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A LÍNGUA PORTUGUESA
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................. 03
AVALIAÇÃO ............................................................................................................. 31
INTRODUÇÃO
Sejam bem-vindos!
As ideias aqui expostas, como não poderiam deixar de ser, não são neutras,
afinal, opiniões e bases intelectuais fundamentam o trabalho dos diversos institutos
educacionais, mas deixamos claro que não há intenção de fazer apologia a esta ou
aquela vertente, estamos cientes e primamos pelo conhecimento científico, testado e
provado pelos pesquisadores.
Desejamos a todos uma boa leitura e caso surjam algumas lacunas, ao final
da apostila encontrarão nas referências consultadas e utilizadas aporte para sanar
dúvidas e aprofundar os conhecimentos.
1 A LÍNGUA PORTUGUESA
A primeira lembrança que nos vem à mente quando falamos em língua nos
leva ao órgão do corpo que é usado na comunicação, e é a partir daí que começamos
a entender que o idioma escrito hoje, foi um dia, apenas falado. A partir desse princípio
de fala, nós definimos língua como o conjunto de letras que formam palavras com
sentidos diversos. E a relação dessas palavras e suas significações nós chamamos
de sistema. Logo, a língua é um sistema, ou seja, um conjunto de elementos que
relacionam entre si e formam um significado (VILARINHO, 2009).
Uma língua de cultura como a nossa, portadora de longa história, que serve
de matéria prima e é produto de diversas literaturas, instrumento de afirmação mundial
de diversas sociedades, não se esgota na descrição do seu sistema linguístico: uma
língua como esta vive na história, na sociedade e no mundo. Tem uma existência
que é motivada e condicionada pelos grandes movimentos humanos e,
imediatamente, pela existência dos grupos que a falam.
A Língua Latina surgiu na região do Lácio (hoje Itália ao sul do Rio Tibre), por
volta do século VII a.C., dois milênios depois do Indo-europeu. Roma era a capital do
Lácio (um grandioso império, diga-se de passagem) e apropriando-se da língua
utilizada pelos povos itálicos (fundadores de Roma) que ainda sofriam invasões
bárbaras, os romanos tornaram o Latim a língua oficial do Império, porém, como
aconteceu ao Indo-europeu, o Latim, não podendo permanecer o mesmo em tão
diferentes lugares e tão longínquas regiões, foi sofrendo alterações, devido,
sobretudo, a fatores locais (cultura, folclore, invasões) , até se fragmentar.
O galego-português (1150-1200)
A partir do final do século XII, na Península Ibérica não se fala mais o Latim,
nem mesmo em sua forma Vulgar. As características do Latim que não se
identificavam com a vida e o pensamento da grande população se perderam. Portanto,
já completamente descaracterizado, o latim torna-se, aos poucos, língua morta, e
cada vez mais vigora o Galego-português, uma evolução do Latim totalmente de
acordo com o que o povo queria, pois, o Latim era uma língua imposta pelos romanos
os povos ibéricos.
Já a partir do século XVI, a Língua já está muito perto do uso que fazemos
hoje. O Português começa a dar seus primeiros passos. Ainda há resquícios do
galego-português, principalmente na ortografia, que é sempre cambiante. Entretanto,
o predomínio das características do Português é evidente (CAVALCANTI, 2011).
Dentre elas, pode-se destacar o grupo de palavras que se iniciam por AL, que
é o artigo da língua árabe: alface; alfarrábio; alfinete; albarda; alicerce; almofada;
alfaiate; almocreve; almoxarife; alfândega; aldeia (CAVALCANTI, 2011).
1 As línguas de contato.
Essa resistência foi tanto maior e mais eficaz quanto maior o isolamento e
quanto menor o poder e a pressão das línguas em contato (nomeadamente através
da instrução). Foi ainda favorecida quando à língua crioula se veio associar a
identificação com a religião cristã, por oposição às religiões circundantes. Em
circunstâncias em que as populações falantes de crioulos ascenderam à
independência (Cabo Verde, Guiné-Bissau...) houve mesmo uma revitalização do
crioulo, fortalecida nos casos de oficialização.
Os Crioulos do Brasil
Para outros autores (como Parkvall 1999 apud Pereira, 2000), o grau de
reestruturação patente no PVB é tão moderado que dificilmente se lhe poderá aplicar
a designação de semi-crioulo, podendo a reestruturação existente explicar- se, não só
pelo efeito do contato com outras línguas, mas também, pela evolução interna inerente
a qualquer língua.
No entanto, existe uma variedade dialetal afro-brasileira que parece
corresponder a uma fase avançada de descrioulização de um anterior crioulo, a
variedade de Helvécia, ao sul da Bahia. A povoação de Helvécia descende de
escravos negros que pertenciam a uma colônia suíça alemã fundada em 1818.
Aspectos fônicos
Aspectos sintáticos
quatro posições:
eu falo | ele, você, a gente fala | nós falamos | eles, vocês falam;
2 Anáfora zero ou nula é o fenômeno pelo qual uma certa classe de pronomes pode ser omitida
quando puderem de algum modo ser inferidos pragmaticamente (essa condição varia entre as diversas
línguas, sendo até ser difícil de ser definida).Línguas em que existe isso são chamadas pro- drop
(redução de de pronoun-dropping, do inglês para ‗supressão de pronome‘.
Português Europeu, em que essas reduções não ocorrem tal como no Português
Brasileiro.
Segundo Mattos e Silva (2000) Serafim da Silva Neto (1986) defendia a tese
da unidade da língua portuguesa no Brasil, entrevendo que no Brasil as delimitações
dialetais espaciais não eram tão marcadoras como as isoglossas da România Antiga.
Mas Paul Teyssier (1982), na sua História da língua portuguesa, reconhece que na
diversidade socioletal essa pretensa unidade se desfaz. Segundo ele a realidade,
porém, é que as divisões dialetais no Brasil são menos geográficas que socioculturais.
As diferenças na maneira de falar são maiores, num determinado lugar, entre um
homem culto e o vizinho analfabeto que entre dois brasileiros do mesmo nível cultural
originários de duas regiões distantes uma da outra.
Mattos e Silva (2000) afirmam, com certa margem de segurança, que até
meados do século XVIII o multilinguismo generalizado caracterizou o território
brasileiro, até certo ponto freado pelas leis pombalinas de política linguística dos
meados do século XVIII.
O multilinguismo perdura: ainda hoje, apesar de a língua portuguesa ser a
língua oficial majoritária no Brasil, persistem cerca de 180 línguas indígenas, com a
média de 200 falantes por língua, faladas por 300.000 a 500.000 índios (estimativas
de 2000), perfazendo 0,2 da população brasileira, que atinge hoje um total de
169.544.443 habitantes, segundo os primeiros resultados do Censo 2000.
Uma certa homogeneidade cultural e linguística, ao longo do litoral, a partir do
Rio Grande do Norte, e também na Bacia do Paraná/Paraguai, tornou possível a
gramatização da Língua mais falada na costa do Brasil, título muito adequado da
gramática do Pe José de Anchieta, publicada em 1595. Essa língua estará na base
do que no século XVIII veio a se designar de língua geral.
Segundo este autor, a década mais intensa da imigração, entre 1850 e 1920,
foi a de 1890 com 1.200.000 imigrantes. Na sua grande maioria esses novos
componentes da sociedade multilíngue, multiétnica, multirracial e pluricultural
brasileira se situaram de São Paulo para o Sul.
Quanto à escrita, os alunos devem ser orientados a criar a sua própria escrita
para depois, a partir de confrontações com os textos de seus pares e com textos de
referência, previamente selecionados para essa tarefa, fazer as necessárias
intervenções no texto que escreve. Desta perspectiva, os alunos vivenciam um
processo de ação-reflexão-ação que lhes possibilita, num primeiro momento, lançar
mão de seus conhecimentos prévios para produzir seu texto; em seguida, pelas
leituras, análises e confrontações que faz dos textos lidos com sua própria produção,
em interação com os demais alunos e com o professor, refletir acerca da adequação
de seu texto à situação de comunicação em que se insere e às exigências linguísticas
próprias do texto que escreve, para fazer nele as alterações que forem necessárias
ao longo do processo e, finalmente, chegar à escrita definitiva do texto.
O processo acima referido caracteriza o que chamamos de atividades
epilinguísticas de reflexão e operação sobre a língua que juntamente com as
atividades linguísticas de leitura e produção e as metalinguísticas de descrição e
categorização formam o conjunto das três principais atividades que devem ser levadas
a efeito no ensino da língua materna (SÃO PAULO, 1991).
Sob esse ponto de vista ensinar Língua Portuguesa requer não só lançar mão
de textos e estudar suas propriedades intrínsecas de linguagem, mas conhecer seus
contextos de produção para assim, compreender a prática social que os justificam.
Nóbrega (2008) nos fala das esferas discursivas, as quais referem-se a
domínios de produção discursiva ou de atividade humana que possibilitam o
surgimento de um conjunto de gêneros bastante específicos que são publicados em
determinados suportes, a saber:
Leitura
Esfera escolar
Esfera jornalística
Esfera literária Produção escrita
Modalidade escrita Esfera cotidiana
Esfera da vida pública
...
Análise e reflexão
sobre a língua e a
linguagem
Esfera escolar
Esfera jornalística
Esfera literária
Modalidade oral Escuta / Produção oral
Esfera cotidiana
Esfera da vida pública
...
Leitura
Esfera escolar
Esfera jornalística
Esfera literária
Modalidade escrita Produção escrita
Esfera cotidiana
Esfera da vida pública
...
Análise e reflexão sobre a
língua e a linguagem
Esfera escolar
Esfera jornalística
Esfera literária
Modalidade oral Esfera cotidiana Escuta / Produção oral
Esfera da vida pública
...
JOLIBERT, Josette (Org.). Formando crianças leitoras. Porto Alegre: Artes Médicas,
1994a. v.1.
ORLANDI, Eni P. A língua brasileira. Cienc. Cult. [online]. 2005, v. 57, n. 2, pp. 29-
30. Disponível em: http://cienciaecultura.bvs.br/pdf/cic/v57n2/a16v57n2.pdf Acesso
em: 10 jan. 2011.
PEREIRA, Dulce. ―O Crioulo de Cabo Verde‖. I. H. Faria & al. (orgs.). Introdução à
Linguística Geral e Portuguesa. Lisboa: Caminho, 1996: 551-559.
a)A língua é o meio que favorece a interação entre os homens e a escola se revela,
pois, como o espaço formalizado para a realização dessa interação.
b)um projeto educativo comprometido com a democratização social e cultural atribui à
escola a função e a responsabilidade de contribuir para garantir a todos os alunos o
acesso aos saberes linguísticos necessários para o exercício da cidadania.
c) Nossa língua recebe adjetivação de portuguesa porque veio de Portugal,
colonizador do Brasil.
d)Somente o Brasil foi colonizado pelos portugueses, portanto, além de Portugal,
somente o Brasil usa a língua portuguesa.
3) Bellus (belo); caballus (cavalo); cattus (gato); casa (casa); grandis (grande) são
palavras:
d)n.r.a.
5)Línguas naturais, de formação rápida, criadas pela necessidade de expressão e
comunicação plena entre indivíduos inseridos em comunidades multilíngues
relativamente estáveis são características de qual divisão abaixo?
a)crioulos
b)afroasiáticos
c)nativos caiçaras
d)n.r.a.
( ) Em algumas áreas geodialetais brasileiras, usa-se o tu, na fala corrente com o verbo
na 3ª pessoa (tu fala) e, em reduzidas áreas (talvez a mais forte seja o litoral
catarinense e sul riograndense), ao tu ainda se segue a flexão histórica (tu falas).
( ) A ênclise é hoje mal aprendida na escola, tanto que, cada vez mais, encontramos
em textos de estudantes e em outros, como os jornalísticos, a ênclise nas posições
em que, historicamente, sempre se usou a próclise, como nas orações subordinadas
e nas negativas.
a)F-F-F
b)V-V-V
c) V-F-V
d)F-V-F
a)europeus
b)asiáticos
c)latino-americanos
d)europeus e asiáticos
(1)esfera escolar
(2)esfera literária
(3)esfera cotidiana
a)1-2-3
b)3-2-1
c) 3-1-2
d)2-3-1
II – Nesses tempos atuais, o que vale e o que é importante pode ser resumido em
duas palavras: decorar sempre.
III – O contexto na atualidade passa a ser a referência para que o uso da língua, de
certo e errado, passe a ser respeitado nas suas várias possibilidades, atribuindo-lhe
uma perspectiva de adequação e de inadequação.