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1. Introdução
1
Mestrando em Direito, linha de pesquisa Direito Penal, UERJ, advogado.
2
Portal G1 “Em dois meses, Brasil vai da 10ª à 5ª posição entre os países com mais mortes por milhão
pela Covid-19”, por Felipe Grandin, publicado em 21-08-2021, 9h e 12 minutos, disponível em
https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/noticia/2021/08/21/em-dois-meses-brasil-vai-da-10a-a-5a-
posicao-entre-os-paises-com-mais-mortes-por-milhao-pela-covid-19.ghtml, último acesso em 31-08-21.
3
Portal G1 “Assassinato de negros aumentam 11,5% em dez anos e de não negros caem 12,9 % no mesmo
período, diz Atlas da Violência”, publicado em 27/08/2020, disponível em https://g1.globo.com/sp/sao-
paulo/noticia/2020/08/27/assassinatos-de-negros-aumentam-115percent-em-dez-anos-e-de-nao-negros-
caem-129percent-no-mesmo-periodo-diz-atlas-da-violencia.ghtml, último acesso em 29-08-2021.
Em 2021, o salário mínimo possui o menor poder de compra em 10 anos4.
Segundo o Dieese, o salário mínimo nominal, em junho de 2021, é de R$1.100,00,
enquanto o salário mínimo necessário, para o mesmo mês, deveria corresponder a
R$5.421,84. Conforme o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos, em junho de 2018, o salário mínimo vigente era de R$954,00,
enquanto o salário necessário, para aquele período de três anos atrás, corresponderia a
R$3. 804,065.
4
Jornal do Comércio. “Salário mínimo tem o menor poder de compra em dez anos”, publicado em
08/01/2021, disponível em https://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/economia/2021/01/772778-
salario-minimo-tem-o-menor-poder-de-compra-em-dez-anos.html
5
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos - DIESE, Pesquisa Nacional de
Cesta Básica de Alimentos. Salário mínimo nominal e necessário, disponível em
https://www.dieese.org.br/analisecestabasica/salarioMinimo.html , último acesso em 01/09/2021
6
UOL. “Moradores pegam ossos de boi descartados em açougues para alimentar filhos”, de Bruna Barbosa
P, publicado em 16/07/2021, disponível em https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2021/07/16/fila-
acougue-cuiaba-doacoes-ossos.htm
7
MASCARO, Alysson Leandro. Estado e Forma Política. São Paulo: Boitempo, 2013.
punição e neoliberalismo (fase de desenvolvimento capitalista), por meio da crítica a uma
aparente economia política da punição.
8
LOSURDO, Domenico. Contra-história do Liberalismo. São Paulo: Ideias & Letras, 2006.
9
MENEGAT, Marildo. Estudos sobre ruínas. - Rio de Janeiro: Revan: Instituto Carioca de Criminologia,
2012. 1ª reimpressão, janeiro de 2015.
Trata-se de uma ilustração de introdução tópica e de uma hipótese global - com
saltos um tanto grosseiros- cuja finalidade é trazer para o centro deste papel a síntese
apresentada pelo professor Juarez Cirino dos Santos que, propondo uma conversa fora do
espaço-tempo entre Otto Kirchheimer/ Georg Rushe e Fernando Russano Alemany,
centraliza a questão penal-econômica e o estágio criminológico brasileiro da seguinte
maneira:
10
CIRINO DOS SANTOS, Juarez. Criminologia: contribuição para crítica da economia da punição/
Juarez Cirino dos Santos. -1.ed.- Tirant lo Blanch: 2021. pg. 419.
11
Idem.
da transferência de riquezas do Brasil para o exterior, de maneira quase silenciosa12,
equiparando as condições da periferia às do sistema penal carcerário13.
Antes da reforma legislativa de 2019, o Código Penal, em seu art. 51, estipulava
que “transitada em julgado a sentença condenatória, a multa será considerada dívida de
valor, aplicando-se-lhes as normas da legislação relativa à dívida ativa da Fazenda
Pública, inclusive no que concerne às causas interruptivas e suspensivas da prescrição.”
Sob o aspecto da antiga legislação, até 2018, era compreendido por parte da
doutrina que a multa penal não carregava, em essência, os efeitos de pena, embora seu
caráter expresso na CRFB/88 (art.5º, XLVI, c)15. Alguns autores como Mirabete
reconheciam a sua inocuidade16. Isso porque, com a promulgação da Lei 9.268/96, a pena
passou a ser considerada dívida de valor, sendo vedada sua conversão em prisão. Os
professores Artur Gueiros e Carlos Japiassú assim expuseram (2018):
12
Como exemplo apontamos a publicação da Lei 14.182/2021, que autoriza a privatização da Eletrobrás,
abrindo brechas, inclusive, para que a perda do controle acionário da União se dê pela venda de ações
ordinárias na Bolsa de Nova York. A energia elétrica é bem essencial para a garantia da dignidade humana,
e a substituição das regras de direito pelas regras de mercado coloca parte do país em risco de insalubridade,
de profunda precariedade, haja vista que a inadimplência das contas de luz já é uma realidade, bem como
os grandes apagões. “Capitalização da Eletrobrás também deverá ser feita em Nova York, diz CEO”
matéria do jornal Uol, em 16/07/2021, disponível em https://url.gratis/Vsr5Vs.
13
Matéria da Central Única dos Trabalhadores: “Disparada do gás de cozinha leva famílias a cozinhar com
lenha, álcool e carvão”, 27 de abril de 2021, disponível em https://www.cut.org.br/noticias/disparada-do-
gas-de-cozinha-leva-familias-a-cozinhar-com-lenha-alcool-e-carvao-8ab1 , último acesso em 01-09-2021.
14
NOVAIS, Maysa Carvalhal dos Reis. “A morte reiterada na vida e a vida que habita a máscara da
morte”: das mortes em vida do negro. In: Justiça Restaurativa em crimes de violência doméstica: por
uma práxis decolonial a partir do feminismo não-carcerário/ Maysa Carvalhal dos Reis Novais. 1- ed. –
Belo Horizonte: Editora Dialética, 2020.
15
MARTINELLI, João Paulo Orsini, Direito Penal parte geral: lições fundamentais/ João Paulo Orsini
Martinelli, Leonardo Smith de Bem. – 6.ed. – Belo Horizonte, São Paulo: D`Plácido, 2021. p. 1180.
16
MIRABETE, Julio Fabbrini. Manual de Direito Penal/ Julio Fabbrini Mirabete.- 22.ed. São Paulo:
Atlas, 205. p.284.
Com a redação atual do art. 51, a multa criminal tornou-se dívida de valor,
sendo-lhe aplicável as normas da legislação relativa à dívida ativa da Fazenda
Pública Federal ou Estadual, inclusive no que concerne às causas interruptivas
e suspensivas da cobrança do crédito tributário. Retirou-se, assim, o seu caráter
coercitivo de cunho penal (conversão em prisão), passando a figurar, tão
somente, o seu aspecto fiscal. A Lei nº 9.268/1996 revogou, inclusive, o art.
182, da LEP, que igualmente tratava da conversão da multa em detenção. 17
"[a] nova dicção do art. 51 [...] não retirou da multa o seu caráter de pena, de
sanção criminal. O objetivo da alteração legal foi simplesmente evitar a
conversão da multa em detenção, em observância à proporcionalidade da
resposta penal" (ADI n. 3.150, Rel. Ministro Marco Aurélio, Rel. p/ Acórdão
Ministro Roberto Barroso, Tribunal Pleno, DJe-170 divulg. 5/8/2019 public.
6/8/2019).
17
SOUZA, Artur de Brito Gueiros. Direito penal: volume único / Artur de Brito Gueiros Souza, Carlos
Eduardo Adriano Japiassú. São Paulo: Atlas, 2018, p.400.
18
AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL. PENA DE MULTA APLICADA EM
CONJUNTO COM SANÇÃO CORPORAL, JÁ CUMPRIDA. INADIMPLEMENTO. DÍVIDA DE
VALOR. ART. 51 DO CP. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE DO APENADO. POSSIBILIDADE.
RECURSO IMPROVIDO. 1. Deve ser extinta a punibilidade do sentenciado após o cumprimento da
reprimenda corporal, mesmo diante da inadimplência da sanção pecuniária, tornando -se esta dívida de
valor, a ser executada pela Fazenda Pública. 2. Agravo regimental a que se nega provimento. (STJ -
AgRg no REsp: 1452819 SP 2014/0105519-0, Relator: Ministro LEOPOLDO DE ARRUDA RAPOSO
(DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/PE), Data de Julgamento: 08/09/2015, T5 - QUINTA
TURMA, Data de Publicação: DJe 15/09/2015
portanto, não se dá a extinção da punibilidade antes do cumprimento integral
da pena, ali considerado também o pagamento da multa.
A partir disso, enviesaremos o texto para uma problema concreto, no Brasil, com
repercussões classistas e racistas19: legislação proibitiva da circulação de substâncias
arbitrariamente eleitas como proibidas (Lei 13.346/2006) e guerra às drogas. Os dados
mais atualizados do Banco Nacional de Monitoramento de Prisões –CNJ (2018),
demonstrando que roubo (art.157 do CP), furto (art.155 do CP) – crimes patrimoniais - e
tráfico de drogas (art.33 da Lei 11.343/2006) correspondem a 60,95% dos tipos penais
mais recorrentes imputados às pessoas privativas de liberdade (homicídio, latrocínio e
estupro não chegam juntos a 15%).20
19
Segundo Silvio Luiz de Almeida, a concepção individualista do racismo não admite a existência do
racismo, mas somente do “preconceito”, a fim de ressaltar a natureza psicológica do fenômeno em
detrimento de sua natureza política. “As maiores desgraças produzidas pelo racismo foram feitas sob o
abrigo da legalidade.” ALMEIDA, Silvio Luiz de. O que é racismo estrutural? Belo Horizonte (MG):
Letramento, 2018. p. 28.
20
Cadastro Nacional de Presos – BNMP 2.0- Banco Nacional de Monitoramento de Prisões, Conselho
Nacional de Justiça, agosto de 2018. Disponível em https://www.cnj.jus.br/sistema-carcerario-e-execucao-
penal/cadastro-nacional-de-presos-bnmp-2-0?utm_source=banner, acesso em 20/08/2021.
21
Idem. páginas 52 e 54.
22
De acordo com o art.49, §1º, do CP, o valor mínimo do “dia-multa” é 1/30 do salário mínimo vigente.
As penas para os crimes de tráfico e de associação são calculadas a partir de 500 e 700 dias-multa,
respectivamente. Em 2021, o salário mínimo é valorado em R$1.100,00 (mil e cem reais).
O Código Penal, em seu art. 114, inciso II, determina que, em condenações
estabelecidas em crimes como o do tráfico de drogas, a prescrição da pena de multa
ocorrerá no mesmo prazo estabelecido pela pena privativa de liberdade. De outro o lado,
o art. 64, inciso I, do mesmo artigo legal estipula que não prevalece a condenação anterior,
se entre a data do cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido
período de tempo superior a 5 (cinco) anos.
23
G1. “Pandemia aumenta a desigualdade racial no mercado de trabalho brasileiro, apontam dados oficiais”,
publicado em 17/11/2020, disponível em https://g1.globo.com/economia/noticia/2020/11/17/pandemia-
aumenta-desigualdade-racial-no-mercado-de-trabalho-brasileiro-apontam-dados-oficiais.ghtml
24
Portal G1. “Jovem que foi presa em 2018 horas antes de dar a luz é condenada e multada em R$5
mil” , por Lívia Machado, publicado em 09/07/2021, disponível em https://g1.globo.com/sp/sao-
paulo/noticia/2021/07/09/cumprindo-pena-domiciliar-e-sem-renda-jovem-presa-em-2018-horas-antes-de-
dar-a-luz-e-condenada-e-recebe-multa-de-r-5-mil.ghtml
populacional, com baixo esforço por vulnerabilidade25 em relação ao sistema penal, dos
espaços de luta por direitos, e a violência do poder punitivo ascende como arma
estratégica de espoliação de recursos humanos e naturais em grande escala26.
25
ZAFFARONI, Eugenio Raúl, 1940 – Direito penal brasileiro, volume 2, tomo 2/ Eugenio Raúl
Zaffaroni, Nilo Batista; Alejandro Alagia; Alejandro Slokar. – 1.ed. – Rio de Janeiro: Revan, 2017. p. 221.
26
Portal G1. “ Sem dinheiro para comprar gás de cozinha, famílias do subúrbio de Salvador utilizam
álcool em gel e lenha para cozinhar”, por TV Bahia, em 18/03/2021, 17 horas, disponível em
https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/2021/03/18/sem-dinheiro-para-comprar-gas-de-cozinha-familias-
do-suburbio-de-salvador-utilizam-alcool-em-gel-e-lenha-para-fazer-comida.ghtml
27
MARX, Karl: O Capital: crítica da economia política: Livro 1: o processo de produção do capital/ Karl
Marx; [tradução de Rubens Enderle]. – São Paulo: Boitempo, 2013. (Marx- Engels). Capítulo 12. Divisão
do Trabalho e manufatura.
28
De acordo com o art. 110 do CP, a prescrição da pretensão punitiva após o trânsito em julgado da sentença
condenatória por tráfico de drogas (art. 33 da Lei 11. 343/2016 impõe pena mínima de 5 anos) é de no
mínimo 12 anos. Nesse sentido, a inadimplência da multa penal – cuja prescrição acompanha a da pena
principal (art.114, II, do CP) - impede a extinção da reincidência, no prazo legal de 5 anos, como determina
o art.64, I, do CP.
cidadão negro, em Queimados, município da região metropolitana do Rio de Janeiro,
chegava apenas a 48 anos, em 202029. Do outro lado da Dutra, foi divulgado também
“mapa da desigualdade” demonstrando que a expectativa de vida, na periferia de São
Paulo, não ultrapassa os 63 anos de idade30.
Ademais, é ainda possível que a situação dos presídios brasileiros – afetados pela
declaração de Estado de Coisa Inconstitucional (ADPF 347) – degradem sobremaneira a
vida dos presidiários, tendo em vista a precária situação sanitária desses estabelecimentos.
André Carvalho Santos destaca em seu livro (2021) dados divulgados pelo Conselho
Nacional de Justiça segundo os quais apenas 37% dos estabelecimentos prisionais
possuem instalações aptas a fornecer cuidados mínimos às pessoas presas31.
29
https://casafluminense.org.br/mapa-da-desigualdade/
30
https://www. redebrasilatual.com.br/cidadania/2019/11/mapa-da-desigualdade-23-anos/
31
RAMOS, André de Carvalho. Curso de Direitos Humanos/ André de Carvalho Ramos. – 8. ed.- São
Paulo: Saraiva Educação, 2021. p. 1128
32
https://veja.abril.com.br/brasil/governo-ressuscita-ideia-de-privatizar-presidios/
33
http://www.ihu.unisinos.br/78-noticias/596466-brasil-se-mantem-como-3-pais-com-maior-populacao-
carceraria-do-mundo
Carvalhal para quem a história do racismo, no Brasil, é construída entorno da ideia de
“homem-mercadoria”, e que o atual momento de globalização dos mercados seria
paradigmático para a compreensão da sofisticação desse artifício perverso34.
34
NOVAIS, Maysa Carvalhal dos Reis. “A morte reiterada na vida e a vida que habita a máscara da
morte”: das mortes em vida do negro. In: Justiça Restaurativa em crimes de violência doméstica: por
uma práxis decolonial a partir do feminismo não-carcerário/ Maysa Carvalhal dos Reis Novais. 1- ed. –
Belo Horizonte: Editora Dialética, 2020. pg.36
35
CIRINO DOS SANTOS, Juarez. Criminologia: contribuição para crítica da economia da punição/
Juarez Cirino dos Santos. -1.ed.- Tirant lo Blanch: 2021. pg. 426.
36
Para ilustrar o diagnóstico deste escritor, destaca-se que o Poder Judiciário aceita como provas de crime
a palavra do policial militar e o local em que reside o criminalizado (comumente favelas e periferias). Dá-
se ênfase ao trecho de decisão proferida pelo juízo da 34ª Vara Criminal da Comarca da Capital do Rio de
Janeiro, no Processo nº 0140155-21.2018.8.19.0001, página 205 dos autos judiciais: “A autoria pode ser
extraída dos depoimentos prestados em sede judicial pelos policiais militares que efetivaram a prisão do
acusado. O endereço da apreensão fica no interior do Complexo do Chapadão, local conhecido como
ponto de venda de drogas e seria impossível que o réu traficasse na comunidade sem que estivesse
associado para tal finalidade.”
Essa questão denota um problema de ordem material e não formal, já que, se a
vedação de prisão perpétua não se demonstra cláusula pétrea (art.60, §4º, IV, da
CRFB/88) para aqueles que não ostentam o fenótipo europeu e nem ostentam o padrão
de consumo americano, o fundamento democrático da proteção da dignidade humana é
ignorado, na prática. A subtração da humanidade do indivíduo, pelo não reconhecimento
de seus direitos fundamentais, é elemento de reificação, ou coisificação da pessoa
humana. Para além disso, a desestatização de complexo prisionais (pauta da ordem do
dia), tendo por variante os custos de cada presidiário e o valor diferenciado pela lei de
suas forças de trabalho, na perspectiva do prolongamento da vida prisional (art.75 do CP),
parece alcançar novo estágio de distanciamento entre dignidade humana, em sentido
abstrato, e exploração em sentido concreto. Uma passagem de Paulo Arantes pode
contribuir à musculatura desse pensamento:
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ARANTES, Paulo. O novo tempo do mundo. Coleção Estado de Sítio. Boitempo. 2014, p. 327
5. Considerações finais
Todavia, a prática e a história podem nos mostrar que o direito não é reproduzido
por autopoiese e, portanto, este texto, de maneira um pouco crua, aproveita as inovações
penais trazidas pelo famigerado pacote anticrime e a atualidade da criminologia crítica
radical para discutir um pouco o mundo que circunda a Universidade Estadual do Rio de
Janeiro.
A conjuntura não permite mais com que o (pretenso) pensador esconda o seu lado.
Não obstante isso, houve a tentativa de equilibrar a quantidade de fontes com o tamanho
do trabalho. Essa redação supostamente crítica, embora faltosa, almeja um caminho de
construções normativas antiliberais, no sentido de busca por uma chegada longe da lógica
da mercadoria. Questionar a Lei 13.964/2019, já muito criticada, é um rabisco.
BIBLIGRAFIA:
ALMEIDA, Silvio Luiz de. O que é racismo estrutural? Belo Horizonte (MG):
Letramento, 2018.
ARANTES, Paulo. O novo tempo do mundo. Coleção Estado de Sítio. Boitempo. 2014.
CIRINO DOS SANTOS, Juarez. Criminologia: contribuição para crítica da economia
da punição/ Juarez Cirino dos Santos. -1.ed.- Tirant lo Blanch: 2021.
MASCARO, Alysson Leandro. Estado e Forma Política. São Paulo: Boitempo, 2013.
MENEGAT, Marildo. Estudos sobre ruínas. - Rio de Janeiro: Revan: Instituto Carioca
de Criminologia, 2012. 1ª reimpressão, janeiro de 2015.
MARTINELLI, João Paulo Orsini, Direito Penal parte geral: lições fundamentais/
João Paulo Orsini Martinelli, Leonardo Smith de Bem. – 6.ed. – Belo Horizonte, São
Paulo: D`Plácido, 2021.
MIRABETE, Julio Fabbrini. Manual de Direito Penal/ Julio Fabbrini Mirabete.- 22.ed.
São Paulo: Atlas, 205. p.284.
SOUZA, Artur de Brito Gueiros. Direito penal: volume único / Artur de Brito Gueiros
Souza, Carlos Eduardo Adriano Japiassú. São Paulo: Atlas, 2018.