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Dor.
Sofrimento.
Doença.
Pobreza.
Fracasso
Feiura.
Fraqueza.
Não é verdade?
É questão de bom senso reconhecer que essas coisas são inevitáveis
na vida.
Mas será que são mesmo?
Aqui eu achei a coisa mais viável, afinal, não teria de deixar de fazer
nada que já faço, só teria que mudar radicalmente a estrutura mental.
Aqui eu tive um certo sucesso, mas bem limitado, porque a mente é
muito vasta, apesar de ser limitada nessa vastidão, e destruir toda a
estrutura mental rígida é um trabalho muito intenso, que leva extrema
quantidade de tempo.
Me deparei pela terceira vez com essa mensagem. Então deve haver
alguma verdade nisso, concorda?
Do ponto de vista sistêmico, a vida inteira é movida por uma única Lei,
que é a do Amor. Esse amor não é aquele romântico, apaixonado, que
depende de condições para ser dado, e que pode ir embora se sua
exigência não for satisfeita, mas é o Amor Adulto, consciente, paciente,
que ama porque o outro tem defeitos, e não APESAR do outro ter
defeitos.
Esse é o Amor que mais ama, quanto mais o outro tem defeitos, ao
invés de diminuir com o aumento dos defeitos.
Amor de Adulto, na acepção mais alta do termo.
Para que esse Amor que é uma Lei possa acontecer, é preciso que as
escolhas das pessoas dentro do sistema obedecem certos critérios que
permitem que os relacionamentos respeitem uma Ordem.
Ao que parece, o Velho Hellinger constatou que o Amor, para ser bem
sucedido, precisa que as pessoas obedeçam uma Ordem em suas vidas
e relacionamentos, com a mesma intensidade que as estrelas
obedecem a Ordem delas.
Interessante não?
Como que é para você a ideia de que o amor não é um sentimento, mas
uma arquitetura e uma organização?
Para que a Lei do Amor possa acontecer, ela precisa de Ordem, e para
que essa Ordem possa atuar, é preciso respeitar a Lei do
Pertencimento.
Dentro do seu corpo, o coração pertence à ele, não dá para tirar, sem
matar os 2. Morre o corpo e morre o coração, se ele for removido. Isso é
a força de um pertencimento.
Aquilo que pertence não vive sem aquilo ao qual é pertencido, e aquilo
que é pertencido não vive sem aquilo que lhe pertence. Eles são fonte
de vida um para outro.
Normal, até é.
A nível social, precisamos nos comportar de uma forma que seja
harmônica com o comportamento geral, mas a nível emocional,
energético e espiritual, isso as vezes é destrutivo, e até, letal.
Quando um membro de uma família faz algo que não é bem visto pela
família, e é julb gado por aquilo, ele se torna excluído do sistema
familiar. Uma filha que engravida solteira, contra a vontade dos pais. Um
filho que começa a usar drogas. Um pai que começa a ter problemas
com álcool. Uma mãe que vai cuidar da própria vida e esquece dos
filhos.
Ninguém vai querer pessoas assim por perto, e quando elas chegam,
são colocadas de lado. Um filho que vira ladrão, um marido de bate na
esposa, uma filha que se prostitui. Essas pessoas são olhadas com os
olhos do julgamento, e passam ser excluídas, através dos sentimentos
de raiva, vergonha, pena, e medo, que a família sente delas.
Todos aqueles que foram excluídos, deixam seu sofrimento por terem
vivido essa exclusão registrado no campo de informação do sistema, e
também na sua carga genética, o próprio sangue e o corpo transformam
a informação em Carne e Ossos. E essa informação vai ser passada,
para outras pessoas no sistema.
Incrível não?
A informação de uma exclusão chega até um novo membro da família, e
ela é assimilada através de um comportamento que cause sofrimento.
Se faltar esse Amor Adulto, então a Lei do Amor usa seu recurso mais
poderoso. A Dor.
A dor nos faz olhar finalmente para o que foi excluído, que estamos
resistindo a incluir por amor, nos dando apenas a opção de sermos
irmãos no sofrimento.
Quando ficamos doentes devido a falta de amor, vem a dor, avisar para
amar mais. Mas é Amor de Adulto, sóbrio, maduro, que lida com a vida
tal como ela é, não como deveria ser, ou como gostaria que fosse.
Da perspectiva sistêmica da vida, o fracasso não é natural. Ele é uma
forma de incluir outras vidas em nosso sistema que estão sendo
excluídas, sem ninguém para olhar para elas com amor.
- O que estou tentando incluir através da dor, com esse sofrimento que
estou escolhendo?
- Como posso incluir com amor, isso que está sendo excluído, para que
possa pertencer através de meu sucesso, junto comigo?