Você está na página 1de 26

REVISAÇO 1ª ETAPA

XXXV Exame da OAB

DIREITO
civil
Direito Civil
Prof. Bruno Bruno Lewer
Advogado e
professor
@brunolewer

lewer.amorim@gmail.com
direito civil
MAPA 1 responsabilidade civil Prof. Bruno Lewer
Prof. César Fiuza

PRA PASSAR abrangência contratual e


tem que saber • Danos Patrimoniais
e Extrapatrimoniais
extracontratual
• Extracontratual: arts.
186, 187 e 927, CC
EREsp 1.281.594, stj • Contratual: arts. 389 e
"E tal sistemática não advém do acaso, e sim seguintes, CC
da majoritária doutrina nacional que,
inspirada nos ensinamentos internacionais
provenientes desde o direito romano, há
tempos reserva o termo ‘reparação civil’ para
fundamento
apontar a responsabilidade por ato ilícito
stricto sensu (...) ante a distinção ontológica,
• Código Civil: Origem do
Dever Violado
CARACTERÍSTICAS subjetiva e objetiva
estrutural e funcional entre ambas, o que • Art. 927, p. único, CC
• Código do Consumidor:
vedaria inclusive seu tratamento isonômico".
Conteúdo do Dever
Violado

código civil


art. 186
art. 187
prazos
• art. 205
ônus prescricionais
• art. 206, § 3°, V • Extracontratual: 3 anos


art. 389
art. 390
probatório (art. 206, § 3°, V, CC)
• Contratual: 10 anos (art.
• art. 391 • Resp. Contratual
• art. 927 • Resp. Extracontratual requisitos 205, CC) - ressalvada
previsão específica
• Resp. Contratual -
inadimplemento contratual
• Resp. Extracontratual -
conduta, dano, nexo causal e
nexo de imputação
Powered by

admirável
DIREITO NOVO
direito civil
MAPA 2 curatela Prof. Bruno Lewer
Prof. César Fiuza

PRA PASSAR
tem que saber escolha cônjuge ou
competirá companheiro
art. 1.767, Código civil: ao juiz • Desde que não separado
judicialmente ou de fato
" Estão sujeitos a curatela: • Na falta de cônjuge,
I - aqueles que, por causa
companheiro, pai, mãe
transitória ou permanente, não puderem ou descendentes ORDEM DE
exprimir sua vontade;
II - (vetado) NOMEAÇÃO
III - os ébrios habituais e os viciados em
tóxico; DO CURADOR
IV - (Vetado)
V - os pródigos".

código civil descendente




art. 1.767
art. 1.774 que se pai ou mãe


art. 1.775
art. 1.775-A
mostrar mais


art. 1.777
art. 1.778
apto
• Os mais próximos
precedem aos mais
remotos

Na nomeação de curador para a pessoa com deficiência, o juiz


poderá estabelecer curatela compartilhada a mais de uma
Powered by pessoa.
admirável (Art. 1775-A, CC)
DIREITO NOVO
direito civil
MAPA 3 alimentos Prof. Bruno Lewer
Prof. César Fiuza

PRA PASSAR
tem que saber reciprocidade
O direito à prestação de
alimentos é recíproco entre pais
SÚMULA 596, stj e filhos, e extensivo a todos os
"A obrigação alimentar dos avós ascendentes.
tem natureza complementar e
subsidiária, somente se
configurando no caso de
impossibilidade total ou parcial de
seu cumprimento pelos pais."

ALIMENTOS grau mais


código civil próximo
• Art. 1.696
• Art. 1.697
exclui grau
• Art. 1.698 mais remoto
NECESSIDADE VS.
De acordo com os arts. 1.696 e 1.697 do
POSSIBILIDADE Código Civil, na linha reta, o grau mais
próximo exclui o mais remoto.
De acordo com o § 1º do art.
1.694 do Código Civil, os
alimentos são devidos na
proporção da necessidade do
alimentando e da
possibilidade do alimentante.
Powered by

admirável
DIREITO NOVO
direito civil
MAPA 4 regime de bens Prof. Bruno Lewer
Prof. César Fiuza

pacto
PRA PASSAR antenupcial
tem que saber Só será eficaz se houver
casamento e a partir da sua
data.

informativo 694 do stj


REsp 1.869.720/DF
"Não se admite a penhora de
ativos financeiros da conta
bancária pessoal de terceiro, não
integrante da relação processual
em que se formou o título REGIME
executivo, pelo simples fato de ser
cônjuge da parte executada com
quem é casado sob o regime da
DE BENS
comunhão parcial de bens".
comunhão
código civil parcial de bens ALTERAÇÃO
• Art. 1.639 Integram a comunhão: É admissível alteração do
• Art. 1.658 • os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem o regime de bens, mediante
• Art. 1.659 concurso de trabalho ou despesa anterior. autorização judicial em
• Art. 1.660 • os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada pedido motivado de ambos
• Art. 1.661 cônjuge, percebidos na constância do casamento, ou os cônjuges e ressalvados os
• Art. 1.662 pendentes ao tempo de cessar a comunhão. direitos de terceiros
• os bens adquiridos por doação, herança ou legado, em
favor de ambos os cônjuges;
• as benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge;
• os bens adquiridos na constância do casamento por
Powered by título oneroso, ainda que só em nome de um dos
cônjuges
admirável
DIREITO NOVO
direito civil
MAPA 5 arras Prof. Bruno Lewer
Prof. César Fiuza

PARA PASSAR
precisa saber arras sinal de
arras confirmatórias penitenciais pagamento
São dadas no momento em que
- A parte inocente pode pedir indenização Ocorrem sempre que as partes, as partes firmam o contrato
suplementar, se provar maior prejuízo, no contrato preliminar, ajustam
valendo as arras como taxa mínima. preliminar, para garantir a futura
o direito de se arrepender. celebração do contrato
- Pode, também, a parte inocente exigir a
execução do contrato, com as perdas e
Nesse caso, as arras são uma
contrapartida pelo direito de
retrato.
ARRAS definitivo.

danos, valendo as arras como o mínimo da


indenização.

arras penitenciais
- As arras ou sinal terão função unicamente
indenizatória.
arras espécies
- Quem deu as arras perdê-las-á em benefício
confirmatórias A doutrina distingue duas
espécies de arras:
da outra parte; e quem as recebeu devolvê- Desempenham três funções:
las-á, mais o equivalente. ⚬ confirmatórias;
⚬ confirmar o contrato, tornando-o ⚬ penitenciais (de
- Não haverá direito a indenização arrependimento)
suplementar. obrigatório;
⚬ antecipar o pagamento; e
⚬ fixar, previamente, perdas e danos.
código civil
- Art. 417
- Art. 418
- Art. 419
- Art.420

Powered by

admirável
DIREITO NOVO
direito civil

mapa 6 doação Prof. Bruno Lewer


Prof. César Fiuza

PARA PASSAR modal ou pura e simples


precisa saber com Nada é exigido do donatário, que
recebe o bem doado sem qualquer
encargo condição ou encargo

condição suspensiva • Sujeita o donatário à


Suspende os efeitos do ato jurídico, que só realização de certa
começa depois do implemento da tarefa, que pode
condição. Ex. doação condicionada ao reverter em favor do
casamento. interesse geral, em
favor do próprio
condição resolutiva donatário, em favor do CLASSIFICAÇÃO
Põe fim ao ato jurídico, quando se realiza.
doador ou em favor de
Ex. previsão de que os bens doados terceiro.
voltarão ao doador, caso este sobreviva ao
donatário. • Não cumprido o
encargo, no prazo
código civil estipulado, ou após a
constituição em mora
condicional
Arts. 538 à 564
É subordinada à
do donatário, poderá o ocorrência de evento
doador exigi-lo, sob futuro e incerto, ou seja,
pena de revogar a ao implemento de uma
doação. Sendo o condição, que pode ser
encargo de interesse suspensiva ou resolutiva,
geral, poderá o sendo válida desde que
Ministério Público exigir não seja ilegal nem imoral
seu cumprimento após
Powered by a morte do doador, se
admirável este não o houver feito.
DIREITO NOVO
direito civil

mapa 7 doação Prof. Bruno Lewer


Prof. César Fiuza

herdeiros hipóteses
PARA PASSAR O direito de revogar a doação não se

precisa saber transmite aos herdeiros do doador,


salvo homicídio doloso contra a vida
do doador, a não ser que o doador
• Descumprimento do encargo
• Ingratidão do donatário
tenha perdoado o donatário antes de
código civil morrer. Se o doador morrer, depois
Art. 562. A doação onerosa pode ser de intentada a ação de revogação,
revogada por inexecução do encargo, seus herdeiros poderão continuá-la.
se o donatário incorrer em mora. Não
havendo prazo para o cumprimento, o
doador poderá notificar judicialmente
o donatário, assinando-lhe prazo
prazo descumprimento do
razoável para que cumpra a obrigação
assumida.
decadencial
A revogação deverá ser
REVOGAÇÃO encargo
• O encargo pode ser exigido
peliteada no prazo de um pelo doador, pelo terceiro
ano, contado do dia em beneficiário ou pelo
Art. 563. A revogação por que o doador tomou Ministério Público se o
ingratidão não prejudica os direitos conhecimento do fato beneficiário for a
adquiridos por terceiros, nem obriga gerador da revogação e do comunidade. Mas o único
o donatário a restituir os frutos fato de o donatário ter sido que poderá revogar a
percebidos antes da citação válida; seu autor. doação é o doador.
mas sujeita-o a pagar os
posteriores, e, quando não possa
restituir em espécie as coisas
doadas, a indenizá-la pelo meio
não se revogam por ingratidão do donatário
termo do seu valor. ingratidão em caso de donatário que:
• as doações puramente • atentou contra a vida do doador ou
remuneratórias cometeu crime de homicídio doloso contra
• as oneradas com encargo já cumprido ele
• as que se fizerem em cumprimento de • cometeu ofensa física contra o doador
obrigação natural • injuriou gravemente ou caluniou o doador
• as feitas para determinado casamento • se, podendo ministrá-los, recusou ao
Powered by
(propter nuptias) doador os alimentos de que este
admirável necessitava
DIREITO NOVO
direito civil
MAPA 8 BOA-FÉ OBJETIVA Prof. Bruno Lewer
Prof. César Fiuza

PARA PASSAR
precisa saber interpretativa
integrativa Art. 113, Código Civil

violação positiva do Art. 422, Código Civil


Quando o sentido objetivo de uma
cláusula suscite dúvidas, deve ser
contrato Parte do pressuposto que o
preferido o significado que a boa-fé
Significa o descumpimento dos deveres aponte como o mais razoável.
anexos de conduta oriundos da boa-fé contrato contenha deveres,
objetiva. poderes, direitos e
faculdades primários e
I Jornada de Direito Civil: secundários. São eles
integrados pelo princípio da
ENUNCIADO 24: Em virtude do princípio da
boa-fé, positivado no art. 422 do novo
boa-fé. Os deveres
secundários são comuns a
FUNÇÕES
Código Civil, a violação dos deveres anexos
todo tipo de contrato; não
constitui espécie de inadimplemento,
independentemente de culpa. mudam; são deveres de
cooperação, lealdade,
ENUNCIADO 37: A responsabilidade civil garantia, confidencialidade,
decorrente do abuso do direito independe dentre outros. Pelo
de culpa e fundamenta-se somente no
critério objetivo-finalístico.
princípio da boa-fé, esses de controle
deveres se integram ao Arts. 187 e 422, Código Civil
ENUNCIADO 168: O princípio da boa-fé contrato, seja ele qual for.
objetiva importa no reconhecimento de O credor, no exercício de seu direito,
um direito a cumprir em favor do titular O descumprimento desses não pode exceder os limites impostos
passivo da obrigação. deveres anexos pela boa-fé, sob pena de proceder
(secundários) acarreta o ilicitamente. Essa função tem a ver
que se denomina violação com as limitações da liberdade
positiva do contrato. contratual, da autonomia da privada e
com o abuso de direito.
Powered by

admirável
DIREITO NOVO
DIREITO CIVIL - QUESTÕES
Questão 01: FGV - OAB UNI NAC/OAB/Exame Anual 2/2016

Em maio de 2005, Sérgio e Lúcia casaram-se pelo regime da comunhão parcial de bens.
Antes de se casar, ele já era proprietário de dois imóveis. Em 2006, Sérgio alugou seus dois
imóveis e os aluguéis auferidos, mês a mês, foram depositados em conta corrente aberta por
ele, um mês depois da celebração dos contratos de locação. Em 2010, Sérgio recebeu o
prêmio máximo da loteria, em dinheiro, que foi imediatamente aplicado em uma conta
poupança aberta por ele naquele momento. Em 2013, Lúcia e Sérgio se separaram. Lúcia
procurou um advogado para saber se tinha direito à partilha do prêmio que Sérgio recebeu
na loteria, bem como aos valores oriundos dos aluguéis dos imóveis adquiridos por ele antes
do casamento e, mensalmente, depositados na conta corrente de Sérgio.Com base na
hipótese narrada, assinale a afirmativa correta.

a) Ela não tem direito à partilha do prêmio e aos valores depositados na conta corrente de
Sérgio, oriundos dos aluguéis de seus imóveis, uma vez que se constituem como bens
particulares de Sérgio.

b) Ela tem direito à partilha dos valores depositados na conta corrente de Sérgio, oriundos
dos aluguéis de seus imóveis, mas não tem direito à partilha do prêmio obtido na loteria.

c) Ela tem direito à partilha do prêmio, mas não poderá pleitear a partilha dos valores
depositados na conta corrente de Sérgio, oriundos dos aluguéis de seus imóveis.

d) Ela tem direito à partilha do prêmio e dos valores depositados na conta corrente de
Sérgio, oriundos dos aluguéis dos imóveis de Sérgio, uma vez que ambos constituem bens
comuns do casal.
Questão 01: FGV - OAB UNI NAC/OAB/Exame Anual 2/2016

Em maio de 2005, Sérgio e Lúcia casaram-se pelo regime da comunhão parcial de bens.
Antes de se casar, ele já era proprietário de dois imóveis. Em 2006, Sérgio alugou seus dois
imóveis e os aluguéis auferidos, mês a mês, foram depositados em conta corrente aberta por
ele, um mês depois da celebração dos contratos de locação. Em 2010, Sérgio recebeu o
prêmio máximo da loteria, em dinheiro, que foi imediatamente aplicado em uma conta
poupança aberta por ele naquele momento. Em 2013, Lúcia e Sérgio se separaram. Lúcia
procurou um advogado para saber se tinha direito à partilha do prêmio que Sérgio recebeu
na loteria, bem como aos valores oriundos dos aluguéis dos imóveis adquiridos por ele antes
do casamento e, mensalmente, depositados na conta corrente de Sérgio.Com base na
hipótese narrada, assinale a afirmativa correta.

a) Ela não tem direito à partilha do prêmio e aos valores depositados na conta corrente de
Sérgio, oriundos dos aluguéis de seus imóveis, uma vez que se constituem como bens
particulares de Sérgio.

b) Ela tem direito à partilha dos valores depositados na conta corrente de Sérgio, oriundos
dos aluguéis de seus imóveis, mas não tem direito à partilha do prêmio obtido na loteria.

c) Ela tem direito à partilha do prêmio, mas não poderá pleitear a partilha dos valores
depositados na conta corrente de Sérgio, oriundos dos aluguéis de seus imóveis.

d) Ela tem direito à partilha do prêmio e dos valores depositados na conta corrente de
Sérgio, oriundos dos aluguéis dos imóveis de Sérgio, uma vez que ambos constituem bens
comuns do casal.
COMENTÁRIO

1 - Em relação ao prêmio de loteria, aplica-se o inciso II do art. 1.660 do


Código Civil, segundo o qual, integram a comunhão os bens adquiridos
por fato eventual, com ou sem o concurso de trabalho ou despesa
anterior.

Art. 1.660. Entram na comunhão:


II - os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem o concurso de
trabalho ou despesa anterior;

2 - No que diz respeito aos aluguéis, aplica-se o inciso V do mesmo art.


1.660 do Código Civil, de acordo com o qual pertencem a ambos os
cônjuges os frutos dos bens comuns, bem como dos bens particulares de
cada um, percebidos durante o casamento, ou pendentes, quando da sua
dissolução.

Art. 1.660. Entram na comunhão:


V - os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada cônjuge,
percebidos na constância do casamento, ou pendentes ao tempo de
cessar a comunhão.
Questão 2: FGV - OAB UNI NAC/OAB/Exame Anual 3/2017

João e Carla foram casados por cinco anos, mas, com o passar dos anos, o casamento se
desgastou e eles se divorciaram. As três filhas do casal, menores impúberes, ficaram sob a
guarda exclusiva da mãe, que trabalha em uma escola como professora, mas que está com
os salários atrasados há quatro meses, sem previsão de recebimento. João vinha
contribuindo para o sustento das crianças, mas, estranhamente, deixou de fazê-lo no último
mês. Carla, ao procurá-lo, foi informada pelos pais de João que ele sofreu um atropelamento
e está em estado grave na UTI do Hospital Boa Sorte. Como João é autônomo, não pode
contribuir, justificadamente, com o sustento das filhas. Sobre a possibilidade de os avós
participarem do sustento das crianças, assinale a afirmativa correta.

a) Em razão do divórcio, os sogros de Carla são ex-sogros, não são mais parentes, não
podendo ser compelidos judicialmente a contribuir com o pagamento de alimentos para o
sustento das netas.

b) As filhas podem requerer alimentos avoengos, se comprovada a impossibilidade de Carla


e de João garantirem o sustento das filhas.

c) Os alimentos avoengos não podem ser requeridos, porque os avós só podem ser réus em
ação de alimentos no caso de falecimento dos responsáveis pelo sustento das filhas.

d) Carla não pode representar as filhas em ação de alimentos avoengos, porque apenas os
genitores são responsáveis pelo sustento dos filhos.
Questão 2: FGV - OAB UNI NAC/OAB/Exame Anual 3/2017

João e Carla foram casados por cinco anos, mas, com o passar dos anos, o casamento se
desgastou e eles se divorciaram. As três filhas do casal, menores impúberes, ficaram sob a
guarda exclusiva da mãe, que trabalha em uma escola como professora, mas que está com
os salários atrasados há quatro meses, sem previsão de recebimento. João vinha
contribuindo para o sustento das crianças, mas, estranhamente, deixou de fazê-lo no último
mês. Carla, ao procurá-lo, foi informada pelos pais de João que ele sofreu um atropelamento
e está em estado grave na UTI do Hospital Boa Sorte. Como João é autônomo, não pode
contribuir, justificadamente, com o sustento das filhas. Sobre a possibilidade de os avós
participarem do sustento das crianças, assinale a afirmativa correta.

a) Em razão do divórcio, os sogros de Carla são ex-sogros, não são mais parentes, não
podendo ser compelidos judicialmente a contribuir com o pagamento de alimentos para o
sustento das netas.

b) As filhas podem requerer alimentos avoengos, se comprovada a impossibilidade de Carla


e de João garantirem o sustento das filhas.

c) Os alimentos avoengos não podem ser requeridos, porque os avós só podem ser réus em
ação de alimentos no caso de falecimento dos responsáveis pelo sustento das filhas.

d) Carla não pode representar as filhas em ação de alimentos avoengos, porque apenas os
genitores são responsáveis pelo sustento dos filhos.
COMENTÁRIO

PRIMEIRO: Os descendentes e ascendentes podem ser obrigados a prestar alimentos


reciprocamente.

SEGUNDO: De acordo com os arts. 1.696 e 1.697 do Código Civil, na linha reta, o grau mais próximo
exclui o mais remoto. Assim, não tendo os pais recursos, os avós são responsáveis.

Art. 1.696. O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e extensivo a todos os
ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de outros.

Art. 1.697. Na falta dos ascendentes cabe a obrigação aos descendentes, guardada a ordem de
sucessão e, faltando estes, aos irmãos, assim germanos como unilaterais.

Art. 1.698. Se o parente, que deve alimentos em primeiro lugar, não estiver em condições de suportar
totalmente o encargo, serão chamados a concorrer os de grau imediato; sendo várias as pessoas
obrigadas a prestar alimentos, todas devem concorrer na proporção dos respectivos recursos, e,
intentada ação contra uma delas, poderão as demais ser chamadas a integrar a lide.

Súmula 596-STJ: A obrigação alimentar dos avós tem natureza complementar e subsidiária, somente
se configurando no caso de impossibilidade total ou parcial de seu cumprimento pelos pais. STJ. 2ª
Seção. Aprovada em 08/10/2017.

Por fim, de acordo com o § 1º do art. 1.694 do Código Civil, os alimentos são devidos na proporção da
necessidade do alimentando e da possibilidade do alimentante.
Questão 3: FGV - OAB UNI NAC/OAB/Exame Anual 3/2015

Fabiana e Mauro são casados pelo regime da separação


convencional de bens e possuem dois filhos: Amanda e Pedro, de
19 e 16 anos, respectivamente. Mauro é filho de José, que se
encontra com 65 anos. Mauro sofreu um acidente automobilístico e,
em razão da violência do acidente, está em estado de coma,
impossibilitado de exercer os atos da vida civil, razão pela qual sua
interdição tornou-se necessária. Diante dos fatos narrados, assinale
a afirmativa correta.

a) Fabiana, em razão do regime de bens que rege o casamento,


não poderá ser nomeada curadora de Mauro.

b) Como Mauro possui ascendente vivo e capaz, este será


nomeado seu curador, na forma da lei.

c) A filha de Mauro, por ser maior e capaz, será nomeada sua


curadora, na forma da lei.

d) Fabiana será nomeada curadora de Mauro, na forma da lei.


Questão 3: FGV - OAB UNI NAC/OAB/Exame Anual 3/2015

Fabiana e Mauro são casados pelo regime da separação


convencional de bens e possuem dois filhos: Amanda e Pedro, de
19 e 16 anos, respectivamente. Mauro é filho de José, que se
encontra com 65 anos. Mauro sofreu um acidente automobilístico e,
em razão da violência do acidente, está em estado de coma,
impossibilitado de exercer os atos da vida civil, razão pela qual sua
interdição tornou-se necessária. Diante dos fatos narrados, assinale
a afirmativa correta.

a) Fabiana, em razão do regime de bens que rege o casamento,


não poderá ser nomeada curadora de Mauro.

b) Como Mauro possui ascendente vivo e capaz, este será


nomeado seu curador, na forma da lei.

c) A filha de Mauro, por ser maior e capaz, será nomeada sua


curadora, na forma da lei.

d) Fabiana será nomeada curadora de Mauro, na forma da lei.


CONSUMIDOR
CONSUMIDOR
vício do produto e características
do serviço
vícios
PRA PASSAR aparentes e INCOLUMIDADE
tem que saber ocultos financeira
Muda o início da
contagem do prazo
decadencial.
art. 26, § 2°, CDC
" § 2° Obstam a decadência: SOLIDARIEDADE GERAL
I - a reclamação comprovadamente formulada
pelo consumidor perante o fornecedor de
prazo Todos os fornecedores respondem
solidariamente, inclusive o
produtos e serviços até a resposta negativa
correspondente, que deve ser transmitida de
decadencial VÍCIO comerciante
forma inequívoca; Art. 26, CDC:
II - (Vetado). ⚬ 30 dias: duráveis
III - a instauração de inquérito civil, até seu ⚬ 90 dias: não
encerramento".
duráveis

código de defesa do
consumidor responsabilidade
• art. 6°, II, III e VI
• art. 7°, p. único
objetiva
• arts. 18 a 26
garantia
A consequência principal

top
do vício é a garantia incidente de consumo
A garantia pode ser legal O vício relaciona-se a

5
temas mais
cobrados
ou contratual um problema de
adequação

Powered by

admirável
DIREITO NOVO
CONSUMIDOR
FATO DO PRODUTO características
PRA PASSAR
prazo INCOLUMIDADE
tem que saber prescricional PSICO-FÍSICA
Art. 27, CDC: 5 anos
art. 12, cdc
“O fabricante, o produtor, o construtor,
nacional ou estrangeiro, e o importador
respondem, independentemente da existência
de culpa, pela reparação dos danos causados
IMPUTAÇÃO ESPECÍFICA
aos consumidores por defeitos decorrentes de • Comerciante fica de fora da
projeto, fabricação, construção, montagem,
fórmulas, manipulação, apresentação ou
excludentes FATO DO cadeia de responsabilidade
• Comerciante só responde nas
acondicionamento de seus produtos, bem Art. 12, § 3°, CDC
hipóteses do art. 13 do CDC
como por informações insuficientes ou
inadequadas sobre sua utilização e riscos". I - que não colocou o produto no
mercado;
PRODUTO ⚬ Incisos I e II: resp. subsidiária
⚬ Inciso III: resp. direta
código de defesa do II - que, embora haja colocado o
produto no mercado, o defeito
consumidor inexiste;
III - a culpa exclusiva do


art. 6°, III e VI
art. 7°, p. único
consumidor ou de terceiro. responsabilidade


art. 8º
art. 9º
objetiva


art. 10
art. 12
indenização


art. 13
art. 27
top A consequência
principal do fato do
acidente de consumo
5
temas mais
cobrados
produto é a indenização
O fato do produto relaciona-se a um
acidente de consumo

Powered by

admirável
DIREITO NOVO
CONSUMIDOR
FATO DO SERVIÇO características
PRA PASSAR
tem que saber prazo INCOLUMIDADE
súmula 130, stj
prescricional PSICO-FÍSICA
Art. 27, CDC: 5 anos
"A empresa responde, perante o cliente, pela
reparação de dano ou furto de veículo
ocorridos em seu estacionamento".
SOLIDARIEDADE GERAL
súmula 385, stj Todos os fornecedores respondem
"Da anotação irregular em cadastro de
proteção ao crédito não cabe indenização por
excludentes FATO DO
solidariamente, inclusive o
comerciante
dano moral, quando preexistente legítima Art. 14, § 3°, CDC
inscrição, ressalvado o direito ao
cancelamento".
I - que, tendo prestado o
serviço, o defeito inexiste;
SERVIÇO
II - a culpa exclusiva do
código de defesa do consumidor ou de terceiro.
consumidor responsabilidade
art. 6°, II, III e VI

• art. 7°, p. único objetiva
• art. 8º Exceção: Responsabilidade
• art. 9º Pessoal do Profissional


art. 10
art. 14
indenização Liberal (§ 4°, art. 14, CDC)

• art. 17 top A consequência principal do


fato do serviço é a
acidente de consumo
• art. 27
5
temas mais
cobrados
indenização
O fato do serviço relaciona-se a um
acidente de consumo

Powered by

admirável
DIREITO NOVO
CONSUMIDOR – QUESTÕES
Questão 02: FGV - OAB UNI NAC/OAB/Exame Anual 3/2019

Durante período de intenso calor, o Condomínio do Edifício X, por seu representante, adquiriu, junto à
sociedade empresária Equipamentos Aquáticos, peças plásticas recreativas próprias para uso em
piscinas, produzidas com material atóxico. Na primeira semana de uso, os produtos soltaram
gradualmente sua tinta na vestimenta dos usuários, o que gerou apenas problema estético, na
medida em que a pigmentação era atóxica e podia ser removida facilmente das roupas dos usuários
por meio de uso de sabão.

O Condomínio do Edifício X, por seu representante, procurou você, como advogado(a), buscando
orientação para receber de volta o valor pago e ser indenizado pelos danos morais suportados.

a) Nesse caso, cuida-se de fato do produto, sendo excluída a responsabilidade civil da sociedade
empresária, respondendo pelo evento o fabricante das peças; não cabe indenização por danos
extrapatrimoniais, por ser o Condomínio pessoa jurídica, que não sofre essa modalidade de dano

b) inaplicabilidade do CDC, haja vista a natureza da relação jurídica estabelecida entre o Condomínio
e a sociedade empresária, cabendo a responsabilização civil com base nas regras gerais de Direito
Civil, e incabível pleitear indenização por danos morais, por ter o Condomínio a qualidade de pessoa
jurídica.

c) aplicabilidade do CDC somente por meio de medida de defesa coletiva dos condôminos, cuja
legitimidade será exercida pelo Condomínio, na defesa dos interesses a título coletivo.

d) vício do produto, sendo solidária a responsabilidade da sociedade empresária e do fabricante das


peças; o Condomínio do Edifício X é parte legítima para ingressar individualmente com a medida
judicial por ser consumidor, segundo a teoria finalista mitigada
Questão 02: FGV - OAB UNI NAC/OAB/Exame Anual 3/2019

Durante período de intenso calor, o Condomínio do Edifício X, por seu representante, adquiriu, junto à
sociedade empresária Equipamentos Aquáticos, peças plásticas recreativas próprias para uso em
piscinas, produzidas com material atóxico. Na primeira semana de uso, os produtos soltaram
gradualmente sua tinta na vestimenta dos usuários, o que gerou apenas problema estético, na
medida em que a pigmentação era atóxica e podia ser removida facilmente das roupas dos usuários
por meio de uso de sabão.

O Condomínio do Edifício X, por seu representante, procurou você, como advogado(a), buscando
orientação para receber de volta o valor pago e ser indenizado pelos danos morais suportados.

a) Nesse caso, cuida-se de fato do produto, sendo excluída a responsabilidade civil da sociedade
empresária, respondendo pelo evento o fabricante das peças; não cabe indenização por danos
extrapatrimoniais, por ser o Condomínio pessoa jurídica, que não sofre essa modalidade de dano

b) inaplicabilidade do CDC, haja vista a natureza da relação jurídica estabelecida entre o Condomínio
e a sociedade empresária, cabendo a responsabilização civil com base nas regras gerais de Direito
Civil, e incabível pleitear indenização por danos morais, por ter o Condomínio a qualidade de pessoa
jurídica.

c) aplicabilidade do CDC somente por meio de medida de defesa coletiva dos condôminos, cuja
legitimidade será exercida pelo Condomínio, na defesa dos interesses a título coletivo.

d) vício do produto, sendo solidária a responsabilidade da sociedade empresária e do fabricante


das peças; o Condomínio do Edifício X é parte legítima para ingressar individualmente com a
medida judicial por ser consumidor, segundo a teoria finalista mitigada

Você também pode gostar