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ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO CONFIABILIDADE PELOTIZAÇÃO I

SAP PARA
ENGENHEIROS
ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO CONFIABILIDADE PELOTIZAÇÃO
ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO CONFIABILIDADE PELOTIZAÇÃO II

SAP PARA
ENGENHEIROS
ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO CONFIABILIDADE PELOTIZAÇÃO

Autor:

Rogério Villar

Colaboradores:

Caio Pinho

Deivison Vitória

Gabriela Vidal

Pablo Del Piero

Robert Barbosa

Responsáveis Técnicos:

Eng. Luiz Paulo Rangel

1° Edição – Maio de 2017

2017
ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO CONFIABILIDADE PELOTIZAÇÃO III

Todos os direitos desta edição são reservados à VALE, Pelotização, Av. Dante Michelini,
5500 Vitória 29090 900 - ES Brasil.
A reprodução em todo ou em partes deste material sem autorização constitui violação
conforme Lei 9.610/98.
ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO CONFIABILIDADE PELOTIZAÇÃO IV

Prefácio
Quando ao final de 2010 pensávamos como implantar
uma manutenção de alto desempenho na Pelotização, Sabedoria
um dos grandes dilemas era a questão da competência
e do conhecimento. Ao iniciar todo processo foi Conhecimento
fundamental treinar, dar informação e assegurar que
cada grupo tenha realizado a transformação da
Infomação
informação em conhecimento.

Método, disciplina e conhecimento são a chave do Dados


sucesso. Temos hoje um grande processo implantado
na manutenção e para sua sustentação são necessárias pessoas com conhecimentos específicos.
A produção de cada material didático aqui apresentado vem na sequência exata da necessidade,
pois, tudo está implantado e agora sabemos o que é necessário saber; conhecer; desenvolver.

Dados são apenas símbolos ou números, que sozinhos não conseguem nos direcionar em busca
da tomada de decisões corretas.

Quando se entende o significado e as relações dos dados podemos dizer que possuímos
informações. A união das informações sobre determinado assunto proporciona conhecimento
sobre o mesmo. A detenção dos conhecimentos leva a sabedoria.

Esta é a chamada hierarquia do conhecimento ou escala do saber.

A sabedoria é marcada pela união de diversos


conhecimentos, exemplificados como conhecimentos
técnicos, de saúde e segurança, conhecimentos éticos e
morais, etc. e todos serão utilizados em busca de se tomar
a melhor decisão.

Somente através da educação podemos transformar dados


em conhecimentos ou em sabedoria e com isso fazer com
que as decisões tomadas em todos os âmbitos da nossa
vida sejam baseadas em diversos conhecimentos e não em
dados.

A engenharia, em busca, de transformar os conhecimentos tácitos em explícitos, elaborou este


material, juntamente com os melhores profissionais da área.

Assim, aqui foram reunidas todas as informações técnicas necessárias, bem como os riscos das
atividades e exemplos de formas produtivas de realizar as atividades e sustentar os processos.

Esperamos que todos possam desfrutar desse material!!!


ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO CONFIABILIDADE PELOTIZAÇÃO 5

Sumário

1 PREFÁCIO ................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.


2 CONCEITOS IMPORTANTES ................................................................ 7
2.1 VISÃO DA CADEIA DE MANUTENÇÃO................................................................. 8
2.2 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL PELOTIZAÇÃO ............................................... 8
2.2.1 PLANTA .............................................................................................................. 8
2.2.2 CENTRO DE PLANEJAMENTO ......................................................................... 9
2.2.3 CENTRO DE LOCALIZAÇÃO ............................................................................. 9
2.3 TAXONOMIA – HIERARQUIA .............................................................................. 10
2.4 LOCAL DE INSTALAÇÃO ..................................................................................... 11
2.4.1 O QUE É ? ........................................................................................................ 11
2.4.2 CRITICIDADE ................................................................................................... 12
2.5 EQUIPAMENTOS ................................................................................................. 14
2.6 PERFIL DE CATÁLOGO ....................................................................................... 14
2.7 LISTAS TÉCNICAS ............................................................................................... 17
2.8 PROCESSO DE MANUTENÇÃO.......................................................................... 17
2.9 CENTRO DE TRABALHO ..................................................................................... 18
2.10 NOTA DE MANUTENÇÃO .................................................................................... 19
2.10.1 O QUE É? ......................................................................................................... 19
2.10.2 COMO CONSULTAR A CARTEIRA DE NOTAS (IW29) .................................. 21
2.11 ORDEM DE MANUTENÇÃO ................................................................................ 28
2.11.1 O QUE É? ......................................................................................................... 28
2.11.2 COMO CONSULTAR A CARTEIRA DE OM’S.................................................. 32
2.11.3 COMO ABRIR UMA OM (IW31)........................................................................ 34
2.12 PLANOS DE MANUTENÇÃO ............................................................................... 36
2.12.1 MAPA DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA (IP19) ............................................. 38
2.12.2 MEDIDORES (HORÍMETRO E OUTROS TIPOS) ............................................ 41
2.12.3 LISTA DE TAREFAS......................................................................................... 42
2.13 PAINEL DE INDICADORES .................................................................................. 43
2.13.1 INDICADORES DE MANUTENÇÃO ................................................................. 44
2.13.2 INDICADORES DE PCM .................................................................................. 44
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2.13.3 INDICADORES DOS PROCESSOS DO PCM.................................................. 45


ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO CONFIABILIDADE PELOTIZAÇÃO 7

1
1 Conceitos
Importantes
ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO CONFIABILIDADE PELOTIZAÇÃO 8

1.1 VISÃO DA CADEIA DE MANUTENÇÃO

Figura 1 – Visão da Cadeia de Processos

1.2 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL


PELOTIZAÇÃO

1.2.1 PLANTA
A planta de planejamento de manutenção de um objeto técnico são as tarefas de
manutenção para os objetos que são planejados e preparados. Grupos de
planejadores de manutenção trabalham para planejar e preparar as tarefas de
manutenção na qual são atribuídas à planta de planejamento de manutenção e as
seguintes atividades são executadas na planta de planejamento de manutenção:
 Definição de listas de tarefas

 Planejamento de materiais com base em listas de materiais em listas de


tarefas e pedidos

 Gerenciamento e programação de planos de manutenção


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 Criação de notificações de manutenção

 Execução de ordens de manutenção

A forma como a organização é representada no planejamento de manutenção


depende da estrutura de toda a empresa. Há três opções:
 Planejamento centralizado de manutenção

 Planejamento de manutenção descentralizada

 Planejamento de manutenção parcialmente centralizado

Na Vale, dada a complexidade da empresa, são utilizadas as três opções. As


plantas da Pelotização que estão de acordo com o modelo desenhado no Projeto
“One Vale Americas” são Tubarão, Fábrica, Vargem Grande e São Luís.

1.2.2 CENTRO DE PLANEJAMENTO


O centro de planejamento de manutenção de um objeto técnico é o centro no qual as
medidas de manutenção do objeto são planejadas e preparadas.

Os centros de planejamento da Pelotização são:


Tubarão – 1090
Fábrica – 1095/1096
Vargem Grande – 1103/1119
São Luís - 1069

1.2.3 CENTRO DE LOCALIZAÇÃO


O centro de localização de um objeto técnico é local onde as tarefas e ordens são
executadas. Por questão de simplificação os centros de localização utilizam os
mesmos números dos centros de planejamento, ou seja:
Tubarão – 1090
Fábrica – 1096
Vargem Grande – 1119
São Luís - 1069
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1.3 TAXONOMIA – HIERARQUIA


A Taxonomia pode ser definida como ciência ou técnica de classificação. Esta
ciência é muito utilizada na biologia para classificar todos os animais e plantas da
terra de acordo com suas características e também é utilizada na manutenção para
classificar os ativos de uma empresa.
A Taxonomia adotada pela ISO 14224 sugere até 9 níveis de hierarquia conforme
necessidade de cada empresa;

Figura 2 - TAXONOMIA ISO

Utilizando o modelo proposto pela ISO e fazendo uma analogia com o nosso
negócio, vamos simular a taxonomia da Pelotização:
 1° Nível – VALE

 2° Nível – Mineração

 3° Nível – Pelotização

 4° Nível – Usina 1, 2 , 3 , 4 , etc..

 5° Nível – Moagem, Queima, Peneiramento, etc..

 6° Nível – Moinho xxx


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 7° Nível – Redutor do moinho xxx (Local de Instalação)

 8° Nível – Redutor N° xxxx (equipamento)

 9° Nível – Rolamento xxxxx

Atualmente, nas usinas de pelotização a determinação é que os serviços sejam


abertos para o 7° Nível hierárquico, pelo conceito ISO, ( Local de instalação ), ou
seja, cada uma das intervenções feitas pela manutenção deve ter um histórico
discriminando as intervenções executadas, por exemplo, no Redutor do 3M6A
(Moinho de Bolas ).
Apenas na Oficina Mecânica a abertura dos serviços se refere ao 8° Nível
(Equipamento XXXX ), por exemplo, Redutor do moinho 3M6A ( N° 123458975 ).
Contudo, apesar da ISSO sugerir até 9 níveis, na Diretoria de Pelotização,
desconsideramos o 1° e 2° nível, ou seja, consideramos que não precisamos citar
que todos os equipamentos são VALE e Mineração e por isso começamos nossa
taxonomia pelo 3° nível, ou seja, Pelotização.

1.4 LOCAL DE INSTALAÇÃO

1.4.1 O QUE É ?
Local de Instalação representa uma estrutura hierárquica em que um objeto técnico
(ativo ou equipamento) pode ser instalado. O escopo de Governança Global é
composto por quatro níveis, todos da seguinte categoria:
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1.4.2 CRITICIDADE
Para que possamos focar nossos esforços e gastos nos equipamentos que trazem
maior retorno para a gestão de ativos é necessário priorizar os equipamentos mais
críticos para o sistema.
Assim os equipamentos chamados de mais críticos recebem um tratamento
especial visando trazer a confiabilidade definida na estratégia.
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Para a definição da criticidade é necessário avaliar o impacto que a falha do


equipamento analisado vai trazer ao sistema, como perda de produção, diminuição
da produção, problemas de segurança, impactos ambientais, desrespeito à
legislação, etc...
Exemplo: Pode-se ter 2 equipamentos desempenhando a mesma função no
sistema, um funcionando como Stand-by do outro, portanto, se um deles falhar o
sistema não será afetado, e por isso, esse equipamento não deve ter a mesma
criticidade do que um equipamento que afeta diretamente o sistema, ou seja, se ele
parar o sistema perde ou diminui suas funções automaticamente.
A criticidade definida é baseada na lógica do exemplo dado, e leva em
consideração também os fatores econômicos, operacionais e de segurança. Em
outras palavras, mesmo que a parada de um equipamento não cause a
indisponibilidade do sistema, mas cause um problema de segurança ou meio
ambiente, para a definição da criticidade esta informação deve ser levada em
consideração.
Normalmente, as criticidades possuem 3 categorias ( A, B e C ) ou ( 1, 2 ou 3 ),
onde critico 1 ou A representa os equipamentos mais críticos, ou seja, aqueles que
param as funções do sistema ou trazem impacto à segurança ou ao meio ambiente,
critico 2 ou B, que são aqueles que diminuem a função do sistema sem perder
totalmente suas funções e crítico 3 ou C, onde a parada do equipamentos não
resulta em perda de função para os sistemas.
Resumindo, podemos considerar as criticidades a partir da descrição abaixo:
CRITICO A ( 1 ) CRITICO B ( 2 ) CRITICO C ( 3 )
A falha funcional pode ter A falha funcional pode ter A falha funcional não tem
consequências um impacto considerável impacto em Segurança e
catastróficas em em Segurança e saúde, saúde, Meio Ambiente,
Segurança e Saúde, Meio Meio Ambiente, Qualidade e/ou Perdas
Ambiente, Qualidade e/ou Qualidade e/ou Perdas de Produção.
Perdas de Produção de Produção.
(necessidade de operar a
plena capacidade,
sempre que demandado)
ou afeta as normas
vigentes.

Na diretoria de Pelotização a criticidade dos ativos é classificada de acordo com:


 Regime de operação

 Danos à saúde e segurança;

 Impactos ao meio ambiente;

 Impactos na Produção;

 Custo de Reparo;
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 Probabilidade ou frequência de falhas

 Risco

1.5 EQUIPAMENTOS
Os equipamentos possuem uma numeração específica para que possamos
identificá-los principalmente nas oficinas. Quando forem utilizados, os
equipamentos são cadastrados em um local de instalação.
Podemos definir equipamentos como um subconjunto instalado ou parte de um
Local de Instalação que possui as seguintes características:

• NECESSIDADE DE RASTREABILIDADE;

• NECESSIDADE DE CONTROLE DE VIDA ÚTIL;

• ANÁLISE DE DADOS TÉCNICOS;

• CUSTO RELEVANTE.

! IMPORTANTE
Todos os equipamentos possuem identificação individual e são
movimentados para um Local de Instalação.

1.6 PERFIL DE CATÁLOGO


O Perfil de Catálogo é constituído por cinco níveis hierárquicos, sendo que os
primeiros três níveis definem a Posição de Instalação e os dois últimos níveis, a
Ocorrência.
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A estrutura de Perfil de Catálogo permite registrar todos os eventos de Manutenção


por meio de codificações padronizadas para Locais de Instalações e
Equipamentos.
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! IMPORTANTE

O Perfil de Catálogo será utilizado na codificação de todos os eventos


de Manutenção relatados em Ordens de Manutenção, sendo obrigatório
para Ordens de Manutenção do tipo Corretiva.
No MAXIMO, o Perfil de Catálogo era denominado Classe de Falha.
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1.7 LISTAS TÉCNICAS


Lista Técnica é um Dado Mestre com todos os componentes que serão utilizados e
que podem ser substituídos em um local de instalação (Ativo) ou equipamento.

Esta lista de componentes auxilia no planejamento das Ordens de Manutenção e


também na requisição de materiais.

Observe o exemplo abaixo:

1.8 PROCESSO DE MANUTENÇÃO

Figura 3 – PROCESSO DE MANUTENÇÃO


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1.9 CENTRO DE TRABALHO


O Centro de Trabalho refere-se à unidade organizacional onde uma operação é
executada. O Centro de trabalho também é conhecido como “turma”. É no Centro
de Trabalho que são alocados os recursos necessários para a realização de uma
determinada atividade.
Dois tipos de recursos podem ser agrupados em centros de trabalho: Mão de Obra
e Máquina.
No SAP existem 3 níveis de hierarquias dos centros de trabalho ( Centro de
trabalho tipo Root, tipo Topo e tipo Recurso ). O diagrama abaixo mostra a
hierarquia dos Centro de Trabalho:

Figura 4 - CENTRO DE TRABALHO


ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO CONFIABILIDADE PELOTIZAÇÃO 19

1.10 NOTA DE MANUTENÇÃO

1.10.1 O QUE É?
A Nota de manutenção é a forma desenhada pelo SAP para o recebimento das
demandas de manutenção.

As notas devem ser aceitas caso tenham sido abertas de acordo com o padrão e
para o Centro de trabalho certo e devem ser rejeitadas caso não estejam no
padrão, ou seja, para outra equipe.

Após a nota ser aceita, caso já exista uma OM aberta para a demanda, então a
nota deve ser associada a esta OM. No caso de não haver uma OM, deve ser
criada uma nova Ordem de manutenção para associá-la a nota.

Várias Notas de Manutenção podem ser associadas a uma única Ordem de


Manutenção.

1.10.1.1 TIPOS
Existem três tipos de Notas de Manutenção, e cada uma atende a uma
necessidade específica.

N M
Movi entação
olicitação de olda e de
de
Man tenção Co onentes Trilhos

Figura 5 - TIPOS DE NOTAS

A Nota de Solicitação de Manutenção (YN) é utilizada por um cliente da


manutenção ou pela própria equipe para registrar e solicitar uma necessidade de
realizar um serviço de manutenção.
Nas notas tipo YN é necessário apontar a classe de falha, ou seja, apontar o motivo
pelo qual o equipamento veio a falhar e o tempo de avaria. Informações estas, que
serão servirão de base para a elaboração do Perfil de Perdas (relatório de
estratificação das perdas do processo produtivo por meio de gráficos de Pareto, a
fim de identificar quais são as maiores oportunidades).
ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO CONFIABILIDADE PELOTIZAÇÃO 20

ierarquia de Classe de alha Tempo de Avaria

In cio

Fi

Figura 6 - NOTA TIPO YN

Alguns sistemas de produção, como GPV Porto e GPV Pelotização, podem abrir
Notas de Manutenção de paradas de produção no SAP-PM, e os campos de início
e fim de parada já virão preenchidos, via interface pública.
É muito importante o correto apontamento do Tempo de Avaria e da Classe de
Falha (apontamento feito pelo executante), pois essas informações servirão de
base para a elaboração do Perfil de Perdas (relatório com os problemas causados
pelas paradas de manutenção).
A Nota de Movimentação de Componentes (YM) é utilizada pela Manutenção
quando um Equipamento (Componente) precisa ser movimentado de um Local de
Instalação (Ativo) para outro.

Instalado
Ativo

Rec erado efeit oso


Oficina Oficina

Figura 7 - NOTA YM

A movimentação dos Equipamentos (Componentes) é importante para garantir a


rastreabilidade (dentro e fora da Vale), manter histórico de movimentação e
controlar elementos de manutenção.
Por exemplo, quando um componente saí das usinas e é levado para a oficina ou
para reparo externo, em ambos os casos devemos movimentar o componente.
ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO CONFIABILIDADE PELOTIZAÇÃO 21

ATENÇÃO
A movimentação só poderá ser feita se o equipamento for
cadastrado no SAP-PM.
IMPORTANTE:
A Nota YM precisa estar vinculada à Ordem de Manutenção
referente ao serviço de troca no Equipamento (Componente) em
campo.

A nota de soldagem de trilhos (YW) é utilizada somente pela área de Via


Permanente da Ferrovia para criar automaticamente trilhos e links no sistema.

1.10.2 COMO CONSULTAR A CARTEIRA DE


NOTAS (IW29)
Pela Transação IW29 no SAP podemos acessar a tela abaixo para consulta da
carteira de notas:

Figura 8 - Transação IW29 - Consulta de Notas

Para se consultar as Notas Atuais apenas deixe marcado como a Figura acima,
mas caso queira consultar o Histórico das Notas marque todas as opções (Aberto,
Adiado, em procmto, encerrado) e apague o campo Data da Nota.
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Figura 9 - Transação IW29 - Consulta de Notas

Após isso procure pelo centro de trabalho responsável e o centro de planejamento


na qual se deseja ver as notas atuais ou o histórico.

Figura 10 - Transação IW29 - Consulta de Notas

Teremos a tela acima mostrando as notas atuais ou o histórico de acordo com que
se deseja ver.
ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO CONFIABILIDADE PELOTIZAÇÃO 23

1.10.2.1 COMO ABRIR NOTA

O usuário deve se atentar para os seguintes pontos na abertura de uma nota:

 Verificar a existência de Nota de Manutenção ou Ordem de Manutenção


(OM) no sistema informatizado SAP-PM para o desvio. Caso exista não será
necessária abertura de uma nova Nota de Manutenção, mas sim um
acompanhamento da deterioração, aguardando o melhor momento de fazer a
intervenção antes que aconteça a falha funcional do equipamento.

 Caso não exista Nota de Manutenção ou Ordem de Manutenção no backlog,


deverá registrar uma Nota de Manutenção no sistema informatizado (transação
IW21 – SAP-PM), descrevendo o(s) desvio(s) encontrado(s) e a correção
necessária de forma clara como um laudo técnico, explicando a condição em que
se encontra o equipamento.

 A Nota de Manutenção oriunda de inspeção com foco preditivo deverá ter


um laudo técnico. A Nota de Manutenção emitida pela inspeção com foco sensitivo,
terá laudo técnico de acordo com a definição da Função Manter. Ambos os laudos
conforme PRO 006151.

 A Nota de Manutenção para troca de correia deve ser aberta conforme


detalhamento descrito abaixo.

A emissão da Nota de Manutenção deve atender aos seguintes requisitos mínimos


conforme cada tipo de serviço a ser executado.
Notas para serviços de corretiva (OM tipo YCM)
1) Ação (O que fazer);
2) Quantidade de itens a substituir (se aplicável);
3) O que deve ser substituído? (Qual item);
4) Onde? (local no ativo onde o item é instalado);
5) Por quê? (Motivo da troca);
6) Para que?(O que será restabelecido ou evitado);
7) Para quando? (Usar campo “Conclusão desejada”).
Exemplo de descrição: Trocar tambor de acionamento, devido desgaste acentuado
do revestimento para evitar falha funcional do transportador de correia.
Notas para serviços de troca de correias (OM tipo YCM)
1) Ação (O que fazer e motivo);
- Trocar correia - rasgo longitudinal
- Trocar correia - avaria na borda
ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO CONFIABILIDADE PELOTIZAÇÃO 24

- Trocar correia - desgaste irregular


- Trocar correia - desgaste normal
- Trocar correia - avaria na cobertura
- Trocar correia - avaria no retorno
- Trocar correia - bolha na cobertura
- Trocar correia - bolha no retorno
- Trocar correia - bolha entre lona
- Trocar correia - trinca na cobertura
- Trocar correia - avaria na emenda

2) Onde? (usar campo “local de instalação” ou “equipamento” onde será feita a


troca);
3) Para quando? (Usar campo “Conclusão desejada”).
Exemplo de descrição: Trocar correia – rasgo longitudinal.
Notas para serviços de apoio (OM tipo YSS)
1) Ação (O que fazer).Verbo no infinitivo, ex: drenar, limpar, desligar,
inspecionar, desacoplar, etc;
2) Quantidade de itens a substituir (se aplicável);
3) O que deve ser substituído? (Qual item);
4) Onde? (local no ativo onde o item é instalado);
5) Por quê? (Motivo da troca);
6) Para que?(Oque será restabelecido ou evitado);
7) Para quando? (Usar campo “Conclusão desejada”).
Exemplo de descrição: Desligar instrumentos do redutor do acionamento M1 para
evitar danificá-los durante a troca do redutor pela equipe mecânica.
Notas para serviços de melhoria/modificação (OM tipo YIM)
1) Ação (O que fazer).Verbo no infinitivo, ex: modificar, melhorar, etc;
2) Quantidade de itens a substituir (se aplicável);
3) O que deve ser substituído? (Qual item);
4) Onde? (local no ativo onde o item é instalado);
5) Por quê? (Motivo da troca);
6) Para que?(O que será restabelecido ou evitado);
7) Para quando? (Usar campo “Conclusão desejada”).
ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO CONFIABILIDADE PELOTIZAÇÃO 25

Exemplo de descrição: Modificar tambor de acionamento devido eixo


subdimensionado para evitar quebra.
Notas para serviços de corretiva emergencial (OM tipo YEM)
1) Ação (O que foi feito). Verbo no particípio passado, ex: trocado, alinhado,
limpado, etc;
2) Quantidade de itens substituídos (se aplicável);
3) O que foi substituído? (Qual item);
4) Onde? (local no ativo onde o item é instalado);
5) Por quê? (Motivo da troca);
Exemplo de descrição: Trocado tambor de acionamento devido quebra por
desgaste acentuado do revestimento.
Notas para serviços emergenciais de troca de correias (OM tipo YEM)
1) Ação (O que foi feito e motivo);
- Trocada correia - rasgo longitudinal
- Trocada correia - avaria na borda
- Trocada correia - desgaste irregular
- Trocada correia - desgaste normal
- Trocada correia - avaria na cobertura
- Trocada correia - avaria no retorno
- Trocada correia - bolha na cobertura
- Trocada correia - bolha no retorno
- Trocada correia - bolha entre lona
- Trocada correia - trinca na cobertura
- Trocada correia - avaria na emenda

2) Quantidade de itens substituídos (Inserir a quantidade trocada, inclusive lote


e fabricante);
3) Onde? (usar campo “local de instalação” ou “equipamento” onde será feita a
troca);
Exemplo de descrição: Trocada correia – rasgo longitudinal – 300 m – Fabr:
Yokogawa – lote: 1015.
Observações:
 Caso seja identificado algum desvio estrutural da condição operacional do
ativo/componente, onde sejam necessários maiores estudos/recursos para solução,
deverá ser solicitada uma inspeção de integridade do ativo junto a Engenharia de
ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO CONFIABILIDADE PELOTIZAÇÃO 26

Equipamentos conforme PGS 1099 – Rotina de execução de manutenção-


inspeção.

 As descrições para os tipos de ordens YPM e YCA, que são manutenções


sistemáticas, seguem padrão de cadastro dos planos.

 Quando a descrição da nota/ordem for maior que 40 caracteres, devemos


utilizar a descrição detalhada para complementar a descrição do serviço.

 As oficinas da pelotização possuem padrão específico de abertura de notas


e ordens de manutenção.

 Em todos os serviços corretivos e emergenciais de troca de correias


devemos inserir obrigatoriamente a quantidade que foi trocada, o fabricante e o lote
de fabricação (após a execução do serviço). Deve ser informado também se houve
alguma adaptação do tipo de correia usada na manutenção.

 Ao emitir a nota no sistema, seguir a orientação do quadro 7 para definição


do campo “Prioridade”.

PRIORIDADE (SAP) DESCRIÇÃO

Ativo em colapso ou em eminência de colapso,


Alta grave risco à segurança das pessoas e ao meio
ambiente.

Ativo consegue operar parcialmente, risco baixo à


Média
segurança das pessoas e ao meio ambiente.

Ativo consegue operar normalmente ainda por um


Baixa bom tempo, nenhum risco a segurança das
pessoas e ao meio ambiente.
ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO CONFIABILIDADE PELOTIZAÇÃO 27

Acessando a Transação IW21 temos a tela abaixo:

Figura 11 – Criar Nota de Manutenção –IW21

Insira o Tipo da Nota (YN ;YM ;YE), após isso aperte o botão Nota ou F8 para
abertura da nota.
Abaixo segue exemplo de preenchimento de uma nota de manutenção.

Figura 12 – Criar Nota de Manutenção –IW21


ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO CONFIABILIDADE PELOTIZAÇÃO 28

1.11 ORDEM DE MANUTENÇÃO

1.11.1 O QUE É?
A ordem de manutenção é o objeto utilizado para registrar o planejamento e a
execução da manutenção. Nela, é possível encontrar as seguintes informações:

 Custos;

 Material;

 Serviços;

 Mão de obra;

 Operação (passo a passo);

 Status do serviço;

 Meio Auxiliar de Produção (MAP).

As ordens de manutenção podem ser planejadas ou emergenciais (transação


IW31- Criar ordem e IW32- modificar ordem).

Nos serviços de manutenção planejada, o executante já recebe a ordem de


manutenção planejada e programada.

Figura 13 - Tratamento de ordens planejadas

Para os serviços de manutenção emergencial, o executante precisa abrir uma


ordem de manutenção.
ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO CONFIABILIDADE PELOTIZAÇÃO 29

Figura 14 - Tratamento de ordens emergenciais

1.11.1.1 TIPOS DE OM
Na Diretoria de Pelotização utilizamos no SAP os seguintes tipos de Ordens:

Figura 15 - Tipos de ordens de manutenção

Para definir qual tipo de ordem de manutenção é necessário analisar o estado do


equipamento conforme figura abaixo.

Figura 16 - Tipo de ordem x estado do ativo


ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO CONFIABILIDADE PELOTIZAÇÃO 30

O tipo de serviço YCA é utilizado para serviços de calibração de ferramentas,


instrumentos, malhas, etc.

O tipo de serviço YIM é utilizado para serviços de melhoria e modificações de


equipamentos. Em geral é utilizada pelas engenharias.

O tipo de serviço YRR é utilizado para recuperação de equipamentos,


principalmente pelas oficinas.

O tipo de serviço YSS é utilizado para serviços de apoio pela equipe de


manutenção. Caracteriza-se “apoio” as demandas que não são de manutenção em
si. Ex: bloqueio/desbloqueio, acompanhamento de serviços executados por outra
equipe, limpeza da área, etc.

Sigla SAP

YCA Calibração

YCM Manutenção Corretiva

YEM Manutenção Emergencial

YIM Melhoria e Modificação

YPM Manutenção Preventiva

YRR Reforma e Recuperação

YSS Serviço de Apoio

Figura 17 - TIPOS DESERVIÇOS

Quando uma Ordem de manutenção “nasce” é necessário planeja-la, ou seja,


inserir todos os recursos necessários para que a atividade ocorra.
Após o planejamento é necessário disponibilizar todos os recursos planejados, ou
seja, comprar os materiais ou reserva-los no almoxarifado, solicitar equipamentos
como guindaste e caminhão quando necessário, solicitar andaimes caso seja
necessário, etc..
Após a disponibilização de todos os recursos é necessário programar a mão de
obra e negociar com a operação sobre a parada do equipamento.
Como podemos ver todos esses processos demandam tempo e é necessário definir
responsáveis por essas atividades. Para fins de controle, utilizamos o status das
ordens para identificar em qual processo se encontra a OM.
ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO CONFIABILIDADE PELOTIZAÇÃO 31

No SAP os Status de Usuário para Ordem de Manutenção são:


 Numerados: Possuem uma sequência restritiva já definida

AGPL – Aguardando Planejamento


AGDO – Aguardando
EXEC – Em execução
ENCR – Encerrado
 Não Numerados: Não possuem sequência restritiva

AGCS – Ag. Condição de Segurança


AGMT – Ag. Material
AGEF – Ag. Equipamento / Ferramenta
AGMO – Ag. Mão de Obra
AGPE – Ag. Parada do Equipamento
AGPR – Ag. Programação
AGSE – Ag. Serviço Externo
AGSI – Ag. Serviço Interno
REPR – Reprogramado
RETR – Retrabalho
URGT – Urgente
CANC – Cancelado
A responsabilidade sobre o tratamento dos Status das ordens de manutenção está
desenhada abaixo:

Figura 18 - STATUS X RESPONSABILIDADES


ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO CONFIABILIDADE PELOTIZAÇÃO 32

1.11.2 COMO CONSULTAR A CARTEIRA DE OM’S

Figura 19 – Cons ltar Carteira de OM’s

1. A seguir, você verá como acessar a transação pelo Menu SAP no seguinte
caminho:
Logística > Manutenção > Gerenciamento da manutenção > Ordem > Lista de
Ordens > Exibir

2. Clicar duas vezes em IW39 - Exibir para abrir a tela "Exibir


ordens PM: seleção de ordens".
ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO CONFIABILIDADE PELOTIZAÇÃO 33

Figura 20 – Cons ltar Carteira de OM’s

3. Conforme solicitado, completar os seguintes campos:

Na aba Status da ordem, você deverá selecionar os status desejados. Neste caso,
as opções "aberto" e "em procmto" estão selecionadas e para ver o “histórico” e
“encerradas” basta selecionar as duas opções.

4. Conforme solicitado, completar os seguintes campos:


Campo Título
Centro 1090(De acordo com oque deseja ver)
planejamento
Centro S189(Preencher de acordo com que se deseja
trab.respons. ver)

5. Clicar no botão para executar o procedimento

Lembre-se que você poderá criar uma variante para guardar seus parâmetros de
pesquisa..
ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO CONFIABILIDADE PELOTIZAÇÃO 34

Figura 21 – Cons ltar Carteira de OM’s

6. As Ordens serão apresentadas.

1.11.3 COMO ABRIR UMA OM (IW31)


Abaixo segue exemplo de telas do SAP para abertura de ordens de manutenção.

Figura 22 – Como Abrir OM


ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO CONFIABILIDADE PELOTIZAÇÃO 35

Abaixo segue exemplo de telas do SAP para abertura de ordens de manutenção a partir de
uma nota de manutenção.

Figura 23 – Como Abrir OM

É obrigatório apropriar os materiais utilizados na execução nas ordens de


manutenção. Além disso, ordens com descrição de “trocar” ou “substituir” devem ter
materiais associados na aba “componentes”. Segue abaixo como proceder em
cada caso:

 Equipe não possui o material e precisa solicitar: ir na guia “componentes” e


associar o material. No campo “reserva/ReqComp” selecionar “a partir de liberação”
(se a OM não estiver liberada) ou “imediatamente” (se for emergência ou se a OM
já estiver liberada).

 Equipe já possui o material na área e não precisa repor: ir na guia


“componentes” e associar o material. No campo “reserva/ReqComp” selecione
“nunca”. O custo do material não será debitado na OM, pois o mesmo já está pago.
Esta ação serve para ter histórico de consumo da ordem de manutenção.

 Equipe já possui o material na área (de outra OM) e precisa repor: ir na guia
“componentes” e associar o material. No campo “reserva/ReqComp” selecionar
“nunca”. Logo após, abrir uma nova OM tipo YSS com a descrição “Compra de
material”, associar o local de instalação e o centro de trabalho da OM que recebeu
ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO CONFIABILIDADE PELOTIZAÇÃO 36

o material (para pagar o material e alocar o custo no LI correto), escolher YPM0 na


operação (para não ser obrigatório associar mão de obra) e fazer a
reserva/requisição de compra do material emprestado. Quando chegar o material,
encerrar a OM de compra normalmente. A OM que recebeu o material pode ser
encerrada assim que terminar o serviço, pois não terá vínculo nenhum com a OM
de “compra de material”.

Observações sobre ordens de manutenção:

 O centro de trabalho escolhido na abertura da ordem deve ser


preferencialmente o do nível topo (S058, S104, etc), e jamais centros de nível root
(GA003, GA008, etc), salvo quando pré-definido em algum fluxo específico e
validado pela engenharia de sistemas de manutenção.

 O local de instalação deve ser coerente com a descrição do serviço a ser


executado. Ex: manutenção em motor: o local de instalação deve ser referente ao
motor (salvo quando definido pela engenharia responsável que não é necessário
este local de instalação); manutenção em redutor: o local de instalação deve ser
referente ao redutor (salvo quando definido pela engenharia responsável que não é
necessário este local de instalação).

 Quando o usuário não encontrar o local de instalação desejado, deve


informar a sua engenharia para análise da necessidade de criação deste local de
instalação.

 Não deve ser aberto ordens de manutenção para treinamentos, DSS’s ou


atividades do gênero. Esta informação deve ser inserida como mão-de-obra
indisponível para programação no item “intervalo” nos centros de trabalho ou na
transação CM25 (programação).

1.12 PLANOS DE MANUTENÇÃO


Os planos de manutenção são atividades pré-definidas para que os equipamentos
apresentem um bom desempenho. São elaborados a partir dos estudos de
confiabilidade que definem que modos de falha podem ser evitados com
manutenções preventivas.
As atividades de lubrificação são um dos exemplos de atividades preventivas
rotineiras que são necessárias para manter os equipamentos em bom estado de
funcionamento.
No SAP temo 2 tipos de planos de manutenção :
• Plano de Ciclo Unitário
• Plano de Estratégia
ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO CONFIABILIDADE PELOTIZAÇÃO 37

No Plano de Ciclo Unitário, todas as atividades associadas são executadas em


todos os ciclos. Por exemplo: A cada 14 dias é gerada uma Ordem de Manutenção
para este Plano, contendo sempre todas as operações da Lista de Tarefas.
Observe o exemplo abaixo baseado em uma MP:

Sequência Operação Descrição Duração

1 10 CHECAR CORREIA E REVESTIMENTO DOS TB 5 min

2 20 VERIFICAR CHUTES GUIAS TRILHOS 5 min

3 30 CHECAR ROLOS RETORNO CARGA IMPACTO GUIA 5 min

4 40 MOT ACION VERIFICAR FIXACAO DA BASE 5 min

Figura 24 – Atividades Plano Manutenção

No Plano de Estratégia, são executadas a cada ciclo diferentes atividade, ou seja, a


periodicidade das atividades previstas não são as mesmas, por isso em cada
manutenção preventiva são executadas algumas atividades.

Figura 25 – Plano de Estratégia


ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO CONFIABILIDADE PELOTIZAÇÃO 38

Figura 26 - Plano de Estratégia no SAP

1.12.1 MAPA DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA


(IP19)

A Transação IP19 é utilizada também para se fazer o mapa de manutenção


preventiva selecionando o período desejado na qual se deseja.

Figura 27 - IP19
ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO CONFIABILIDADE PELOTIZAÇÃO 39

Insira as datas que se deseja ver o mapa de manutenção preventiva

Figura 28 - IP19

Marque os campos acima para ter as informações que deseja e a representação da


síntese datas manutenção pode ser vista no modo tabelar ou gráfica.

Figura 29 - IP19

Marque a Opção “Apenas Plns.manutenção ativos”. Utilize os Planos ou pelo


Centro de trabalho responsável informando o Centro de planejamento para se gerar
o mapa de manutenção.
ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO CONFIABILIDADE PELOTIZAÇÃO 40

Figura 30 - IP19 Forma Tabelar

É possível alterar o Layout na forma tabelar caso seja necessário mais alguma
informação.

Figura 31 - IP19 Forma Gráfica


ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO CONFIABILIDADE PELOTIZAÇÃO 41

1.12.1.1 ITEM
No SAP, cada Local de Instalação ou Equipamento passa a ser um item do Plano de
Manutenção. Isto permite colocar num mesmo plano itens de disciplinas diferentes. Ex.: O
plano de manutenção do moinho tem itens de manutenção mecânica, elétrica e de
instrumentação.

1.12.2 MEDIDORES (HORÍMETRO E OUTROS


TIPOS)

O Plano de Manutenção pode ser baseado no tempo ou em horímetro:

Te o
Os Planos de Manutenção dependentes de tempo ocorrem em intervalos
específicos. Por exemplo: a cada 15 dias, a cada dois meses, a cada seis
meses, e assim por diante.

Contadores Ex. Hor etro


Os Planos de Manutenção baseados na performance permitem planejar uma
manutenção regular com base nas posições do contador, atualizado nos
locais de instalação. Neste tipo de Plano, a manutenção ocorre quando o
contador do objeto técnico (Equipamento ou Local de Instalação) atinge uma
determinada posição, por exemplo, a cada 100 horas de operação.
ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO CONFIABILIDADE PELOTIZAÇÃO 42

1.12.3 LISTA DE TAREFAS

Lista de Tarefas é um cadastro de serviços que precisam ser executados


rotineiramente, de modo padronizado. Na Lista de Tarefas são registrados os
seguintes recursos:

Existem três tipos de Listas de Tarefas:

Lista de Tarefas or Local de Instalação


Contém operações específicas a um determinado Local de Instalação.

Lista de Tarefas or Eq i a ento


Contém operações que são específicas de um Equipamento.

Lista de Tarefas Geral PM


Lista de Operações que não está associada a nenhum objeto. Esta lista
pode ser utilizada em qualquer Equipamento ou Local de Instalação.

No sistema MAXIMO, a Lista de Tarefas era chamada de Plano de Trabalho (PT), e o


usuário tinha permissão para criar seu próprio código.

No SAP, esse código será um sequencial numérico, gerado pelo próprio sistema.

S
AIBA MAI
A Lista de Tarefas pode ser geral, para Local de Instalação ou para
equipamento.
+ Ela pode ainda ser associada a um Plano de Man tenção ou ser
aplicada diretamente a uma Orde de Man tenção.
ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO CONFIABILIDADE PELOTIZAÇÃO 43

1.13 PAINEL DE INDICADORES


O painel de indicadores é utilizado na gestão do PCM , desde abertura de uma nota
até o encerramento da mesma, passando pelo processo de Planejamento,
Aprovisionamento, Programação.

Com os links abaixo você consegue ter acesso a pasta:

 I:\Pelotizacao_Indicadores_Manutencao\Painel de Controle da Manutenção

 file:///I:/Pelotizacao_Indicadores_Manutencao/Painel%20de%20Controle%20
da%20Manuten%C3%A7%C3%A3o/Indicadores%20SAP.html

OBS.: Caso não tenha acesso a pasta será necessário solicitar acesso.

Figura 32 – Painel de Indicadores

Com a extração dos relatórios de Notas e Ordens conseguimos através da Base do


Dashboard ter os indicadores como AMC – Aderência à Manutenção
Condicional(%), Quantidade de Notas Vencidas por dias em Atraso e entre outros.
O painel a atualizado semanalmente todo 3 dia útil de cada semana , ou em caso
especiais onde se tem algum feriado na quarta , terça e segunda o painel é
atualizado na sexta feira da semana em questão, a data de atualização fica no
rodapé da pagina como na tela acima.
No link abaixo tem acesso a base do dashboard:
 I:\Pelotizacao_Indicadores_Manutencao\Painel de Controle da
Manutenção\Base

O painel deve ser usado como uma ferramenta de gestão para que se possa tomar
as melhores decisões não apenas pelo indicador e sim pelo processo.
ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO CONFIABILIDADE PELOTIZAÇÃO 44

1.13.1 INDICADORES DE MANUTENÇÃO

Para definição dos indicadores que devem ser monitorados para controle da
manutenção e dos PCM’s precisamos primeiramente entender o que estamos
buscando.
Estamos buscando uma manutenção eficiente e de confiabilidade para que
possamos produzir cada vez mais com nossos ativos e com menor custo. Portanto
a manutenção como nosso negócio precisa definir uma forma de controlar se nosso
negócio vai bem ou mal. Utilizamos para tal os indicadores:
 DF (Disponibilidade física ): O Objetivo é dimensionar a disponibilidade da
planta para operação e para a manutenção. A Disponibilidade física deve ser
alinhada com a operação. Aqui devem ser previstas todas as paradas de plantas e
equipamentos previstos.

 MTBF ( Tempo médio entre falhas ): O Objetivo é mensurar o tempo médio


entre falhas. Este indicador está diretamente ligado a confiabilidade da
manutenção, pois quanto maior o MTBF , maior é a confiabilidade dos ativos. Aqui
não são consideradas paradas de equipamentos orçadas e previstas.

 ADERÊNCIA AO GASTO DE MANUTENÇÃO: O Objetivo é acompanhar os


custos propondo sempre oportunidades para reduzi-los.

 PARADAS E PERDAS: O Objetivo é trabalhar para que o equipamento não


quebre conforme notas abertas pela inspeção. É necessário analisar se a parada e
perda tem potencial de inspeção, se foi inspecionado, se o processo de PCM agiu
de forma correta, etc. Estas análises feitas utilizando o MCS farão com que o
processo evolua.

1.13.2 INDICADORES DE PCM


Os PCM’s, por sua vez, têm como objetivo suportar os indicadores de manutenção,
portanto podemos dizer que seu papel principal em busca de obter maior
disponibilidade física e menos falhas é garantir que as demandas levantadas pelas
inspeção, ou seja, os riscos operacionais, sejam executados antes que os
equipamentos falhem e que os planos de manutenção sejam cumpridos. Também é
papel dos PCM garantir os custos orçados.
 NOTAS VENCIDAS: As notas vencidas representam riscos operacionais,
uma vez que já foi detectado o modo de falha e o prazo para tratamento já foi
ultrapassado, portanto podemos dizer que não temos mais confiabilidade no
equipamento.

 PLANOS VENCIDOS: Os planos de manutenção foram desenvolvidos com


o objetivo de definir as atividades que os equipamentos necessitam para trazer
ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO CONFIABILIDADE PELOTIZAÇÃO 45

confiabilidade durante sua companha. Sem os planos, ou com os planos vencidos


os equipamentos perdem sua confiabilidade.

 ADERÊNCIA AO GASTO DE MANUTENÇÃO: O Objetivo é acompanhar os


custos propondo sempre oportunidades para reduzi-los.

Os PCM’s, or s a vez, tê co o objetivo s ortar os


indicadores de manutenção, portanto podemos dizer
que seu papel principal em busca de obter maior
disponibilidade física e menos falhas é garantir que as
IMPORTANTE:
demandas levantadas pelas inspeção, ou seja, os riscos
operacionais, sejam executados antes que os
equipamentos falhem e que os planos de manutenção
sejam cumpridos

1.13.3 INDICADORES DOS PROCESSOS DO PCM


Os processos dentro do PCM ( Planejamento , Aprovisionamento , Programação e
Controle ) tem como objetivo suportar o objetivo do PCM que é garantir a execução
das demandas de manutenção no custo orçado, portanto cada processo deve
analisar e definir qual a sua contribuição para assegurar que o objetivo do PCM
seja alcançado.
O Planejamento deve
 Aceitar notas no prazo definido

 Planejar no prazo definido

 Garantir a qualidade do planejamento

O aprovisionamento deve:
 Aprovisionar em uma data que seja possível programar os serviços antes de
vencer.

 Garantir os custos

A programação deve:
 Programar os serviços antes que vençam

 Otimizar toda mão de Mão de Obra disponível para execução

O Controle deve:
 Elaborar relatórios e controlar os indicadores previstos sinalizando para
todos da equipe qual caminho devem seguir.
ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO CONFIABILIDADE PELOTIZAÇÃO 46

Podemos resumir os conceitos na figura abaixo:


•MTBF
Manuten •DF
ção •Garantir custo
•Evitar perdas de produção
•Não ter notas vencidas
PCM •Não ter planos vencidos
•Garantir custo orçado

•Aceitar notas no prazo


Planejamento •Planejar no prazo
•Garantir a qualidade do planejamento
•Aprovisionar em uma data que
seja possível programar os
Aprovisionamento serviços antes de vencer.
•Garantir os custos
•Programar os serviços antes
que vençam
Programação •Utilizar toda mão de Mão
de Obra.
•Elaborar relatórios e
Controle controlar os
indicadores previstos.
ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO CONFIABILIDADE PELOTIZAÇÃO 47

Lista de Figuras

Figura 1 – Visão da Cadeia de Processos ............................................................................. 8


Figura 2 - TAXONOMIA ISO.................................................................................................10
Figura 3 – PROCESSO DE MANUTENÇÃO ........................................................................17
Figura 4 - CENTRO DE TRABALHO ....................................................................................18
Figura 5 - TIPOS DE NOTAS ...............................................................................................19
Figura 6 - NOTA TIPO YN ....................................................................................................20
Figura 7 - NOTA YM.............................................................................................................20
Figura 8 - Transação IW29 - Consulta de Notas ...................................................................21
Figura 9 - Transação IW29 - Consulta de Notas ...................................................................22
Figura 10 - Transação IW29 - Consulta de Notas .................................................................22
Figura 11 – Criar Nota de Manutenção –IW21 .....................................................................27
Figura 12 – Criar Nota de Manutenção –IW21 .....................................................................27
Figura 13 - Tratamento de ordens planejadas ......................................................................28
Figura 14 - Tratamento de ordens emergenciais ..................................................................29
Figura 15 - Tipos de ordens de manutenção ........................................................................29
Figura 16 - Tipo de ordem x estado do ativo ........................................................................29
Figura 17 - TIPOS DESERVIÇOS ........................................................................................30
Figura 18 - STATUS X RESPONSABILIDADES...................................................................31
Figura 19 – Consultar Carteira de OM’s ...............................................................................32
Figura 20 – Consultar Carteira de OM’s ...............................................................................33
Figura 21 – Consultar Carteira de OM’s ...............................................................................34
Figura 22 – Como Abrir OM .................................................................................................34
Figura 23 – Como Abrir OM .................................................................................................35
Figura 24 – Atividades Plano Manutenção ...........................................................................37
Figura 25 – Plano de Estratégia ...........................................................................................37
Figura 26 - Plano de Estratégia no SAP ...............................................................................38
Figura 27 - IP19....................................................................................................................38
Figura 28 - IP19....................................................................................................................39
Figura 29 - IP19....................................................................................................................39
Figura 30 - IP19 Forma Tabelar ...........................................................................................40
Figura 31 - IP19 Forma Gráfica ............................................................................................40
Figura 32 – Painel de Indicadores ........................................................................................43
ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO CONFIABILIDADE PELOTIZAÇÃO 48

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