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SC-GCM-57-BR-ISS11
Módulo 6.4
Definição do diâmetro da
válvula de controle para
sistemas de vapor
• O vapor é fornecido a uma pressão específica a montante da válvula de controle pela qual ele
passa para chegar ao trocador de calor, que também opera a uma pressão específica.
• O vapor passa pela válvula de controle e entra no espaço de vapor do equipamento, onde entra
em contato com as superfícies de transferência de calor.
• Essa pressão reduzida no espaço de vapor faz com que existe uma diferença de pressão na
válvula de controle, e o vapor flui da zona de alta pressão (a montante da válvula de controle)
para a zona de menor pressão (o espaço de vapor do equipamento) em relativa proporção à
diferença de temperatura e, em um cenário ideal, equilibra-se com a taxa de condensação do
vapor.
• A quantidade de fluxo de vapor que adentra o equipamento é determinada por essa diferença de
pressão e o tamanho do orifício da válvula. Se, em algum momento, a vazão de vapor que percorre
a válvula for inferior à taxa de condensação (talvez a válvula seja muito pequena), a pressão do
vapor e a taxa de transferência de calor no trocador de calor ficará abaixo do necessário e o
trocador de calor não conseguirá satisfazer a carga de calor.
• Fechar a válvula reduz a vazão mássica. A pressão do vapor cai no espaço de vapor, então, o
mesmo acontece com a temperatura do vapor. Isso significa que existe uma diferença menor de
temperatura entre o vapor e o processo, o que faz com que a transferência de valor seja reduzida,
conforme a Equação 2.5.3.
Equação 2.5.3 = U A ∆ TM
Em que:
= calor transferido por unidade de tempo (W)
U = Coeficiente de transferência de calor total (W/m² °C)
A = Área de transferência de calor (m²)
∆TM = diferença de temperatura média entre o vapor e o fluido secundário (°C)
O coeficiente global de transferência de calor (U) não se altera muito durante o processo e a área
(A) é fixa, então, se a diferença média de temperatura (∆TM) é reduzida, a transferência de valor do
vapor para o fluido secundário também é reduzida.
• Caso seja usada uma válvula DN50 e ela seja mantida plenamente aberta, a queda de pressão
será relativamente pequena na válvula e o vapor fornecido ao trocador de calor terá uma pressão
(e temperatura) razoavelmente alta. Por isso, a serpentina de aquecimento necessária para se
atingir a carga projetada é relativamente pequena.
• Agora, imagine uma válvula DN40 plenamente aberta na linha de entrada de vapor recebendo a
mesma vazão da válvula DN50. Como o orifício da válvula é menor, a queda de pressão na válvula
será maior, o que gerará uma pressão (e temperatura) inferior no trocador de calor. Por isso, para
se atingir a carga de calor necessária, a área de transferência de calor precisa ser maior. Em
outras palavras, será necessário usar uma serpentina de aquecimento ou um trocador de calor
maior.
• Uma redução adicional do diâmetro da válvula exigirá mais queda de pressão na válvula de
controle para a mesma vazão mássica e uma área de superfície de transferência de calor maior
para manter a mesma produção de calor.
Válvula de controle
DN50
9,5 bar(g)
10 bar(g)
P1 P2
Válvula de controle
DN40
9 bar(g)
10 bar(g)
P1 P2
Válvula de controle
DN32
5 bar(g)
10 bar(g)
P1 P2
Fig. 6.4.1
Fluxo por uma válvula de controle plenamente aberta
Seja qual for o diâmetro da válvula de controle, se a demanda do processo for reduzida, a válvula
terá que se modular entre a posição de abertura plena e a posição de fechamento pleno. No entanto,
a primeira parte do movimento tem um pequeno efeito regulatório; qualquer alteração percentual na
elevação da válvula produz uma alteração percentual menor na vazão. Normalmente, uma mudança
de 10% na elevação deve produzir uma mudança de apenas 5% na vazão. Com um movimento mais
amplo, à medida que o obturador da válvula se aproximada de sede, este efeito se inverte, de forma
que talvez uma mudança de 5% na elevação traga uma mudança de 10% na vazão, além de se
atingir uma melhor regulagem.
O circuito de vapor e condensado 6.4.3
Bloco 6 Equipamentos de controle: atuação pneumática/elétrica Definição do diâmetro da válvula de controle para sistemas de vapor Módulo 6.4
SC-GCM-57-BR-ISS11
A parte inicial do movimento da válvula de controle, durante o qual pode-se ver o menor efeito de
controle, é maior com válvulas de controle maiores e com a pequena queda de pressão associada,
à carga máxima. Quando a válvula de controle escolhida é suficientemente pequena a ponto de exigir
uma “queda de pressão crítica” à carga máxima, o efeito desaparece. A seção abaixo explicará o
termo “pressão crítica”.
Além disso, ao se optar pelo uso de uma válvula de controle maior, pelo seu orifício ser maior, é
possível promover uma mudança na vazão com uma mudança percentual menor da elevação da
válvula em comparação com uma válvula de controle menor.
Muitas vezes, essa prática pode desestabilizar o controle, aumentando a possibilidade de ocorrência
de uma “oscilação”, principalmente em condições de carga reduzida.
Pressão crítica
A vazão mássica do vapor que percorre a válvula aumentará de acordo com a pressão diferencial,
até que se chegue a uma condição conhecida como “pressão crítica”. O princípio pode ser explicado
analisando-se como os bocais funcionam e suas semelhanças em relação às válvulas de controle.
Imagine um orifício quase perfeito, como o do bocal convergente-divergente ilustrado na Figura 6.4.2.
Seu formato, se projetado corretamente para ser compatível com as condições de pressão a montante
e a jusante e a condição do vapor fornecido, permitirá uma operação de alta eficiência.
Vazão
Flow Fluxo
Flow
Entrada de altainlet
High pressure Saída de baixaoutlet
Low pressure
pressão pressão
Fig.
Fig. 6.4.2
6.4.2 A convergent-divergent
Bocal nozzle
convergente-divergente
Esse bocal pode ser visto como um tipo de motor de calor, transformando a energia térmica em
energia mecânica (cinética). Seu objetivo é descarregar o peso de vapor necessário com uma
determinada queda de pressão e turbulência e perdas por atrito mínimas.
Na seção convergente, a velocidade do vapor aumenta à medida que a pressão cai, embora o volume
específico do vapor também aumente a pressões reduzidas. Em um primeiro momento, a velocidade
aumenta mais rapidamente que o volume específico, e a área de fluxo necessária na passagem por
essa parte do bocal se torna menor. Em um determinado ponto, o volume específico começa a crescer
mais rapidamente do que a velocidade, e a área de fluxo precisa crescer. Neste momento, a velocidade
do vapor será sônica e a área de fluxo estará em seu mínimo. A pressão do vapor com esta área de
fluxo mínima, ou “estreitamento”, é descrita como a “pressão crítica”, e a proporção desta pressão
em relação à pressão inicial (absoluta) é próxima de 0,58 quando há a passagem de vapor saturado.
Ponto de interesse:
A proporção da pressão crítica também pode ser determinada pela Equação 6.4.1.
Proporção da pressão 2 - 1
Equação 6.4.1
crítica = + 1
O valor de pode ser extraído da tabela de vapor disponível no site da Spirax Sarco. Se não
estiver disponível, pode-se chegar a uma aproximação da seguinte forma:
1.135
2 1,135-1
Proporção da pressão crítica = 1.135
2
1,135+1 1,135-1
1,135+11,135
2 0,135
1,135
= 2
2,135 0,135
2,135
= 0,937/8,41
= 0,58
Naturalmente, a vazão mássica que percorre o estreitamento de determinado tamanho está em seu
nível máximo quando sob esta “queda de pressão crítica”. Para se atingir um maior fluxo, o seguinte
precisa ocorrer:
a. A velocidade teria que ser maior, o que só poderia ser feito com uma maior queda de pressão —
mas isso aumentaria o volume específico em uma proporção ainda maior —, ou:
b. O volume específico teria que ser menor, o que só poderia ser feito com uma queda de pressão
menor — mas isso reduziria a velocidade em uma proporção ainda maior.
Portanto, ao se atingir a queda de pressão crítica no estreitamento do bocal (ou na “vena contracta”,
caso um orifício seja usado), uma redução ainda maior da pressão a jusante não seria capaz de
aumentar a vazão mássica que percorre o dispositivo.
Se a queda de pressão em todo o bocal for maior do que a queda de pressão crítica, a pressão crítica
sempre ocorrerá no estreitamento. O vapor se expandirá após passar pelo estreitamento de forma
que, se a área de saída tiver sido corretamente dimensionada, a pressão necessária a jusante será
atingida na saída do bocal, e pouca turbulência será produzida, uma vez que o vapor sairá do bocal
a uma alta velocidade.
Se a saída do bocal for grande ou pequena demais, ocorrerá turbulência nela, o que reduzirá a
capacidade e aumentará o ruído:
• Se a saída do bocal for muito pequena, o vapor não se expandiu o suficiente e terá que continuar se
expandindo fora do bocal, até chegar à pressão a jusante necessária na região de baixa pressão.
• Se a saída do bocal for muito grande, o vapor se expandirá demais no bocal e a pressão do vapor
na saída será inferior à pressão necessária, fazendo com que o vapor volte a se comprimir fora
da saída, na região de baixa pressão.
O formato do bocal (Figura 6.4.3) é delicadamente contornado para que a vena contracta ocorra no
seu estreitamento (este processo se contrasta com o de um orifício de borda afiada, em que a vena
contracta ocorre a jusante do orifício. O efeito da vena contracta é abordado em mais detalhes no
Módulo 4.2 “Princípios da medição de vazão”).
Flow lines
Estreitamento
Throat
Tubulações de fluxo
Flow
Vazão Flow
Fluxo
High pressure
Região de alta region Low pressure
Região region
de baixa
pressão pressão
Fig. 6.4.3
Fig. 6.4.3 O
The convergent-divergent
bocal nozzle
convergente-divergente
Obturador
Seat
Sede Diverging
Área area
divergente
Throat
Estreitamento
Converging
Área area
convergente
Região
High de
alta pressão
pressure
region
Vazão
Flow
Os bocais e as válvulas de controle têm finalidades diferentes. O bocal visa a aumentar a velocidade
do vapor para produzir algum trabalho (talvez girar uma lâmina da turbina), portanto, é necessário
que a velocidade do vapor que sai do bocal permaneça alta.
Passado este ponto, o vapor passa por uma câmara relativamente grande contida no corpo da válvula
(a região de alta pressão), que está sob uma pressão mais elevada devido à contrapressão imposta
pela tubulação conectada, fazendo com que a velocidade e a energia cinética caiam rapidamente.
De acordo com a equação de energia de fluxo constante (SFEE, na abreviação em inglês), este
processo eleva a entalpia do vapor a quase o mesmo valor presente na porta de entrada da válvula.
A pequena diferença se dá em virtude da perda de energia por atrito durante a passagem pela válvula.
Neste momento, o corpo da válvula converte para levar o fluxo de vapor para a saída da válvula, e
a pressão, assim como a densidade se aproxima da pressão, e também da densidade, na tubulação
a jusante. A estabilização da pressão estabiliza também a velocidade relativa à área transversal da
via de saída da válvula.
Divergent
Seção section
divergente to the ‘chamber’
em direção à “câmara” Convergent
Seção section
convergente emtodireção
the ‘outlet port’
à “via de saída”
Flow
Fluxo Região
Flow
Fluxo
Low
de baixa
pressure
Tubo pressão Tubo de saída
Highdepressure region Low pressure
entrada de alta de baixa
inlet
pressãopipe outlet pipe
pressão
Seção convergente
Convergent emvalve
section to the direção ao
throat Seção divergente
Divergent sectionnoinobturador
the plug -–seat area
estreitamento da válvula área da sede
Estreitamento
Valve throat da válvula
Fig.Fig. 6.4.5
6.4.5 Theconvergente-divergente-convergente
Corpo convergent-divergent-convergent valve body
da válvula
Quando a queda de pressão em uma válvula é maior do que crítica, ruído pode ser gerado pela
grande troca instantânea de energia cinética para energia térmica na região de baixa pressão, que
algumas vezes são exacerbados pela presença de vapor supersônico.
Em que:
C = velocidade do som no vapor (m/s)
31,6 = constante de proporcionalidade
= coeficiente isentrópico do vapor (1,135 – saturado, 1,3 – superaquecido)
R = 0,4615 – constante gasosa do vapor (kJ/kg)
T = temperatura absoluta do vapor (K)
Um método menos preciso, mas útil, para estimar se o ruído será um problema é calcular a velocidade
na via de saída da válvula. Para o vapor saturado seco, de forma simplificada, se a velocidade é
superior a 150 m/s, há uma chance de que o corpo da válvula seja pequeno demais (embora o
tamanho do trim da válvula atenda à capacidade necessária). Maiores velocidades também causarão
erosão no corpo da válvula a jusante, principalmente se houver vapor úmido nesta região. A
recomendação é que a velocidade de saída máxima do vapor úmido seja 40 m/s na via de saída.
Exemplo 6.4.1
A velocidade de saída da válvula e o efeito do título/superaquecimento
Uma válvula de controle recebe vapor saturado seco de um separador a 12 bar(g) e é usada para
reduzir a pressão do vapor a 4 bar(g) sob carga máxima. A vazão em carga máxima é de 1.300 kg/h,
o que exige um Kvr de 8,3. Inicialmente, considera-se usar uma válvula DN25 (1 pol.), que tem Kvs
de 10 e uma área de saída de 0,00049 m². Qual é a velocidade do vapor na saída da válvula?
Segundo as tabelas de vapor, o calor total (hg) no vapor saturado seco a montante a 12 bar(g) é de
2.787 kJ/kg.
Como o vapor de entrada está em estado saturado seco, certamente será superaquecido após passar
pela válvula. Portanto, a tabela de vapor superaquecido deve ser usada para quantificar suas
propriedades.
Com as tabelas de vapor do site da Spirax Sarco, é possível calcular a condição do vapor a jusante
a 4 bar(g) selecionando “Superheated steam” (Vapor superaquecido) e inserindo a pressão de “4
bar(g)” e um calor total (h) de 2.787 kJ/kg.
Ao inserir esses valores, a tabela de vapor retorna o resultado do vapor superaquecido a 4 bar(g)
com 16,9 graus de superaquecimento (442 K) (o Módulo 2.3, “Vapor superaquecido”, apresenta mais
detalhes sobre como determinar o estado do vapor a jusante).
O volume específico do vapor superaquecido, a 4 bar(g) e 442 K, é de 0,3918 m³/kg (segundo a
tabela de vapor).
Uma válvula de 1,3 é escolhida para o coeficiente isentrópico “” porque o vapor na saída da válvula
está superaquecido.
R é a constante gasosa do vapor 0,4615 kJ/kg
T é a temperatura absoluta de 442 K
Erosão
Outro problema é a possibilidade de erosão no corpo da válvula decorrente da velocidade excessiva
na saída da válvula. No Exemplo 6.4.1, devido ao efeito de secura e superaquecimento da queda de
pressão de 12 bar(g) para 4 bar(g), o vapor está em estado gasoso seco e não contém qualquer
traço de umidade. Neste caso, a erosão não deve ser um problema.
De forma simplista, se for possível garantir que o vapor que sai da válvula de controle está
superaquecido, 250 m/s seria o limite apropriado para a velocidade de saída do vapor.
Às vezes, o vapor que adentra a válvula de controle, quando está saturado, normalmente carrega uma
certa quantidade de água e ele pode ser considerado, por exemplo, 97% ou 98% seco. Se o vapor
passar por um separador devidamente projetado, terá título próximo de 100%, como no Exemplo 6.4.1.
Com uma queda de pressão além de pequena e vapor além de úmido, o vapor provavelmente será
seco a ponto de saturação ou até ligeiramente superaquecido.
Se o vapor de entrada for seco e/ou a válvula se deparar com uma queda de pressão considerável
(como no Exemplo 6.4.1), o vapor será mais superaquecido.
Válvulas de controle de diferentes tipos podem parecer ter chegado a condições críticas de fluxo
quando sob quedas de pressão do que as citadas acima para os bocais. Passagens restritas de fluxo
pela sede de uma válvula e na parte a jusante do estreitamento podem indicar que só é possível
atingir a vazão máxima quando há quedas de pressão relativamente maiores. Uma válvula esfera
ou válvula borboleta pode ter formato que permita recuperar parte da pressão a jusante do
estreitamento, de modo que as condições máximas de fluxo sejam atingidas com uma queda de
pressão geral menor do que o esperado.
As complexas equações de dimensionamento de válvulas podem ser usadas para levar esses e
outros critérios em consideração, e há mais de uma norma que indicam essas equações.
Uma delas é a IEC 60534. Infelizmente, os cálculos são tão complexos que só podem ser usados
por software de computador; o cálculo manual seria um processo tedioso e lento.
De todo modo, ao se definir o diâmetro de uma válvula de controle para aplicação em um processo
crítico, tal software é indispensável. Por exemplo, a IEC 60534 foi criada para calcular outros sintomas,
como os níveis de ruído gerados pelas válvulas de controle, que estão sujeitas a quedas de pressão
elevadas. Os fabricantes de válvula de controle normalmente usarão software de dimensionamento
e seleção para complementar sua própria linha de válvulas.
No entanto, uma simples equação de dimensionamento de válvula para vapor, como a Equação
3.21.2 para vapor saturado, é perfeitamente adequada para a maioria das aplicações de vapor com
válvulas globo.
Além disso, considerando-se que a pressão crítica ocorre a 58% da pressão absoluta a montante,
uma válvula globo dificilmente será subdimensionada.
Para simplificar, o restante deste Módulo presumirá que a pressão crítica do vapor saturado ocorra
a 58% da pressão absoluta a montante.
Por exemplo, se a pressão a montante de uma válvula de controle for de 10 bar(a), a vazão máxima
que percorre a válvula ocorrerá quando a pressão a jusante for de:
Deste modo, uma queda de pressão crítica é uma perda de 42% da pressão a montante, ou seja,
um índice de queda de pressão de 0,42. Como mencionado no texto anterior, ao se atingir essa
pressão a jusante, qualquer queda de pressão adicional não causará aumento na vazão mássica.
É possível observar esse efeito na Figura 6.4.6, que mostra como a vazão, no caso de uma válvula
de globo, aumenta com a queda da pressão a jusante até que se atinja a queda de pressão crítica.
12
10
8
Downstream pressure bar a
0
0 500 1 000 1 500 2 000
Flowrate kg/h
Vazão kg/h
Fig. 6.4.6
The mass flowrate through a steam valve
Fig.increases
6.4.6 until critical pressure is reached
A vazão mássica que percorre uma válvula de vapor aumenta até que se atinja a pressão crítica
Definir o diâmetro de uma válvula de controle para um trocador de calor de vapor é um equilíbrio
entre:
1. Uma menor queda de pressão que minimizará o diâmetro (e, talvez, o custo) do trocador de calor.
2. Uma maior queda de pressão que permita que a válvula aplique controle eficaz e preciso sobre
a pressão e a vazão por maior parte do seu trajeto.
Se a queda de pressão for inferior a 10% sob carga máxima, três problemas podem ocorrer:
• Dependendo das configurações do controlador e da temperatura secundária e de atrasos no
tempo do sistema, pode ocorrer uma “oscilação” da temperatura em torno do valor de referência
porque a válvula está, efetivamente, superdimensionada; pequenas mudanças na elevação
provocarão grandes mudanças na vazão, especialmente no caso de uma válvula com característica
linear.
• Cargas de trabalho normalmente são bem inferiores à carga máxima, e a válvula pode operar por
períodos bem prolongados quando seu obturador está próximo de sua sede. Isso cria o risco de
trefilação (erosão causada pelo esguicho de gotas de água em alta velocidade pelo orifício estreito).
A trefilação diminuirá a vida útil da válvula.
• O sistema não terá um bom controle sob baixas cargas térmicas, reduzindo efetivamente a
capacidade de “turndown” (modulação) da válvula.
Equação 3.21.2 s
= 12 Kv P1 1 - 5,67 (0,42 - )2
Em que:
s
= vazão mássica do vapor (kg/h)
Kv = coeficiente de fluxo da válvula (m³/h bar)
P1 = pressão a montante (bar(a))
P2 = pressão a jusante (bar(a))
P1 - P2
c = índice de perda de pressão =
P1
Nota: Se a Equação 3.21.2 for usada quando P2 é inferior à pressão crítica, a expressão entre
parênteses (0.42 - c) se tornará negativa. Em seguida, a expressão é considerada zero e a função
dentro da raiz quadrada passa a ser 1. Com isso, a equação pode ser simplificada como demonstrado
na Equação 6.4.3.
Equação 6.4.3 s = 12 Kv P1
Terminologia
Normalmente, o valor da elevação completa da válvula será definido usando o termo Kvs, portanto:
Kvr = valor efetivo necessário para uma aplicação
Kvs = capacidade de elevação total nominal de uma válvula específica
Os fabricantes informam os valores máximos Kvs de elevação da sua linha de válvulas. Por isso, o
valor de Kv não é usado para se definir o diâmetro de válvulas, mas sim como uma forma de comparar
a capacidade de outros tipos e fabricantes de válvula. Ao se comparar duas válvulas DN15 de origens
diferentes, é possível notar que a válvula “A” tem Kvs de 10 e a válvula “B”, Kvs de 8. A válvula “A”
terá maior vazão para uma mesma queda de pressão.
• A pressão de vapor no trocador de calor, para atender à carga térmica máxima, deve ser conhecida.
A diferença entre os critérios acima define a pressão diferencial presente na válvula em condição de
carga total.
Exemplo 6.4.2
A aplicação ilustrada na Figura 6.4.7 precisa de uma válvula de controle.
O fabricante do trocador de calor de casco e tubo especifica que uma pressão de vapor de 5 bar(a)
é necessária no conjunto do tubo para atender a uma demanda de 500 kW do processo.
A montante da válvula de controle há vapor úmido, o título de 0,96 e 10 bar(a), disponível. Entalpia
de evaporação (hfg) a 5 bar(a) é de 2.108,23 kJ/kg.
Controlador
Sensor de
Válvula de controle de temperatura
duas vias e atuadores
Vapor
Trocador de calor
Carga
Estação de drenagem térmica
Condensado Bomba
A pressão nominal do trocador de calor é de 5 bar(a), e o calor total no vapor saturado seco a essa
pressão é de 2.748,65 kJ/kg (segundo a tabela de vapor).
O calor total no vapor de 10 bar (devido a sua “umidade”) é inferior ao calor total no vapor saturado a
5 bar, portanto, o vapor sob menor pressão não conterá calor suficiente para estar totalmente seco.
O título do vapor sob menor pressão é o quociente dos dois valores de calor total.
= 0,98
= 2.066 kJ/kg
Agora, é possível determinar a vazão de vapor com a Equação 2.8.1, em que hfg é a entalpia de
evaporação disponível após se considerar o vapor úmido.
Carga em kW x 3 600
Equação 2.8.1 Vazão de vapor (kg/h) = Load in kW x 3 600
Equation 2.8.1 Steam flowrate (kg/h) =
h hfgat, aoperating
fg
pressão operacional
pressure
500
500 kW
kW kJ/s
Steam de
Vazão flowrate
vapor == x 3.600
3 600s/h
s/h
2 066 kJ/kg
2.066 kJ/kg kW
Steam de
Vazão flowrate
vapor == 871
871kg/h
kg/hde
of vapor
wet steam
úmido
10 bar(a) - 5 bar(a)
Índice de queda de pressão (c) = = 0,5
10 bar(a)
Equação 6.4.2 S
= 12 Kv P1
s
= 12 Kv P1
871 kg/h = 12 Kvr 10 bar(a)
871
Kvr =
12 x 10
Kvr = 7,26
Inicialmente, uma válvula de controle DN25 com Kvs de 10 é selecionada. Com isso, é possível realizar
um cálculo para determinar se o ruído será um problema para uma válvula deste diâmetro que recebe
a passagem de vapor úmido em sua saída.
CC = 31,6
31,6 γ RT
wet,Cγ g = 31,6 R
1,035 ==γ 0,1 T where ‘x’ is the dryness fraction
ComoAs the steam
o vapor está is
úmido, C = = 1,035
31,6 γ R 0,1(x)
T(x), em que “x” é o título
As the steam is wet, γγ g == 1,035 1,035 == 0,1(0,98)
0,1(x) where ‘x’ is the dryness fraction
As the steam is wet, γ = 1,035 +=0,1 (0,98)
0,1(x) where ‘x’ is the dryness fraction
γγ g == 1,133
1,133 = 0,1(0,98)
1,035
γ = 1,035 = 0,1(0,98)
R = 0,461 5 kJ/kg (the gas constant for steam) γ = 1,133
R = 0,4615 kJ/kg (a constante gasosa do vapor) γ = 1,133
R = 0,461 5 kJ/kg (the gas constant for steam)same as dry saturated steam at the same pressure;
The temperature of wet steam at 5 bar a is the
R = 0,461 5 kJ/kg (the gas constant for steam)
A temperatura
425 K, doof
T =temperature vapor úmido a 5 bar(a) é a mesma do vapor saturado seco sob a mesma pressão;
The wet steam at 5 bar a is the same as dry saturated steam at the same pressure;
The temperature of wet steam at 5 bar a is the T =same425 as
K. dry saturated steam at the same pressure;
T= The425 speed
K, of sound in the wet steam in the value outlet:
T = 425 K,
The speed of do
A velocidade sound
sominnothe Speed of sound,
wet úmido
vapor steam in the
na Cvalue
saída =da31,6
outlet:
válvula:γ RT
The speed of sound in the wet steam in the value outlet:
Velocidade do som,C
Speed of sound, CC = 31,6 γ1,133
= 31,6
31,6 R T x 0,461 5 x 425
Speed of sound, C = 31,6 γ R T
C = 31,6 x 14,91
C = 31,6 1,133 x 0,461 5 x 425
CC = 31,631,6 1,133 x 0,461 5 x 425
C = 471 m/s
C = 31,6 x 14,91
A DN25 valve has an outlet area of 0,000 49 CC2 = 31,6 x 14,91
= 31,6 x 14,91
C = 471 m/s
The specific volume of wet steam at 5 bar a,Cand C = 471
= 471m/s
0,98 m/s= 0,367 4 m3/kg
dry
A DN25 valve has an outlet area of 0,000 4922
A DN25 valve has an outlet area
The of 0,000flow
volumetric 49 = 871 kg/h x 0,367 4 m3/kg
Umaspecific
The válvulavolume
DN25 tem área
of wet de saída
steam de 0,00049
at 5 bar a, and 0,98 m2 dry = 0,367 4 m3/kg
The specific volume of wet steam at 5 bar a, and = 0,98
320 m dry
3/h= 0,367 4 m3/kg
The
Thevolumetric
volumetric flow
flow = = 871
0,088kg/h
8m3x/s 0,367 4 m3/kg
The volumetric flow = 871 kg/h x 0,367 4 m3/kg
= Volumetric
320 m33/h flowrate
Valve outlet velocity = = 320 m /h 3
The volumetric flow = 0,088 8m area
Outlet /s
The volumetric flow = 0,088 8m3/s
Volumetric
0,088 8 m3/sflowrate
Valve outlet velocity == Volumetric flowrate
Valve outlet velocity = 0,000 Outlet
49 marea
2
Outlet area
Valve outlet velocity = 0,088 181 m/s8 m3/s
= 0,088 8 m3/s
The noise criterion for wet steam in the valve outlet = 0,000
= 4049m/sm2
O circuito de vapor e condensado 0,000 49 m2 6.4.15
Valve outlet velocity = 181 m/s
Valve outlet velocity = 181 m/s
Bloco 6 Equipamentos de controle: atuação pneumática/elétrica Definição do diâmetro da válvula de controle para sistemas de vapor Módulo 6.4
SC-GCM-57-BR-ISS11
O volume específico do vapor úmido a 5 bar(a) e com 0,98 de título = 0,3674 m³/kg
Como essa velocidade está acima de 40 m/s, a válvula de controle de DN25 deve:
1. gerar ruído inaceitável;
2. causar erosão inaceitável na saída da válvula.
Portanto, a válvula de controle DN25 não será adequada para esta aplicação em que o vapor úmido
passa pela saída da válvula.
Uma solução para este problema é adicionar uma válvula maior com o mesmo Kvs de 10 para reduzir
a velocidade de saída do vapor úmido.
Vazão volumétrica
Assim, a velocidade de saída da válvula =
Área de saída
Vazão volumétrica
Área de saída mínima =
Velocidade de saída da válvula
0,0888 m³/s
Área de saída mínima =
40 m/s
Área de saída mínima = 0,00222 m²
Use a Tabela 6.4.1 para determinar o diâmetro mínimo da válvula de controle para uma área de saída
maior que 0,00222 m².
É possível notar na Tabela 6.4.1 que a menor válvula possível para satisfazer a velocidade de saída
máxima de 40 m/s do vapor úmido é uma DN65, com uma área de saída de 0,00332 m².
Portanto, como há vapor úmido percorrendo a saída da válvula, o diâmetro da válvula de controle
deve subir de DN25 (1 pol.) para DN65 (2,5 pol.) neste caso.
Uma solução melhor seria usar um separador antes da válvula de controle. Com isso, será possível
usar a válvula de controle DN25, e essa é a abordagem ideal porque:
• oferece maior capacidade de regulagem e a válvula terá diâmetro mais adequado em caso de
mudanças na carga de vapor;
• garantirá a passagem do vapor seco pela válvula de controle, reduzindo, portanto, a propensão
a erosão da sede e da saída da válvula;
• garantirá desempenho ideal do trocador de calor, uma vez que a superfície térmica não estará
termicamente isolada da umidade do vapor úmido;
• o custo da válvula menor e seu atuador, junto com o separador, provavelmente será equivalente
ao de uma válvula maior com atuador maior.
É importante ressaltar que este método só deve ser usado em último caso e que se deve buscar ao
máximo determinar as pressões operacionais e vazão.
Nestas condições, recomenda-se que a válvula de controle seja selecionada com base em uma
queda de pressão de 10% a 20% da pressão a montante. Desta forma, a válvula de controle
selecionada quase que certamente será maior que o necessário.
Para ajudar nessa situação, uma válvula de igual percentual trará melhor desempenho operacional
do que uma válvula linear (este assunto será abordado em mais detalhes no Módulo 6.5, “Características
da válvula de controle”).
O dimensionamento com base em uma queda de pressão arbitrária não é recomendado para
aplicações críticas.
Por exemplo, se a pressão operacional do trocador de calor for de 4,5 bar(a) e a pressão de vapor
máxima disponível for de apenas 5 bar(a), a válvula só poderá ser dimensionada de acordo com uma
queda de pressão de 10% ([5 – 4.5]/5) = 0,1. Neste cenário, o dimensionamento com base na queda
de pressão crítica reduziria indevidamente o diâmetro da válvula de controle, e o trocador de calor
seria privado de vapor.
Se for impossível aumentar a pressão de entrada de vapor, uma solução é instalar um trocador de
calor maior que opere a uma temperatura inferior. Desta forma, a queda de pressão aumentará na
válvula de controle.
Neste cenário, seria possível usar uma válvula menor, mas, infelizmente, seria necessário usar um
trocador de calor maior, uma vez que a pressão operacional (e a temperatura) dele seria menor.
Porém, um trocador de calor maior operando a uma pressão inferior traz algumas vantagens:
• As superfícies térmicas têm menos tendência a formar acúmulos e a incrustar, uma vez que a
temperatura necessária do vapor é menor.
• Menos vapor flash é produzido no sistema de condensado, o que gera menor contrapressão na
tubulação de retorno de condensado.
Em sistemas de vapor, válvulas de igual porcentagem, em termos gerais, serão uma melhor opção
do que as válvulas lineares, uma vez que as quedas de pressão baixas afetarão menos o desempenho
operacional delas.
Muitas vezes, o tamanho do trocador de calor de casco e tubo é exagerado na primeira instalação,
principalmente em virtude dos fatores de incrustação aplicados ao cálculo. Este tipo de trocador tende
a ter baixa velocidade de vapor no tubo de vapor, o que reduz:
• a turbulência;
• a transferência de calor.
Uma tensão tangencial baixa também tende a manter as superfícies do tubo sujas, por isso,
normalmente se aplicam fatores de incrustação mais altos na etapa de concepção do sistema, o que
leva ao superdimensionamento. Em virtude do superdimensionamento, a pressão de vapor efetiva
após a instalação é, muitas vezes, muito menor do que o previsto. Se essa situação não for prevista,
o purgador de vapor pode não ser dimensionado corretamente e os tubos de vapor podem ser
inundados de condensado, causando instabilidade no controle e desempenho ruim.
Se corretamente projetado, sua estrutura tende a não incrustar, mas, se isso ocorrer, o processo de
desmontagem, limpeza e reinstalação do equipamento é fácil. Comparado ao trocador de calor de
casco e tubo, o trocador a placas pode operar a pressões menores e realizar o mesmo trabalho, mas
por conta de suas características de alta transferência de calor e uma menor necessidade de
superdimensionamento, continua sendo pequeno e mais econômico que um trocador de calor de
casco e tubo compatível.
Portanto, os trocadores de calor a placas (quando devidamente projetado para usar vapor) são
financeiramente mais adequados a altas quedas de pressão nas válvulas de controle do que os de
casco e tubo. Essa característica cria a vantagem de se usar válvulas de controle menores e mais
baratas, além de o custo do próprio trocador de calor já ser minimizado. Geralmente, o ideal é projetar
o sistema de forma que o trocador a placas opere com queda de pressão crítica (ou a maior queda
de pressão possível) na válvula de controle sob carga máxima.
É importante salientar que nem todos os trocadores de calor a placas são adequados para vapor. É
muito comum comprar um trocador de calor projetado para líquidos e assumir erroneamente que ele
funcionará perfeitamente quando aquecido com vapor. A seleção do equipamento ideal para vapor
não é apenas uma questão de compatibilidade de pressão e temperatura. Fabricantes de boa-fé
disponibilizam material adequado sobre o assunto, que sempre devem ser consultados quando o
vapor é a principal fonte de energia.
Vapor saturado
Como no Exemplo 6.4.3, trace uma linha na marca de 200 kg/h da ordenada do fluxo de vapor e, em
seguida, trace outra linha da marca de 6 bar do ordenado da pressão de entrada até a marca de 1
bar da linha da queda de pressão.
Trace uma linha vertical descendente a partir do ponto de interseção gerado para encontrar a linha
horizontal de 200 kg/h e leia o valor de Kv no ponto do toque, ou seja, Kvr ≈ 3.8.
Trace uma linha horizontal em 3.000 kg/h para encontrar a linha de Kv 36. Trace uma linha vertical
ascendente a partir desta interseção para encontrar a linha horizontal de 10 bar.
Nota: nos exemplos, para converter a pressão medida (bar(g)) em pressão absoluta (bar(a)), basta
adicionar “1” à pressão medida, por exemplo, 10 bar(g) = 11 bar(a).
Gráfico deSaturated
dimensionamento do chart
steam sizing vapor saturado
Este gráfico
Thisde dimensionamento
sizing é empírico
chart is empirical e não
and should notdeve ser for
be used usado para
critical aplicações críticas
applications
0,8
1
Pressão de entrada bar(a) (absoluta)
Inlet pressure bar a (absolute)
2
LiCn
rhitai
Pe
Prrd
3 cda
el
esa
ppre
ersds
sude
4 au
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5 rdee
dpro
darrg
reps
opa sliãne
o
8 bbaa crí
rr tic
a
10
20
2 3
0,
0,
0,
0,
3
2
1
5
1
30
40
50
10
20
80 30
20
30
Steam flow kg / h ( ÷ 3 600 = kg / s)
Fluxo de vapor kg/h (÷ 3.600 = kg/s)
40
50
80 0,4
100
K
v =1
,0
200
1,6
300 2,5
400
4,0
500
6,3
800 K
v =1
0
1000
16
25
2 000
40
3 000
63
4 000 K
v =1
00
5 000
16
0
8 000 25
0
10 000
40
0
20 000
30 000
40 000
50 000
80 000
100 000
Vapor superaquecido
Para dimensionar uma válvula para uso com vapor superaquecido, veja o Exemplo 6.4.6 e o gráfico
de vapor superaquecido da Figura 6.4.9.
Exemplo 6.4.6
O exemplo abaixo demonstra como usar o gráfico para 100 °C de superaquecimento: siga a linha
do respectivo fluxo de vapor à esquerda até a linha vertical que representa 100 °C de superaquecimento.
Em seguida, trace uma linha horizontal normalmente a partir da interseção produzida. Ao fazer isso,
o gráfico introduz um fator de correção para o superaquecimento e corrige o valor de Kv.
0,8
1
Inlet pressure bar a (absolute)
2
LCin
3 rhitaic d
Pe alepp
4 rPdre reesrd
as saurd
5 dseu eedp
crea roreps
rdgr lsinãeo
8 aop crít
10 bab ica
rar
20
0, 0,
1 2 0,3 0,
5
1 2 3 5
30
40 10
50
20
80 30
10
Steam flow kg / h (÷ 3 600 = kg / s)
20
Fluxo de vapor kg/h (÷ 3.600 = kg/s)
30
40 0,4
50
Kv =
80 1,0
100
1,6
2,5
200
4,0
300
400 6,3
Kv =
500 10
800 16
1000 25
40
2 000
Kv = 63
3 000 100
4 000 160
5 000
25
0
8 000
10 000 400
20 000
30 000
40 000
50 000
80 000
200 150 100 50 0
Superaquecimento
Superheat °C
°C Fig, 6,4,9 A superheated steam sizing chart
A seleção da válvula de controle envolve diversos outros fatores que devem ser levados em
consideração. O material do corpo estar de acordo com a aplicação. Há válvulas de ferro fundido,
ferro nodular, bronze, aço, aço inoxidável e materiais exóticos para aplicações muito específicas,
como titânio.
O projeto e o material da válvula de controle devem ser adequados para a pressão do sistema em
que a válvula trabalhará. Na Europa, a maioria das válvulas têm uma classificação de pressão nominal
estipulada pelas letras “PN”, que significam, evidentemente, “pressão nominal”. Esta classificação
se refere à pressão máxima (bar(g)) que a válvula consegue suportar a uma temperatura de 120 °C.
Quanto mais elevada a temperatura, menor a pressão permitida. Essa lógica dá origem a um gráfico
de pressão e temperatura, como o ilustrado na Figura 6.4.10.
Vale ressaltar que o tipo de material usado na fabricação da válvula de controle tem papel importante
noPN16
gráfico- Cast
de pressão
iron e temperatura.PN25Normalmente,
- SG ironas condições limitantes são: steel
PN40 - Cast
Geralmente,
Typically, the control a válvula
valve cannot be usedde ifcontrole não pode ser usada se as
the pressure/temperature
conditions are in thiscondições
area. de pressão e temperatura estiverem nesta área.
300
250
°C
Temperature°C
200
Temperatura
150
100 Curva do
Steam vapor saturado
saturation curve
50
0
-10
0 5 10 15 20 25
Pressão
Pressurebar(g)
bar g
O produto
The não
product devenot
must serbe
utilizado
used innesta região
this region
Condições
Body designestruturais
conditionsdoPN25
corpo PN25
Pressão
Maximum nominal
designmáxima
pressure300 °C
300°C
Projetada
Designed para
for a uma pressão
maximum máxima
cold de teste
hydraulic hidráulicoofa 37.5
test pressure frio de 37,5 bar
bar
Fig. 6.4.10 An example of PN25 temperature / pressure limiting conditions
PN16 - ferro fundido PN25 - ferro nodular PN40 - aço fundido
A espessura da estrutura e os métodos de junção das peças do corpo também influenciam. Por
exemplo, uma válvula de ferro nodular pode ter classificação de PN16 e pode ter projeto ligeiramente
diferente, com uma classificação de PN25. Normas regionais ou nacionais podem afetar esses limites,
assim como o tipo de conexão usado.
2. Meio do fluxo (pode influenciar o tipo de material usado para a estrutura da válvula e suas peças
internas).
5. Valor de Kv necessário.
10. Conexão necessária. Que conexões tubulares são necessárias na entrada e na saída da válvula?
Conexões roscadas ou flangeadas? E que tipo de flange (por exemplo, ASME, EN 1092 ou DIN)?
12. Eventuais necessidades especiais, por exemplo, variações de gaxeta de vedação, sede e obturador
reforçados, sedes macias para fechamento absolutamente vedado e outros.
13. Detalhes dos requisitos de controle da aplicação. Isso é explicado em mais detalhes no Módulo
6.5. Resumidamente, uma aplicação que precisa de controle on/off (somente com abertura plena
ou fechamento pleno) pode precisar de uma válvula com essa característica, enquanto uma
aplicação que precisa de controle contínuo (níveis de abertura ou fechamento) pode funcionar
melhor com outro tipo de válvula.
14. O método de acionamento e o tipo de controle a ser usado (por exemplo, atuação automática,
elétrica, pneumática ou eletropneumática).
15. Níveis de ruído. É um requisito comum manter o ruído abaixo de 85 dBA a 1m da tubulação se
houver pessoas desprotegidas trabalhando na área. Manter o tamanho das peças internas, mas
aumentar o das conexões, pode resolver essa questão (muitas válvulas de controle têm a opção
de trim reduzido, mas há também peças de ajuste redutoras de ruído especiais (trims), e/ou
pode-se aplicar também isolamento acústico à válvula e à tubulação. Para aplicações de processo
crítico, as válvulas devem ser dimensionadas por software de computador com base na norma
IEC 60534 ou equivalente nacional.
16. Quedas de pressão, diâmetros de corpo de válvula e nível de ruído são aspectos relacionados
e devem ser levados em consideração. É uma boa prática manter a velocidade do vapor a jusante
no corpo da válvula abaixo de 150 m/s para vapor saturado e 250 m/s para vapor superaquecido,
normalmente. Para tanto, deve-se aumentar o diâmetro do corpo da válvula, o que também
reduzirá a velocidade na saída da válvula e a probabilidade de ruído excessivo. É possível
considerar uma velocidade de saída de 150 m/s a 200 m/s para o vapor saturado caso se possa
sempre garantir que o vapor é saturado seco na entrada da válvula. Isso acontece porque, nessas
circunstâncias, o vapor que sai da válvula de controle será superaquecido devido ao efeito de
superaquecimento que a redução da pressão do vapor saturado seco traz. É preciso ressaltar
que estes são números gerais. Cada norma estabelecerá suas diretrizes.
17. Vazamento e isolamento. O objetivo das válvulas de controle é controlar a vazão, não isolar a
entrada e, por isso, possivelmente apresentarão pequenos vazamentos quando plenamente
fechadas. As válvulas de controle são fabricadas de acordo com uma norma sobre a estanqueidade
do shut-off. Geralmente, quanto melhor o fechamento, maior o custo da válvula. Para válvulas
de controle de vapor, uma taxa de vazamento de 0,01% é perfeitamente adequada na maioria
das aplicações.
18. Turndown. Normalmente expressa na forma de índice que relaciona o fluxo máximo esperado
da aplicação ao fluxo mínimo controlável da válvula de controle.
19. Rangeabilidade. Normalmente expressa na forma de índice que relaciona o fluxo máximo
controlável ao fluxo mínimo controlável da válvula, e as características da válvula de controle
respeitam esse intervalo. Normalmente, uma rangeabilidade de 50:1 é aceitável para aplicações
de vapor.
20. Não seria correto encerrar este Módulo sobre válvulas de controle sem mencionar o custo. O tipo
de válvula, a matéria-prima de sua estrutura, as variações de projeto e requisitos especiais
produzirão variações de custo, inevitavelmente. Para obter a economia ideal, a válvula selecionada
deve ser a indicada para a aplicação, não estar além das especificações.
1
Inlet pressure bar a (absolute)
2
LiC
Pe
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Prdr
3 aticd
ael
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ppree
dsue
4 rsdsa
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1
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20
30
Steam flow kg/h (÷ 3 600 = kg/s)
Fluxo de vapor kg/h (÷ 3.600 = kg/s)
40
50
80 0,4
100
K
v =1
,0
200
1,6
300 2,5
400
4,0
500
6,3
K
800 v =1
0
1000
16
25
2 000
40
3 000
63
4 000 K
v =1
00
5 000
16
0
8 000 25
0
10 000
40
0
20 000
30 000
40 000
50 000
80 000
100 000
Anexo 2
Gráfico de dimensionamento da válvula para vapor superaquecido
This sizing
Este gráfico chart is empiricaléand
de dimensionamento shoulde not
empírico nãobe used
deve serfor critical
usado applications
para aplicações críticas
2
PPe LCin
3 rerd rihtiac d
sas alepp
4 udre reesrd
de entrada
5 ec suard
dar r eedp
ogpa roreps
8 bbaa lsinãeo
Inlet pressure
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10 ca
Pressão
20
0, 0, 0, 0, 1 2 3 5
1 2 3 5
30
40 10
50
20
80 30
10
20
30
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40 0,4
50
K=
flow kg/h (÷ 33.600
80 v 1,0
100 1,6
2,5
200
4,0
de vapor
300
6,3
Steam
400 K=
500 v 10
Fluxo
16
800
1000 25
40
2 000
63
K=
3 000 v 100
4 000 160
5 000
25
0
8 000
400
10 000
20 000
30 000
40 000
50 000
80 000
200 100 0
150 50
Superaquecimento
Superheat°C
°C