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TEORIA GERAL DO CRIME

RELAÇÃO DE CAUSALIDADE

Direito Penal I – Univates


Profª Elisabete C. B. Müller
RELAÇÃO DE
CAUSALIDADE (NEXO CAUSAL)
CP, art. 13 - O resultado, de que depende a existência
do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa.
Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o
resultado não teria ocorrido

O CÓDIGO PENAL adotou a

Teoria da Equivalência das Condições ou


dos Antecedentes (Ou Conditio sine qua non)
Guilherme de Souza Nucci assim define:

“CAUSA significa toda ação ou omissão


indispensável para a configuração do
resultado concreto, por menor que seja o
seu grau de contribuição”

“NEXO CAUSAL é o vínculo estabelecido


entre a conduta do agente e o resultado
por ele gerado, com relevância para
formar o fato típico”
CONDUTA E RESULTADO
CONDUTA - ação ou omissão humana voluntária,
- dolosa ou culposa;
- consciente e dirigida a um fim

NEXO CAUSAL

RESULTADO - Naturalístico;
- Normativo
ARTIGO 13 DO CP

Superveniência de causa
independente
__________________________________
§ 1º - A superveniência de causa
relativamente independente exclui a
imputação quando, por si só, produziu o
resultado; os fatos anteriores, entretanto,
imputam-se a quem os praticou.
__________________________________
CONCAUSAS
Para Nucci, “CONCAUSA é a confluência de uma causa
exterior à vontade do agente na produção de um mesmo
resultado, estando lado a lado com a ação principal”.

ABSOLUTAMENTE INDEPENDENTES:
São causas desvinculadas da ação do agente, surgindo de
fonte distinta. Há, na verdade, uma quebra do nexo causal.
Ex: Em Aula

RELATIVAMENTE INDEPENDENTES:
Somente surgiram porque o agente desenvolveu uma
conduta. Aqui não há, de regra, uma quebra do nexo causal,
mas uma soma entre as causas, que, ao final, conduzem ao
resultado lesivo. Ex: Em Aula
CONCAUSAS ABSOLUTAMENTE
INDEPENDENTES
a) PREEXISTENTES: causas que existiam antes da conduta
do agente e produzem o resultado independentemente da
sua atuação

b) CONCOMITANTES: causas que não têm nenhuma


relação com a conduta e produzem o resultado
independentemente desta, no entanto, por coincidência,
atuam exatamente no instante em que a ação é realizada

c) SUPERVENIENTES: causas que atuam após a conduta.


Ou seja, que surgem depois da conduta desenvolvida
pelo agente.
Exemplos: Em Aula
CONCAUSAS RELATIVAMENTE
INDEPENDENTES

a) PREEXISTENTE: A causa que efetivamente gerou o


resultado já existia ao tempo da conduta do agente, que
concorreu para a sua produção.

b) CONCOMITANTE: A causa que também é produtora do


resultado e acontece ao mesmo tempo que a conduta do
agente, com esta conjugada.

c) SUPERVENIENTE: A causa que efetivamente produziu o


resultado ocorre depois da conduta praticada pelo agente.

Exemplos: Em Aula

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