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Guia do Gato

Preparando o lar para o novo gatinho


CUIDADOS ESSENCIAIS COM SEU GATINHO

1) Segurança
• Telas de Proteção
Por que fazemos tanta questão das telas de proteção? Por-
que seu lar deve ser o território seguro de seu novo gatinho,
onde ele encontra tudo o que precisa para ter uma vida longa
e tranquila. E agora que você já telou seu imóvel, é importante
saber que as condições das redes devem ser checadas de tem-
pos em tempos. As telas têm validade média de 3 a 5 anos, mas
podem ficar quebradiças ou frouxas antes disso, por conta da
ação do sol, da chuva, da qualidade do material utilizado ou mesmo de mordidas dos gatos.
Ao contratar uma empresa para colocar uma nova tela ou substituir as antigas, avise o insta-
lador que a proteção é para gatos e peça para que os ganchos tenham o menor espaçamento
possível. Isso evita que ele escape entre um prendedor e outro.
• Coleira
Ainda na questão de segurança, seu novo companheiro
pode usar uma coleira apropriada para gatos (de elástico
ou com trava de segurança, para evitar que enrosque em
algum lugar e ele acabe se enforcando) com uma plaqui-
nha de identificação, caso ele se acostume. Na plaquinha
deve constar o endereço ou telefone do tutor e o nome
do animal, mas sem guizos, que incomodam e estressam
seu gatinho, além de prejudicar sua audição.

2) Alimentação
• Ração
Por serem carnívoros, os gatos precisam de uma dieta
apropriada para sua espécie. A qualidade da alimentação irá
garantir sua saúde física (que pode ser percebida pelo brilho
e maciez dos pelos) e aumentar a expectativa de vida. Reco-
mendamos que a alimentação respeite a idade do seu gati-
nho e seja a mesma ou de padrão equivalente à ração que
fornecemos para eles – Super Premium Royal Canin, “Kitten”
para filhotes de 3 a 12 meses e “Sterilised” para adultos acima de 12 meses.
Caso opte por outra marca de ração, é necessário fazer a transição gradual para evitar proble-
mas gastrointestinais. A mudança é simples: adquira um pacote pequeno (400grs.) da Royal que
ele já está acostumado e vá misturando aos poucos com a nova ração, até a substituição total.
A ração úmida (sachê) também é indicada, por ser uma alimentação completa e proporcionar
maior ingestão hídrica, o que auxilia na prevenção de doenças do trato urinário.

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• Comedouro CatEat
A escolha dos pratinhos de comida para seu gatinho (os come-
douros) é bem importante. Aconselhamos que você opte por co-
medouros como o CatEat, produzido pela Pet Games. Por serem
mais altos, o gatinho consegue se alimentar em uma postura muito
mais confortável do que com os pratinhos que ficam no chão. Tam-
bém evite comedouros fundos, que incomodam os supersensíveis
bigodes felinos toda vez que eles enfiam o focinho dentro do pote.
Recipientes mais rasos e, se possível, em formato côncavo fazem
com que a comida se concentre no centro, assim fica mais fácil para abocanhar o alimento.

3) Água
Na natureza, os gatos foram adaptados evolutivamente para não beber água parada e procu-
rar fontes de água corrente, uma vez que água parada pode significar água contaminada – isso
explica porque os gatos domésticos gostam tanto de torneiras. Como os felinos não costumam
ingerir muita água, estimule seu gatinho oferecendo bebedouros e fontes de água corrente, para
garantir melhor manutenção do trato urinário.
Caso opte por bebedouros de água parada, escolha potes feitos com materiais que mante-
nham a temperatura da água mais fresca, como cerâmica, barro, vidro ou inox.

Dica: Evite colocar a água próxima da ração ou da


caixa de areia. Isso inibe seu consumo e pode com-
prometer a qualidade e a durabilidade da comida,
uma vez que existe a chance de a ração cair na vasi-
lha de água e vice-versa. Os gatos também podem
rejeitar alimentação caso o comedouro ou bebe-
douro esteja próximo da caixa de areia.

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4) Caixas de Areia
O banheiro, ou melhor, os banheiros do seu gato são extremamente importantes para ele. Ga-
tos são animais muito limpos e organizados, não gostam de ter seu banheiro perto de sua comida,
água e locais de descanso. Também são criteriosos em rela-
ção ao tipo de areia que colocamos – ela deve ser parecida
com o local onde eles fariam suas necessidades na natureza
(areia e terra). Para evitar que seu gatinho faça as necessida-
des fora da caixinha, veja essas recomendações:
• A caixa deve ter espaço suficiente para que ele entre e
consiga dar uma volta em torno de si mesmo lá dentro. Não
recomendamos as caixas fechadas – o cheiro fica concentra-
do e alguns gatos se incomodam;
• O número de caixas deve ser igual ao número de gatos na casa + 1 (exemplo: 3 gatos = 4 caixas);
• As caixas devem ficar em pelo menos dois pontos diferentes da casa, preferencialmente em
locais de fácil acesso, arejados e sem muita movimentação ou barulho;
• A areia deve ser um substrato fino, que aglutine a urina. No abrigo, usamos a Pipicat Clássica,
mas sugerimos os seguintes tipos/marcas: Pipicat Ultra Dry, carvão ativado e Multicat ou as bio-
degradáveis). Não recomendamos as areias de madeira e as sílicas, porque muitos gatos rejeitam.
Evite também areias com perfume.
• A quantidade de areia das caixas deve ocupar
cerca de 4 cm de profundidade da caixa;
• A retirada de fezes e urina das caixas deve ser
realizada duas vezes ao dia e a limpeza das caixas
a cada 7 dias, utilizando sabão neutro, água morna
e álcool.
• Uma dica para dificultar que a areia se espalhe pela
casa é adicionar tapetes de vinil em frente às caixas.

Importante: Fique atento às dicas


acima. Muitos dos problemas de
necessidades fora do lugar podem
ser evitados só com o arranjo correto
da caixa de areia.

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5) Graminha
Apesar de serem carnívoros restritos (se alimentam de car-
ne), os gatos têm necessidade de ingerir graminhas com certa
regularidade, para facilitar na regurgitação de bolas de pelo e
na formação do bolo fecal.
Eles são atraídos por graminhas como clorofila, capim ci-
dreira ou catnip. Você pode encontrar vasinhos prontos de
graminhas para gatos em grandes pet shops ou plantar al-
gumas sementes em um potinho em casa, como grãos de
trigo, milho de pipoca ou alpiste para o consumo diário do
seu companheiro.

6) Escovação
Escovar seu gatinho é fundamental para auxiliar na troca de
pelos e retirada de pelos mortos, evitar nós e também promo-
ver um momento especial de troca de carinho. Quando utili-
zamos a escova certa, a escovação é prazerosa para o felino
e aumenta ainda mais o laço de afeto entre vocês. A escova
deve ser macia e ideal para retirada de pelos – indicamos as de
cerdas duplas. Evite utilizar rasqueadeiras com ferrinhos, que
machucam a pele do gato, bem mais sensível que a nossa.

7) Corte de unhas
Quando necessário, você pode ajudar seu gatinho a “afiar” as unhas, cortando a pontinha delas.
Aproveite os momentos que seu gatinho estiver sonolento para as sessões de corte de unhas,
escovação dos pelos ou dentes (que não precisam ser ininterruptas) no próprio local onde ele es-
tiver descansando, para evitar ao máximo situações de estresse. Existem tesourinhas próprias para
essa tarefa. Preste atenção para cortar somente a pontinha branca, já que existem veias na parte
rosa, e corte sempre na diagonal para não perder o formato de garra.

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8) Banho
Seu gatinho não tem necessidade de tomar banho. Ele mesmo se
encarrega de sua limpeza corporal diariamente. A escovação, que au-
xilia a retirada pelos mortos e evita a formação de nós, também ajuda
nos cuidados com a limpeza. Caso haja necessidade de banho por
alguma intercorrência, de ordem veterinária, procure um local espe-
cializado em felinos.

9) Arranhadores
Arranhar é um comportamento natural e necessário para
o gatinho. É dessa forma que ele “descama” e descarta as
unhas velhas (por isso você encontra uma espécie de unhas
ocas nos locais que ele arranha), afia as garras, se espreguiça
e se alonga, e também é uma forma de marcar território, fa-
zendo com que ele se sinta mais seguro e feliz no ambiente.
Gatos arranham em diversos materiais (sisal, madeira, pape-
lão, carpete) e posições (diagonal, vertical e horizontal).
É essencial proporcionar arranhadores para os seus gati-
nhos. Uma dica importante é posicionar alguns arranhadores no centro do “território”, ou seja, no
canto da casa onde ele passa mais tempo. No entanto, nem todos os arranhadores disponíveis no
mercado são ideais para essa atividade. Antes de adquirir um produto, avalie se a peça é realmen-
te firme para sustentar as brincadeiras de seu gatinho, se tem uma base larga para dar estabilidade
ao arranhador e altura ou comprimento para ele possa se esticar.

10) Locais de descanso e verticalização (gatificação)


Gatos são animais de natureza territorialista e semiarborícola (gos-
tam de subir em árvores), o que explica o gosto por locais altos. Pro-
porcionar verticalização é oferecer locais elevados – e seguros – para
seu gatinho descansar e observar “seu território” das alturas. Isso torna
os gatos mais seguros e evita que subam em móveis inapropriados.
Abaixo, algumas dicas fundamentais na hora de elaborar a gatificação:
• Verifique se os móveis têm tamanho apropriado para um gato adulto;
• Promova rotas de fuga em casas multicat (com mais de um gato)
– os caminhos devem ter locais para subir e descer, evitando que um
gato persiga e encurrale o outro no alto;
• Se possível, gatifiqueos cômodos da casa que você costuma
ficar. Seu gatinho vai gostar de ficar sempre perto de você;
• Adicione verticalizações confortáveis em locais que eles possam ver a área externa, como ja-
nelas, sacadas, varandas, etc.;
• Procure empresas que fabriquem móveis específicos para que os gatos se sintam confortáveis
e seguros, harmonizando o ambiente humano e felino.

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11) Transporte
Utilize uma caixa de transporte específica para animais domésticos sempre que for transportar
seu gatinho. Ao adquirir uma caixa, observe se as travas da portinha são seguras e se há espaço
suficiente para que ele consiga se movimentar e se virar dentro dela. Lembre-se: a caixa deve ter
tamanho proporcional para um gato adulto, mesmo que você tenha adotado um filhote (pode
apostar que ele vai crescer rápido).
Para que seu gatinho não tenha medo do transportador, ele
deve fazer parte dos locais de descanso da casa, funcionando
como uma casinha. Mantenha a caixa com a portinha aberta e
sempre visível, com um cobertorzinho ou colchãozinho, brin-
quedos e ofereça regularmente petiscos dentro dela. Assim, a
caixa de transporte será associada à ideia de um local seguro
e confortável. Quando o gatinho for mais assustado, cubra a
caixinha com um pano na hora de sair, para que ele não veja a
agitação da rua. Assim, ele se sentirá mais seguro e protegido.
Cuidado com caixas de qualidade inferior. Em pouco tem-
po as travas ficam frágeis, assim como encaixes e parafusos.
Tome cuidado também com caixas que tenham abertura na parte de cima (que não recomenda-
mos), principalmente se seu gatinho for do tipo assustado. Ele pode entrar em pânico por algum
motivo, forçar a abertura e escapar.

Alerta: Não recomendamos as bolsas de


transporte de tecido, com visor de tela
– por ser um material mais frágil, alguns
gatos podem rasgar em um momento
de pânico e escapar.

12) Brinquedos
Gatos adoram brincar e não é difícil encontrar distração para eles. Bolinhas de papel ou de
papel alumínio e caixas de papelão têm custo zero e fazem sucesso. Cuidado com brinquedos
muito pequenos, que podem ser engo-
lidos, e também com fios, fitas e barban-
tes. Alguns gatos gostam de mastigar e
engolir esses materiais, que podem se
acumular no estômago, exigindo até
mesmo uma grande cirurgia para sua
extração. Brinquedos como varinhas são
bastante estimulantes, os gatos adoram,
mas devem ter acesso apenas enquan-
to você estiver no controle. Não deixe o
brinquedo à disposição, por conta dos
riscos com fitas e cordões.

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13) Caminhas
Gatos gostam de caminhas e paninhos
macios, mas a maioria não dispensa um sono
no sofá ou na cama com os donos. Isso sig-
nifica que não é necessário investir em várias
caminhas para garantir o conforto do seu ga-
tinho. Observe o local que ele prefere ficar e
coloque próximo uma caminha, um cobertor
dobrado, uma almofada ou mesmo o trans-
portador com a portinha aberta e uma cober-
tinha aconchegante. Em geral, é o suficiente.

14) Acompanhamento veterinário


A espécie felina tem como característica apresentar o
mínimo de sinais quando sua saúde não vai bem. Na natu-
reza, sinais de doença são indicadores de fragilidade, que
os tornam presa fácil. Em casa, quando demonstram algu-
ma alteração física e de comportamento, a doença já pode
estar em estágio avançado. Por isso, é extremamente im-
portante levar seu gatinho ao veterinário pelo menos uma
vez ao ano para que seja examinado e avaliado. Aproveite
o momento da vacinação anual para o chech-up.

15) Acompanhamento Comportamental


Os gatos possuem comportamentos específi-
cos de sua origem e se comunicam de maneira
bem diferente dos humanos. Diversas situações,
como mudanças na rotina, no ambiente ou ex-
periências prévias que tiveram, podem levar a
alterações de comportamento. Nesses casos, a
intervenção de um profissional especializado no
comportamento felino auxilia no direcionamen-
to e modulação comportamental, priorizando
seu bem-estar e a harmonização do ambiente.
Algumas questões nas quais um profissional de
comportamento pode ajudar: adaptação, agres-
sividade, medo e trauma, eliminação em locais
inapropriados, mudança de residência, redução
de estresse em manipulação, entre outros.

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COMPORTAMENTO E BEM-ESTAR

• Enriquecimento Ambiental
Você sabia que brincar da maneira
correta com seu gato pode promover
bem-estar e evitar alguns distúrbios com-
portamentais e de saúde? Pois é, com os
brinquedos certos e um ambiente enri-
quecido, você pode proporcionar maior
bem-estar para seu gatinho, ao incentivar
comportamentos naturais da espécie, que
são fundamentais para ele. Felinos são ex-
celentes caçadores e necessitam expressar
diariamente comportamentos relaciona-
dos à caça. Indicamos que você dedique
pelo menos 30 minutos do seu dia para brincar ativamente com eles. Com a ajuda de brinquedos
interativos, faça com que corram, pulem, espreitem, agarrem, mordam e às vezes até carreguem
o “brinquedo/presa”, simulando realmente uma caçada.
Outra maneira de enriquecer o ambiente é utilizar brinquedos interativos para que ele “cace”
sua ração. Isso permite que desenvolva sua cognição e seus órgãos do sentido.

• Adaptação ao novo lar


É comum o gatinho se sentir inseguro nos primeiros
dias no novo lar. Ele pode demonstrar comportamentos
relacionados a medo e defesa (mostrar os dentes, rosnar,
tentar dar patadinhas, etc.), e não se sentir à vontade para
ser afagado e receber todo o amor que você está super
preparado para oferecer. Pensando nisso, elaboramos uma
série de dicas e recomendações para que a adaptação seja
mais rápida e segura.
Como os gatos são animais territorialistas, estar no con-
trole do território é primordial para que se sinta bem e se-
guro e sua casa é desconhecida. Ele ainda não sabe que esse é o seu novo território. Se você tem
outros gatinhos, essa percepção pode ser ainda mais estressante, pois ele sente que está entrando
em um território que já tem “dono”, o que pode es-
timular um comportamento de defesa e medo no
novo gatinho, assim como nos que já residem na
casa. Mas fique tranquilo! Siga as recomendações
abaixo e você conseguirá uma adaptação mais tran-
quila para ele, para os humanos da casa e para os
demais gatinhos ou animais residentes.

Preparando o lar para o novo gatinho


Passo a passo da adaptação:
1) Prepare um ambiente isolado, um cômodo
da casa separado para receber o novo gatinho;
2) Coloque nesse cômodo tudo que o novo
gatinho irá precisar (comedouro, bebedouro,
caixa de areia, toquinhas para se abrigar) – lem-
brando que a caixa deve estar distante do ali-
mento e água;
3) Bloqueie os possíveis locais que o gatinho
possa usar como esconderijo e dificultem seu
acesso para ver se está tudo bem com ele. Para
tanto, disponha casinhas e tocas no chão e em
locais mais elevados;
4) Ofereça um alimento bastante palatável
logo que o gatinho chegar (pode ser petisco
ou sachê);
5) Se possível, instale o feromônio sintético
Feliway Classic em uma tomada livre de móveis
e oposta à saída de ar para deixá-lo mais seguro
e confortável no ambiente;
6) Sempre que tentar contato com o gatinho, utilize tom de voz baixo, se aproxime com caute-
la, sem executar movimentos bruscos e espere que ele tome a iniciativa de se aproximar de você;
7) Utilize brinquedos interativos, pe-
tiscos e sachê para que o gatinho se
sinta atraído por sua presença, além de
seguro e motivado a se aproximar.
8) Após a adaptação ao quarto, vá
apresentando os demais cômodos aos
poucos, sempre sob supervisão, quando
ele já estiver mais confiante com a sua
presença.

OBS: caso você tenha executado


esses passos e não tenha sucesso, é
aconselhado procurar um profissio-
nal em comportamento para ajudar
nessa adaptação.

Preparando o lar para o novo gatinho


• Adaptação com outros gatinhos
Quem já tem gatinhos em casa e adota mais um preci-
sa ter em mente que, na lógica dos gatos, o novo membro
está chegando a um território que já tem dono. É super
importante fazer com que a introdução do novo gato seja
positiva, para que os residentes o recebam como “novo
morador” e não como “intruso”. É natural e esperado que
os gatos residentes expressem medo ou defesa em rela-
ção ao novo indivíduo, por isso o ideal é que essa introdu-
ção seja feita de maneira gradual, assim nem o novo gato
nem os gatos residentes irão se sentir ameaçados ou inse-
guros. Para que a introdução seja positiva, inicie seguindo
os passos da adaptação ao lar citados anteriormente.
Para os felinos, o olfato é a principal via de comunicação. O odor do ambiente e os odores corpo-
rais são essenciais para a comunicação dos gatos.
Em função disso, é fundamental que os odores cor-
porais sejam compartilhados indiretamente, antes
da apresentação. Outro ponto muito importante
em uma adaptação é fazer com que o gatinho as-
socie a presença dos demais a coisas legais (brin-
quedos, escovação) e alimentos gostosos (petiscos
e sachê). Assim, eles aprendem que a presença do
outro gato sempre traz uma coisa legal. Para uma
adaptação positiva, siga os passos abaixo:
1) Comece pelas dicas acima para a adaptação ao novo lar.
2) Se possível,também coloque o feromônio sintético Feliway Classic em uma tomada livre de
móveis e oposta à saída de ar nos locais que os gatos da casa mais ocupam.
3) Priorize os residentes, que são os “donos” do território. A limitação de recursos e a mudança
na sua atenção com eles podem fazer com que tenham mais receio do gatinho novo.
4) Quando o novo gatinho chegar e ainda estiver separado, faça uma “festa” para os residentes,
com os alimentos favoritos. Adicione novidades no ambiente (pode ser um brinquedinho novo,
uma caminha, mantinha ou mesmo uma caixa de papelão) e dê bastante carinho e atenção.
5) Posicione alguns comedouros dos residentes do lado de fora da porta onde o gatinho novo está
abrigado e e faça o mesmo do lado de dentro para o gatinho novo, assim eles farão associação positiva
por meio da troca de odores por baixo da fresta da porta e também associarão ao recurso alimentar.
6) Ofereça os alimentos favoritos nesses comedouros posicionados ao lado da porta do cômodo de
divisão entre eles. Coloque petiscos e sachê ao mesmo tempo para os residentes e para o gatinho novo.
7) Troque objetos que contenham odores corporais, como arranhadores, cobertinhas, brinque-
dos e tocas, entre os gatos residentes e o gatinho novo. Faça pelo menos uma troca por dia de
algum objeto, para que eles comecem a se conhecer por meio de seus cheirinhos.

Preparando o lar para o novo gatinho


8) Faça um brinquedinho para ficar com uma ponta
de cada lado da porta, assim um puxará de um lado e
os outros de outro, fazendo com que eles se associem
positivamente por meio da brincadeira.
9) Após 3 ou 4 dias seguindo as recomendações
anteriores, inicie o revezamento de ambientes, caso o
gatinho novo já esteja adaptado ao cômodo. Troque
algumas vezes ao dia o novo gatinho de cômodo e
feche a porta para que ele possa conhecer com cal-
ma o novo local. Enquanto isso, deixe os residentes
explorarem o cômodo onde o gatinho novo estava
(até aqui, eles ainda não estão tendo contato físico).
10) Aos poucos, no momento da alimentação
com a comida favorita ao lado do cômodo onde
está o novo gatinho, sente-se no chão em frente à porta (para que você tenha controle da situ-
ação) e abra uma fresta enquanto eles comem. Vá abrindo gradativamente ao longo dos dias,
sempre nesses momentos da refeição, até que você consiga abrir toda a porta.
11) É importante ficar atento aos sinais corporais e vocalizações quando eles se conhecerem,
para avançar no processo. Os gatinhos devem exibir uma postura corporal segura e tranquila.
Caso os gatos estejam tensos e demonstrem posturas corporais como se agachar e se encolher,
colocar as orelhas para trás ou achatadas, eriçar o pelo, rosnar ou mostrar os dentes, significa que
não é hora de avançar. Espere mais alguns dias para retomar o processo. Um gatinho tranquilo e
seguro exibe uma postura ereta, cauda para cima, olhos relaxados e orelhas para frente.
12) Em casas multicat (com mais de um gato) é importantíssimo ter recursos disponíveis na
quantidade ideal para cada gato, dispersos no ambiente. É fundamental ter mais de um ponto de
alimentação, hidratação, necessidades fisiológicas, descanso, refúgio e arranhadores por todo o
território, ou seja, sua casa.

Obs.: caso você tenha executado esses passos e não


tenha tido sucesso, é aconselhado procurar um
profissional em comportamento para ajudar na adaptação.

Importante: As recomendações acima são orientações


para uma adaptação ideal, mas sabemos que nem sempre
é possível ter um quarto disponível. Se for o seu caso,
tente adaptar ao máximo esse tutorial a sua realidade.

Agora é só curtir seu gatinho e recorrer a este Guia, sempre que tiver dúvidas.

Preparando o lar para o novo gatinho

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