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Bloco 6 Equipamentos de controle: atuação pneumática/elétrica Definição do diâmetro da válvula de controle para sistemas de vapor Módulo 6.

4
SC-GCM-57-BR-ISS11

Módulo 6.4
Definição do diâmetro da
válvula de controle para
sistemas de vapor

O circuito de vapor e condensado 6.4.1


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Bloco 6 Equipamentos de controle: atuação pneumática/elétrica Definição do diâmetro da válvula de controle para sistemas de vapor Módulo 6.4
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Definição do diâmetro da válvula de controle para


sistemas de vapor
Antes de discutir a definição do diâmetro das válvulas de controle para sistemas de vapor, pode ser
uma boa ideia rever as características do vapor em uma aplicação de transferência de calor.

• O vapor é fornecido a uma pressão específica a montante da válvula de controle pela qual ele
passa para chegar ao trocador de calor, que também opera a uma pressão específica.

• O vapor passa pela válvula de controle e entra no espaço de vapor do equipamento, onde entra
em contato com as superfícies de transferência de calor.

• O vapor se condensa nas superfícies de transferência de calor e forma o condensado.

• O volume de condensado é muito inferior ao de vapor. Ou seja, quando o vapor se condensa, a


pressão no espaço de vapor é reduzida.

• Essa pressão reduzida no espaço de vapor faz com que existe uma diferença de pressão na
válvula de controle, e o vapor flui da zona de alta pressão (a montante da válvula de controle)
para a zona de menor pressão (o espaço de vapor do equipamento) em relativa proporção à
diferença de temperatura e, em um cenário ideal, equilibra-se com a taxa de condensação do
vapor.

• A quantidade de fluxo de vapor que adentra o equipamento é determinada por essa diferença de
pressão e o tamanho do orifício da válvula. Se, em algum momento, a vazão de vapor que percorre
a válvula for inferior à taxa de condensação (talvez a válvula seja muito pequena), a pressão do
vapor e a taxa de transferência de calor no trocador de calor ficará abaixo do necessário e o
trocador de calor não conseguirá satisfazer a carga de calor.

• Se for usado um sistema de controle modulante, à medida que a temperatura do processo se


aproximar do ponto de referência do controlador, o controlador fechará a válvula na medida
proporcional, reduzindo, portanto, a vazão de vapor para manter a pressão inferior necessária
para sustentar uma carga de calor menor (a ação de abrir e fechar a válvula muitas vezes é
conhecida como aumentar ou diminuir a “elevação da válvula”. Este assunto é abordado mais
profundamente no Módulo 6.5, “Características da válvula de controle”).

• Fechar a válvula reduz a vazão mássica. A pressão do vapor cai no espaço de vapor, então, o
mesmo acontece com a temperatura do vapor. Isso significa que existe uma diferença menor de
temperatura entre o vapor e o processo, o que faz com que a transferência de valor seja reduzida,
conforme a Equação 2.5.3.

Equação 2.5.3 = U A ∆ TM

Em que:
= calor transferido por unidade de tempo (W)
U = Coeficiente de transferência de calor total (W/m² °C)
A = Área de transferência de calor (m²)
∆TM = diferença de temperatura média entre o vapor e o fluido secundário (°C)

O coeficiente global de transferência de calor (U) não se altera muito durante o processo e a área
(A) é fixa, então, se a diferença média de temperatura (∆TM) é reduzida, a transferência de valor do
vapor para o fluido secundário também é reduzida.

6.4.2 O circuito de vapor e condensado


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Fluxo de vapor saturado em uma válvula de controle


O fabricante do trocador de calor projetará seus equipamentos para gerarem uma determinada
produção de calor. Para se chegar a essa produção de calor, a superfície de calor precisa de vapor
saturado a uma determinada temperatura (como no interior de uma serpentina de aquecimento em
um trocador de calor de casco e tubo). No caso do vapor saturado, temperatura e pressão são
aspectos de forte correlação, portanto, controlar a pressão do sistema regula a temperatura com
facilidade.
Imagine um cenário em que a válvula de controle recebe vapor a 10 bar(g) e uma dada vazão
mássica percorra a válvula e chegue ao trocador de calor. A válvula é mantida plenamente aberta
(vide Figura 6.4.1).

• Caso seja usada uma válvula DN50 e ela seja mantida plenamente aberta, a queda de pressão
será relativamente pequena na válvula e o vapor fornecido ao trocador de calor terá uma pressão
(e temperatura) razoavelmente alta. Por isso, a serpentina de aquecimento necessária para se
atingir a carga projetada é relativamente pequena.

• Agora, imagine uma válvula DN40 plenamente aberta na linha de entrada de vapor recebendo a
mesma vazão da válvula DN50. Como o orifício da válvula é menor, a queda de pressão na válvula
será maior, o que gerará uma pressão (e temperatura) inferior no trocador de calor. Por isso, para
se atingir a carga de calor necessária, a área de transferência de calor precisa ser maior. Em
outras palavras, será necessário usar uma serpentina de aquecimento ou um trocador de calor
maior.

• Uma redução adicional do diâmetro da válvula exigirá mais queda de pressão na válvula de
controle para a mesma vazão mássica e uma área de superfície de transferência de calor maior
para manter a mesma produção de calor.

Válvula de controle
DN50

9,5 bar(g)
10 bar(g)

P1 P2

Válvula de controle
DN40

9 bar(g)
10 bar(g)

P1 P2

Válvula de controle
DN32

5 bar(g)
10 bar(g)

P1 P2

Fig. 6.4.1
Fluxo por uma válvula de controle plenamente aberta

Seja qual for o diâmetro da válvula de controle, se a demanda do processo for reduzida, a válvula
terá que se modular entre a posição de abertura plena e a posição de fechamento pleno. No entanto,
a primeira parte do movimento tem um pequeno efeito regulatório; qualquer alteração percentual na
elevação da válvula produz uma alteração percentual menor na vazão. Normalmente, uma mudança
de 10% na elevação deve produzir uma mudança de apenas 5% na vazão. Com um movimento mais
amplo, à medida que o obturador da válvula se aproximada de sede, este efeito se inverte, de forma
que talvez uma mudança de 5% na elevação traga uma mudança de 10% na vazão, além de se
atingir uma melhor regulagem.
O circuito de vapor e condensado 6.4.3
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A parte inicial do movimento da válvula de controle, durante o qual pode-se ver o menor efeito de
controle, é maior com válvulas de controle maiores e com a pequena queda de pressão associada,
à carga máxima. Quando a válvula de controle escolhida é suficientemente pequena a ponto de exigir
uma “queda de pressão crítica” à carga máxima, o efeito desaparece. A seção abaixo explicará o
termo “pressão crítica”.

Além disso, ao se optar pelo uso de uma válvula de controle maior, pelo seu orifício ser maior, é
possível promover uma mudança na vazão com uma mudança percentual menor da elevação da
válvula em comparação com uma válvula de controle menor.

Muitas vezes, essa prática pode desestabilizar o controle, aumentando a possibilidade de ocorrência
de uma “oscilação”, principalmente em condições de carga reduzida.

Pressão crítica
A vazão mássica do vapor que percorre a válvula aumentará de acordo com a pressão diferencial,
até que se chegue a uma condição conhecida como “pressão crítica”. O princípio pode ser explicado
analisando-se como os bocais funcionam e suas semelhanças em relação às válvulas de controle.

Imagine um orifício quase perfeito, como o do bocal convergente-divergente ilustrado na Figura 6.4.2.
Seu formato, se projetado corretamente para ser compatível com as condições de pressão a montante
e a jusante e a condição do vapor fornecido, permitirá uma operação de alta eficiência.

Estreitamento Flow lines


Throat
Tubulações de fluxo

Vazão
Flow Fluxo
Flow

Entrada de altainlet
High pressure Saída de baixaoutlet
Low pressure
pressão pressão

Fig.
Fig. 6.4.2
6.4.2 A convergent-divergent
Bocal nozzle
convergente-divergente

Esse bocal pode ser visto como um tipo de motor de calor, transformando a energia térmica em
energia mecânica (cinética). Seu objetivo é descarregar o peso de vapor necessário com uma
determinada queda de pressão e turbulência e perdas por atrito mínimas.

Na seção convergente, a velocidade do vapor aumenta à medida que a pressão cai, embora o volume
específico do vapor também aumente a pressões reduzidas. Em um primeiro momento, a velocidade
aumenta mais rapidamente que o volume específico, e a área de fluxo necessária na passagem por
essa parte do bocal se torna menor. Em um determinado ponto, o volume específico começa a crescer
mais rapidamente do que a velocidade, e a área de fluxo precisa crescer. Neste momento, a velocidade
do vapor será sônica e a área de fluxo estará em seu mínimo. A pressão do vapor com esta área de
fluxo mínima, ou “estreitamento”, é descrita como a “pressão crítica”, e a proporção desta pressão
em relação à pressão inicial (absoluta) é próxima de 0,58 quando há a passagem de vapor saturado.

A pressão crítica varia ligeiramente de acordo com as propriedades do fluido, especificamente no


que tange à proporção dos calores específicos cp/cv do vapor (ou outro fluido gasoso), que é conhecida
como índice adiabático ou coeficiente de expansão adiabática do fluido, muitas vezes representado
pelos símbolos ‘n’, ‘k’ ou ‘ ’. Com o vapor superaquecido, a proporção é de cerca de 0,55; e para o
ar, 0,53.

6.4.4 O circuito de vapor e condensado


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Ponto de interesse:
A proporção da pressão crítica também pode ser determinada pela Equação 6.4.1.

Proporção da pressão 2  - 1
Equação 6.4.1
crítica =  + 1

O valor de pode ser extraído da tabela de vapor disponível no site da Spirax Sarco. Se não
estiver disponível, pode-se chegar a uma aproximação da seguinte forma:

Vapor úmido: = 1,035 + 0,1 (x)


em que “x” é o título, e 0,8 < x < 1.
Vapor saturado seco: = 1,135* * O coeficiente isentrópico ( ) do vapor saturado normal-
mente varia entre 1,135 e 1,3, dependendo da fonte de
Vapor superaquecido: = 1,3 dados usada. Nesta publicação, o valor considerado
para “ ” é 1,135.

Para o vapor saturado seco, usa-se a Equação 6.4.1:

1.135
2 1,135-1
Proporção da pressão crítica = 1.135
2
1,135+1 1,135-1

1,135+11,135
2 0,135
1,135

= 2
2,135 0,135

2,135

= 0,937/8,41
= 0,58

Naturalmente, a vazão mássica que percorre o estreitamento de determinado tamanho está em seu
nível máximo quando sob esta “queda de pressão crítica”. Para se atingir um maior fluxo, o seguinte
precisa ocorrer:
a. A velocidade teria que ser maior, o que só poderia ser feito com uma maior queda de pressão —
mas isso aumentaria o volume específico em uma proporção ainda maior —, ou:
b. O volume específico teria que ser menor, o que só poderia ser feito com uma queda de pressão
menor — mas isso reduziria a velocidade em uma proporção ainda maior.

Portanto, ao se atingir a queda de pressão crítica no estreitamento do bocal (ou na “vena contracta”,
caso um orifício seja usado), uma redução ainda maior da pressão a jusante não seria capaz de
aumentar a vazão mássica que percorre o dispositivo.

Se a queda de pressão em todo o bocal for maior do que a queda de pressão crítica, a pressão crítica
sempre ocorrerá no estreitamento. O vapor se expandirá após passar pelo estreitamento de forma
que, se a área de saída tiver sido corretamente dimensionada, a pressão necessária a jusante será
atingida na saída do bocal, e pouca turbulência será produzida, uma vez que o vapor sairá do bocal
a uma alta velocidade.

Se a saída do bocal for grande ou pequena demais, ocorrerá turbulência nela, o que reduzirá a
capacidade e aumentará o ruído:
• Se a saída do bocal for muito pequena, o vapor não se expandiu o suficiente e terá que continuar se
expandindo fora do bocal, até chegar à pressão a jusante necessária na região de baixa pressão.

• Se a saída do bocal for muito grande, o vapor se expandirá demais no bocal e a pressão do vapor
na saída será inferior à pressão necessária, fazendo com que o vapor volte a se comprimir fora
da saída, na região de baixa pressão.

O circuito de vapor e condensado 6.4.5


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O formato do bocal (Figura 6.4.3) é delicadamente contornado para que a vena contracta ocorra no
seu estreitamento (este processo se contrasta com o de um orifício de borda afiada, em que a vena
contracta ocorre a jusante do orifício. O efeito da vena contracta é abordado em mais detalhes no
Módulo 4.2 “Princípios da medição de vazão”).

Flow lines
Estreitamento
Throat

Tubulações de fluxo

Flow
Vazão Flow
Fluxo

High pressure
Região de alta region Low pressure
Região region
de baixa
pressão pressão

Fig. 6.4.3
Fig. 6.4.3 O
The convergent-divergent
bocal nozzle
convergente-divergente

É possível traçar uma comparação entre as válvulas de controle e os bocais convergentes-divergentes


entendendo que ambos têm uma região de alta pressão (a entrada da válvula), uma área convergente
(a entrada entre o obturador e a sede da válvula), um estreitamento (o espaço mais estreito entre o
obturador e a sede da válvula), uma área divergente (a saída do obturador e da sede da válvula) e
uma região de baixa pressão (o corpo da válvula a jusante). Veja a Figura 6.4.4.

Região de baixa Região de baixa


Low pressure region
pressão Low pressure region
pressão

Obturador
Seat
Sede Diverging
Área area
divergente
Throat
Estreitamento
Converging
Área area
convergente

Região
High de
alta pressão
pressure
region

Vazão
Flow

Fig. 6.4.4 O princípio


Fig. de convergent-divergent
6.4.4 The convergência-divergência dein
principle uma válvula
a control de controle
valve

6.4.6 O circuito de vapor e condensado


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Os bocais e as válvulas de controle têm finalidades diferentes. O bocal visa a aumentar a velocidade
do vapor para produzir algum trabalho (talvez girar uma lâmina da turbina), portanto, é necessário
que a velocidade do vapor que sai do bocal permaneça alta.

Por outro lado, a válvula de controle é um dispositivo de restrição ou “estrangulamento” de fluxo


desenvolvido para produzir uma queda de pressão considerável no vapor. A velocidade do vapor ao
sair do estreitamento de uma válvula de controle se comportará de forma semelhante à passagem
pelo estreitamento de um bocal convergente-divergente, ou seja, ela aumentará com a expansão do
vapor na área divergente entre o obturador e a sede imediatamente após o estreitamento. Se a queda
de pressão pela válvula for superior à queda de pressão crítica, a velocidade do vapor aumentará
até se tornar supersônica nesta área, uma vez que a pressão nela será inferior à presente no
estreitamento.

Passado este ponto, o vapor passa por uma câmara relativamente grande contida no corpo da válvula
(a região de alta pressão), que está sob uma pressão mais elevada devido à contrapressão imposta
pela tubulação conectada, fazendo com que a velocidade e a energia cinética caiam rapidamente.
De acordo com a equação de energia de fluxo constante (SFEE, na abreviação em inglês), este
processo eleva a entalpia do vapor a quase o mesmo valor presente na porta de entrada da válvula.
A pequena diferença se dá em virtude da perda de energia por atrito durante a passagem pela válvula.

Neste momento, o corpo da válvula converte para levar o fluxo de vapor para a saída da válvula, e
a pressão, assim como a densidade se aproxima da pressão, e também da densidade, na tubulação
a jusante. A estabilização da pressão estabiliza também a velocidade relativa à área transversal da
via de saída da válvula.

A alteração relativa no volume na válvula é representada pelas linhas pontilhadas no diagrama


esquemático ilustrado na Figura 6.4.5.

Divergent
Seção section
divergente to the ‘chamber’
em direção à “câmara” Convergent
Seção section
convergente emtodireção
the ‘outlet port’
à “via de saída”

Flow
Fluxo Região
Flow
Fluxo
Low
de baixa
pressure
Tubo pressão Tubo de saída
Highdepressure region Low pressure
entrada de alta de baixa
inlet
pressãopipe outlet pipe
pressão

Seção convergente
Convergent emvalve
section to the direção ao
throat Seção divergente
Divergent sectionnoinobturador
the plug -–seat area
estreitamento da válvula área da sede

Estreitamento
Valve throat da válvula

Fig.Fig. 6.4.5
6.4.5 Theconvergente-divergente-convergente
Corpo convergent-divergent-convergent valve body
da válvula

Quando a queda de pressão em uma válvula é maior do que crítica, ruído pode ser gerado pela
grande troca instantânea de energia cinética para energia térmica na região de baixa pressão, que
algumas vezes são exacerbados pela presença de vapor supersônico.

O circuito de vapor e condensado 6.4.7


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Velocidade, ruído, erosão, título e superaquecimento na saída da válvula


O ruído pode ser um aspecto importante a se considerar para definir a dimensão das válvulas de
controle, não só porque cria maior volume sonoro, mas também porque a vibração associada a ele
pode danificar os componentes internos da válvula. Existem peças redutoras de ruído especiais
(trims) para válvulas mas, às vezes, uma solução menos custosa seria usar um corpo de válvula
maior do que o exigido. Equações complexas devem calcular o ruído emitido pelas válvulas de
controle, mas são de difícil aplicação manual. Normalmente, considera-se que a válvula de controle
produzirá ruído inaceitável se a velocidade do vapor saturado seco na saída da válvula de controle
for superior a 0,3 mach. A velocidade do som no vapor depende da temperatura e da qualidade do
vapor, mas pode ser calculada com a Equação 6.4.2, se as condições forem conhecidas (1 mach =
velocidade do som).

Equação 6.4.2 C = 31,6  RT

Em que:
C = velocidade do som no vapor (m/s)
31,6 = constante de proporcionalidade
= coeficiente isentrópico do vapor (1,135 – saturado, 1,3 – superaquecido)
R = 0,4615 – constante gasosa do vapor (kJ/kg)
T = temperatura absoluta do vapor (K)

Um método menos preciso, mas útil, para estimar se o ruído será um problema é calcular a velocidade
na via de saída da válvula. Para o vapor saturado seco, de forma simplificada, se a velocidade é
superior a 150 m/s, há uma chance de que o corpo da válvula seja pequeno demais (embora o
tamanho do trim da válvula atenda à capacidade necessária). Maiores velocidades também causarão
erosão no corpo da válvula a jusante, principalmente se houver vapor úmido nesta região. A
recomendação é que a velocidade de saída máxima do vapor úmido seja 40 m/s na via de saída.

Outra consequência da queda de pressão do vapor na válvula de controle é o título ou o


superaquecimento do vapor, dependendo das suas condições ao entrar na válvula. Geralmente,
maiores graus de superaquecimento não são desejados nos processos térmicos, portanto, é útil
poder detectar esse evento, caso ocorra. A velocidade do vapor superaquecido (e do gás seco),
porém, pode chegar a 0,5 mach na via de saída. Por outro lado, na outra ponta da escala, os líquidos
podem ser limitados a uma velocidade de saída máxima de 10 m/s.

Exemplo 6.4.1
A velocidade de saída da válvula e o efeito do título/superaquecimento
Uma válvula de controle recebe vapor saturado seco de um separador a 12 bar(g) e é usada para
reduzir a pressão do vapor a 4 bar(g) sob carga máxima. A vazão em carga máxima é de 1.300 kg/h,
o que exige um Kvr de 8,3. Inicialmente, considera-se usar uma válvula DN25 (1 pol.), que tem Kvs
de 10 e uma área de saída de 0,00049 m². Qual é a velocidade do vapor na saída da válvula?

Determine o estado do vapor na saída da válvula a 4 bar(g).

O título e superaquecimento pode ser calculado com o seguinte procedimento:

Segundo as tabelas de vapor, o calor total (hg) no vapor saturado seco a montante a 12 bar(g) é de
2.787 kJ/kg.

Como o vapor de entrada está em estado saturado seco, certamente será superaquecido após passar
pela válvula. Portanto, a tabela de vapor superaquecido deve ser usada para quantificar suas
propriedades.

Com as tabelas de vapor do site da Spirax Sarco, é possível calcular a condição do vapor a jusante
a 4 bar(g) selecionando “Superheated steam” (Vapor superaquecido) e inserindo a pressão de “4
bar(g)” e um calor total (h) de 2.787 kJ/kg.

6.4.8 O circuito de vapor e condensado


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Ao inserir esses valores, a tabela de vapor retorna o resultado do vapor superaquecido a 4 bar(g)
com 16,9 graus de superaquecimento (442 K) (o Módulo 2.3, “Vapor superaquecido”, apresenta mais
detalhes sobre como determinar o estado do vapor a jusante).
O volume específico do vapor superaquecido, a 4 bar(g) e 442 K, é de 0,3918 m³/kg (segundo a
tabela de vapor).

Vazão volumétrica = 1.300 kg/h x 0,391 8 m³/kg


= 509,3 m³/h
= 0,1415 m³/s
Vazão volumétrica
Velocidade de saída da válvula =
Área de saída
0,1415 m³/s
=
0,00049 m²
= 289 m/s
É necessário verificar se essa velocidade é inferior a 0,5 mach, que é o limite definido para a velocidade
do vapor saturado na saída da válvula.
A velocidade do som (1 mach) pode ser calculada com a Equação 6.4.2.

Equação 6.4.2 C = 31,6  RT

Uma válvula de 1,3 é escolhida para o coeficiente isentrópico “” porque o vapor na saída da válvula
está superaquecido.
R é a constante gasosa do vapor 0,4615 kJ/kg
T é a temperatura absoluta de 442 K

Portanto, a velocidade do som na saída da válvula é: CC= =31,6


31,6  R T
C = 31,6  R T
C = 31,6 1,3 x 0,461 5 x 442
CC= =31,6
31,6 1,3 x 0,461 5 x 442
C = 31,6 x 16,28
CC= =31,6
31,6x 16,28
x 16,28
C = 515 m/s
CC= =515
515m/s
m/s
Como o vapor está superaquecido na saída da válvula, o critério de 0,5 mach é usado para determinar
se a válvula produzirá ruídos.

0,5 x 515 = 257,5 m/s


Como a velocidade esperada é de 289 m/s, acima do limite de 257,5 m/s, a válvula DN25 não seria
adequada para esta aplicação se a emissão de ruídos fosse um problema.
Considere a válvula imediatamente maior que a DN25, a DN32 (mas com trim de 25 mm). A área de
saída desta válvula é de 0,0008 m2 (vide Tabela 6.4.1).

Velocidade de saída da válvula = = 177 m/s


0,0008 m²
A válvula de corpo DN32 será adequada porque a velocidade de saída seria inferior a 0,5 mach, valor
máximo permitido para o vapor superaquecido.
O mesmo procedimento pode ser usado para se determinar as condições do vapor a jusante quando
as condições a montante são diferentes. Por exemplo, se for sabido que o vapor a montante é úmido,
a jusante ele pode ser úmido, saturado seco ou superaquecido, dependendo da queda de pressão.
A velocidade de saída permitida dependerá da condição do vapor a jusante, como anteriormente
descrito nesta seção e observado no Exemplo 6.4.2.

O circuito de vapor e condensado 6.4.9


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Erosão
Outro problema é a possibilidade de erosão no corpo da válvula decorrente da velocidade excessiva
na saída da válvula. No Exemplo 6.4.1, devido ao efeito de secura e superaquecimento da queda de
pressão de 12 bar(g) para 4 bar(g), o vapor está em estado gasoso seco e não contém qualquer
traço de umidade. Neste caso, a erosão não deve ser um problema.
De forma simplista, se for possível garantir que o vapor que sai da válvula de controle está
superaquecido, 250 m/s seria o limite apropriado para a velocidade de saída do vapor.
Às vezes, o vapor que adentra a válvula de controle, quando está saturado, normalmente carrega uma
certa quantidade de água e ele pode ser considerado, por exemplo, 97% ou 98% seco. Se o vapor
passar por um separador devidamente projetado, terá título próximo de 100%, como no Exemplo 6.4.1.
Com uma queda de pressão além de pequena e vapor além de úmido, o vapor provavelmente será
seco a ponto de saturação ou até ligeiramente superaquecido.
Se o vapor de entrada for seco e/ou a válvula se deparar com uma queda de pressão considerável
(como no Exemplo 6.4.1), o vapor será mais superaquecido.

Equações para se definir o diâmetro das válvulas de controle


As válvulas de controle não são tão eficientes quanto bocais na transformação de calor em energia
cinética. O percurso do vapor, que envolve a entrada, o estreitamento e a saída da válvula, é
relativamente tortuoso.
Em uma válvula de controle, muito mais energia é perdida em virtude do atrito em comparação com
o bocal e, como...
• a área de saída do corpo da válvula dificilmente replicará a condição de pressão a jusante

• a relação entre a posição do obturador e da sede muda constantemente


... é provável que haja turbulência na saída da válvula.

Válvulas de controle de diferentes tipos podem parecer ter chegado a condições críticas de fluxo
quando sob quedas de pressão do que as citadas acima para os bocais. Passagens restritas de fluxo
pela sede de uma válvula e na parte a jusante do estreitamento podem indicar que só é possível
atingir a vazão máxima quando há quedas de pressão relativamente maiores. Uma válvula esfera
ou válvula borboleta pode ter formato que permita recuperar parte da pressão a jusante do
estreitamento, de modo que as condições máximas de fluxo sejam atingidas com uma queda de
pressão geral menor do que o esperado.
As complexas equações de dimensionamento de válvulas podem ser usadas para levar esses e
outros critérios em consideração, e há mais de uma norma que indicam essas equações.
Uma delas é a IEC 60534. Infelizmente, os cálculos são tão complexos que só podem ser usados
por software de computador; o cálculo manual seria um processo tedioso e lento.
De todo modo, ao se definir o diâmetro de uma válvula de controle para aplicação em um processo
crítico, tal software é indispensável. Por exemplo, a IEC 60534 foi criada para calcular outros sintomas,
como os níveis de ruído gerados pelas válvulas de controle, que estão sujeitas a quedas de pressão
elevadas. Os fabricantes de válvula de controle normalmente usarão software de dimensionamento
e seleção para complementar sua própria linha de válvulas.
No entanto, uma simples equação de dimensionamento de válvula para vapor, como a Equação
3.21.2 para vapor saturado, é perfeitamente adequada para a maioria das aplicações de vapor com
válvulas globo.
Além disso, considerando-se que a pressão crítica ocorre a 58% da pressão absoluta a montante,
uma válvula globo dificilmente será subdimensionada.
Para simplificar, o restante deste Módulo presumirá que a pressão crítica do vapor saturado ocorra
a 58% da pressão absoluta a montante.
Por exemplo, se a pressão a montante de uma válvula de controle for de 10 bar(a), a vazão máxima
que percorre a válvula ocorrerá quando a pressão a jusante for de:

10 bar(a) x 58% = 5,8 bar(a)

6.4.10 O circuito de vapor e condensado


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Deste modo, uma queda de pressão crítica é uma perda de 42% da pressão a montante, ou seja,
um índice de queda de pressão de 0,42. Como mencionado no texto anterior, ao se atingir essa
pressão a jusante, qualquer queda de pressão adicional não causará aumento na vazão mássica.

É possível observar esse efeito na Figura 6.4.6, que mostra como a vazão, no caso de uma válvula
de globo, aumenta com a queda da pressão a jusante até que se atinja a queda de pressão crítica.

12

10

8
Downstream pressure bar a

Vazão mássica de vapor comum de


Typical steam mass flowrate
passagem em uma válvula globo
Pressão a jusante bar(a)

through a full open globe valve


totalmente
withaberta, com
upstream pressãoata10 bar a
pressure
montante a 10 bar(a)
6

0
0 500 1 000 1 500 2 000
Flowrate kg/h
Vazão kg/h
Fig. 6.4.6
The mass flowrate through a steam valve
Fig.increases
6.4.6 until critical pressure is reached
A vazão mássica que percorre uma válvula de vapor aumenta até que se atinja a pressão crítica

Definir o diâmetro de uma válvula de controle para um trocador de calor de vapor é um equilíbrio
entre:
1. Uma menor queda de pressão que minimizará o diâmetro (e, talvez, o custo) do trocador de calor.
2. Uma maior queda de pressão que permita que a válvula aplique controle eficaz e preciso sobre
a pressão e a vazão por maior parte do seu trajeto.

Se a queda de pressão for inferior a 10% sob carga máxima, três problemas podem ocorrer:
• Dependendo das configurações do controlador e da temperatura secundária e de atrasos no
tempo do sistema, pode ocorrer uma “oscilação” da temperatura em torno do valor de referência
porque a válvula está, efetivamente, superdimensionada; pequenas mudanças na elevação
provocarão grandes mudanças na vazão, especialmente no caso de uma válvula com característica
linear.

• Cargas de trabalho normalmente são bem inferiores à carga máxima, e a válvula pode operar por
períodos bem prolongados quando seu obturador está próximo de sua sede. Isso cria o risco de
trefilação (erosão causada pelo esguicho de gotas de água em alta velocidade pelo orifício estreito).
A trefilação diminuirá a vida útil da válvula.

• O sistema não terá um bom controle sob baixas cargas térmicas, reduzindo efetivamente a
capacidade de “turndown” (modulação) da válvula.

O circuito de vapor e condensado 6.4.11


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Simples rotina de dimensionamento de válvulas de globo no trabalho com


vapor
O fluxo e a expansão do vapor que percorre uma válvula de controle é um processo complexo. Há
diversas fórmulas muito complexas disponíveis, mas uma abordagem pragmática, baseada no “melhor
ajuste” de uma curva matemática para se chegar a resultados empíricos, é apresentada na Equação
3.21.2 para válvulas globo que limitam a passagem de vapor saturado. A vantagem desta fórmula
relativamente simples é que é possível usá-la com o auxílio de uma calculadora simples. A equação
assume que a queda de pressão crítica ocorre a 58% da pressão a montante.

Equação 3.21.2 s
= 12 Kv P1 1 - 5,67 (0,42 - )2

Em que:

s
= vazão mássica do vapor (kg/h)
Kv = coeficiente de fluxo da válvula (m³/h bar)
P1 = pressão a montante (bar(a))
P2 = pressão a jusante (bar(a))
P1 - P2
c = índice de perda de pressão =
P1

Nota: Se a Equação 3.21.2 for usada quando P2 é inferior à pressão crítica, a expressão entre
parênteses (0.42 - c) se tornará negativa. Em seguida, a expressão é considerada zero e a função
dentro da raiz quadrada passa a ser 1. Com isso, a equação pode ser simplificada como demonstrado
na Equação 6.4.3.

Equação 6.4.3 s = 12 Kv P1

Uma alternativa possível é usar gráficos de Kv ou dimensionamento de válvulas.

6.4.12 O circuito de vapor e condensado


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Terminologia
Normalmente, o valor da elevação completa da válvula será definido usando o termo Kvs, portanto:
Kvr = valor efetivo necessário para uma aplicação
Kvs = capacidade de elevação total nominal de uma válvula específica

Os fabricantes informam os valores máximos Kvs de elevação da sua linha de válvulas. Por isso, o
valor de Kv não é usado para se definir o diâmetro de válvulas, mas sim como uma forma de comparar
a capacidade de outros tipos e fabricantes de válvula. Ao se comparar duas válvulas DN15 de origens
diferentes, é possível notar que a válvula “A” tem Kvs de 10 e a válvula “B”, Kvs de 8. A válvula “A”
terá maior vazão para uma mesma queda de pressão.

Combinando as informações sobre o dimensionamento de válvulas de vapor


Informações mínimas são necessárias para se determinar o diâmetro de válvula correto:
• A pressão da entrada de vapor deve ser conhecida.

• A pressão de vapor no trocador de calor, para atender à carga térmica máxima, deve ser conhecida.

A diferença entre os critérios acima define a pressão diferencial presente na válvula em condição de
carga total.

• A produtividade térmica do equipamento deve ser conhecida, além da entalpia de evaporação


(hfg) em condições de pressão operacional no trocador de calor. Esses fatores são necessários
para se determinar a vazão mássica do vapor.

Exemplo 6.4.2
A aplicação ilustrada na Figura 6.4.7 precisa de uma válvula de controle.

O fabricante do trocador de calor de casco e tubo especifica que uma pressão de vapor de 5 bar(a)
é necessária no conjunto do tubo para atender a uma demanda de 500 kW do processo.

A montante da válvula de controle há vapor úmido, o título de 0,96 e 10 bar(a), disponível. Entalpia
de evaporação (hfg) a 5 bar(a) é de 2.108,23 kJ/kg.

Controlador

Sensor de
Válvula de controle de temperatura
duas vias e atuadores

Vapor
Trocador de calor

Carga
Estação de drenagem térmica

Condensado Bomba

Fig. 6.4.7 Válvula de controle na estrutura de fornecimento de vapor de um trocador de calor


de casco e tubo

O circuito de vapor e condensado 6.4.13


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Determine a vazão de vapor


Primeiro, é necessário determinar o estado do vapor para a condição de 5 bar(a) a jusante. Ao adicionar
vapor úmido a 10 bar(a) e com título de 0,96 na tabela de vapor úmido do site da Spirax Sarco,
pode-se perceber que o calor total (hg) armazenado no vapor úmido a 10 bar é de 2.697,15 kJ/kg.

A pressão nominal do trocador de calor é de 5 bar(a), e o calor total no vapor saturado seco a essa
pressão é de 2.748,65 kJ/kg (segundo a tabela de vapor).

O calor total no vapor de 10 bar (devido a sua “umidade”) é inferior ao calor total no vapor saturado a
5 bar, portanto, o vapor sob menor pressão não conterá calor suficiente para estar totalmente seco.
O título do vapor sob menor pressão é o quociente dos dois valores de calor total.

Título do vapor a 5 bar(a) = 2.697,15/2.748,65

= 0,98

A energia disponível para a transferência de calor a 5 bar(a) é de 0,98 x hfg a 5 bar(a)

= 0,98 x 2.108,23 kJ/kg

= 2.066 kJ/kg

Agora, é possível determinar a vazão de vapor com a Equação 2.8.1, em que hfg é a entalpia de
evaporação disponível após se considerar o vapor úmido.

Carga em kW x 3 600
Equação 2.8.1 Vazão de vapor (kg/h) = Load in kW x 3 600
Equation 2.8.1 Steam flowrate (kg/h) =
h hfgat, aoperating
fg
pressão operacional
pressure

500
500 kW
kW kJ/s
Steam de
Vazão flowrate
vapor == x 3.600
3 600s/h
s/h
2 066 kJ/kg
2.066 kJ/kg kW

Steam de
Vazão flowrate
vapor == 871
871kg/h
kg/hde
of vapor
wet steam
úmido

6.4.14 O circuito de vapor e condensado


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Determinar o índice de queda de pressão (c) sob carga máxima

10 bar(a) - 5 bar(a)
Índice de queda de pressão (c) = = 0,5
10 bar(a)

Determine o Kvr exigido


O índice de queda de pressão, a carga máxima, é maior que 0,42, portanto, condições críticas se
aplicam. A Equação 6.4.3 pode ser usada para se encontrar o Kvr exigido.

Equação 6.4.2 S
= 12 Kv P1

s
= 12 Kv P1
871 kg/h = 12 Kvr 10 bar(a)
871
Kvr =
12 x 10
Kvr = 7,26

Inicialmente, uma válvula de controle DN25 com Kvs de 10 é selecionada. Com isso, é possível realizar
um cálculo para determinar se o ruído será um problema para uma válvula deste diâmetro que recebe
a passagem de vapor úmido em sua saída.

A velocidade do som na saída da válvula é:

CC = 31,6
31,6 γ RT

wet,Cγ g = 31,6 R
1,035 ==γ 0,1 T where ‘x’ is the dryness fraction
ComoAs the steam
o vapor está is
úmido, C = = 1,035
31,6 γ R 0,1(x)
T(x), em que “x” é o título
As the steam is wet, γγ g == 1,035 1,035 == 0,1(0,98)
0,1(x) where ‘x’ is the dryness fraction
As the steam is wet, γ = 1,035 +=0,1 (0,98)
0,1(x) where ‘x’ is the dryness fraction
γγ g == 1,133
1,133 = 0,1(0,98)
1,035
γ = 1,035 = 0,1(0,98)
R = 0,461 5 kJ/kg (the gas constant for steam) γ = 1,133
R = 0,4615 kJ/kg (a constante gasosa do vapor) γ = 1,133
R = 0,461 5 kJ/kg (the gas constant for steam)same as dry saturated steam at the same pressure;
The temperature of wet steam at 5 bar a is the
R = 0,461 5 kJ/kg (the gas constant for steam)
A temperatura
425 K, doof
T =temperature vapor úmido a 5 bar(a) é a mesma do vapor saturado seco sob a mesma pressão;
The wet steam at 5 bar a is the same as dry saturated steam at the same pressure;
The temperature of wet steam at 5 bar a is the T =same425 as
K. dry saturated steam at the same pressure;
T= The425 speed
K, of sound in the wet steam in the value outlet:
T = 425 K,
The speed of do
A velocidade sound
sominnothe Speed of sound,
wet úmido
vapor steam in the
na Cvalue
saída =da31,6
outlet:
válvula:γ RT
The speed of sound in the wet steam in the value outlet:
Velocidade do som,C
Speed of sound, CC = 31,6 γ1,133
= 31,6
31,6 R T x 0,461 5 x 425
Speed of sound, C = 31,6 γ R T
C = 31,6 x 14,91
C = 31,6 1,133 x 0,461 5 x 425
CC = 31,631,6 1,133 x 0,461 5 x 425
C = 471 m/s
C = 31,6 x 14,91
A DN25 valve has an outlet area of 0,000 49 CC2 = 31,6 x 14,91
= 31,6 x 14,91
C = 471 m/s
The specific volume of wet steam at 5 bar a,Cand C = 471
= 471m/s
0,98 m/s= 0,367 4 m3/kg
dry
A DN25 valve has an outlet area of 0,000 4922
A DN25 valve has an outlet area
The of 0,000flow
volumetric 49 = 871 kg/h x 0,367 4 m3/kg
Umaspecific
The válvulavolume
DN25 tem área
of wet de saída
steam de 0,00049
at 5 bar a, and 0,98 m2 dry = 0,367 4 m3/kg
The specific volume of wet steam at 5 bar a, and = 0,98
320 m dry
3/h= 0,367 4 m3/kg

The
Thevolumetric
volumetric flow
flow = = 871
0,088kg/h
8m3x/s 0,367 4 m3/kg
The volumetric flow = 871 kg/h x 0,367 4 m3/kg
= Volumetric
320 m33/h flowrate
Valve outlet velocity = = 320 m /h 3
The volumetric flow = 0,088 8m area
Outlet /s
The volumetric flow = 0,088 8m3/s
Volumetric
0,088 8 m3/sflowrate
Valve outlet velocity == Volumetric flowrate
Valve outlet velocity = 0,000 Outlet
49 marea
2
Outlet area
Valve outlet velocity = 0,088 181 m/s8 m3/s
= 0,088 8 m3/s
The noise criterion for wet steam in the valve outlet = 0,000
= 4049m/sm2
O circuito de vapor e condensado 0,000 49 m2 6.4.15
Valve outlet velocity = 181 m/s
Valve outlet velocity = 181 m/s
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O volume específico do vapor úmido a 5 bar(a) e com 0,98 de título = 0,3674 m³/kg

Vazão volumétrica = 871 kg/h x 0,3674 m³/kg


= 320 m³/h
Vazão volumétrica = 0,0888 m³/s
Vazão volumétrica
Velocidade de saída da válvula =
Área de saída
0,0888 m³/s
=
0,00049 m²
Velocidade de saída da válvula = 181 m/s
Critério do ruído para o vapor úmido na saída da válvula = 40 m/s

Como essa velocidade está acima de 40 m/s, a válvula de controle de DN25 deve:
1. gerar ruído inaceitável;
2. causar erosão inaceitável na saída da válvula.

Portanto, a válvula de controle DN25 não será adequada para esta aplicação em que o vapor úmido
passa pela saída da válvula.

Uma solução para este problema é adicionar uma válvula maior com o mesmo Kvs de 10 para reduzir
a velocidade de saída do vapor úmido.

Vazão volumétrica
Assim, a velocidade de saída da válvula =
Área de saída
Vazão volumétrica
Área de saída mínima =
Velocidade de saída da válvula
0,0888 m³/s
Área de saída mínima =
40 m/s
Área de saída mínima = 0,00222 m²

Use a Tabela 6.4.1 para determinar o diâmetro mínimo da válvula de controle para uma área de saída
maior que 0,00222 m².

6.4.16 O circuito de vapor e condensado


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Tabela 6.4.1 Áreas de saída típicas de válvulas de controle de DN15 a DN200


Diâmetro da válvula de controle Áreas de saída (m²)
DN15 0,000 18
DN20 0,000 31
DN25 0,000 49
DN32 0,000 80
DN40 0,001 26
DN50 0,001 96
DN65 0,003 32
DN80 0,005 00
DN100 0,007 85
DN125 0,012 27
DN150 0,017 67
DN200 0,031 42

É possível notar na Tabela 6.4.1 que a menor válvula possível para satisfazer a velocidade de saída
máxima de 40 m/s do vapor úmido é uma DN65, com uma área de saída de 0,00332 m².

Portanto, como há vapor úmido percorrendo a saída da válvula, o diâmetro da válvula de controle
deve subir de DN25 (1 pol.) para DN65 (2,5 pol.) neste caso.

Uma solução melhor seria usar um separador antes da válvula de controle. Com isso, será possível
usar a válvula de controle DN25, e essa é a abordagem ideal porque:
• oferece maior capacidade de regulagem e a válvula terá diâmetro mais adequado em caso de
mudanças na carga de vapor;

• garantirá a passagem do vapor seco pela válvula de controle, reduzindo, portanto, a propensão
a erosão da sede e da saída da válvula;

• garantirá desempenho ideal do trocador de calor, uma vez que a superfície térmica não estará
termicamente isolada da umidade do vapor úmido;

• o custo da válvula menor e seu atuador, junto com o separador, provavelmente será equivalente
ao de uma válvula maior com atuador maior.

Dimensionamento com base em uma queda de pressão arbitrária


Se a pressão operacional dos equipamentos não é conhecida, existe a possibilidade de problemas,
em determinados casos.

É importante ressaltar que este método só deve ser usado em último caso e que se deve buscar ao
máximo determinar as pressões operacionais e vazão.

Nestas condições, recomenda-se que a válvula de controle seja selecionada com base em uma
queda de pressão de 10% a 20% da pressão a montante. Desta forma, a válvula de controle
selecionada quase que certamente será maior que o necessário.

Para ajudar nessa situação, uma válvula de igual percentual trará melhor desempenho operacional
do que uma válvula linear (este assunto será abordado em mais detalhes no Módulo 6.5, “Características
da válvula de controle”).

O dimensionamento com base em uma queda de pressão arbitrária não é recomendado para
aplicações críticas.

O circuito de vapor e condensado 6.4.17


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Quanto maior a queda de pressão, melhor?


Normalmente, o ideal é definir o diâmetro de uma válvula de vapor com base na ocorrência de uma
queda de pressão crítica na válvula de controle sob carga máxima. Com isso, o diâmetro e o custo
da válvula de controle podem ser reduzidos.

No entanto, as condições da aplicação podem não permitir essa abordagem.

Por exemplo, se a pressão operacional do trocador de calor for de 4,5 bar(a) e a pressão de vapor
máxima disponível for de apenas 5 bar(a), a válvula só poderá ser dimensionada de acordo com uma
queda de pressão de 10% ([5 – 4.5]/5) = 0,1. Neste cenário, o dimensionamento com base na queda
de pressão crítica reduziria indevidamente o diâmetro da válvula de controle, e o trocador de calor
seria privado de vapor.

Se for impossível aumentar a pressão de entrada de vapor, uma solução é instalar um trocador de
calor maior que opere a uma temperatura inferior. Desta forma, a queda de pressão aumentará na
válvula de controle.

Neste cenário, seria possível usar uma válvula menor, mas, infelizmente, seria necessário usar um
trocador de calor maior, uma vez que a pressão operacional (e a temperatura) dele seria menor.

Porém, um trocador de calor maior operando a uma pressão inferior traz algumas vantagens:
• As superfícies térmicas têm menos tendência a formar acúmulos e a incrustar, uma vez que a
temperatura necessária do vapor é menor.

• Menos vapor flash é produzido no sistema de condensado, o que gera menor contrapressão na
tubulação de retorno de condensado.

É importante equilibrar o custo da válvula e do trocador de calor, a capacidade da válvula de controle


adequadamente e os efeitos no restante do sistema, como explicado anteriormente.

Em sistemas de vapor, válvulas de igual porcentagem, em termos gerais, serão uma melhor opção
do que as válvulas lineares, uma vez que as quedas de pressão baixas afetarão menos o desempenho
operacional delas.

6.4.18 O circuito de vapor e condensado


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Tipos de trocador de calor de aquecimento com


vapor
Este assunto não é objetivo deste Módulo, mas é útil ter uma visão geral dos dois principais tipos de
trocador de calor usados para processos de aquecimento com vapor.

Trocador de calor de casco e tubo


Tradicionalmente, o trocador de calor de casco e tubo é usado em muitas aplicações de processos
de aquecimento com vapor nas mais diversas indústrias. Sua estrutura é robusta e, muitas vezes,
são mais avançados, em termos de engenharia, do que o necessário para o sistema. O trocador de
casco e tubo tende a ter maior massa e uma grande histerese térmica, que são características
intrínsecas que podem torná-lo inadequado a algumas aplicações críticas.

Muitas vezes, o tamanho do trocador de calor de casco e tubo é exagerado na primeira instalação,
principalmente em virtude dos fatores de incrustação aplicados ao cálculo. Este tipo de trocador tende
a ter baixa velocidade de vapor no tubo de vapor, o que reduz:
• a turbulência;

• a tensão tangencial entre o vapor corrente e a parede do tubo;

• a transferência de calor.

Uma tensão tangencial baixa também tende a manter as superfícies do tubo sujas, por isso,
normalmente se aplicam fatores de incrustação mais altos na etapa de concepção do sistema, o que
leva ao superdimensionamento. Em virtude do superdimensionamento, a pressão de vapor efetiva
após a instalação é, muitas vezes, muito menor do que o previsto. Se essa situação não for prevista,
o purgador de vapor pode não ser dimensionado corretamente e os tubos de vapor podem ser
inundados de condensado, causando instabilidade no controle e desempenho ruim.

Trocador de calor a placas (e estruturas)


O trocador de calor a placas é uma alternativa útil. Por ser relativamente pequeno e leve, esse tipo
tem menor massa e reage muito rapidamente a mudanças na carga térmica.

Se corretamente projetado, sua estrutura tende a não incrustar, mas, se isso ocorrer, o processo de
desmontagem, limpeza e reinstalação do equipamento é fácil. Comparado ao trocador de calor de
casco e tubo, o trocador a placas pode operar a pressões menores e realizar o mesmo trabalho, mas
por conta de suas características de alta transferência de calor e uma menor necessidade de
superdimensionamento, continua sendo pequeno e mais econômico que um trocador de calor de
casco e tubo compatível.

Portanto, os trocadores de calor a placas (quando devidamente projetado para usar vapor) são
financeiramente mais adequados a altas quedas de pressão nas válvulas de controle do que os de
casco e tubo. Essa característica cria a vantagem de se usar válvulas de controle menores e mais
baratas, além de o custo do próprio trocador de calor já ser minimizado. Geralmente, o ideal é projetar
o sistema de forma que o trocador a placas opere com queda de pressão crítica (ou a maior queda
de pressão possível) na válvula de controle sob carga máxima.

É importante salientar que nem todos os trocadores de calor a placas são adequados para vapor. É
muito comum comprar um trocador de calor projetado para líquidos e assumir erroneamente que ele
funcionará perfeitamente quando aquecido com vapor. A seleção do equipamento ideal para vapor
não é apenas uma questão de compatibilidade de pressão e temperatura. Fabricantes de boa-fé
disponibilizam material adequado sobre o assunto, que sempre devem ser consultados quando o
vapor é a principal fonte de energia.

O circuito de vapor e condensado 6.4.19


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Exemplos de dimensionamento de vapor usando gráficos


O “coeficiente de vazão” necessário (Kvr) pode ser determinado de várias formas, inclusive com
cálculos usando a Equação 3.21.2 ou a Equação 6.4.3 ou por meio de software. Um método alternativo
e simples de dimensionamento de válvulas é usar um gráfico de Kv, como o disponível na Figura
6.4.8. Há alguns exemplos de como usar esses métodos abaixo:

Vapor saturado

Exemplo 6.4.3 – cenário de queda de pressão crítica

Demanda de vapor do trocador de calor = 800 kg/h


Pressão de vapor a montante da válvula = 9 bar(a)
Pressão de vapor necessária no trocador de calor = 4 bar(a)

Gráfico de Kv de vapor referencial (Figura 6.4.8)

1. Traçar uma linha de 800 kg/h na ordenada do fluxo de vapor.


2. Traçar uma linha horizontal na marca de 9 bar na ordenada da pressão de entrada.
3. No ponto em que essa linha cruza com a linha de queda de pressão crítica (diagonal superior
direita), traçar uma linha vertical para baixo até tocar na linha horizontal em 800 kg/h.
4. Leia o valor de Kv no ponto do toque, ou seja, Kvr ≈ 7.5

Exemplo 6.4.4 – cenário de queda de pressão não crítica

Demanda de vapor do trocador de calor = 200 kg/h


Pressão de vapor a montante da válvula = 6 bar(a)
Pressão de vapor necessária no trocador de calor = 5 bar(a)

Gráfico de Kv de vapor referencial (Anexo 1)

Como no Exemplo 6.4.3, trace uma linha na marca de 200 kg/h da ordenada do fluxo de vapor e, em
seguida, trace outra linha da marca de 6 bar do ordenado da pressão de entrada até a marca de 1
bar da linha da queda de pressão.

Trace uma linha vertical descendente a partir do ponto de interseção gerado para encontrar a linha
horizontal de 200 kg/h e leia o valor de Kv no ponto do toque, ou seja, Kvr ≈ 3.8.

Exemplo 6.4.5 Encontrar a queda de pressão (DP) conhecendo o valor de Kvs

Demanda de vapor do trocador de calor = 3000 kg/h


Pressão de vapor a montante da válvula = 10 bar(a)
Kvs da válvula sendo usada = 36

Gráfico de Kv de vapor referencial (Anexo 1)

Trace uma linha horizontal em 3.000 kg/h para encontrar a linha de Kv 36. Trace uma linha vertical
ascendente a partir desta interseção para encontrar a linha horizontal de 10 bar.

Leia a queda de pressão no ponto da interseção, ∆P 1,6 bar.

Nota: nos exemplos, para converter a pressão medida (bar(g)) em pressão absoluta (bar(a)), basta
adicionar “1” à pressão medida, por exemplo, 10 bar(g) = 11 bar(a).

6.4.20 O circuito de vapor e condensado


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Gráfico deSaturated
dimensionamento do chart
steam sizing vapor saturado
Este gráfico
Thisde dimensionamento
sizing é empírico
chart is empirical e não
and should notdeve ser for
be used usado para
critical aplicações críticas
applications
0,8
1
Pressão de entrada bar(a) (absoluta)
Inlet pressure bar a (absolute)

2
LiCn
rhitai
Pe
Prrd
3 cda
el
esa
ppre
ersds
sude
4 au
re c
5 rdee
dpro
darrg
reps
opa sliãne
o
8 bbaa crí
rr tic
a
10

20
2 3
0,

0,

0,
0,

3
2
1

5
1
30
40
50

10
20
80 30

20

30
Steam flow kg / h ( ÷ 3 600 = kg / s)
Fluxo de vapor kg/h (÷ 3.600 = kg/s)

40
50

80 0,4
100
K
v =1
,0
200
1,6
300 2,5
400
4,0
500
6,3
800 K
v =1
0
1000
16
25
2 000
40
3 000
63
4 000 K
v =1
00
5 000
16
0
8 000 25
0
10 000
40
0

20 000

30 000
40 000
50 000

80 000
100 000

Fig, 6,4,8 Steam K chart


Fig. 6.4.8 Gráfico de Kv dovvapor

O circuito de vapor e condensado 6.4.21


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Vapor superaquecido
Para dimensionar uma válvula para uso com vapor superaquecido, veja o Exemplo 6.4.6 e o gráfico
de vapor superaquecido da Figura 6.4.9.

Exemplo 6.4.6
O exemplo abaixo demonstra como usar o gráfico para 100 °C de superaquecimento: siga a linha
do respectivo fluxo de vapor à esquerda até a linha vertical que representa 100 °C de superaquecimento.
Em seguida, trace uma linha horizontal normalmente a partir da interseção produzida. Ao fazer isso,
o gráfico introduz um fator de correção para o superaquecimento e corrige o valor de Kv.

Este gráfico desizing


This dimensionamento é empírico
chart is empirical e não not
and should devebeser usado
used para aplicações
for critical críticas
applications
Pressão de entrada bar(a) (absoluta)

0,8
1
Inlet pressure bar a (absolute)

2
LCin
3 rhitaic d
Pe alepp
4 rPdre reesrd
as saurd
5 dseu eedp
crea roreps
rdgr lsinãeo
8 aop crít
10 bab ica
rar

20
0, 0,
1 2 0,3 0,
5
1 2 3 5
30
40 10
50
20
80 30

10
Steam flow kg / h (÷ 3 600 = kg / s)

20
Fluxo de vapor kg/h (÷ 3.600 = kg/s)

30
40 0,4
50
Kv =
80 1,0
100
1,6
2,5
200
4,0
300
400 6,3
Kv =
500 10
800 16
1000 25
40
2 000
Kv = 63
3 000 100
4 000 160
5 000
25
0
8 000
10 000 400

20 000
30 000
40 000
50 000
80 000
200 150 100 50 0
Superaquecimento
Superheat °C
°C Fig, 6,4,9 A superheated steam sizing chart

Fig. 6.4.9 Gráfico de dimensionamento para vapor superaquecido

6.4.22 O circuito de vapor e condensado


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Seleção de uma válvula de controle para fornecimento de vapor


A seção anterior abordou o procedimento para se dimensionar uma válvula de controle com base na
vazão que ela precisa passar e na queda de pressão no corpo da válvula. A partir deste dado, pode-
se obter o valor de Kvs da válvula. A consulta à literatura de produto apropriada terá as informações
necessárias para a seleção do diâmetro de válvula correto.

A seleção da válvula de controle envolve diversos outros fatores que devem ser levados em
consideração. O material do corpo estar de acordo com a aplicação. Há válvulas de ferro fundido,
ferro nodular, bronze, aço, aço inoxidável e materiais exóticos para aplicações muito específicas,
como titânio.

O projeto e o material da válvula de controle devem ser adequados para a pressão do sistema em
que a válvula trabalhará. Na Europa, a maioria das válvulas têm uma classificação de pressão nominal
estipulada pelas letras “PN”, que significam, evidentemente, “pressão nominal”. Esta classificação
se refere à pressão máxima (bar(g)) que a válvula consegue suportar a uma temperatura de 120 °C.
Quanto mais elevada a temperatura, menor a pressão permitida. Essa lógica dá origem a um gráfico
de pressão e temperatura, como o ilustrado na Figura 6.4.10.

Vale ressaltar que o tipo de material usado na fabricação da válvula de controle tem papel importante
noPN16
gráfico- Cast
de pressão
iron e temperatura.PN25Normalmente,
- SG ironas condições limitantes são: steel
PN40 - Cast

Geralmente,
Typically, the control a válvula
valve cannot be usedde ifcontrole não pode ser usada se as
the pressure/temperature
conditions are in thiscondições
area. de pressão e temperatura estiverem nesta área.

300
250
°C
Temperature°C

200
Temperatura

150
100 Curva do
Steam vapor saturado
saturation curve
50
0
-10
0 5 10 15 20 25
Pressão
Pressurebar(g)
bar g

O produto
The não
product devenot
must serbe
utilizado
used innesta região
this region

Condições
Body designestruturais
conditionsdoPN25
corpo PN25
Pressão
Maximum nominal
designmáxima
pressure300 °C
300°C
Projetada
Designed para
for a uma pressão
maximum máxima
cold de teste
hydraulic hidráulicoofa 37.5
test pressure frio de 37,5 bar
bar
Fig. 6.4.10 An example of PN25 temperature / pressure limiting conditions
PN16 - ferro fundido PN25 - ferro nodular PN40 - aço fundido

Fig. 6.4.10 Um exemplo de condições limitantes de pressão e temperatura para PN25.

A espessura da estrutura e os métodos de junção das peças do corpo também influenciam. Por
exemplo, uma válvula de ferro nodular pode ter classificação de PN16 e pode ter projeto ligeiramente
diferente, com uma classificação de PN25. Normas regionais ou nacionais podem afetar esses limites,
assim como o tipo de conexão usado.

O circuito de vapor e condensado 6.4.23


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Lista dos principais fatores a considerar na seleção de uma válvula de controle


para fornecimento de vapor:
1. Vazão mássica ou volumétrica a ser considerada (normalmente, máxima, normal ou mínima).

2. Meio do fluxo (pode influenciar o tipo de material usado para a estrutura da válvula e suas peças
internas).

3. Pressão a montante disponível a cargas máxima, normal e mínima.

4. Pressão a jusante para cargas máxima, normal e mínima.

5. Valor de Kv necessário.

6. Queda de pressão na válvula a cargas máxima, normal e mínima.

7. Diâmetro do corpo da válvula.

8. Material do corpo e classificação de pressão nominal.

9. Pressão diferencial máxima para o desligamento (shut-off).

10. Conexão necessária. Que conexões tubulares são necessárias na entrada e na saída da válvula?
Conexões roscadas ou flangeadas? E que tipo de flange (por exemplo, ASME, EN 1092 ou DIN)?

11. Temperatura máxima do fluido que percorre a válvula.

12. Eventuais necessidades especiais, por exemplo, variações de gaxeta de vedação, sede e obturador
reforçados, sedes macias para fechamento absolutamente vedado e outros.

Nota: Os fabricantes restringem as taxas de vazamento das válvulas de controle a limites


acordados e/ou às vezes estão sujeitos a normas nacionais. Veja também o tópico 17.

13. Detalhes dos requisitos de controle da aplicação. Isso é explicado em mais detalhes no Módulo
6.5. Resumidamente, uma aplicação que precisa de controle on/off (somente com abertura plena
ou fechamento pleno) pode precisar de uma válvula com essa característica, enquanto uma
aplicação que precisa de controle contínuo (níveis de abertura ou fechamento) pode funcionar
melhor com outro tipo de válvula.

14. O método de acionamento e o tipo de controle a ser usado (por exemplo, atuação automática,
elétrica, pneumática ou eletropneumática).

15. Níveis de ruído. É um requisito comum manter o ruído abaixo de 85 dBA a 1m da tubulação se
houver pessoas desprotegidas trabalhando na área. Manter o tamanho das peças internas, mas
aumentar o das conexões, pode resolver essa questão (muitas válvulas de controle têm a opção
de trim reduzido, mas há também peças de ajuste redutoras de ruído especiais (trims), e/ou
pode-se aplicar também isolamento acústico à válvula e à tubulação. Para aplicações de processo
crítico, as válvulas devem ser dimensionadas por software de computador com base na norma
IEC 60534 ou equivalente nacional.

6.4.24 O circuito de vapor e condensado


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16. Quedas de pressão, diâmetros de corpo de válvula e nível de ruído são aspectos relacionados
e devem ser levados em consideração. É uma boa prática manter a velocidade do vapor a jusante
no corpo da válvula abaixo de 150 m/s para vapor saturado e 250 m/s para vapor superaquecido,
normalmente. Para tanto, deve-se aumentar o diâmetro do corpo da válvula, o que também
reduzirá a velocidade na saída da válvula e a probabilidade de ruído excessivo. É possível
considerar uma velocidade de saída de 150 m/s a 200 m/s para o vapor saturado caso se possa
sempre garantir que o vapor é saturado seco na entrada da válvula. Isso acontece porque, nessas
circunstâncias, o vapor que sai da válvula de controle será superaquecido devido ao efeito de
superaquecimento que a redução da pressão do vapor saturado seco traz. É preciso ressaltar
que estes são números gerais. Cada norma estabelecerá suas diretrizes.

17. Vazamento e isolamento. O objetivo das válvulas de controle é controlar a vazão, não isolar a
entrada e, por isso, possivelmente apresentarão pequenos vazamentos quando plenamente
fechadas. As válvulas de controle são fabricadas de acordo com uma norma sobre a estanqueidade
do shut-off. Geralmente, quanto melhor o fechamento, maior o custo da válvula. Para válvulas
de controle de vapor, uma taxa de vazamento de 0,01% é perfeitamente adequada na maioria
das aplicações.

18. Turndown. Normalmente expressa na forma de índice que relaciona o fluxo máximo esperado
da aplicação ao fluxo mínimo controlável da válvula de controle.

19. Rangeabilidade. Normalmente expressa na forma de índice que relaciona o fluxo máximo
controlável ao fluxo mínimo controlável da válvula, e as características da válvula de controle
respeitam esse intervalo. Normalmente, uma rangeabilidade de 50:1 é aceitável para aplicações
de vapor.

20. Não seria correto encerrar este Módulo sobre válvulas de controle sem mencionar o custo. O tipo
de válvula, a matéria-prima de sua estrutura, as variações de projeto e requisitos especiais
produzirão variações de custo, inevitavelmente. Para obter a economia ideal, a válvula selecionada
deve ser a indicada para a aplicação, não estar além das especificações.

O circuito de vapor e condensado 6.4.25


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Anexo 1 Gráfico de dimensionamento da válvula para vapor saturado


Este gráfico de dimensionamento
This sizing chart is empiricaléand
empírico
shoulde not
nãobe
deve serfor
used usado para
critical aplicações críticas
applications
0,8
Pressão de entrada bar(a) (absoluta)

1
Inlet pressure bar a (absolute)

2
LiC
Pe

nhri
Prdr

3 aticd
ael
eas

ppree
dsue

4 rsdsa
rce

urde
edp
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5 rroep
groa

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baa

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rr

8 ríti
ca
10

20
2 3
0,

0,
0,
0,

5
1
5
3
30
1

40
50

10
20
80 30

20

30
Steam flow kg/h (÷ 3 600 = kg/s)
Fluxo de vapor kg/h (÷ 3.600 = kg/s)

40
50

80 0,4
100
K
v =1
,0
200
1,6
300 2,5
400
4,0
500
6,3
K
800 v =1
0
1000
16
25
2 000
40
3 000
63
4 000 K
v =1
00
5 000
16
0
8 000 25
0
10 000
40
0

20 000

30 000
40 000
50 000

80 000
100 000

6.4.26 O circuito de vapor e condensado


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Anexo 2
Gráfico de dimensionamento da válvula para vapor superaquecido
This sizing
Este gráfico chart is empiricaléand
de dimensionamento shoulde not
empírico nãobe used
deve serfor critical
usado applications
para aplicações críticas

bar(a) (absoluta) 0,8


1
bar a (absolute)

2
PPe LCin
3 rerd rihtiac d
sas alepp
4 udre reesrd
de entrada

5 ec suard
dar r eedp
ogpa roreps
8 bbaa lsinãeo
Inlet pressure

rr c ríti
10 ca
Pressão

20
0, 0, 0, 0, 1 2 3 5
1 2 3 5
30
40 10
50
20
80 30

10

20
30
600 = kg/s)

40 0,4
50
K=
flow kg/h (÷ 33.600

80 v 1,0
100 1,6
2,5
200
4,0
de vapor

300
6,3
Steam

400 K=
500 v 10
Fluxo

16
800
1000 25
40
2 000
63
K=
3 000 v 100
4 000 160
5 000
25
0
8 000
400
10 000

20 000
30 000
40 000
50 000

80 000
200 100 0

150 50

Superaquecimento
Superheat°C
°C

O circuito de vapor e condensado 6.4.27


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6.4.28 O circuito de vapor e condensado

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