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INTRODUÇÃO

Sustentabilidade ambiental é o uso dos recursos naturais de forma responsável, para
que garantir que continuem existindo e possam ser aproveitados pelas próximas gerações. A
preocupação com a sustentabilidade é fundamental para reduzir problemas ambientais como
poluição, efeito estufa, aquecimento global, extinção de animais e vegetais e o fim de
recursos naturais. Um dos maiores desafios para aplicar as medidas de sustentabilidade
ambiental é encontrar um equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e social de um país
e a preservação do meio ambiente. E o petróleo é uma mistura complexa de compostos
orgânicos gerados pela decomposição lenta de pequenos animais marinhos, que foram
soterrados, em um ambiente com pouco oxigênio. Esse combustível fóssil é encontrado no
fundo dos oceanos, bem como no solo, em rochas sedimentares. As jazidas datam entre 10
milhões e 500 milhões de anos. As principais características do petróleo são: líquido escuro,
viscoso, inflamável e menos denso que a água. Embora seja um recurso muito útil ao
aumento de divisas e economia de vários países no mundo também  afetam o planeta de
várias formas e podem fazer estragos irreparáveis que afetam o bem-estar do meio
ambiente. Os principais tipos de combustíveis fósseis são petróleo, gás natural e carvão.
Segundo a Agência Internacional de Energia o petróleo é responsável por 34,3% da
matriz energética mundial, e o gás natural por 20,9%. Portanto, apesar de ter-se iniciado
recentemente uma maior busca por fontes alternativas de energia, o petróleo, gás
natural e o carvão continuam as das principais fontes de energia, no cenário atual. E a
expectativa é que o consumo destes continue crescente. Com isso, a indústria de
petróleo e gás está entre as maiores indústrias do mundo, e sua geopolítica é
responsável pela definição de estratégias econômicas, políticas e diplomáticas
globalmente. Por sua atividade extractivista de recursos naturais não renováveis, as
companhias petrolíferas já possuem, intrinsecamente, um caráter anti ecológico. Além
disso, a indústria de petróleo e gás é uma das grandes emissoras de gases causadores do
efeito estufa, e sendo assim considerada uma das responsáveis pelas mudanças
climáticas globais. A cadeia produtiva deste setor é bastante complexa, e envolve
impactos e riscos desde os estudos geológicos prévios à exploração, passando pela fase
de exploração e produção, até as etapas de refino e transporte. Na etapa de estudos
geológicos, em especial a sísmica, os impactos se dão em primeiro lugar sobre a fauna
da região. Como os estudos sísmicos se dão por emissão sonora, tanto nos casos
onshore, como nos casos offshore, pode haver impactos físicos auditivos. Além disso,
os estudos de sísmica offshore podem resultar em alterações de comportamento e ecos
sistémicas em espécies marinhas e alterações na atividade pesqueira, enquanto os
estudos em atividades onshore podem provocar desmatamento com efeito sobre a
biodiversidade, interferências em unidades de conservação em terras indígenas, além de
interferências com outras atividades antrópicas. Durante a queima do gás associado de
petróleo, descargas de resíduos de produção (água e cascalho de perfuração), no mar em
caso offshore e em outras destinações como corpos hídricos, no caso onshore. Ainda
podem acontecer impactos sobre a fauna e a flora locais, sobre a saúde dos
trabalhadores e nas atividades como a pesca e o turismo. No caso de atividades onshore
podem ocorrer desmatamento e interferências em áreas indígenas e de conservação.
Além de impactos socio econômicos e o riscos de vazamento e incêndio, chamado
blow-out.
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Na etapa do refino, os impactos ambientais observados são, de acordo com MARIANO


(2001) e MAGRINI e BOTELHO (2012), os seguintes: contaminação de corpos
hídricos pelo lançamento de efluentes como águas de lavagem e de resfriamento,
emissões atmosféricas de material particulado, contaminação do solo e de águas
superficiais e subterrâneas pela disposição dos resíduos sólidos, emissão de gases de
efeito estufa e o risco de acidentes como vazamentos e incêndios;
Nas etapas de transporte, através de dutos, navios, portos e terminais, os impactos
envolvem interferências com a população, com a flora e a fauna, com as unidades de
conservação, contaminação de lençóis freáticos, desmatamento, impactos sobre o solo,
emissões atmosféricas, de efluentes e resíduos, além dos riscos de vazamentos e
acidentes.
Desta forma, é possível afirmar que o setor de petróleo e gás apresenta grande
complexidade e possui um conjunto de etapas cujos impactos ambientais variam em
natureza e magnitude conforme a atividade e o local onde a mesma está inserida.

Porém, a existência destes impactos e riscos põe à prova a capacidade das


empresas petrolíferas de mitigá-los, e gera a necessidade de um maior controle sobre o
desempenho socio ambiental destas companhias, por parte da sociedade e dos seus
stakeholders em especial (MAGRINI et al., 2013). Ademais, na situação atual se propõe
a busca por um desenvolvimento sustentável, de forma que essa postura se reflita nas
atividades das companhias e elas próprias busquem demonstrar seus esforços neste
sentido. Assim, surgem instrumentos de gestão ambiental privada, instrumentos de
mercado e diretrizes de relato, para que estas empresas possam comunicar seu
desempenho ambiental de forma mais padronizada.

Neste contexto, Diante do exposto emerge a seguinte questão-problema: quais são as


possíveis recomendações que são advenientes da análise da gestão ambiental e o meio
ambiente? Justificativa Justifica-se o presente trabalho pela enorme importância de seu tema
uma vez que mediante grandes problemas gerados ao Meio Ambiente pela Indústria
Petrolífera, faz-se necessária uma melhor Gestão da mesma. Objetivos. O objetivo geral
desta pesquisa é o de demonstrar soluções ou alternativas para que com uma melhor Gestão
Ambiental, a Indústria Petrolífera possa minimizar os impactos negativos causados ao Meio
Ambiente o presente estudo será dividido em capítulos; sendo que o primeiro ressaltará, um
Estudo Prévio do histórico do Impacto Ambiental Empreendimento de grande porte
causador de potencial ou significativo impacto ambiental, conceitos e características em
uma revisão bibliográfica. O segundo capítulo enfocará na sustentabilidade e o setor de
petróleo e gás, e no terceiro capítulo discutirá a respeito dos conceitos gestão ambiental na
indústria petrolífera o quarto capítulo dará ênfase as ferramentas de sustentabilidade. O
quinto capítulo destacará sobre os impactos ambientais.E por último serão apresentadas
conclusões pertinentes ao referido tema. Para tanto, será feita uma análise geral do
comportamento do setor frente a estas ferramentas. A metodologia utilizada para esta
análise baseou-se em um levantamento bibliográfico e pesquisa em diversos sites
relacionados com a temática, tanto de empresas do setor bem como nos de instrumentos
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de sustentabilidade com a finalidade de aprofundar a análise será feito um estudo de


caso relativo às mesmas cinco empresas selecionadas para verificar a adesão das
mesmas aos indicadores ambientais do GRI, pois esta é uma das ferramentas mais
utilizadas pelas empresas. Desta maneira, será possível analisar quais assuntos são mais
abordados pelas empresas em seus relatórios de sustentabilidade, quando se trata das
questões relativas ao meio ambiente.
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CAPITULO 1: HISTÓRICO

A gestão ambiental não é um conceito novo e nem uma nova necessidade. O homem
sempre teve que interagir com responsabilidade com o meio ambiente.
A primeira conferência mundial para o meio ambiente foi realizada em 1972, em
Estocolmo, na Suécia, com grandes patrocínios como o da ONU. Ocorreram vários estudos
com o objetivo de traçar estratégia para a preservação da vida no planeta e também assuntos
com relação entre as empresas e o meio ambiente. Ocorreu à segunda conferência mundial
para o meio ambiente no Rio de Janeiro, no centro de convenções Rio centro, em junho de
1992 com patrocínio da ONU. Participaram chefes de estado e delegações oficiais além de
equipas do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial. Nesta conferência foi
reconhecida a importância da gestão ambiental a nível intergovernamental. Nos últimos
anos surgiram grandes quantidades de normas e regulamentos sobra questão do meio
ambiente,
mundialmenteconhecidaNormaISO14001:1996eoEMASEcoManagementandAuditScheme.
O sucesso com a série ISO 9000, e criações de normas ambientais em vários países, fizeram
queaISOavaliasseanecessidadedenovascriaçõesdenormasinternacionaisdegestãoambiental,cr
iando em1991 o grupo estratégico de aconselhamento sobre o Ambiente (SAGE).Em 1992
por orientações da SAGE deram origem a uma nova comissão (ISO/TC 207) a fim de
normalizar internacionalmente a gestão ambiental.

No Brasil, o ABNT/CB-38 (Comitê Brasileiro de Gestão Ambiental da Associação


Brasileira de Normas Técnicas) produz normas brasileiras relacionadas à gestão ambiental,
considerando o contexto internacional e contribuindo para o desenvolvimento sustentável da
sociedade brasileira. O comitê acompanha e analisa os trabalhos desenvolvidos pela ISO/TC
207. Essas normas visam estabelecer a questão da qualidade nas empresas, protegendo o
meio ambiente sobre futuros acontecimentos. Alguns acidentes aconteceram e fizeram que
cada vez mais melhor usassem essas normas. Na área petrolífera em termos de catástrofe
ambiental, um dos maiores acidentes aconteceu com o petroleiro Exxon-Valdez em 1989,
quando o vazamento destruiu parte da fauna da costa do Alasca que matou centenas de
milhares de animais morreram nos meses seguintes. De acordo com as estimativas,
morreram 250.000 pássaros marinhos, 2.800 lontras marinhas, 250 águias e 22 orcas, além
da perda de bilhões de ovos de salmão. Foi o segundo maior derramamento de petróleo da
história dos Estados unidos
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CAPITULO 2: SUSTENTABILIDADE E O SETOR DE PETRÓLEO E GÁS

Ao longo da história a relação da humanidade com a natureza vem se


modificando. A utilização dos recursos naturais nos processos produtivos tem
aumentado cada vez mais, principalmente após a Revolução Industrial e a invenção da
máquina a vapor.

Porém, da mesma forma que esses recursos promovem a manutenção e o


desenvolvimento de inúmeras sociedades, a exploração inadequada gera impactos
negativos e sinaliza seu esgotamento, levando a emergência da problemática da
utilização sustentável desses recursos.
A partir da escassez de recursos naturais, somado ao crescimento desordenado da
população mundial e intensidade dos impactos ambientais, surge o paradigma da
sustentabilidade dos sistemas econômico e natural, e faz do meio ambiente um tema
literalmente estratégico e urgente. O homem começa a entender a impossibilidade de
transformar as regras da natureza e a importância da reformulação de suas práticas
ambientais (OLIVEIRA e SANTOS, 2007).
O conceito de desenvolvimento sustentável surgiu no final da década de 80 com a
publicação do Relatório “Nosso Futuro Comum” ou “Relatório Brundtland”, pela
Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente. Neste relatório o conceito de
desenvolvimento sustentável é definido como aquele onde a humanidade consegue
atingir as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras
satisfazerem as suas (ONU, 1988).
O conceito de desenvolvimento sustentável vem de um processo longo, contínuo e
complexo de reavaliação crítica da relação existente entre a sociedade civil com seu
meio natural, assumindo diversas abordagens e concepções (DA SILVA e QUELHAS,
2006). Entretanto, embora o tema tenha evoluído ao ponto de ter sua importância
globalmente aceita, ainda era necessária a criação de um modelo que tornasse a
discussão mais palpável para as organizações (DE OLIVEIRA, et al., 2010).
Neste sentido, uma nova abordagem sobre o conceito foi apresentada por John
Elkington, em 1994. Esta prevê a integração entre economia, sociedade e meio
ambiente formando o tripé da sustentabilidade. Em outras palavras, é a noção de que o
crescimento econômico deve levar em consideração a equidade social e a proteção
ambiental. Este novo conceito tem achado suporte entre governantes, indústrias e
NGs porque permite flexibilidade no equilíbrio entre os três objetivos, dependendo do
estado atual de desenvolvimento social e econômico das comunidades (ARSCOTT,
2004).

2.1 O setor de petróleo e gás

O setor de petróleo e gás é responsável por explorar um recurso natural não


renovável1 a curto prazo e com alta demanda, cuja exploração e produção geram impactos
ambientais e sociais. Esta é uma grande dificuldade a ser enfrentada pelas organizações
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deste setor, que querem ser, ao mesmo tempo, competitivas e sustentáveis. Deste modo estas
organizações devem levar em consideração as questões ambientais e sociais na sua
estratégia. Neste sentido, além das organizações e ferramentas citadas na seção anterior
(2.1) o setor de petróleo e gás possui organizações que tratam sobre as questões ambientais
específicas do setor (Figura 2). A primeira delas foi a International Petroleum Industry
Environmental Conservation Association (IPIECA), lançada em 1974 logo após a
Conferência de Estocolmo. Esta é uma associação global que aborda as questões sociais e
ambientais que envolvem as etapas de upstream e downstream da indústria petrolífera, além
de ser o principal canal de comunicação do setor com as Nações Unidas (IPIECA, 2016).

A IPIECA tem como objetivo ajudar a indústria de petróleo e gás a melhorar o seu
desempenho ambiental e social por meio do desenvolvimento, partilha e comunicação de
boas práticas, trabalhando em parceria com as principais partes envolvidas (IPIECA, 2016).
As principais áreas de atuação desta organização são: água, biodiversidade, mudanças
climáticas, saúde, derramamento de óleo, combustíveis e produtos, relatórios de
sustentabilidade e responsabilidade social (IPIECA, 2016). A associação é responsável pela
divulgação de diversas diretrizes, entre elas destacam-se: a Ferramenta Global de Água
elaborada com o WBCSD, as Diretrizes para Reporte de Emissões de GEE, e o Checklist de
Biodiversidade e Serviços Ambientais (MAGRINI e BOTELHO, 2011). Além disso, no ano
de 2011 a IPIECA, em parceria com o American Petroleum Institute (API) e a International
Association of Oil and Gas Producers (IOGP), publicou as Diretrizes de Comunicação
Voluntária de Sustentabilidade para o setor de petróleo e gás.
O setor de petróleo e gás vem buscando iniciativas para melhor adaptar-se a esse
movimento rumo ao desenvolvimento sustentável. Segundo MAGRINI (2012) pode-se
destacar:

 Investimentos em P&D para a melhoria do desempenho ambiental e da segurança;


 Ênfase em investimentos de/para prevenção e contenção de acidentes;
 Ênfase em investimentos de P&D em energias renováveis e captura e
armazenamento geológico de carbono (CCGS);
 Redução de consumo de recursos (eficiência energética e hídrica) em toda a cadeia
produtiva;
 Redução de geração de resíduos e de emissões em toda a cadeia produtiva;
 Reciclagem de resíduos e aplicação de princípios de ecologia industrial com outras
atividades produtivas;
 Reuso de água e aplicação de princípios de ecologia industrial com outras atividades
produtivas;
 Mapeamento de fornecedores e terceirizados da cadeia produtiva visando
incorporação de gestão da sustentabilidade em todo o setor;
 Transparência na informação e na gestão;
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 Compartilhamento de iniciativas de gestão da sustentabilidade;


 Adesão crescente a iniciativas de sustentabilidade internacionais.

CAPITULO 3: Gestão ambiental na indústria do petróleo: sistema de gestão


ambiental nas sondas de perfuração

As sondas de perfuração de petróleo, tem passado por muitas mudanças em seus


processos tecnológicos, porém a gestão ambiental tem sofrido muito com a falta de
profissionais para gerenciar as etapas do processo de perfuração. Os choques
organizacionais entre as empresas envolvidas nas operações, a própria legislação brasileira
que permite que um profissional de outra área realize a função do gestor ambiental e a
resistência de muitas empresas em melhorar o desenvolvimento no setor para não ter gastos
extras com todo o processo de contratação e treinamento de pessoal. No entanto, esquecem
que na ocorrência de um impacto ambiental, os gastos com recuperação da área afetada,
multas, paralisação da operação, elevamos custos das empresas envolvidas no impacto
ambiental de forma que se torna viável a adequação da empresa no processo que este estudo
apresenta. O estudo apresenta uma solução para reduzir com os problemas demonstrados,
reduzindo também a grande margem para que um impacto ambiental aconteça trazendo
resultados positivos para todos envolvidos na operação.
A questão ambiental em uma sonda de perfuração de petróleo é muito complexa, pois exige
muito do profissional envolvido abrangendo vários campos além do comprometimento de
toda a tripulação, de forma que tudo funciona como um todo. O uso de profissionais
qualificados vem sendo requisitado pela maioria das empresas para que seu produto tenha
qualidade e para atender a legislação e exigências de toda população. O grande problema é
que ainda se temos resistência de empresas dos mais diversos setores que por uma questão
econômica não atendem os requisitos e o próprio governo não parece se importar tanto com
esses problemas que podem chegar a situações catastróficas. Para tanto, uma avaliação no
sistema de gestão ambiental, focando o perfil do profissional responsável pelo setor terá
uma grande contribuição para as empresas de perfuração de poços de petróleo. A avaliação
é um exercício metafórico que induz a um processo natural de mudança, ajudando a
aproximar as pessoas do tema ao qual se refere, além de desmistificar alguns receios que
ainda acompanhamos pensamentos sobre monitoramento. Ao contrário de uma ordem ou
sugestão direta de mudança, ela permite à pessoa conscientemente travada e sem saída,
perceber, inconscientemente outras alternativas, que não visualizadas anteriormente. O
desejo deste conteúdo é esclarecer o quanto as partes envolvidas num projeto são relevantes
e, para tanto, é necessário provocar todos os integrantes a se sentirem mais próximos do
objetivo, além do que, realmente, pensam estar. O panorama dos Programas Ambientais
desenvolvidos e implantados nas sondas de perfuração devem ser avaliados, com a
elaboração, negociação e aplicação de critérios explícitos para análise, em um exercício
metodológico, cuidadoso e preciso, visando a conhecer, medir, determinar ou julgar o
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contexto, mérito, valor ou estado de um determinado objeto, a fim de estimular e facilitar


processos de aprendizagem e de desenvolvimento de pessoas. Ë muito importante que o
envolvimento de um profissional qualificado seja de fato real, para que a qualidade,
segurança e andamento da questão ambiental em uma sonda de perfuração seja perfeita. Por
este motivo o emprego de um profissional qualificado é inevitável.
3.1Conceito e princípios sobre gestão ambiental versos meio ambiente1 Conceitos e
fundamentação.

Os princípios são ideias força que dão base d esustentação às normas jurídicas
positivadas.

3.1.1-Princípio do Direito Humano Fundamental: (Eco92).

3.1.2-Princípio da solidariedade.

Com a Constituição de 1988 a solidariedade passou a ganhar especial valoração


jurídica, completando-se assim o terceiro ideal da revolução francesa consubstanciando na
fraternidade. A solidariedade é o princípio constitucional que dá base de sustentação a todos
os deveres fundamentais estabelecidos no texto constitucional e nas normas
infraconstitucional, especialmente em matéria de proteção e defesa do meio ambiente. No
discurso pronunciado durante a Conferência das Nações Unidas (ONU) sobre o Meio
Ambiente no Rio de Janeiro em 1992 o Ministro do Meio Ambiente da Alemanha destacava
a importância da solidariedade e a responsabilidade global pelo meio ambiente, enfatizando
que somos um mundo só conclamou a todos para uma mudança de atitude alertando que o
que não solucionamos hoje deixará uma pesada carga aos nossos filhos e as gerações
futuras.

3.1.3-Princípio Democrático: informação com a participação. Materialização:


procedimental e material.

O princípio democrático é aquele que assegura aos cidadãos o direito pleno de


participar na elaboração das políticas públicas ambientais. No sistema constitucional
brasileiro, tal participação faz-se de várias maneiras diferentes. A primeira delas
consubstancia-se no dever jurídico de proteger e preservar o meio ambiente; a segunda, no
direito de opinar sobre as políticas públicas, através da participação em audiências públicas.

3.1.4Princípio da Participação. (Eco-92)

A melhor maneira de tratar questões ambientais é assegurar a participação, no nível


apropriado, de todos os cidadãos interessados. No nível nacional, cada indivíduo deve ter
acesso adequado as informações relativas ao meio ambiente de quem disponha as
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autoridades públicas, inclusive informações sobre materiais e atividades perigosas em suas


comunidades,
Bem como a oportunidade de participar em processos de tomada de decisões.

3.2 Política Nacional do Meio Ambiente.

A Lei 6.938/81 institui a Política Nacional do Meio Ambiente – PNMA e criou o Sistema
Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA, incorporando e aprimorando leis estaduais de
proteção ambiental, tornando-se uma das mais importantes leis de proteção ambiental,
depois da Constituição Federal, pela qual foi recepcionada. Assim, a política Nacional do
Meio Ambiente apresenta os instrumentos destinados à preservação ambiental e ao
desenvolvimento sustentado da sociedade. É sabido que todo e qualquer projeto de
desenvolvimento interfere no meio ambiente, da mesma maneira é certo que o crescimento
socio e económico é um imperativo; portanto, é imprescindível discutir os instrumentos e
mecanismos que os conciliem, minimizando quanto possível os impactos ecológicos
Negativo e consequentemente os custos econômicos e sociais.
A Política Nacional do Meio Ambiente prevê a necessidade de, entre outras coisas, a
Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) que é um procedimento que tem por objetivo
examinar as repercussões de determinados empreendimentos e atividades sobre o meio
ambiente. Ela pode ser realizada previamente à implantação do empreendimento, durante a
sua operação ou no encerramento das atividades. Ela foi introduzida no Brasil pelo decreto-
lei nº 1.413, de 14 de agosto de 1975, que estabelece que as empresas que viessem a se
instalar deveriam ser dotadas de equipamentos capazes de diminuir ou impedir poluição
produzida por suas atividades. Contudo, foi com a lei 6.803/1980 que a expressão avaliação
ambiental ingressou em nosso Direito.
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CAPITULO 4: FERRAMENTAS DE SUSTENTABILIDADE

A atividade de exploração e produção de petróleo e gás é extremamente complexa


devido ao conjunto de etapas e processos que apresentam potenciais impactos ambientais,
variando sua natureza e intensidade dependendo da localidade onde ocorrem. Sendo assim,
estas atividades necessitam de uma maior fiscalização do desempenho social e ambiental
das empresas por parte da sociedade, governo e investidores. Desta forma, surgiram,
especialmente na última década, diversos mecanismos de gestão, comunicação e relato de
desempenho dessas empresas em sustentabilidade. Tais instrumentos são utilizados, entre
diversas razões, para informar o desempenho econômico e socioambiental das empresas,
criando um critério comparativo e facilitando as tomadas de decisões. Este trabalho se
propôs a analisar como o setor de petróleo e gás vem se comportando frente a alguns destes
instrumentos. Para esta análise foram escolhidas as seguintes ferramentas: Global Reporting
Initiative (GRI), Dow Jones Sustainability Index (DJSI) e os programas de mudanças
climáticas, água e florestas do Carbon Disclosure Project (CDP). Segundo MAGRINI et al.,
(2013a) os instrumentos analisados por este estudo, podem ser classificados, de acordo com
a sua natureza, em dois grupos distintos: índices de sustentabilidade de mercado e diretrizes
de relato (Tabela 1). Esta classificação é possível, pois o primeiro grupo tem como objetivo
pontuar e comparar as empresas em relação à sua gestão e desempenho em sustentabilidade,
como o caso do DJSI que realiza um ranking através de um questionário especifico para o
setor de petróleo e gás (MAGRINI et al., 2013a). Por outro lado, o segundo grupo, que
engloba as diretrizes de relato, tem o objetivo de aumentar a transparência das empresas
fornecendo indicadores que auxiliam na elaboração dos relatórios de sustentabilidade. O
GRI, por exemplo, divulga orientações para diversos setores, mas também possui um
caderno específico para o setor de petróleo e gás.
O guia inclui indicadores de desempenho adicionais, desenvolvidos especialmente
para o setor. Este suplemento passou a abordar principalmente as seguintes questões (GRI,
2012):
 Aumento da demanda energética mundial;
 Controle, uso e gestão da terra;
 Contribuição para economia nacional e desenvolvimento social;
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 Gestão ambiental;
 Pesquisa em energias renováveis;
 Relação com governos;
 Proteção do meio ambiente, incluindo o uso e descarte de água e produtos químicos;
 Transparência dos pagamentos aos governos e lobbying de políticas públicas;
 Saúde e Segurança;
 Vazamentos.

4.1Objectivos do desenvolvimento sustentável

Desde os anos 90, no setor industrial vem sendo discutido formas de controlar a
emissão de gases e resíduos sem afetar a produção em grande proporção. O mundo já
presenciou a ECO 92, Protocolo de Kyoto e uma série de ações que de alguma forma
promovem o pensamento sustentável na indústria. As indústrias, independente do ramo de
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atuação, utilizam excessivamente matéria-prima em seus processos. Sabemos que esses


recursos naturais, se usados de maneira desordenada, podem além de acabar, estar
colocando em risco as condições ambientais das próximas gerações, interferindo na
qualidade do ar, falta de água, efeito estufa, poluição, etc.

Mas o que as indústrias podem fazer para minimizar esses danos e


consequentemente construir uma mentalidade sustentável?

As ações que podem ser adotadas num processo produtivo para contribuir com o
desenvolvimento sustentável São:

 Realizar manutenção periódica nos equipamentos, para que dessa forma o


consumo de energia seja equilibrado e controlado;
 Realizar o descarte de lixo de maneira adequada, respeitando a coleta
seletiva;
 Buscar reutilizar embalagens em alguma outra aplicação, como paletes
quebrados na construção de armários ou arranjos para plantas;
 No momento em que os funcionários estiverem no horário de almoço,
desligar as luzes e o ar condicionado;
 Reutilizar a água proveniente dos condicionadores de ar para lavagem dos
sanitários, corredores e máquinas;
 Utilizar sempre que possível papel reciclado;
 Adoção dos 3 R’s (Reduzir, reutilizar e reciclar);
 Investir em treinamentos para TODOS os funcionários acerca de questões
ambientais, conscientizando a todos dos problemas que podem surgir caso
não seja incorporada uma mentalidade sustentável.
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Essas práticas devem ser implementadas de maneira ordenada, para alcançar o resultado
esperado.
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CAPITULO 5: IMPACTOS AMBIENTAIS

O petróleo é um combustível fóssil de cor escura, menos denso que a água, formado
a partir de uma combinação de diversos hidrocarbonetos. É encontrado em reservatórios que
ficam abaixo de várias camadas de sedimentos tanto no mar como na terra, principalmente
em bacias sedimentares (onde se encontram meios mais porosos).
Nos últimos anos o petróleo tem sido cada vez mais explorado por ser um recurso
energético e o maior gerador de divisas para a economia de muitos países, incluindo
Angola. No entanto, as actividades que envolvem a exploração e utilização deste recurso
têm elevados impactos ambientais.

A indústria petrolífera é um ramo da indústria química que utiliza grandes quantidades de


petróleo e seus derivados, como matéria-prima para o fabrico de uma variedade de produtos
de relativo baixo custo.

Já imaginou como seria a vida sem o uso de pneus, calçados e cosméticos?


Pois bem, a indústria petrolífera é responsável pela produção destes e muitos outros itens
que utilizamos no nosso dia-a-dia, como os plásticos, detergentes, medicamentos,
insecticidas, tintas, explosivos, corantes e a borracha sintética – tudo tendo como base o
petróleo e derivados.

A utilização do petróleo e outros combustíveis fósseis são uma das maiores causas
das alterações climáticas. Milhões e milhões de toneladas de gases nocivos como o dióxido
de carbono (CO2), são libertados para a atmosfera durante a produção e utilização de
combustíveis fósseis. Esta enorme emissão contribui para o efeito estufa e consequente para
o aquecimento global. Durante o processo de extracção de petróleo, é comum também
haverem derrames, causando poluição marinha ou dos solos.

5.1 Maré negra: causas suas e consequências


As marés negras são grandes manchas que se encontram nos oceanos causadas pelo
derrame de petróleo ou dos seus derivados.
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Anualmente, são derramados nos oceanos cerca de 3.000.000 de toneladas de


petróleo e na maioria ocorrem devido as atividades feitas em alto mar, como o transporte de
petróleo, lavagens de tanques/reservatórios e acidentes de petroleiros. Estas marés negras,
além de comprometerem a qualidade do solo, do ar e das águas, causam diversos transtornos
aos muitos seres vivos:
A camada de hidrocarbonetos formada na superfície da água impede a entrada de
luz, reduzindo a taxa de fotossíntese das plantas marinhas, bem como as trocas gasosas entre
o oceano e a atmosfera. Este fenómeno diminui a quantidade de oxigénio dissolvido na
água, provocando asfixia de diversos espécies marinhas que dependem de oxigénio.
Provocam a morte de aves marinhas devido à libertação de gases que ocorre, e
através da ingestão de petróleo quando mergulham e pousam no mar. Estas aves podem
ainda morrer afogadas, uma vez que quando cobertas com petróleo ficam demasiado
pesadas para nadar ou voar. O forte cheiro do petróleo interfere com o olfato dos animais
que dependem dele para localizarem o seu grupo. Isso faz com que muitos filhotes sejam
abandonados e eventualmente podem acabar por morrer. Os mamíferos marinhos precisam
de vir à superfície para respirar e correm o risco de serem contaminados, sem esquecer que
o petróleo também pode cegá-los, tornando-os indefesos. Se o petróleo atingir o solo, os
terrenos ficam estéreis por vários anos, especialmente se não se fizer uma
limpeza/tratamento. O consumo de animais contaminados pelo petróleo, por parte dos
humanos, provoca grandes problemas de saúde pública (como a intoxicação aguda), que
podem levar à morte.
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Esta destruição da fauna e flora para além de causar danos ambientais, causa também danos à
sociedade. A destruição dos ecossistemas provoca enormes prejuízos à actividade pesqueira,
aquacultura e ao turismo. Isto acontece porque os resíduos petrolíferos são de difícil remoção
e impedem a utilização das praias por exemplo, o que impacta o turismo e pode
consequentemente aumentar a da taxa de desemprego.

5.2Derrames de petróleo em Angola e suas consequências


No ranking dos maiores produtores de petróleo de África, Angola encontra-se em segundo
lugar e situa-se numa importante zona de tráfego marinho. É importante falarmos que Angola
já teve vários derrames de petróleo ao longo da Costa mas estes não foram reportados pela
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autoridades e órgãos de comunicação social e também casos em que as autoridades não


conseguiram identificar a origem destes derrames.

Cabinda já registou vários derrames graves de petróleo como foi em 2001, 2011 e 2015 pela
Chevron e, em 2019 pela Somoil.

Mais recentemente, no dia 1 de Fevereiro de 2020 foram detetadas manchas de petróleo nas
praias da Quinfuquena, no município do Soyo, província do Zaire, e que avançaram até a
província de Cabinda. Estas ocorrências têm afectado drasticamente o ecossistema do
Parque Nacional do Maiombe nas mais variadas vertentes. Segundo os pescadores e
populares da região, os derrames provocaram a morte de algumas espécies raras de animais
marinhos em Cabinda, com destaque para as tartarugas e baleias, e podem ser um dos
fatores causadores do desaparecimento dos mangais da foz do rio Chilongo.

Tartaruga marinha coberta de petróleo, no Piauí, Brasil, em 2019.


Para além das consequências ecológicas, os derrames de petróleo no mar de Cabinda,
deixaram centenas de famílias privadas das suas fontes de rendimento e uma parte da
população foi obrigada a deixar aquelas localidades devido ao forte cheiro de petróleo.

Para além disto, os pescadores devem interromper as atividades pesqueiras aquando


da ocorrência de derrames. Isto para não haver o risco de fornecer peixe contaminado às
populações, que pode provocar mortes em grande escala por intoxicação.
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Estes desastres ecológicos também têm elevado custo económico pois as operações de
limpeza são muito caras e há a necessidade de compensar os efeitos económicos provocados
pelos mesmos, como o pagamento de subsídios de desemprego aos afetados.
Como mitigar as consequências dos derrames de petróleo?
Os mecanismos de degradação do petróleo ainda precisam de mais estudos e isso faz com
que o combate aos derrames seja pouco eficaz. O petróleo só se degrada naturalmente
devido a fenómenos de oxidação e evaporação mas que demoram centenas ou até mesmo
milhares de anos. Por isso, a única solução efetiva nesse momento é a prevenção:

Fazer cumprir a legislação ambiental como o Decreto n.º 39/00, de 10 de Outubro (que
regula a proteção do Ambiente no decurso das atividades petrolíferas), bem como o Decreto
executivo n.º 11/05 de 12 de Janeiro (regulamento sobre os procedimentos de notificação da
ocorrência de derrames);
Criar contactos para denúncias de derrames de petróleo por parte das autoridades
fiscalizadoras;
Desenvolver métodos de transporte de petróleo mais seguros;
Fiscalizar de modo contínuo os navios que se encontrem em águas continentais.
Entretanto, nenhum esforço será suficiente se não houver mudança na consciência de quem
trabalha direta ou indiretamente no sector petrolífera. É necessário que se façam campanhas
de consciencialização sobre os impactos causados pela indústria petrolífera, para que os
cidadãos também tenham noção de que é o nosso consumo que leva a perfuração e produção
de mais derivados de petróleo. É ainda fundamental que entendamos a importância que cada
ser vivo tem no planeta e que compreendamos que a destruição de qualquer espécie e seu
habitat, afeta diretamente a nossa vida.
2

5.3Análise do comportamento do setor de petróleo e gás

De acordo com um estudo feito pela KPMG em 2013, 95% das 250 maiores
empresas do mundo relatavam seu desempenho em sustentabilidade através de relatórios,
sendo que 80% delas usam as diretrizes da GRI. Desta maneira percebesse que as empresas,
de uma forma geral, vem adotando as guias do GRI na elaboração dos seus relatórios. Ao se
realizar uma análise do setor de petróleo e gás verificou-se que o mesmo também tem
demonstrado um aumento na divulgação de relatórios de sustentabilidade baseados nas
diretrizes da GRI e desta forma indicando uma maior aderência a este instrumento Esta
análise baseou-se em um levantamento de informações no site da GRI. O mesmo possui um
banco de dados onde as empresas que utilizam ou não as suas diretrizes podem registrar os
seus relatórios e torná-los públicos e acessíveis. Deste modo foi possível verificar a
quantidade aproximada de empresas do setor de petróleo e gás que adotam as diretrizes da
GRI.

5.4-Análise do comportamento das empresas de petróleo e gás frente ao DJSI

O DJSI publica anualmente um relatório denominado “The Sustainability


Yearbook”, este é responsável por apresentar dentre as empresas participantes de cada
setor, as que se encontram no grupo dos 15% com as maiores notas dos mesmos. Além
disso, também são divulgadas quais companhias de cada setor foram classificadas
como: Gold Class, Silver Class, Bronze Class.

Através deste relatório, também é possível verificar a quantidade total de empresas


em cada setor que foram convidadas a participar do processo seletivo para integrar o
índice, e quantas destas passaram a ser incluídas no mesmo. A partir destes dados então,
foi possível realizar uma análise mais abrangente do comportamento das empresas de
petróleo e gás frente ao DJSI.
2

O trabalho de levantamentos trouxe que, em 2013 apenas 49,5% das licitações


realizadas possuíam algum critério de sustentabilidade, saltando para 85,5% em 2015.
Ademais, o número médio de critérios por licitação de materiais de consumo e permanente
passou de 1,37 para 3,91. Como ilustra o gráfico a seguir:

DJSI
Total Incluídas ___ Linear (Incluídas)
160
Quantidade de empresas

140

120

100

80

60
2008 2009 2010 2011 2012 2013

Gráfico - Comparação anual entre a quantidade total de empresas convidadas e a quantidade de companhias incluídas no DJSI.

O Gráfico mostra que ao longo dos anos as companhias pertencentes ao setor de


petróleo e gás vêm aumento sua participação no índice. Isto aponta que cada vez mais
estas empresas se mostram interessadas em adotar medidas que melhorem o seu
desempenho ambiental. Além disso, segundo VARELA (2010), as empresas veriam
diversos benefícios em participar desses índices, como por exemplo:

 Reconhecimento público das questões sociais e ambientais;


 Reconhecimento por parte de investidores;
 Vantagens financeiras crescentes pelos investimentos baseados no índice;

O DJSI não divulga publicamente todas as empresas participantes do índice e


também não revela o desempenho ambiental, social e econômico por elas apresentado,
ambas as informações só podem ser acessadas pelos investidores. Desde modo, se torna
difícil realizar uma análise mais profunda sobre o comportamento do setor de petróleo e
gás dentro deste índice de sustentabilidade.
2

CONCLUSÃO

Visto que o Desenvolvimento Sustentável é o desenvolvimento que satisfaz as


necessidades do presente sem comprometer as capacidades das gerações futuras de
satisfazerem as suas necessidades (BRUNDTLAND em 1987). Sustentabilidade na área da
engenharia de petróleo é um tema que vem ganhando destaque no meio empresarial, como
também nos círculos acadêmicos e nas Mídias. A importância destes assuntos pode ser
justificada pelo aumento das desigualdades sociais em âmbito global e das consequências
cada vez mais vem causando desgastes ao meio ambiente devido os seus impactos muita das
vezes comprometendo as gerações futuras. Mais é um recurso económico para vários países.
A saída para esta situação de crise não pode partir apenas de um único agente. Os problemas
em questão exigem a colaboração dos mais diversos atores sociais e dentre eles, a
participação do setor empresarial se mostra bastante relevante. Uma vez que muitas
organizações operam em escala global, a disseminação de práticas mais consistentes em prol
do meio ambiente e da sociedade é facilitada. As empresas utilizam o meio ambiente,
basicamente de duas maneiras: como fonte supridora de insumos e depósito para rejeitos.
Logo, já que a natureza é tão relevante ao processo produtivo, ela deve ser levada em
consideração pelas organizações em seu processo de planeamento, gestão e operação.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

ONU. 1988, Relatório Nosso Futuro Comum - Relatório Brundtland - Comissão


Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, Editora da Fundação Getúlio
Vargas, Rio de Janeiro, Brasil;
OPEC, 2015. World Oil Outbook 2015;
ORSATO, R. J., GARCIA, A., SILVA, W. M., SIMONETTI, R., MONZONI, M.,
2015,
Sustainability indexs: why join in: A study of the Corporate Sustainability Index (ISE)
in Brazil. Journal of cleaner production, v.96, (jun), pp. 161-170;
Petrobras 2009. Relatório de Sustentabilidade 2009;
Petrobras, 2012. Relatório de Sustentabilidade 2012;
PLATTS 500, 2016. About the Platts Top 250 Rankings;
POMBO, F. R., MAGRINI, A. 2008 “Panorama de aplicação da norma ISO 14001 no
Brasil”. Gestão e Produção, v.15, n.2, pp. 1-10
RAPIR, R., 2016. The 25 Biggest Oil And Gas Companies In the World. Forbes-
Energy.
RIBAS, R., P. 2008, Estratégias de empresas de Petróleo no cenário de mudanças
climáticas. Dissertação de M.Sc., COPPE/UFRJ, Rio de Janeiro, RJ,Brasil;
MAGRINI, A. 2012. “Impactos e Mitigação ambiental da indústria do petróleo e gás:
um quadro do desempenho ambiental do setor. In:O futuro do Petróleo nas Américas”;
IPIECA, 2016 International Petroleum Industry Environmental Conservation
Association;
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