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Ijuí
2018
DANIEL TOLOTTI RODRIGUES
Ijuí /RS
2018
DANIEL TOLOTTI RODRIGUES
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para a obtenção do título de
ENGENHEIRO CIVIL e aprovado em sua forma final pelo professor orientador e pelo membro
da banca examinadora.
BANCA EXAMINADORA
Agradeço também a minha família, que nunca mediram esforços para meu sonho se
tornar realidade, sempre me dando suporte e incentivo para alcançar o meu objetivo.
Aos meus amigos e colegas, que sempre estiveram presente no decorrer da faculdade,
agradeço pelo companheirismo e pela amizade.
Ao meu orientador ao qual admiro muito pela sua competência, professor Tarcisio Dorn
de Oliveira, que me conduziu com muita disposição, dedicação e paciência, meus sinceros
agradecimentos por nunca medir esforços para me assessorar, agradeço também pela sua
amizade no decorrer deste trabalho.
Chico Xavier
RESUMO
O trabalho busca verificar as condições de acessibilidade das calçadas na área central da cidade
de Panambi/RS. Foram utilizadas diversas metodologias, mas se teve como base norteadora a
Norma Regulamentadora (NBR) 9050/2015, a qual foi de suma importância para uma reflexão
acerca da temática sobre acessibilidade. Essa investigação é de grande relevância social, pois o
assunto a respeito da acessibilidade vem sendo muito discutido nos dias atuais. Assim foi
delimitado uma área central do município, no local onde ocorre o maior fluxo de pessoas,
realizando levantamentos fotográficos e documentais, e foi analisado se os calçadas estão de
acordo com a norma, e se podem receber os pedestres de uma forma segura. Foi analisado as
calçadas quanto as suas dimensões, tipos de revestimentos utilizados, rampas de acesso,
arborização e sinalização tátil, como também se havia vaga de estacionamento destinadas aos
PCD’s. Foram feitos alguns croquis do quadrante estudado, mostrando a onde se encontravam
os itens descritos acima, e foi possível constatar que muitas calçadas não estavam de acordo
com o que as normas e bibliografias a respeito da acessibilidade comentam.
RODRIGUES, Daniel Tolotti. Urban accessibility: survey and analysis of public tours in
the central urban área of Panambi - RS. 2018. Completion of course work. Civil Engineering
Course, Regional University of the Northwest of the State of Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, Ijuí,
2018.
The work seeks to verify the accessibility conditions of sidewalks in the central area of the city
of Panambi/Rs. Several methodologies were used, but based on the Norma Regulamentadora
(NBR) 9050/2015, which was extremely important for a reflection on accessibility issues. This
research is of great social relevance, since the subject of accessibility has been much discussed
in the present day. Thus, a central area of the municipality was delimited, where the lasgest
flow of people occurs, carrying out photographic and documentary surveys and it was analyzed
if the sidewalks are in accordance with the norm, and if pedestrians can be received in a safe
way. The sidewalks were analyzed for their dimensions, types of coverings used, access ramps,
afforestation and tactile signaling, as well as if there was parking space for PCD’s. Some
sketches were made of the studied quadrant, showing where the items described above were
located, and it was possible to verify that many sidewalks were not in agreement with what
norms and bibliographies about accessibility comment.
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................... 14
4 RESULTADOS ........................................................................................... 41
52
5 CONCLUSÃO ............................................................................................ 59
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 61
14
1 INTRODUÇÃO
O termo acessibilidade vem sendo muito discutido hoje em dia para tratar do acesso de
pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida aos meios de transportes, ambientes físicos e
serviços públicos. De forma resumida acessibilidade é a qualidade do que é acessível (do que tem
acesso) facilidade e/ou possibilidade na aquisição, aproximação segundo Aurélio (GHIRALDI,
2014).
Ainda os autores acima citados observam que a maioria das atividades que são realizadas
diariamente, desde um simples caminhar matinal, até o tráfego de automóveis, e de pedestres
acontecem nos espaços públicos. Compreende-se que não basta termos apenas uma habitação
acessível, se em outros casos tem a dificuldade de acesso a direitos fundamentais: educação, saúde,
espaços e passeios públicos, entre outros. Com isso as vias devem ser projetadas e executadas para
todo o tipo de usuário e modalidades de transportes, como também para acomodar novas
infraestruturas, mobiliários, possíveis barreiras, e todos os objetos em geral.
Constantemente pessoas com deficiência física têm enfrentado no dia a dia limitações em
suas vidas. Estas limitações estão ligadas a acessibilidade, ou seja, condições que permitam o
exercício da autonomia e a participação social do sujeito, fatores que podem prejudicar e intervir
no desenvolvimento ocupacional, psicológico, cognitivo, onde podem contribuir para a exclusão
social dessas pessoas (SILVA; LIMA, 2013).
1.1 CONTEXTO
Mesmo com as legislações existentes não a uma melhoria do direito à cidadania, igualdade
e acessibilidade. Muitas pessoas não tem seus direitos garantidos em nosso meio, muito por causa
dos problemas sociais e econômicos, onde acabam ficando a margem da sociedade. Nas grandes
cidades é onde mais acontece problemas de acessibilidade para PcD´s, quase sempre por questões
estruturais e culturais (ALMEIDA; OLIVER, 2001).
1.2 PROBLEMA
Segundo Silva e Martins (2002), a estrutura urbana de muitas cidades, não estão preparadas
para as pessoas com mobilidade reduzida, excluindo assim uma grande parcela da população. Nas
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cidades existem obstáculos que acabam prejudicando cada vez mais as pessoas ao espaço de
atuação, forçando pessoas com deficiência ao exílio, acabando assim por não exercer sua cidadania
dentro de um contexto econômico e social.
É necessário fazer uma análise mais especifica das condições de acessibilidade nas calçadas
em ambientes urbanos, norteando-se nas normas regulamentadoras/técnicas de acessibilidade da
ABNT, bem como realizar uma cobrança para que tais leis referente ao assunto sejam aplicadas,
fazendo com que os responsáveis adequem suas calçadas.
Com o crescimento acelerado das cidades, a infraestrutura de muitas delas não são pensadas
para atender os portadores de necessidades especiais, nota-se isso, principalmente nas calçadas,
pois é o local por onde mais transitamos no nosso dia a dia. Muitas delas não contém as dimensões
corretas, as sinalizações e arborizações adequadas, impedindo uma circulação segura dos pedestres.
Com isso a pesquisa busca analisar quais calçadas estão em desacordo com o recomendado pelas
bibliografias.
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A questão principal que esse trabalho se propõe é: verificar se as calçadas na área central
da cidade de Panambi/RS estão de acordo com as normas e legislações vigentes sobre a
acessibilidade.
1.2.3 Delimitação
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2 REVISÃO DA LITERATURA
Na época em que as cidades brasileiras surgiram não havia uma preocupação em incluir
pessoas com necessidades especiais na sociedade. Sua formação continha aclives e ruas estreitas.
As construções históricas dessa época, principalmente as de estilo eclético que foram construídas
em XVIII e XIX, não facilitavam à inclusão. Pois sua arquitetura era feita principalmente com
casas de porão alto com escadas, o que dificulta até hoje o acesso de pessoas com mobilidade
reduzida ou necessidades especiais (ANDRADE, ELY, 2012).
Ainda os autores acima citados observam que os centros históricos, incluindo suas
edificações, veem passando por processos de revitalização. Hoje é de suma importância nos
projetos de revitalização desses bens tombados aplicar a legislação de acessibilidade, para que
quando forem abrigar nova funções, possam ser usados por um público diversificado,
independentemente de suas limitações e capacidades locomotoras.
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Todo dia pessoas com deficiência (PCD’s) enfrentam limitações em sua vida. Limitações
estas ligadas a acessibilidade, algumas condições que permitem que o indivíduo tenha autonomia
e participação social, que podem acabarem interferindo ou até mesmo prejudicando no seu
desenvolvimento ocupacional, psicológico e cognitivo, todos estes fatores acabam contribuindo
para a exclusão social (PACHECO, et al., 2010).
Segundo Rabelo (2008), acessibilidade pode ser definida como a possibilidade de qualquer
indivíduo/pessoa, de chegar a algum lugar, utilizar informações, espaço urbano, e serviços, com
segurança e autonomia, tanto para a saúde, trabalho ou para educação, que são os direitos básicos
da cidadania, independentemente da suas condições mentais ou físicas.
A lei n° 10.098 estabelece alguns critérios para a acessibilidade de pessoas com mobilidade
reduzida e de portadores de deficiência, como a remoção de obstáculos e barreiras em espaços
públicos e vias. É definido acessibilidade como sendo uma possibilidade de alcance para utilizar
algo, com segurança e autonomia, dos mobiliários, espaços, equipamentos urbanos, edificações,
transportes, meios de comunicação, pelas pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade
reduzida (BRASIL, 2000).
público ou privado e de uso coletivo, por pessoa com mobilidade reduzida ou deficiência, nas zonas
urbanas como nas rurais.
Conforme o artigo 4 da Lei 13.146 (BRASIL, 2015), fala que toda a pessoa com deficiência
tem direito como as demais pessoas à igualdade de oportunidades, e não sofrerá nem um tipo de
discriminação.
O Brasil conta com um número elevado de pessoas com deficiência, que são discriminadas
todos os dias nas comunidades em que vivem ou acabam sendo excluídas do mercado de trabalho.
A exclusão social dessas pessoas com deficiência ou alguma necessidade especial já vem
acontecendo a bastante tempo, é tão antigo quanto a socialização do homem (MACIEL, 2000).
Pessoa com deficiência é aquela que apresenta, perdas ou reduções de alguma estrutura, em
caráter permanente, o que dificulta certas atividades, dentro do padrão considerado normal
(BRASIL, 1993). Já a lei 10.098 diz que pessoa com deficiência é aquela que tem impedimentos
de longo prazo de natureza, mental, intelectual ou sensorial e física, que atrelado as barreiras podem
acabar obstruindo sua participação plena e efetiva na sociedade, comparado com as condições das
demais pessoas (BRASIL, 2000).
Segundo o IBGE (2010), no Brasil 23,9% da população tem algum tipo de deficiência
(visual, auditiva, motora, mental ou intelectual), são aproximadamente 45,6 milhões de deficientes.
A deficiência visual é a que atinge um número maior de indivíduos, cerca de 18,8% da população,
seguida da motora com 7%, da auditiva com 5,1% e por último a mental ou intelectual com 1,4%.
É possível perceber um aumento da população idosa, que costuma apresentar limitações quanto a
mobilidade, realizações de atividades, devido ao envelhecimento natural.
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Não existe uma política efetiva de inclusão que viabilize planos integrados de urbanização,
saúde, acessibilidade, educação, cultura, esporte, nos estados e municípios, com metas e ações para
resguardar os direitos dos portadores de deficiência (MACIEL, 2000).
Conforme o artigo 3 da Lei 13.146 (BRASIL, 2015), define que pessoa com mobilidade
reduzida, é aquela que tem dificuldade de movimentação, por qualquer motivo, seja de caráter
permanente ou temporário, que acaba gerando reduções de flexibilidade, mobilidade, percepção ou
da coordenação motora, estão inclusos nisso as pessoas obesas, idosas, as lactantes, gestantes, e
com criança de colo.
A locomoção das pessoas com deficiência, seja ela indo a pé, de carro, táxi, por transporte
público, ela deve ser de uma forma segura e de fácil acesso até o local esperado. Deve propiciar o
livre percurso, sem impedimentos ou barreiras de risco para seus usuários (BENEVIDES, 2015).
No Brasil a lei 10.098 (2000), é a que estabelece normas gerais e critérios básicos para o
acesso das pessoas com mobilidade reduzida ou com deficiência. E ela define que as barreiras são,
qualquer entrave que impeça ou limite o acesso de forma segura das pessoas, e elas são classificadas
em 4 tipos:
Conforme o artigo 3 da Lei 13.146 (BRASIL, 2015), cita mais dois casos de barreiras, as
atitudinais, e as tecnológicas. A primeira está ligada as atitudes ou comportamentos que
prejudiquem ou impeçam a atuação social da pessoa com deficiência, não tendo a mesmas
condições e oportunidades como as demais pessoas. E as barreiras tecnológicas são as que
impedem o acesso das pessoas com deficiência as formas de tecnologias.
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Barreira arquitetônica e qualquer ambiente natural, que está instalado ou edificado que pode
impedir à aproximação, circulação no espaço, mobiliário ou equipamento urbano (TORRES,
2006).
As barreiras arquitetônicas são encontradas em todo o lugar e podem estar ligadas a falta
de planejamento de projetos. Essa barreiras acabam dificultando à acessibilidade dos usuários nas
estruturas instaladas. Não basta que haja legislação a respeito do tema, o mais certo seria evitar
estas barreiras, buscando melhorar os ambientes de acordo com as normas, e necessário que todos
lutem para que as leis sejam cumpridas, reivindicando direitos frente as autoridades competentes
ou fiscalizando (DAMASO, 2011).
Dentre as legislações e normas vigentes sobre acessibilidade, que englobam todo o território
brasileiro, destaca-se as leis Federais.
A lei N° 10.098 (BRASIL, 2000), em seu artigo 1°, ela define critérios básicos para a
promoção da acessibilidade, como também para a supressão de barreiras em espaços públicos. Em
seu artigo 2° inciso I e II, ela comento o conceito de acessibilidade, como também o conceito de
barreiras urbanísticas e os seus tipos.
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Ainda sobre a referida lei descrita acima, em seu artigo 4°, ela comenta que os espaços
públicos e parques devem ser adaptados para receber os portadores de deficiência ou com
mobilidade reduzida de uma forma acessível. Comenta também nos demais artigos, que devem se
ter vagas de estacionamento com fácil acesso aos PCDs, que as sinalizações e os mobiliários
urbanos (placas, árvores, postes) devem ser colocados em locais que não atrapalhem a circulação
dos pedestres, ou se apresentarem risco devem ser sinalizados com piso tátil de alerta, entre outros
critérios comentados nos demais artigos.
É a lei que busca assegurar e promover a inclusão social, para que as pessoas portadoras de
deficiência ou com mobilidade reduzida, tenham os mesmos direitos que as demais. Em seu artigo
3°, ela define o que é acessibilidade, e o que são barreiras. No capítulo II, comenta que as pessoas
com deficiência devem ser protegidas de qualquer tipo de discriminação, e tem o direito a igualdade
como qualquer outro indivíduo (BRASIL, 2015).
A Lei Estadual N° 13.320, em seu artigo 1°, consolida a legislação em relação as pessoas
com deficiência no estado. No capítulo II que comenta sobre a acessibilidade de edifícios públicos,
em seu artigo 9°, fala que os projetos na área de arquitetura e engenharia devem ser planejados
para o fácil acesso das pessoas, tanto na construção ou quando forem realizadas reformas (BRASIL,
2009).
Em seu capítulo II ela comenta sobre a acessibilidade, diz que seu uso é obrigatório.
Comenta também como devem ser realizados os passeios públicos, os rebaixamentos do meio-fio,
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veda a colocação de qualquer equipamento que possa interferir na circulação dos cadeirantes nas
esquinas dos passeios, entre outros casos (PANAMBI, 2008).
Em seu artigo 4° inciso IX, ela define acessibilidade como sendo a facilidade, de alcançar,
com autonomia, os destinos pretendidos na cidade. No artigo 12° Ela comenta quais as dimensões
que devem ter os passeios para a circulação de pedestres, e nos demais casos deve se respeitar a
Lei Federal 10.098 (PANAMBI, 2015).
Foi realizado um croqui com um resumo, para identificar as principais leis comentadas
acima sobre o tema da acessibilidade, conforme mostra a Tabela 1 logo abaixo:
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2.6.1 Calçadas
Os parques, vias públicas, e demais espaços públicos, devem ser projetados, planejados e
urbanizados, de forma a tornar esses lugares acessíveis as pessoas com mobilidade reduzida e
portadoras de deficiência. O passeio público é um local segregado e em nível diferente, que destina
a circulação de pedestres, e quando possível recebe a vegetação e os mobiliários urbanos. Os
mobiliários urbanos (sinais de tráfego, postes de iluminação, semáforos e qualquer elemento de
sinalização vertical) que devem ser disposto em espaço de acesso de pedestres, devem ser
instalados de forma a não prejudicar ou impedir o fluxo (BRASIL, 2000).
Já a NBR 9050 (ABNT, 2015) define calçada como sendo parte da via, em nível diferente,
não recomendada a circulação de veículos, local que poderá ser implantado sinalizações,
mobiliários urbanos e vegetação, reservado para circulação de pedestres. Já o passeio é a parte da
calçada, destinado só para a circulação exclusiva de pedestres e ciclistas.
De acordo com a NBR 9050 (ABNT, 2015), as inclinações da calçada devem ter no máximo
3% no sentido transversal, e inferior a 5% no sentido longitudinal ou acompanhar a inclinação das
vias lindeiras.
A Figura 2 mostra que a largura da calçada é dividida em três faixas de uso, que são:
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a) Faixa livre ou passeio: é destinado somente para a circulação dos pedestres, não
pode conter nem uma barreira, ter largura mínima de 1,20m e 2,10m de altura livre,
a inclinação pode ser de até 3%;
b) Faixa de serviço: é usada para acomodar os canteiros, os mobiliários, postes e
árvores. O recomendado é uma largura mínima de 0,70m nas calçadas a serem
construídas;
c) Faixa de acesso: é a passagem da área pública para o lote. Essa faixa só é usada em
calçadas com largura superior a 2,00m e serve para acomodar as rampas de acesso
aos lotes, com a autorização do município para as propriedades já construídas.
Já a lei municipal 4.066 de Panambi comenta que para o fluxo de pedestres nos passeios
públicos, este deve ter dimensão de no mínimo 1,20m, permitindo a passagem simultânea de 2
pessoas (PANAMBI, 2015).
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Segundo Torres (2006), o acesso dos veículos as residências não podem gerar barreiras no
passeio, como desníveis ou inclinações, se existirem rampas de garagem eles devem estar dentro
do lote, a Figura 4 abaixo, mostra a rampa fora da área do lote, já a Figura 5 está de acordo com o
recomendado, pois está dentro da área do lote. O rebaixamento do meio fio deve ser perpendicular
ao alinhamento da rua, visando um melhor acesso dos veículos à edificação, este rebaixamento
deve ter a mesma largura do veículo, respeitando os parâmetros da lei. A legislação do município
deve ser consultada para saber quais são os recuos mínimos e máximos, e o afastamento frontal,
para que as rampas não fiquem sobre o passeio.
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Já a NBR 9050 (ABNT, 2015), comenta que as calçadas e vias exclusivas para pedestres
devem ter acabamento com superfície regular, estável, firme, antiderrapante e que com a passagem
de dispositivos com rodas não sofra trepidações.
Conforme Torres (2006) os pisos para as faixas livres devem ser antiderrapante, e na
escolha dos materiais deve sempre procurar comprar um material com qualidade, durabilidade e
facilidade de reposição, tudo isso deve estar atrelado a estética e a segurança. A pedra portuguesa
não é muito indicada, pois gera trepidações nas cadeiras de rodas e carrinhos de bebês, mas pode
ser mantida em áreas de interesse histórico. Quando forem construídas calçadas é necessário que
seja a partir de um meio fio, pois esse meio fio faz parte do arremate entre o passeio e a rua, deve
ser feitas manutenções em locais em que o piso encontra-se deteriorado, conforme mostra a Figura
6.
Figura 6: Calçada sem manutenção no piso.
Ainda conforme o autor acima citado, os pisos devem ser construídos sobre um lastro
regularizado ou um contra piso, nunca deve ser realizado diretamente sobre o solo. Recomenda-se
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A NBR 9050 (ABNT, 2015), comenta que o plantio de vegetação não deve interferir na
área de circulação dos pedestres. Nessas áreas de circulação não é recomendado o plantio de
espécies que tenham espinhos, raízes que afetem o pavimento, e princípios tóxicos.
piso antiderrapante, com guarda-corpo e corrimão, para à acessibilidade das pessoas com
necessidades especiais e mobilidade reduzida. Os passeios devem ser construídos sem nem um
obstáculo, e ter continuidade de mesmo nível ao redor de todo quarteirão, sendo que, no final do
mesmo ou no local de melhor acesso ser feito o rebaixamento do cordão para trânsito dos
portadores de necessidades especiais.
A NBR 9050 (ABNT, 2015), recomenda que os rebaixamento das calçadas para a via
pública, não podem ser superior a 8,33% no sentido longitudinal da rampa, e não pode diminuir a
faixa de circulação, que é no mínimo 1,20 m da calçada, como mostra a Figura 7. As rampas com
2,00m devem ter no mínimo 1,20 m de largura na rampa principal e abas laterais de largura mínima
de 0,50m
Figura 7: Rebaixamento da calçada.
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mínimo 2% de vagas do total garantida, e pelo menos uma vaga com as especificações técnicas
recomendadas e devidamente sinalizada (BRASIL, 2000).
Conforme a NBR 9050 (ABNT, 2015) as vagas destinadas as pessoas com mobilidade
reduzida ou com deficiência, devem ser marcadas com símbolo internacional de acesso, ou com
descrição de idoso. As sinalizações que forem instaladas na vertical, a borda inferior da placa deve
ficar a uma altura livre 2,10m e 2,50m em relação ao piso.
A NBR 9050 (ABNT, 2015) define piso tátil como sendo: piso caracterizado por cores
diferentes as do piso adjacente, destinado a constituir uma linha guia para orientação e alerta.
Conforme a NBR 9050 (ABNT, 2004), a sinalização tátil no piso serve para orientação de
pessoas com deficiência visual, e ele pode ser do tipo alerta ou direcional. Ambas devem ter uma
cor diferente do piso existente, em que estão sobrepostas ou integradas. Quando estiverem
sobrepostas, o desnível não pode exceder 2 mm entre o piso existente e a superfície do piso
implantado, e não deve haver desnível quando estiverem integrados.
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a) Quando ocorrer mudança de direção do piso tátil direcional, este deve conter uma
área de alerta, mostrando que a mais alternativas de trajeto;
b) Se a mudança de direção for maior que o ângulo de 90°, deve ser sinalizado com piso
direcional;
c) Em rebaixamentos de calçadas, a sinalização direcional deve encontrar a de alerta;
d) Nas portas de elevadores, a sinalização direcional deve encontrar a de alerta na
direção da botoeira;
e) Deve ser instalado piso tátil de alerta nas faixas de travessia, perpendicular ao
deslocamento, e a sinalização direcional deve conectar um lado da calçada ao outro,
no sentido do deslocamento;
f) No ponto de ônibus deve ser colocado piso tátil direcional onde será feito o embarque
e desembarque de passageiros, e ao longo do meio fio o piso tátil de alerta.
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3 MÉTODO DE PESQUISA
Conforme Gonsalves (2001), conforme os objetivos propostos, esta pesquisa pode ser
definida como de campo, através de visita in loco, por que são coletados dados com observação e
medição. Essa pesquisa exige um encontro mais direto, pois é necessário que o pesquisador
compareça ao local onde será feito o estudo, e reúna as informações a serem documentadas.
Segundo Selltiz (1974), após ser realizado a formulação do problema em questão, se define
quais são as informações necessárias, então o pesquisador monta o seu planejamento de pesquisa,
que pode vim a variar conforme seu objetivo.
Para a realização do trabalho de campo foi feita a verificação dos seguintes itens:
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3.2 DELINEAMENTO
Essa investigação e de grande relevância social, pois o assunto vem sendo cada vez mais
discutido nos dias atuais, e é de suma importância locais acessíveis a todos os usuários,
independentemente da sua condição. Quanto aos benefícios, a presente pesquisa visa possibilitar
uma nova visão a respeito da acessibilidade, para que os direitos das pessoas com mobilidade
reduzida ou necessidades especiais sejam respeitados.
PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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O estudo foi realizado em 5 etapas, que estão descritas na imagem acima. Primeiramente
foi realizado uma pesquisa bibliográfica em normas e legislações a respeito da acessibilidade, para
ter um melhor conhecimento sobre o assunto. Após foi feito um levanto dos dados, e verificado as
condições que se encontravam as calçadas, quanto à largura, tipos de pisos, arborização, entre
outros, e também registros fotográficos na área delimitada.
Foi percorrido todos os passeios públicos no quadrante delimitado, para levantamento dos
itens descritos acima:
a) Foi feito a medição da calçada, essa medida vai do lote até o meio fio.
b) Nos pisos foi verificado os tipos de acabamento, se haviam buracos, desníveis,
degraus, que poderiam atrapalhar a circulação dos pedestres.
c) A questão da arborização, foi feito um levantamento quanto ao número de árvores,
canteiros e gramados existentes.
d) Para a identificação das barreiras arquitetônicas, foi feito registros fotográficos, para
identificar quais atrapalhavam a circulação dos pedestres.
e) Quanto as rampas de acesso, foi verificado se tinham as dimensões corretas
conforme as normas, e se havia a predominância delas em cada esquina do
quadrante em estudo, e se elas possuíam continuidade nos dois lados dos passeios.
f) Para a identificação dos pisos tátil, foi feito registro fotográfico para analisar o
número correspondente de pisos encontrados no quadrante.
g) As vagas de estacionamento para PCDs, foi verificado se seu desenho estava de
acordo com o correspondente nas normas estudadas, se havia a sinalização correta
e as rampas de acesso.
Assim foi feito os croquis do local onde seria realizado o estudo, para uma melhor
classificação do trabalho realizado. Foi usado o software AutoCad, e o Google Maps para a
visualização do mapa do município de Panambi/RS. A quarta etapa, foi feita a análise dos
resultados obtidos, onde foi possível classificar as calçadas que estavam de acordo com o
recomendado nas normas.
Nas considerações finais foi explicado os dados obtidos, e as melhorias que poderiam ser
realizadas no local, quanto à acessibilidade, para uma melhor circulação dos pedestres.
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A área utilizada para a pesquisa desse trabalho, encontra-se no centro da cidade, no local
onde ocorre o maior fluxo de pessoas. Pois é um local com várias lojas comerciais. Na Figura 11 é
possível analisar a dimensão da cidade de Panambi / RS.
Figura 11: Mapa de Panambi/RS.
Na Figura 12 mostra a área delimitada para o estudo, nas ruas e calçadas deste local, ocorre
uma intensa circulação de pessoas, pois é onde centraliza suas atividades. O estudo concentrasse
nas vias principais, que são a rua da Holanda e a Sete de Setembro, onde será verificado as
condições das calçadas.
Figura 12: Quadrante em estudo.
Através do mapa disposto pelo Google Maps, foi possível elaborar um croqui no AutoCad,
onde foi dividida as calçadas no quadrante em estudo. Foram utilizadas as cores azul, vermelho e
magenta, para visualizar a quantidade de calçadas estudadas. Estas foram divididas pelo número
de lotes na quadra, mesmo se a calçada tivesse as mesmas dimensões ou piso que o lote ao lado,
foi considerado como se fosse uma calçada diferente.
As calçadas foram distribuídas no sentido de ida e volta, o valor total de calçadas apresenta-
se ao lado do número do quadrante. Por exemplo, no quadrante 1, foi totalizado as calçadas nos
dois sentidos, contabilizando um valor de 27 calçadas, representado ao lado do número do
quadrante. As cores em azul, foram das calçadas situadas nas ruas principais, que são os números
1 e 2, o restante, na cor preta são das ruas adjacentes, como mostra a Figura 13.
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Nesse quadrante em estudo, fica localizada a praça central da cidade, assim como o
supermercado da Cotripal, o Banrisul e a Caixa Econômica Federal, áreas com bastante fluxo de
pessoas. Após este estudo, foi contabilizado um total de 133 calçadas, as quais serão utilizadas para
desenvolver as etapas do capítulo seguinte.
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4 RESULTADOS
Inicialmente, foi verificado as dimensões das calçadas, com a ajuda de uma trena a laser
mediu-se suas larguras, verificando se as mesmas estavam de acordo com o recomendado nas
bibliografias e norma vigentes sobre o assunto. Foi percorrido todo o quarteirão para a realização
das medidas, os mobiliários urbanos e outros equipamentos foram desprezados nesse caso.
Para verificar se as calçadas tinham a mesma largura na quadra inteira, foram feitas
medições em três pontos, início, meio e fim. Estas medições foram realizadas no dois sentidos da
ruas principais 1 e 2, demonstradas no croqui (Figura 14), como das ruas adjacentes 3,4,5,6,7 e 8.
Ao final das medições foi feito um croqui no mapa, para demonstrar as larguras encontradas,
conforme mostra a Figura 14.
O recomendado pela ABNT, é que as calçadas tenham no mínimo 1,20m de largura livre,
para que as pessoas possam transitar com segurança, já para a acomodação dos mobiliários urbanos,
canteiros, postes e árvores, o recomendado é uma largura mínima de 0,70m. No local analisado,
foi constatado que a maioria das calçadas estavam de acordo com o recomendado, todas tinham
uma largura maior que 1, 20m, apenas em uma das ruas essa dimensão era inferior, onde dificultava
a circulação dos pedestres.
Conforme mostra a Figura 14 abaixo, as medidas foram divididas por cotas médias, com
larguras inferiores à 1,50m até larguras superiores à 4,50m, onde, é possível verificar que as
calçadas com larguras superiores estão localizadas no quadrante 8, que obteve uma dimensão de
4,90m. As calçadas que tiveram uma largura menor que 1,50m, estão situadas no quadrante 6, estás
por sua vez tiveram dimensões variando de 1,11m até 0,28m, uma largura bem inferior a 1,20m,
que seria o recomendado pela norma, dificultando muito a passagem dos pedestres, onde muitas
vezes transitavam pela rua, colocando em risco sua segurança.
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Em relação aos quantitativos, as calçadas que tiveram uma maior ocorrência quanto a sua
largura, foram as de 1,51 à 2,50m, com um total de 36,09%, e as de 2,51 à 3,50m, com um total de
42,11%, conforme mostra a Tabela 2 abaixo.
LARGURA DA CALÇADA
Acima de 4,51m 3 (2,26%)
3,51 à 4,50m 14 (10,52%)
2,51 à 3,50m 56 (42,11%)
1,51 à 2,50m 48 (36,09%)
Menor de 1,50m 12 (9,02%)
Fonte: Autoria Própria.
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Em relação aos mobiliários urbanos instalados nas calçadas, como árvores, lixeiras, postes,
placas, estes foram medidos e estavam de acordo com o recomendado na legislação, pois mesmo
com esses equipamentos instalados, as calçadas tinham uma largura livre adequada para a
circulação dos pedestres, como mostra a Figura 15A abaixo. Apenas o quadrante 6 não estava de
acordo, pois a largura da calçada era inviável para a sua inserção, como mostra a Figura 15B.
Figura 15A: Largura adequada da calçada; Figura 15B: Largura inadequada da calçada
A B
É essencial que as estruturas dos pisos sejam adequadas, para que possam proporcionar
segurança e conforto aos portadores de necessidades especiais e pessoas com mobilidade reduzida,
assim como os demais pedestres que transitam pelas calçadas. Nesse sentido foi verificado os
materiais utilizados na confecção das calçadas, assim como suas irregularidades e as condições que
se encontravam.
Em alguns lugares as condições dos pisos se encontravam bem críticas, continham buracos,
desníveis e rachaduras, dificultando a passagem dos pedestres. Foram encontrados vários tipos de
pisos no local analisado, como:
No croqui pode ser verificado a distribuição dos materiais no quadrante estudado, como
mostra a Figura 17 abaixo. É possível verificar a predominância das calçadas feitas em concreto,
totalizando 55 calçadas, seguidas das feitas em pedra grês (com um total de 18 calçadas), depois
as feitas com intertravado (16 calçadas), as em placas de cimento (14 calçadas), das concretadas e
pintadas (13 calçadas), das feitas com cerâmica antiderrapante (11calçadas), e por fim as com
cerâmicas escorregadias, com apenas 6 calçadas.
A Tabela 3 abaixo, mostra os materiais utilizados na fabricação das calçadas e a quantidade de cada
uma.
TIPOS DE PISOS
Cerâmica antiderrapante 11 calçadas
Cerâmica escorregadia 6 calçadas
Concretado 55 calçadas
Concretado e pintado 13 calçadas
Intertravado 16 calçadas
Placas de cimento 14 calçadas
Pedra grês 18 calçadas
Fonte: Autoria Própria.
REVESTIMENTOS ANALISADOS
De acordo com a legislação 88 (66,17%)
Com problemas 45 (33,83%)
Fonte: Autoria Própria.
Pode-se perceber que no croqui, há um número elevado de calçadas que não estão de acordo
com o que a legislação recomenda, são 45 calçadas em desacordo com a norma, um número bem
elevado, por se tratar de um local no centro da cidade, e ter uma grande circulação de pessoas nesta
área, como mostra a Figura 17 abaixo.
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Os materiais encontrados nas calçadas que estavam de acordo com as legislações, eram
feitos com placas de cimento, intertravado e concreto, eles estavam em perfeitas condições, com
uma superfície regular e aderente, proporcionando uma circulação segura para os pedestres, pois
mesmo com os pisos molhados, eles não ficavam escorregadios, a Figura 18 abaixo, mostra as
calçadas feitas com estes materiais.
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O número de calçadas com problemas, foram 45, totalizando 33,83%, elas estavam situados
em vários quadrantes, e eram encontradas principalmente nos revestimentos feitos com a pedra
grês, conforme mostra a Figura 19. Elas tinham vários buracos, trincas e degraus (desníveis),
gerando obstáculos para os cadeirantes e portadores de necessidades especiais.
Pode-se perceber que as calçadas que estão em perfeitas condições, estão localizadas em
regiões onde há predominância de comércio e bancos, pois podem atrair maior público, em frente
ao supermercado da Cotripal também estão bem conservadas, visto que ela está adequando suas
calçadas conforme a norma. Os locais deveriam receber uma maior fiscalização pelo poder local,
para se adequarem, principalmente as residências, que são os locais com maiores problemas
encontrados.
Outros casos que geravam barreiras para os pedestres, eram os mobiliários urbanos, na
Figura 21B, é possível verificar que do lado esquerdo foi instalada uma lixeira, e do direito foi feito
um canteiro, o que acabou por diminuir a faixa livre, dificultando a passagem dos pedestres. Outro
caso que foi notado eram as barreiras por vegetação, pois seus galhos invadiam a calçada, gerando
impedimentos aéreos, podendo ocasionar algum acidente, como mostra a Figura 21C.
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Figura 21A: Barreira por obra; Figura 21B: Barreira por mobiliários urbano;
A B
Locais onde a arborização é realizada de uma forma correta, com espécies que não
prejudiquem as calçadas, acabam tornando as cidades mais bonitas, gerando também ganhos
sociais e ambientais. No croqui abaixo (Figura 22), foi considerado qualquer tipo de paisagismo
para o estudo, qualquer árvore no local, arbusto ou canteiro, foi contabilizado como sendo
arborização.
A partir do croqui, pode-se perceber que o número de calçadas sem arborização, é muito
maior que os locais com arborização. As áreas com vegetação ficaram dispostas principalmente
nas ruas adjacentes, pois é onde se concentram as residências. Nas ruas principais o número de
calçadas com arborização é praticamente mínimo, por serem lugares comerciais.
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A Tabela 5 abaixo, mostra os quantitativos das calçadas com arborização e sem arborização.
Pode-se perceber que foram 94 das calçadas sem paisagismo, o que representa 70,68% do total
analisado, estas não possuíam nem canteiros para arborizações futuras. No quadrante 3 onde fica
localizado a praça central da cidade, nota-se que não tem nem um tipo de vegetação na calçada,
assim como no quadrante 2, que é uma das principais ruas do município, está por sua vez continha
apenas uma calçada com vegetação.
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ARBORIZAÇÃO/PAISAGISMO
Com paisagismo 39 (29,32%)
Sem paisagismo 94 (70,68%)
Fonte: Autoria Própria.
A B
Por isso é de suma importância que os municípios tenham um plano de arborização, para
explicarem aos cidadãos o manejo correto, de como plantar, podar, entre outras recomendações
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necessárias. Assim como as espécies adequadas a serem plantadas nas calçadas, para que não
ocasionem obstáculos para os pedestres que transitam no local.
TIPOS DE VEGETAÇÃO
Coqueiros 5 Médio porte Inadequada
Murta de cheiro 4 Pequeno porte Adequada
Ipê amarelo 6 Médio porte Adequada
Resedá 18 Pequeno porte Adequada
Canela 5 Médio porte Inadequada
Fonte: Autoria Própria.
Com o intuito de analisar e quantificar as rampas de acesso existentes nas esquinas, foi
percorrido todo o quadrante estudado, afim de verificar as condições que elas se encontravam,
foram feitos registros fotográficos, além de um mapeamento, para mostrar a onde elas estavam
situadas, conforme mostra a Figura 25.
Como mostra a Figura 25 abaixo, nota-se que em várias esquinas não constaram rampas de
acesso, em alguns casos, foi verificado a inexistência das rampas nos dois lados da rua, o que
dificulta a passagem do cadeirante que necessita fazer a travessia. Está situação deve ser evitada,
visto que todos devem transitar em segurança pelos passeios públicos, assim como os cadeirantes
e os portadores de necessidades especiais.
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Foram quantificadas 11 rampas no quadrante analisado, sendo que nem uma estava de
acordo com o recomendado pela norma, muitas tinham problemas quanto a dimensão, não estavam
sinalizadas, pintadas, ou em péssimas condições, gerando desconforto aos cadeirantes.
A Figura 26A abaixo, mostra a rampa de acesso pintada, porém sem a sinalização e as
dimensões corretas. Já na Figura 26B, não foi realizada a sinalização correta, assim como a
inclinação da rampa. A Figura 27A mostra que não foi realizado o rebaixamento da calçada na
esquina, dificultando assim a locomoção do cadeirante, ficando praticamente inviável sua travessia.
A Figura 27B mostra um exemplo de rampa que estava praticamente de acordo com o
recomendado pela norma, porém a sinalização direcional não encontrava a de alerta, e o seu
revestimento já se encontrava deteriorado.
Figura 26A: Sem a sinalização adequada; Figura 26B: Sem as dimensões corretas.
A B
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Figura 27A: Não foi realizado o rebaixamento da calçada; Figura 27B: Revestimento deteriorado.
A B
No quadrante estudado, foram verificadas as vagas destinadas a PcD somente nas vias,
desconsiderando as vagas em ambientes internos. Foi analisado se tinham rampas de acesso
vinculadas as vagas, como também as sinalizações vertical e horizontal, e se seguiam as demais
recomendações feitas pela norma.
No local estudado foram encontradas apenas duas vagas para PcD, uma delas estava
localizada na rua da Holanda, em frente ao Banrisul. Ela estava de acordo com o recomendado na
norma, possuía sinalização horizontal e vertical, continha também o símbolo internacional de
acesso, o único problema encontrado, foi que ela não possuía rampas de acesso, como mostra a
Figura 28A abaixo.
Na Figura 28B, mostra a outra vaga destinada a PcD, está não continha sinalização
horizontal, apenas na vertical, porém ela contava com rampa de acesso para cadeirantes.
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Figura 28A: Vaga de acordo com a norma; Figura 28B: Sem sinalização horizontal.
A B
Para descobrir a quantidade de calçadas com piso tátil, foi percorrido todo o quadrante
estudado, das 133 calçadas analisadas, apenas 19 continham esta sinalização. Destas 19 calçadas,
15 estavam situadas na rua sete de setembro, que é uma das principais ruas do município, contendo
várias lojas comerciais no local. A Figura 29 abaixo, mostra a distribuição das calçadas com piso
tátil na área estudada.
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A Tabela 7 abaixo, mostra os quantitativos em relação aos pisos tátil, pode-se perceber que
a porcentagem de calçadas sem a sinalização é muito elevada, totalizando 85,71%, o que é um
problema para o município, pois é importante que tenhamos passeios sinalizados, para que as
pessoas portadoras de necessidades especiais, possam se orientar e caminhar com autonomia e
segurança pela cidade.
PISOS TÁTIL
Sem piso tátil 114 (85,71%)
Com piso tátil 19 (14,29%)
Fonte: Autoria Própria.
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5 CONCLUSÃO
Com o estudo na área urbana da cidade de Panambi/RS, constatou-se que a maioria das
calçadas apresentaram uma boa dimensão quanto as larguras, estando de acordo com as normas,
onde apenas 9,02% tiveram dimensões menores que 1,50m. Quanto aos tipos de pisos, foram
encontrados 7 revestimentos diferentes, não seguindo um padrão ao longo da calçada, em alguns
locais foram encontrados, buracos e desníveis que impedem uma circulação segura pelo PcD, das
133 calçadas analisadas, 45 estavam em desacordo com o tipo de piso recomendado pela norma.
Quanto a arborização, verificou-se que está se localizava principalmente nas ruas adjacentes
e em frente a residências, foram apenas 29,32% das calçadas que continham arborização, o que
torna mais quentes os demais locais, além de não proporcionar uma boa qualidade ambiental. Em
relação as barreiras arquitetônicas, foram poucos os casos encontrados, sendo um ponto positivo
para o quadrante estudado.
Apesar do objetivo geral do estudo estar voltado para a área central da cidade, notou-se que
a questão da acessibilidade é mais preocupante nos bairros. Sendo de suma importância que os
órgãos públicos sejam cobrados pelas melhorias e consequentemente, reflete sobre a população
possuidora dos imóveis nos quais possuem passeio público em suas residências. Como pensar na
questão da acessibilidade em loteamentos novos, procurando implanta-la desde o início da
execução, para se ter uma maior inclusão dos portadores de necessidades especiais.
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Por fim, a pesquisa conclui que o termo acessibilidade precisará estar cada vez mais
presente em nosso meio, não medindo esforços para colocar em prática todas as medidas
necessárias para que no futuro possamos desfrutar de uma infraestrutura coerente, visando os
direitos iguais de qualquer cidadão, seja ele portador de mobilidade reduzida ou não.
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