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Lista de Exercícios – Fixação do Conteúdo AULA 6

1-) O gancho é usado para sustentar o tubo de tal modo que a força no parafuso vertical é 775 N. Determine a
tensão normal média desenvolvida no parafuso BC se ele tiver diâmetro de 8 mm. Considere que A seja um pino.

Resolução:
Iniciamos a solução deste exercício através do DCL desta estrutura, lembrando que o ponto A se comporta como
um pino, conforme o enunciado, ou seja, tem duas reações neste apoio e a haste BC é substituída por uma força
coaxial:

Para descobrir a força na barra BC, podemos calcular o somatório de momentos em relação ao ponto A:

∑ 𝑀𝐴 = 0; 775.0,04 − 𝐹𝐵𝐶 . 𝑐𝑜𝑠20.0,07 = 0

775.0,04
𝐹𝐵𝐶 = → 𝐹𝐵𝐶 = 471,28 𝑁
(𝑐𝑜𝑠20.0,07)
Com o diâmetro da haste é possível calcular sua área por:
𝜋𝑑²
𝐴 = 𝜋𝑟² ou 𝐴 = 4

Com a força BC e a área desta haste é possível determinar a tensão na mesma por:
𝐹
𝜎=𝐴 Obs: Esta é uma das equações mais básicas da resistência dos materiais.
𝐹𝐵𝐶 471,28
𝜎𝐵𝐶 = = → 𝜎𝐵𝐶 = 9,376 𝑀𝑃𝑎
𝐴 𝜋. 8²
( )
4
Portanto, 𝜎𝐵𝐶 = 9,38 𝑀𝑃𝑎
2-) Os diâmetros das hastes AB e BC são, respectivamente, 5 e 8 mm. Se for aplicada uma carga de 10 kN ao
anel em B, determine a tensão normal média em cada haste se 𝜃 = 60°.

Resolução:
Iniciamos a solução deste exercício através do DCL desta estrutura, lembrando que barras são substituídas por
forças coaxiais.

Agora temos que aplicar as equações de equilíbrio ao nó B (∑ 𝐹𝑥 = 0 e ∑ 𝐹𝑦 = 0):


10
∑ 𝐹𝑦 = 0; 𝑇𝐵𝐶 𝑠𝑒𝑛(60°) − 10 = 0. Isolando 𝑇𝐵𝐶 = 𝑠𝑒𝑛(60). Portanto 𝑇𝐵𝐶 = 11,55 𝑘𝑁

∑ 𝐹𝑥 = 0; −𝑇𝐴𝐵 + 𝑇𝐵𝐶 cos(60°) = 0. Isolando 𝑇𝐴𝐵 = 11,55 cos (60°). Portanto 𝑇𝐴𝐵 = 5,77 𝑘𝑁
Com os diâmetros das barras é possível calcular suas áreas por:
𝜋𝑑²
𝐴 = 𝜋𝑟² ou 𝐴 = 4

Com as forças nas barras AB e BC e as áreas destas é possível determinar a tensão nelas por:
𝐹
𝜎=𝐴
𝑇 5,77.10³
𝜎𝐴𝐵 = 𝐴𝐴𝐵 = 𝜋5² . Portanto 𝜎𝐴𝐵 = 294,042 𝑀𝑃𝑎
𝐴𝐵
4

𝑇 11,55.10³
𝜎𝐵𝐶 = 𝐴𝐵𝐶 = 𝜋8² . Portanto 𝜎𝐵𝐶 = 229,72 𝑀𝑃𝑎
𝐵𝐶
4

Portanto, 𝜎𝐴𝐵 = 294,042 𝑀𝑃𝑎 e 𝜎𝐵𝐶 = 229,72 𝑀𝑃𝑎


3-) Um elemento estrutural de um reator nuclear é feito de uma liga de zircônio. Se esse elemento tiver de suportar
uma carga axial de 20 kN, determine a área da seção transversal exigida. Use um fator de segurança 3 em relação
ao escoamento. Qual é a deformação do elemento se ele tiver 1 m de comprimento e seu alongamento for 0,5
mm? 𝜎𝑒 = 400 𝑀𝑃𝑎.
Resolução:
O exercício nos fornece o fator de segurança e a tensão de escoamento do material. Com esses dados, podemos
determinar a tensão admissível para o elemento estrutural, dada por:
𝜎𝑒 400.106
𝐹𝑆 = 𝜎 3=
𝑎𝑑𝑚 𝜎𝑎𝑑𝑚

Isolando a tensão admissível, temos:


400.106
𝜎𝑎𝑑𝑚 = 𝜎𝑎𝑑𝑚 = 133,333 𝑀𝑃𝑎
3

Com a tensão admissível e com a força que a estrutura pode suportar, podemos determinar a área da seção
transversal do elemento:
𝐹 20.10³
𝜎𝑎𝑑𝑚 = 𝐴 133,333. 106 = 𝐴

Isolando a área, temos:


20.10³
𝐴= 𝐴 = 1,5. 10−4 𝑚²
133,333.106

Com o alongamento e o comprimento inicial do elemento, podemos calcular a deformação do mesmo:


𝐿𝑓 −𝐿𝑖 𝛿
𝜀= = 𝐿 , onde 𝛿 corresponde ao alongamento da estrutura.
𝐿𝑖 𝑖

0,5
𝜀 = 1000 , o comprimento inicial é multiplicado por mil, para ficar em mm, assim a deformação será fornecida
em mm/mm.
𝜀 = 5. 10−4 𝑚𝑚/𝑚𝑚
Portanto, 𝐴 = 1,5. 10−4 𝑚² e 𝜀 = 5. 10−4 𝑚𝑚/𝑚𝑚
4-) A adição de plastificadores ao cloreto de polivinil provoca a redução de sua rigidez. Os diagramas tensão-
deformação apresentados a seguir mostram tal efeito para três tipos de material. Especifique o tipo que deve ser
usado na fabricação de uma haste com 5 pol (in) de comprimento e 2 pol de diâmetro que terá de suportar, no
mínimo, uma carga axial de 20 kip e alongar, no máximo, ¼ pol.

Resolução:
Temos um diagrama de tensão x deformação. Para avaliar qual é o melhor material, temos que determinar a
tensão e a deformação do corpo de prova, através dos dados fornecidos no enunciado.
Para determinar a tensão, basta utilizar a equação básica da resistência dos materiais:
𝐹 20
𝜎=𝐴 𝜎= 𝜋.2² 𝜎 = 6,3662 𝑘𝑠𝑖
4

Para determinar a deformação, temos:


𝐿𝑓 −𝐿𝑖 𝛿 1/4
𝜀= =𝐿 𝜀= 𝜀 = 0,05 𝑝𝑜𝑙/𝑝𝑜𝑙
𝐿𝑖 𝑖 5

Agora que temos os dois dados do diagrama, podemos avaliar cada material.
Para o não-plastificado (unplasticized):

Para tensão de 6,3662 ksi este material apresenta uma deformação de 0,015 pol/pol que equivale a um
alongamento 𝛿 = 0,015.5 = 0,075 pol que é menor que ¼ pol. Mesmo para tensões mais elevadas até o
rompimento do material (11 ksi), o material apresenta uma deformação de 0,05 pol/pol que equivale a um
alongamento de 𝛿 = 0,025.5 = 0,125 pol.
Para o copolímero (copolymer):

Para tensão de 6,3662 ksi este material apresenta uma deformação de 0,05 pol/pol que equivale a um alongamento
𝛿 = 0,05.5 = 0,25 pol que é igual a ¼ pol. Para tensões mais elevadas até o rompimento do material (8 ksi), o
material apresenta uma deformação de 0,075 pol/pol que equivale a um alongamento de 𝛿 = 0,075.5 = 0,375
pol que supera o alongamento máximo de ¼ pol.
Para o flexível plastificado (flexible plasticized):

Este material flexível não suporta a força de 20 kip, pois a tensão máxima que é gerado no mesmo até o
rompimento é de aproximadamente 5 ksi. Portanto, este material não atende ao requisito de projeto.
Portanto, os materiais mais indicados para esta aplicação são: não-plastificado e copolímero.
5-) O cabeçote H está acoplado ao cilindro de um compressor por seis parafusos de aço. Se a força de aperto de
cada parafuso for 6 kN, determine a deformação normal nos parafusos. Cada um deles tem 6 mm de diâmetro. Se
𝜎𝑒 = 250 𝑀𝑃𝑎 e 𝐸 = 200 𝐺𝑃𝑎, qual é a deformação em cada parafuso quando a porca é desatarraxada,
aliviando, assim, a força de aperto?

Resolução:
Inicialmente devemos determinar a tensão no parafuso. Sabemos que cada parafuso tem uma força de aperto de
6 kN e que seu diâmetro é de 6 mm.
𝐹 6.10³
𝜎=𝐴= 𝜋6² 𝜎 = 212,2 𝑀𝑃𝑎
( )
4

Esta tensão é menor que a tensão de escoamento do material, portanto não há problemas em aplicar esta força.
Com a tensão no parafuso e o módulo de elasticidade do material, podemos determinar a deformação no mesmo
para esta tensão:
𝜎 = 𝐸𝜀, isolando a deformação temos:
𝜎 212,2.106
𝜀=𝐸= 𝜀 = 1,06. 10−3 𝑚𝑚/𝑚𝑚
200.109

Ao desatarraxar, o parafuso volta ao seu tamanho original, ou seja, não fica mais deformado. Portanto a
deformação é zero quando o parafuso está desatarraxado.

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