Serve também para o cálculo de alguns impostos relacionados com o imóvel, como o
Valor Patrimonial Tributável (VPT), Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) e o Imposto
Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT).
A mais-valia deste documento é que pode também ajudá-lo a pagar menos de IMI. Como? É
simples: se o VPT da sua habitação estiver desatualizado, o valor a pagar deste imposto poderá
ser mais elevado do que o valor real que deveria estar a pagar. Poderá solicitar um pedido de
reavaliação através do Modelo 1 de IMI junto da respetiva repartição de finanças do imóvel.
Existem duas vias para pedir a Caderneta Predial: presencial ou online. Este documento tem o
mesmo valor jurídico independentemente da forma em que for solicitado.
Por um lado, pode deslocar-se a uma repartição das Finanças e solicitar a Caderneta Predial do
seu imóvel. Para tal, basta apresentar o seu documento de identificação e através do seu NIF
as finanças sabem quais os imóveis do qual é proprietário. A emissão do documento pela
Repartição de Finanças tem um custo associado.
Por outro lado, pode confortavelmente aceder ao Portal das Finanças e solicitar este
documento através da Internet. O pedido online é gratuito.
Como pedir?
Pesquise por peritos qualificados da sua área de residência no site Certificar é valorizar. Solicite
cotações a diferentes peritos, pois o preço pode variar consoante o técnico, o tipo de imóvel e
a localização. Avance com o pedido de certificação quando reunir a documentação necessária.
Após o levantamento efetuado na visita ao imóvel, o perito faz os cálculos que vai introduzir
no Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior nos Edifícios.
Peça para consultar uma versão prévia antes da emissão do certificado.
Quanto custa?
As taxas de registo e emissão do certificado para uma habitação variam entre 28 euros (T0 e
T1) e 65 euros (T6 ou superior), mais IVA. No caso de edifícios de comércio e serviços, oscilam
entre 135 euros (área útil até 250 metros quadrados) e 950 euros (superior a 5000 metros
quadrados), mais IVA. A este valor acresce o preço do serviço cobrado pelo perito, que não
está tabelado. Convém comparar honorários.
Pode ficar isento das taxas, caso o edifício já apresente um certificado energético e as medidas
indicadas no mesmo tenham sido implementadas. Para tal, deve reunir três condições:
Dado que os peritos têm autonomia para tratar de todo o processo, pode demorar dois a três
dias.
Cópias da planta do imóvel, caderneta predial urbana (imprima a partir do Portal das
Finanças), certidão de registo na conservatória e ficha técnica da habitação (ou outros
documentos com especificações técnicas dos materiais e sistemas de climatização e produção
de água quente utilizados).
A definição de limites mínimos de eficiência energética para os sistemas técnicos, bem como a
aplicação de isolantes em todas as tubagens de transporte de fluidos (frigoríficos, de ar ou
água) e nos sistemas de armazenamento de águas quentes sanitárias (reservatórios ou
cilindros) são algumas das imposições. Há ainda imposições técnicas e limitações de
desempenho energético
O diploma fixa 31 de dezembro de 2020 como a data a partir da qual todos os edifícios
licenciados devem ter necessidades quase nulas de energia (desde 2018 que os edifícios novos
de entidades públicas ou ocupados por estas cumprem com este requisito). Para tal, os
edifícios devem ter elevados desempenhos energéticos e as suas necessidades de energia
provirem maioritariamente de fontes renováveis.
De acordo com a ADENE, 1,3 milhões de imóveis em Portugal já estão habilitados com este
certificado. A instituição está a promover o site Certificar é valorizar, onde encontra mais
informação sobre o assunto, bem como cinco passos para iniciar o processo de certificação
energética da casa.
O que é a habilitação de herdeiros e como se faz a partilha de bens?
A habilitação de herdeiros é o documento que determina quem tem direito aos bens de uma
pessoa falecida. É um processo simples, que se revela muito importante nos meses seguintes.
Saiba quais são os passos a seguir.
Fazer o luto de um familiar é sempre um momento complicado, mas por vezes as dores de
cabeça começam a seguir, na altura de encontrar os bens do falecido, sejam muitos ou poucos,
para fazer a partilha entre os herdeiros. Pedir a escritura de habilitação de herdeiros é um
procedimento aconselhável, para identificar e legitimar quem tem direito a receber bens,
principalmente quando o falecido se trata de um familiar distante ou alguém sem filhos.
Quando há vários herdeiros, um deles assume as funções de cabeça de casal. É a este que vai
caber a administração da herança até à sua partilha. Mas não se trata apenas de ‘assinar
papéis’. Partilhamos aquilo que deve saber acerca da habilitação de herdeiros, em sete
perguntas e respostas:
1. Cônjuge
3. Filho
4. Herdeiro testamentário
Quando há mais do que um herdeiro com o mesmo grau, fica cabeça de casal quem esteve a
morar com a pessoa falecida há mais tempo; se há mais do que uma pessoa na mesma
situação, prevalece a idade como fator de decisão.
A certidão de habilitação de herdeiros pode ser obtida num cartório notarial, no Espaço
Óbito (Lisboa, Coimbra ou Santo Tirso), ou no Balcão de Heranças de uma Conservatória do
Registo Civil.
Num cartório são necessários mais documentos do que no Balcão de Heranças, onde há mais
informação disponível no sistema informático. Os imprescindíveis são:
o Cópia da certidão de óbito, que deve ser pedida logo nos primeiros dias após a morte
o Lista de bens que fazem parte da herança e seus valores (apenas caso se pretenda
fazer o registo também)
O preço da habilitação de herdeiros varia entre 140 e 200 euros num cartório notarial. No
Balcão de Heranças há um preço fixo de 150 euros (mais 50 euros no caso de ser referente a
um casal e não apenas a um falecido). Esse valor sobe para 375 euros caso os herdeiros
pretendam fazer também o registo dos bens; ou 425 euros se ainda optarem pela partilha dos
mesmos.
Além de permitir identificar os herdeiros, é essencial para que estes possam registar em seu
nome os bens herdados, nomeadamente casas, terrenos, automóveis, ouro ou obras de arte,
quotas ou participações em empresas, entre outros bens.
Não, principalmente quando não há muitos herdeiros e estão todos bem identificados ou o
acordo é fácil, mas é sempre aconselhável. Até porque os bancos exigem a habilitação de
herdeiros antes de permitirem que seja movimentado dinheiro de uma conta titulada apenas
pelo falecido.