com da resina da região vestíbulo-mesial (C). Após o pro- modificam bastante a opacidade final da restauração 16. A-F • Restabelecimento do esmalte palatino da efeitos de opalescência incisal (D). Uso de uma pe-
as restaurações insatisfatórias dos dentes 11 e 12 (A). cedimento adesivo foi feita estratificação da faceta do (D). Observe o aspecto do substrato após a aplicação borda incisal (Esmalte PF Vit-l-escence) (A). Aplica- quena quantidade de pigmento marrom claro na ponta
Vista aproximada (intraoral) das restaurações (B). Pre- incisivo central. Para este tipo de substrato, a primeira do opacificador, o qual deve apresentar uma caracterís- ção de dentina no terço cervical usando uma cor mais dos mamelões (Tetric Color Ochre – Ivoclar Vivadent),
paro dental para faceta direta do dente 11. Observe que camada deve ser de uma resina de alta opacidade, co- tica próximo da cor A2-A3, para que se inicie a estrati- saturada (A3 Dentin Vit-l-escence) (B). Em seguida, tentando imitar a característica observada no seu
o substrato está escurecido, gerando uma necessidade nhecida como opacificador (OW Amelogen Plus), para ficação com dentina sobre um substrato com aspecto foi aplicada uma dentina menos saturada para o terço respectivo dente adjacente. Para o incisivo lateral foi
de um preparo mais invasivo, de profundidade entre 1,2 bloquear o fundo escuro e evitar o aspecto acizentado mais “natural”. A aplicação de agentes opacificadores é médio-incisal (A1 Dentin Vit-l-escence) (C). Aplicação aplicada apenas uma camada de esmalte (PF – Vit-l-
a 1,5 mm, com o objetivo de criar espaço para as ca- da restauração. Esta camada normalmente tem uma necessária devido à incapacidade que as resinas para de uma camada de resina altamente translúcida en- -escence) (E). Aspecto final do sorriso após todos os
madas de resina compostas necessárias para esse tipo espessura de até 0,5 mm. É uma fase que necessita dentina possuem de mascarar um substrato extrema- tre os mamelões (IrB Vit-l-escence) para reproduzir procedimentos de acabamento e polimento (F).
240 de restauração. Para o dente 12 foi realizada a remoção de cuidados, pois espessuras grandes ou insuficientes mente escurecido (E). 241
REABILITAÇÃO ESTÉTICA ANTERIOR O PASSO A PASSO DA ROTINA CLÍNICA
DIFERENCIAIS DO CASO
Reabilitação direta em resina composta sem a utilização de bar-
reira palatina em silicone e/ou enceramento prévio. Demonstra-
ção de uma nova técnica de utilização da tira de poliéster para
confecção da parede palatina denominada “Técnica do Loop”.
PLANEJAMENTO
Remoção das restaurações antigas e preparo dentário mini-
mamente invasivo para reconstrução em resina composta.
MATERIAL EMPREGADO
Resina composta Spectra Smart (Dentsply/Sirona).
EQUIPE ENVOLVIDA CD 17C 18C 18D
Maciel Júnior.
17. A-E • Vista intrabucal da paciente ainda em fase de dos zênites anterossuperiores são mais importantes do parede palatina sendo criada com a tira de poliéster na 18. A-H • Confecção da dentina profunda com único (E). Para finalizar o procedimento restaurador, (Jet Burs) e polidores Enhance (Dentsply/Sirona),
finalização ortodôntica (CD Fernando Machado - Pas- que o alinhamento das bordas incisais. Nesta imagem forma de um loop. Desta maneira, não temos o contato A3, inclusive na área de mamelões (A). Cobertu- foi posicionada a resina Ye sobre toda a vestibular e a criando a região dos sulcos de desenvolvimento. E
sos/MG). Para compartilhamento de responsabilidades pode ser observado um alinhamento cervical dos ele- direto do dedo com a resina composta (neste caso a Ye ra da dentina A3 com a massa A2 em incremento anatomia neste ponto foi criada com pincéis (Língua para a anatomia terciária foi utilizada uma escova de
é importante solicitar ao ortodontista que encaminhe mentos anteriores (A). Sorriso da paciente imediata- da Spectra Smart). Aumentando ou diminuindo o loop, único (B). Última camada realizada com a resina de gato 4 Castelo e espátulas Follow) (F). Vista fron- carbeto de silício trabalhando em 900 determinando
ao CD responsável pela reabilitação estética do caso o mente após a remoção dos dispositivos ortodônticos. podemos mudar a angulação da parede palatina e, ao translúcida Ye (C). Após inserção de fio afastador, tal das restaurações polidas e acabadas. Para este as linhas horizontais. Para o brilho final foram uti-
paciente na fase final do tratamento. O reabilitador deve Observe o desgaste acentuado e o escurecimento do mesmo tempo, minimizar os excessos e o tempo de asperização e condicionamento das estruturas dos caso foi usado, inicialmente, disco de lixa mais gra- lizadas pastas de polimento (Mint Polish 0,5 e 1,0
observar quais os ajustes serão necessários levan- dente (B). Vista dos elementos a serem tratados (C). trabalho para confecção deste importante passo ope- elementos 12 e 22, foi inserida a massa de resina A3 nuloso (Diamond Pro Azul escuro/FGM) determinan- micrômetros/ Ultradent) com disco de feltro (Dia-
do em consideração as necessidades restauradoras Preparos realizados nos dentes 11 e 21 com broca ratório. Perceba também que a dentina opaca WD foi em incremento único (D). Sobre a massa de resina do a anatomia primária. Para anatomia secundária mondFlex /FGM) (G). Sorriso final da paciente após o
para proporcionamento de dentes e posicionamento 2215 e após a inserção do fio afastador (000 ProRe- inserida na face vestibular para opacificação do subs- A3, foi inserida a massa A2 também em incremento foram utilizadas brocas mulitlamindadas 12 lâminas acabamento e polimento das restaurações (H).
242 da margem gengival. Vale ressaltar que o alinhamento tract - FGM) (D). Após os procedimentos adesivos, trato escurecido (E). 243
REABILITAÇÃO ESTÉTICA ANTERIOR O PASSO A PASSO DA ROTINA CLÍNICA
DIFERENCIAIS DO CASO
Pacientes com agenesias de incisivos lateriais são comuns na
rotina clínica. Quando esses pacientes são submetidos a um
tratamento ortodôntico, onde o canino ocupa o lugar dos incisi-
vos laterais, deve ser feito um correto planejamento restaura-
dor a fim de conseguir restabelecer a estética e a função.
20C 20D
PLANEJAMENTO
O planejamento para a transformação dos caninos em inci-
sivos laterais deve obedecer 3 pontos: 1- desgaste do lóbulo
vestibular; 2- desgaste da borda incisal; 3- desgaste e/ou
redução do perfil de emergência.
19C
Moldagem com silicone de adição e enceramento diagnósti-
co. Em seguida foi feita uma muralha que serviu de guia de
preparo e uma outra muralha palatina para a confecção das
20E 20F
camadas palatinas de resina composta.
MATERIAL EMPREGADO
Resina composta Filtek Z350XT (3M).
EQUIPE ENVOLVIDA CD 19D 19E
Thiago Ottoboni.
20G 20H
Uma paciente do sexo feminino chegou ao consul-
tório odontológico para uma consulta onde se queixa-
va da estética do sorriso. Após criteriosa anamnese, foi
verificado que a largura dos ”incisivos laterais“, que na
verdade eram caninos transformados anteriormente,
20K
era a queixa principal da paciente. 19F
20I
19. A-H • Sorriso inicial (A). Enceramento diagnós- 20. A-L • Prova da muralha, isolamento modificado no bisel simulando a dentina, aplicação de uma resina assim conseguindo um alto grau de conversão, uma
tico (B). Muralha de silicone de adição confeccionada com fio afastador 000 e afastador labial (A). Condi- AT(âmbar translucent) entre os mamelões e a camada vez que a resina em contato com o oxigênio não se
(C). Posicionamento da muralha na boca antes do cionamento com ácido fosfórico a 37% por 30 segun- palatina simulando efeitos opalescentes e coberto as polimeriza com qualidade (E,F). Fotos laterais para
preparo dos caninos mostrando o local correto a dos em esmalte (B). Aplicação do sistema adesivo, camadas com a mesma resina B1 Esmalte (todas as observação dos caninos e pré-molares reanatomiza-
ser desgastado (D-F). Uso do compasso de ponta seguida de fotoativação (C). Aplicação da camada de camadas fotopolimerizadas uma a uma, passo a pas- dos (G,H). Foto frontal com os dentes secos e úmidos
seca para aferir as medidas desejadas e o preparo resina de esmalte cromático na camada palatina cor so) (D). Aplicação de gel hidrossolúvel protegendo a após o polimento (I,J). Foto meio perfil antes do tra-
distal nos caninos (G,H). B1, depois camada de corpo B1 subindo levemente superfície final da resina do contato com o oxigênio tamento (K). Foto meio perfil após o tratamento (L).
244 245
REABILITAÇÃO ESTÉTICA ANTERIOR O PASSO A PASSO DA ROTINA CLÍNICA
QUEIXA PRINCIPAL
Desgaste das bordas incisais superiores.
22A 22B 22C 22D
AVALIAÇÃO CLÍNICA
Dentes anterossuperiores com desgaste das bordas incisais,
sem alteração de cor e com padrão oclusal alterado.
21B
DIFERENCIAIS DO CASO
Desgastes restritos à região anterossuperior.
PLANEJAMENTO
Reconstrução das bordas incisais.
MATERIAL EMPREGADO
22E 22F 22G
Resina composta Filtek Z350 XT (3M).
21. A-E • Sorriso inicial (A). Desgaste na borda a extensão da reconstituição a ser realizada e 22. A-O • Após procedimento adesivo, inserção da para a camada final (E). Alicação e acabamento da On (3M) (I). Sequência de acabamento com pontas
incisal dos dentes anterossuperiores (B). Ence- avaliação do mock-up quanto à estética, har- primeira camada de resina composta translúcida cor última camada de resina composta de esmalte cor de borracha de granulações distintas em ordem de-
ramento diagnóstico realizado reconstituindo monia e função. Detalhe do mock-up em um CT com auxílio da muralha de silicone (A). Inserção A2E com pincel Sable Touch nº 2 (Tigre) (F). Aspec- crescente Jiffy (Ultradent Products Inc.) (J). Propor-
os tecidos dentários perdidos. A técnica para hemiarco para a comparação (D). Remoção de da segunda camada de resina composta de dentina to final das restaurações nos incisivos centrais (G). cionamento bioprogressivo das ameias incisais (K).
a reconstrução utilizou a muralha de silicone arestas com disco de lixa de maior granulação cor A2D (B). Visão lateral mostrando espaço ade- Os mesmos procedimentos foram realizados nos Confecção de texturizações com ponta diamantada
(C). Ensaio restaurador clínico (mock-up) con- a fim de facilitar o mascaramento da interface quado para as camadas subsequentes (C). Inserção incisivos laterais e caninos superiores (H). Sequên- (L) Suavização com ponta de borracha (M). Aspecto
feccionado em resina bis-acrílica. Observamos dente restauração (E). da terceira camada de resina composta de corpo cor cia de acabamento com discos de lixa de granula- final após polimento com pasta diamantada e discos
A2B (D). Visão lateral mostrando espaço adequado ções distintas em ordem decrescente Sof-Lex Pop de feltro (N). Sorriso final da paciente (O).
246 247
REABILITAÇÃO ESTÉTICA ANTERIOR O PASSO A PASSO DA ROTINA CLÍNICA
AVALIAÇÃO CLÍNICA
Incisivos centrais com restaurações tipo classe III, incisivos
laterais com alteração de cor e restaurações antigas, e inci-
sivos centrais com pouco volume.
DIFERENCIAIS DO CASO
Facetas em resina com diferentes cores de substratos.
PLANEJAMENTO
Facetas sem preparo no 11 e no 21 com aumento de volume
e pequeno preparo na vestibular do 12 e do 22 para opaci-
ficação do substrato. 24D 24E
MATERIAL EMPREGADO
Resina composta ENA HRI (Micerium).
EQUIPE ENVOLVIDA CD/TPD
Thiago Ottoboni, Raphael Monte Alto, Gustavo Oliveira
dos Santos.
24H 24I
23. A-C • Foto extraoral (A). Na foto de sorriso, colocados pequenos incrementos de resina para 24. A-K • Com as cores selecionadas UD2 e UE2 do desenho palatino do dente 11. E no muralha do Condicionamento com ácido fosfórico a 37% por
pode-se observar a falta de alinhamento da borda dentina na cervical, resinas de esmalte no terço na cervical, UD1 e UE3 no terço médio e OBN para dente 21 um desgaste no silicone afim de simular 30s em esmalte (G). Lavar e secar abundantemen-
incisal dos incisivos centrais com o lábio inferior, médio e resinas de efeito na borda incisal. Após efeitos incisais, foi realizada uma faceta de resina a face palatina (Matriz BRB (D). Remoção das re- te (H). Aplicação de adesivo (Single Bond-3M),
indicando a necessidade da correção do dese- polimerização, os dentes são hidratados. A resina para avaliação da forma e cor final pós-estratifica- sinas antigas e preparo para facetas dos dentes remoção dos excessos e fotoativação (I). Resina
nho da borda incisal. Restaurações escurecidas HRI apresenta dentinas com diferentes saturações ção. (A) Com a faceta provisória em posição po- 12 e 22 pois esses apresentavam alteração de cor OBN aplicada sobre a guia de silicone um pouco
e incisivos centrais com pequeno desalinhamen- (UD), três esmaltes com diferentes valores (UE), e de-se avaliar a relação com lábio em repouso (B). com necessidade de opacificação (E). Isolamento além da área da fratura (J). Com a guia em posição
to (B). Para o protocolo de escolha de cor, foram cores de efeito (C). Avaliação da forma com sorriso forçado (C). Com absoluto do campo operatório, afastando o tecido e pressionando a face palatina com os dedos, rea-
o novo formato aprovado foi realizada uma mol- gengival e expondo a margem cervical a fim de fa- liza-se a fotoativação por 20s (K).
248 dagem com silicone por adição pesado para cópia cilitar a estratificação com a resina composta (F). 249
REABILITAÇÃO ESTÉTICA ANTERIOR O PASSO A PASSO DA ROTINA CLÍNICA
26E 26F
25E 25F
25. A-H • Com a face palatina do 11 reconstruída saturada) foi aplicada no terço cervical e médio do 26. A-H • É possível notar o efeito opalescente con- um gel de glicerina para remoção do oxigênio e com-
vamos repetir o procedimento no dente 21 (A). Faces dente 11 (E). Em seguida, a resina UD1 foi aplicada seguido com a resina OBD (A). Finalização da face pleta polimerização da camada superficial da resina
palatinas do 11 e do 21 reconstruídas (B). Aplicação no terço médio e incisal (F). Essa estratégia de estra- vestibular com a resina de esmalte UE2 no terço cer- composta (E). Aspecto imediato após remoção do
de um corante cor Low Chroma (Estelite) para opa- tificação foi repetida em todos os dentes. Na figura vical e UE3 no terço cervical e médio (B). É possível isolamento absoluto (F). Acabamento e polimento
cificação do substrato do dente 12 (C). É possível pode-se observar o posicionamento dos incremen- perceber o efeito policromático devido à estratifica- com discos espirais ShapeGuard (Coltene) (G). Apli-
observar substratos mais homogêneos, o que faci- tos de resina de dentina (G). Para criação dos efeitos ção (C). Restaurações finalizadas (D). Aplicação de cação de pastas de polimento diamantadas (H).
lita a estratificação (D). Com o intuito de se obter opalescentes na borda incisal a resina OBD foi inse-
uma caracterização adequada, a resina UD2 (mais rida no espaço entre a borda incisal e a dentina (H).
250 251
REABILITAÇÃO ESTÉTICA ANTERIOR O PASSO A PASSO DA ROTINA CLÍNICA
27A 27B
27C 27D
28B
27E 28A
27. A-E • Primeiro vamos utilizar uma escova im- 28. A,B • Resultado final (A,B).
pregnada com a pasta; após o polimento inicial vamos
utilizar uma escova seca para obtenção do brilho final
(A). Aspecto imediato final (B). Aspecto imediato e a
relação dentolabial (C). Sorriso imediato (D). Aspecto
final após 7 dias (E).
252 253
REABILITAÇÃO ESTÉTICA ANTERIOR O PASSO A PASSO DA ROTINA CLÍNICA
AVALIAÇÃO CLÍNICA
Dentes 12 ,11, 21, 22, 23, com lesões de cárie ativas proxi-
mais, com acesso palatino, sem alteração de cor ou de for-
ma, diastema entre os incisivos centrais. 29B
PLANEJAMENTO
30B
Seleção de cor: esmalte e dentina; reconstituição da forma
proximal adequadamente, polimento de acordo com a tex-
tura do dente natural. 30A
MATERIAL EMPREGADO
Resina composta (Empress Direct).
EQUIPE ENVOLVIDA CD
Rony Christian Hidalgo Lostaunau.
29C
Paciente I.A., 35 anos de, gênero feminino, buscou
tratamento em consultório com a queixa principal de
aspecto antiestético e dor nos dentes anteriores. Rela-
ta estar disposta a melhorar seus hábitos de higiene e
alimentares, para assim contribuir com a longevidade
30D
do tratamento restaurador proposto. Ao exame clínico
foram constatadas lesões de cárie ativas entre os dentes 30C
12/11, 11/21, 21/22, 22/23. Foi proposto, então, um tra-
tamento restaurador imediato.
29D
30F
29. A-E • Condição inicial. Observe a lesão na acesso por esta região. Vale lembrar que é impor- evidenciador de lesões de cárie SableSeek (Ultra- 30. A-F • Após o preparo do dente 11 foi realizado do contorno proximal foi usada uma tira pré-contor- resina com o fundo da cavidade (D). Por fim, foi feita
mesial do 12 e distal do 11, limitada a esta face. É tante observar a anatomia da crista palatina para dent). As brocas número 4, 3 e 2 foram utilizadas o condicionamento ácido atentando-se para a prote- nada semi-translúcida (Polidentya) (C). Foi colocada uma camada superficial de esmalte palatino, avalian-
importante que seja feito um acesso conservador, a sua reconstrução em seguida (B). Proteção do em ordem decrescente para remoção da dentina ção do dente adjacente (A). Para iniciar o processo uma camada de Esmalte A1 Empress Direct (Ivoclar do-se a adaptação proximal e, para a conformação
desgastando-se o mínimo de tecido sadio pos- dente adjacente com uma tira matriz metálica e infectada (D). Acabamento do preparo do esmalte de camadas de uma classe III com suporte na face Vivadent) e foi complementada com resina flow A1 final, a tira é levada de maneira que forme o contorno
sível (A). Após isolamento absoluto, observa-se seleção de ponta diamantada compatível com o periférico retirando os prismas sem suporte com vestibular foi colocado um primeiro incremento de Opallis Flow (FGM). A tira foi minimamente tracionada proximal e palatino (E). A espátula e a cunha trans-
a visão palatina, onde está a maior extensão da tamanho da cavidade (C). Acesso palatino. Prepa- instrumentos manuais. O mesmo é feito no dente esmalte, que é adaptado com espátula e matriz de e observa-se pela palatina um contorno convexo. Para lúcida podem ser usadas na sustenção da tira neste
lesão, característica pela qual deve ser realizado o ro na dentina com broca carbeto de tungstênio e 12, que será restaurado primeiro (E). poliéster a fim de ocultar a transição entre o dente e a camada de dentina foi usada a cor A3 Empress Di- passo e durante a polimerização. Acabamento sendo
a restauração. Para isso foi escolhida a resina A1 Es- rect (Ivoclar Vivadent). A manipulação pode ser feita realizado com lâmina 12 após proteção do adjacente
254 malte Empress Direct (Ivoclar Vivadent) (B). A forma com um brunidor pequeno que facilita a adaptação da com tira metálica Optramatrix (Ivoclar Vivadent) (F). 255
REABILITAÇÃO ESTÉTICA ANTERIOR O PASSO A PASSO DA ROTINA CLÍNICA
31C 31D
31. A-E • Em seguida foi empregada a sequência de 32. A-H • Caso clínico onde os incisivos centrais mamelões com a finalidade de simular os efeitos mais afilada de um esculpidor Hollenback no 6 (F).
discos de lixa Hawe (Kerr) (A). Depois disso foi usada são acometidos por manchas brancas intrínsecas opalescentes dessa região (cor Violet) (C). Aspecto Aspecto final da restauração, após procedimentos
uma escova de carbeto de silício Astrobrush (Ivoclar caracterizadas por linhas finas e por pontos marca- após aplicação do corante. Este deve ser aplica- de acabamento e polimento, reproduzindo adequa-
Vivadent) (B). O pó de prata foi empregado para me- dos. Também eram observadas áreas opalescentes do de forma bem leve, quase imperceptível. Desta damente as características ópticas do dente em
lhor percepção das áreas de reflexão e linhas de tran- na região incisal entre os mamelões dentinários forma, após o polimento final das restaurações, o questão. É importante salientar que a cópia destes
sição. Para otimizar o polimento foram empregadas (A). Dente de manequim com a dentina estrati- corante terá um aspecto bem natural (D). Corante detalhes não necessita ser exatamente igual, mas
brocas multilaminadas de 16 e 30 lâminas (Sorensen) ficada (dentina do terço cervical A3 e dos terços branco aplicado (cor White) (E). A aplicação, o es- sim que tenha harmonia reproduzida pelo conjunto
(C). Observe a condição final do caso em vista de late- médio e incisal A2) (B). Pincel de extremidade fina palhamento e o desenho podem ser executados com de dentes (G). Aspecto final em 45o da restauração.
256 ral (D). Caso finalizado em visão frontal (E). sendo utilizado para aplicar um corante na entre os pincel, com explorador fino, ou com a extremidade Observe a delicadeza dos detalhes obtidos (H). 257
REABILITAÇÃO ESTÉTICA ANTERIOR O PASSO A PASSO DA ROTINA CLÍNICA
33. A-K • Caso clínico de um dente natural, com a criação da trinca será necessária a confecção depositado (G). Com a espátula executando leves
uma trinca vertical na cor marrom, leve escureci- de um sulco onde deverá ser depositado o coran- batidas, a resina vai sendo movimentada e o sulco
mento da dentina da região incisal e esmalte opa- te. Este sulco pode ser obtido com a utilização de vai se fechando (H). Aspecto do sulco após uso da
lescente na região proximal mesial (Imagem gen- uma espátula fina (espessura menor que 0,3 mm) espátula (I). Utilização de um pincel chato para o
tilmente cedida pelo prof. Tiago Veras) (A). Dente ou uma sonda exploradora de extremidade bem afi- fechamento final, alisamento da superfície e remo-
de manequim com a dentina aplicada (dentina A3), lada (Espátula Suprafil Flex ½ e sonda exploradora ção do excesso de corante que vai sendo expulso
com a aplicação de corantes ocre na região incisal e extrafina – Duflex) (D). Imagem do sulco criado (E). do sulco fechado (J). Aspecto final da restauração
violet na crista marginal mesial (B). Esmalte na cor Com um pincel de extremidade afilada, o corante após uso do pincel e procedimentos de acabamen-
258 A3 aplicado sobre a dentina caracterizada (C). Para é depositado no sulco (cor Brown) (F). Corante já to e polimento (K). 259