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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO

CAMPUS DE NOVA XAVANTINA


FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS, BIOLÓGICAS E SOCIAIS
APLICADAS
CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL

MEMORIAL DE CÁLCULO – SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E


SANEAMENTO

IGLEIDE GOMES DE SOUZA SANTOS

NOVA XAVANTINA – MT
Dezembro/2021
1. INTRODUÇÃO

O trabalho visa normas a serem seguida na elaboração e execução de um projeto


de abastecimento de água e saneamento, o objetivo é atender a demanda de 1600
habitantes. Com base nas analises de calculo e especificações técnicas para a obtenção
satisfatória dos resultados necessários a demanda. Em anexo prancha com detalhes de
projeto e planilha de dimensionamento da rede de distribuição. O sistema de
distribuição de água é formado por uma rede, um conjunto de tubulações, conexões,
bombas hidráulicas e reservatório. Seu papel é atender os pontos de consumo de uma
cidade de acordo com as exigências sanitárias, vazão e pressão. Conforme a norma
NBR 12218 que regulamenta os projetos de rede de distribuição para abastecimento
público A compreensão da rede de abastecimento costuma ser bem mutável, de acordo
com a topografia, cidade, qualidade da água a ser captada e a posição em relação aos
mananciais.
2. METODOLOGIA

No capítulo apresenta a análise teórica e fundamentada através dos cálculos do


dimensionamento de redes de distribuição.

a. Condições adotadas no projeto


b. Número de habitantes

O número de habitantes neste projeto é representado de modo fictício, afim, de


obtenção de conhecimento em dimensionamento de redes de água. O numero de
habitantes escolhido para o projeto é de 1600 com o consumo de 180L / por habitante
dia e vazão máxima de 6 L/s.

c. Coeficiente de maior consumo diário K1

Foi adotado o valor de 1,20 (adimensional)

d. Coeficiente da hora de maior consumo K2

Foi adotado o valor de 1,50 (adimensional)

e. Coeficiente C

Adotado o valor de 140 (adimensional).

E pressão inicial adotado de 1 m.c.a


3. SISEMA DE DISTRIBUIÇÃO

Figura 1: Sistema de abastecimento de água.

Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2013).

3.1 Classificação de sistemas de distribuição de água

 Mistas: a configuração desse sistema se mistura numa mesma rede de


distribuição, (ramificada e malhada). Sendo assim, possível ocorrer escoamento
unidirecional e bidirecional simultaneamente.

Figura 2: Redes mistas.

Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2013).


 Malhada: esse tipo de sistema consiste em um conjunto de tubulações que
formam uma rede fechada e permite escoamento bidirecional.

Figura 3: Redes malhadas.

Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2013).

 Ramificada: existe um duto principal longitudinal que se ramifica para ambos


os lados. Só há um percurso possível entre o reservatório e qualquer ponto da
rede (escoamento unidirecional)

Figura 4: Redes ramificadas.

Fonte: ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2013).

Quando se trata de redes ramificadas, como a exemplificada neste projeto os


investimentos são menores, como por exemplo: a base de cálculos de determinantes das
condições de funcionamento hidráulico é mais simples que em redes malhadas. Outro
aspecto é que os diâmetros das tubagens são mais econômicos. No entanto o fato do
escoamento ser unidirecional, caso ocorra algum desgaste ou dano, todo o fornecimento
de água à jusante é interrompido em termo. Existem também, as oscilações de consumo
que influenciam significativamente na pressão e nos detritos, em pontos terminais da
rede de distribuição, provocando o acumulo de sedimentos por conta das baixas
velocidades do escoamento. (ALEM SOBRINHO & CONTRERA (2013).

Existem normas a seguir para a construção das redes, conforme a NBR 12218/94
O cálculo da perda de carga distribuída deve ser feito preferencialmente pela fórmula
universal, considerando, também, o efeito do envelhecimento do material das
tubulações da rede. O dimensionamento dos circuitos fechados, formados de condutos
principais, e a análise do funcionamento global da rede devem ser realizados por
métodos de cálculo iterativos, que garantam resíduos máximos de vazão e de carga
piezométrica de 0,1 l/s e 0,5 kPa, respectivamente.

O dimensionamento de trechos ramificados pode ser feito, admitida a


distribuição uniforme do consumo ao longo do trecho, calculando a perda de carga com
base na vazão da extremidade de jusante somada à metade da vazão distribuída. O
dimensionamento dos condutos principais, que formam circuitos fechados, pode ser
feito supondo consumos localizados nos pontos nodais e em pontos singulares
intermediários. (NBR 12218/94).

3.2 Vazões de consumo e distribuição

k 1∗k 2∗P∗pc
Por meio da fórmula Qmáx= calcula-se a vazão máxima do dia
86400
e da hora em que acontece o consumo de água. Adotado ao projeto K1= 1,2 e K2= 1,5
temos que:

1,2∗1,5∗1600∗180
= Qmáx = 6 L/s.
86400

Taxa de consumo (L/hab.dia).

O comprimento geral da rede de distribuição é somado trecho a trecho para


calcular a vazão do trecho, assim teremos:

L = 50+180+70+70+120+258+50+50+50+75

L= 973 m

Qmáx 6
Qtrecho= = = Qtrecho = 0,006166 L/ s.m
L 973
Dessa forma o cálculo será realizado todos a trechos, para a obtenção da vazão
que cada trecho necessita atender. E depois de realizado o cálculo é feito a média do
trecho:

Qjusante , trecho 2=¿ 0,006166*50 = Qjusante , trecho 2=0,3083 L/s

Qmontante , trecho 2=¿ 0,006166*120 = Qmontante , trecho 2=0.73992 L/s

0,3083+ 0,73993
Qmédia ,trecho 2= = Qmédia ,trecho 2 = 0,52241 L/s
2
4. RESULTADOS
A escolha dessa analise de projeto foi definida pelo quantitativo de habitantes a
ser atendida, por ser um método adequado para luares com número menor de habitantes
e pela economia de custo ser menor em comparação a rede malhada. Diante dos
cálculos realizados foram obtidos os valores para determinar as pressões de jusante e
montante de cada trecho da rede, conforme tabela abaixo:

Tabela 1: Pressão jusante e montante de cada trecho.

Pressão disponível
(m)

Jusante Montante
(14) (15)

24,352 24,363
24,363 26,410
30,389 26,410
26,410 30,169
12,000 30,169
30,169 12,937
18,548 16,682
16,682 14,825
15,714 14,825
14,825 12,937
12,937 1,000

Fonte: O autor (2021).

O comprimento da rede é de 1,273 metros, com a pressão dinâmica máxima de


30,389m.c.a no trecho K-C. Logo o dimensionamento do projeto está adequado com a
norma NBR 2218 (1994), em que a pressão mínima deve ser de 10 m.c.a e a pressão
máxima deve ser de até 50 m.c.a.
5. CONCLUSÃO
A partir das analises de calculo para o numero de 1600 habitantes o sistema é viável
economicamente, seguindo os parâmetros de pressão e vazão recomendados pela norma.
6. ANEXOS

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