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Universidade Pedagógica de Maputo

Faculdade de Economia e Gestão

Curso de Economia

1º Ano Pós Laboral

Trabalho de Gestão

Tema: Teoria Sistemática

Discentes:

 Esperana L. Massingue.
 Filipe Sebastiao Guambe
 Natasha Ricardo
 Neippés de Assunção Cossa
 Raquelina Lizete simango

Docente:

Leonitt Silvério

Maputo, Abril de 2022


Índice
1. Introdução ................................................................................................................................... 3

2. Definição da Teoria Geral dos sistemas (TGS) e os seus presupostos basicos .......................... 4

3. Conceito de Sistemas .................................................................................................................. 4

4. Tipo de Sistemas ......................................................................................................................... 5

5.Diferença entre Sistema aberto e fechado .................................................................................... 5

6.Características do Sistemas abertos ............................................................................................. 6

7.Propósitos da Teoria Geral dos Sistemas .................................................................................... 7

8.Avaliação da Teoria dos Sistemas ............................................................................................. 7

9. Conclusão.................................................................................................................................. 10

10.Referência Bibliográfica .......................................................................................................... 11


1. Introdução

No presente trabalho será abordado o tema sobre Teoria Sistemática ou Teoria dos Sistemas uma
terma que é encontrado dentro das teorias da Administração.

O presente trabalho tem como objectivo ampliar tudo aquilo que se trata na teoria sistemática, e
dar a entender os seus objectivos, as suas características, a sua e importância e o funcionamento.

Bonome (2009) afirma que a teoria dos sistemas surgiu através da percepção de alguns cientistas
que viram que determinados princípios e conclusões que balizavam a sobrevivência de alguns
organismos eram validos e poderiam ser aplicados em diferentes ramos da ciência, incluindo a
administração.

Bonome (2009) concluiu que a partir deste facto, Ludwing Von Bertalanfy , em 1937, divulgou a
Teoria Geral dos Sistemas. Essa linha teórica foi amplamente reconhecida na ciência da
Administração a partir de meados da década de 1960, e foi difundida devido a necessidade de
sintetização e integração das teorias administrativas.
2. Definição da Teoria Geral dos sistemas (TGS) e os seus presupostos basicos

Da Silva (2013) define TGS como um campo lógico-matemático cujo a tarefa é a formulação e
derivação daqueles princípios que são aplicáveis aos sistemas em geral. Existem três aspectos
principais da TGS:

 Ciência do Sistema- exploração científica de todos e da totalidade;


 Tecnologia de sistema- técnicas, modelos e abordagens matemáticas de engenharia de
sistemas
 Filosofia de Sistema- a reorientação do pensamento e da visão do mundo considerando a
introdução do sistema como um novo paradigma científico ou modelo ideal, em contraste
com a visão da ciência clássica, que é analítica, mecanista e linear-causal.
i. Presupostos basicos da TGS
(Gouveia et al 2016, apud, Chiavenato ,1993), definiu os pressupostos básicos como os
seguintes:
a) Existe uma nítida tendencia para a integração nas várias ciências naturais e
sociais;
b) Essa integração parece orientar-se rumo a uma teoria dos sistemas;
c) Essa teoria de sistemas pode ser uma maneira mais abragente de estudar os
campos não-físicos do conhecimento científico, especialmente as ciências sociais;
d) Essa teoria de sistemas, ao desenvolver princípios unificadores que atravessam
verticalmente os universos particulares das diversas ciências envolvidas,
aproxima-nos do objectivo da unidade da ciencia;
e) Isso pode levar-nos a integração muito necessária na educação científica ;

3. Conceito de Sistemas
Chiavenato (2004) Define sistema como um conjunto de elementos unidos por alguma forma
de interação ou interdependência.
Segundo Stair e Reynolds (2011 apud Gouveia et all 2016) definem um sistema e um conjunto
de elementos ou componentes que interagem para se atingir objectivos.
(Bertalanfly 1977 ), o criador da TGS acrescenta aqueles pensamentos de Chiavenato (2004) e
Stair e Reynolds (2011) define sistema como o conjunto de unidade de inter-relações mútuas.

Da silva (2013) afirma que o sistema pode ser definido como um conjunto de elementos
interagentes e interdependentes relacionados cada um ao seu ambiente de modo a formar um
todo organizado.

4. Tipo de Sistemas

 Quanta à constituição: concreto (hardware-máquina- descritos em termos quantitativos)


ou abstrato (software-conceitos, filosofias, planos).
 Quanto à sua natureza: os sistemas podem ser abertos ou fechados. Fechados (sem
intercambio com o meio ambiente- são os chamados sistemas mecânicos, como máquinas
e equipamentos), Abertos (apresentam relação de intercambio com o ambiente por meio
de inúmeras entradas e saídas).

5. Diferença entre Sistema aberto e fechado

Sistema Aberto Sistema Fechado


- Esta em constante interação dual como - Não interage com o ambiente;
ambiente;
- Tem capacidade de crescimento,
mudanças, adaptação e até reprodução - O sistema fechado não tem essa
sob certas condições ambientais; capacidade;
- Possui capacidade de competir com
outros sistemas;
- O sistema fechado não tem capacidade
de competir com outros sistemas;
6. Características do Sistemas abertos
Diversas características principais comuns da organização como sistemas abertos e fechados
podem ser identificadas. Da Silva (2013) identificou as seguintes características como as
principais do Sistema Aberto:

6.1. O ciclo de eventos: toda a organização engaja-se em um ciclo de eventos, que envolve a
“importação”, a transformação e a “exportação” de energias (entradas, transformação e
saídas). O uso do termo de “energia”, aqui reflete a influencia da TGS como concebida nas
ciências biologias e está relacionado com a organização das coisas vivas. Para uma empresa
de negócios, a energia toma a forma de insumos humanos, recursos financeiros, matérias e
equipamentos e produtos ou serviços produzidos.

6.2. A entropia Negativa: uma segunda característica das organizações como sistemas
abertos é que elas (as organizações) importam mais energias do que exportam. Essa
característica é chamada, às vezes, de entropia negativa, o que simplesmente significa que um
sistema aberto, para sobreviver ou crescer, deve absorver mais energia do que liberar.

6.3. O processamento da informação: é a terceira característica de um sistema aberto, que


processa para escolher quais informações serão permitidas dentro de um sistema, para a
armazenagem e a interpretação das informações serão permitidas dentro de um sistema, para a
armazenagem e a interpretação das informações e para decidir sobre as respostas para uma
informação analisada. Uma fez que a capacidade de processamento e limitada, os sistemas
devem ter processos de codificação que selecionem as informações entrantes. As
organizações na podem processar todas as informações disponíveis em seu ambiente.

6.4. O crescimento e a manutenção: uma quarta característica dos sistemas abertos e que
eles apresentam tanto as tendências de “crescimento” como as de “manutenção”, isto e,
existem forcas nos sistemas abertos, que favorecem a mudança e procuram oportunidades
para a inovação, renovação e crescimento. O sistema aberto esta em constante interação com
seu ambiente e alcança um “estado estável” ou “equilíbrio dinâmico”, enquanto ainda mantem
a capacidade de trabalho ou a energia de transformação.

6.5. A equifinalidade: é a característica que define que um sistema aberto pode alcançar o
mesmo resultado final com base em diferentes condições iniciais e por meio de uma variedade
de caminhos. A equifinalidade destaca a flexibilidade na seleção dos meios que serão
utilizados para alcançar os fins e cria uma relação das metas com os métodos.

7. Propositos da Teoria Geral dos Sistemas


O objecto da TGS é a formulação dos princípios validos para os sistemas em geral, qualquer
que seja a natureza dos elementos que os compõem e as relações ou forças existentes entre eles.
A TGS e, portanto, uma ciência da totalidade. Pode ser considerada uma disciplina que se
insere na interface da lógica e da matemática, em si mesma puramente formal, mas aplicável as
várias ciências empíricas. Assim, os principais propósitos da TGS são
 Integração das várias ciências , naturais e sociais;
 Centralizar essa integração em uma teoria geral de sistemas;
 Buscar a construção de uma teoria exacta nos campos não-físicos da ciência ;
 Desenvolver princípios unificadores que atravessam “verticalmente” o universo das ciências
individuais; e
 Integrar-se com educação ao cientifica;

Com tal prespectiva, a unificacao da ciencia passou a gamhar um aspecto integrador, envolvendo
nao apenas a fisica, mas os niveis sociais, biologico e de comportamento. Esta visao acentua a
necessidade nao apenas de especialistas , mas tambem de equipes interdisciplinares.

8. Avaliação da Teoria dos Sistemas


A Teoria de Sistemas fornece um conjunto distinto de lentes preceptivas por meio das quais pode
se analisar e avaliar as organizacoes. E particularmente importante entender e usar a TGS quando
se empreende uma grande mudanca organizacional.
Analogamente, a Teoria de Sistemas enfatiza a importancia da interacao dos substimas: uma
mudanca em uma parte do sistema resulta, frequentemente, em mudancas dentro de outras partes
dos sistema. Por fim, a TGS move-se para longe da concepcao de uma organizacao como sistema
fechado, buscando a direccao e dirigindo-se para uma organizacao como um sistema aberto.
No entanto, a Teoria de Sistemas e algo abstracto e e difícil para um executivo aplica-la aos seus
problemas diarios. Como visto antes, e relativamente fácil especificar um problema em termos
das quatro dimensões organizacionais: concepção organizacional, planeamento e controle
organizacional, processos comportamentais e tomada de decisão.
Quando um gerente encara um problema, ele pode fazer mudancas dentro de uma ou mais dessas
dimensoes para resolve-lo. Tal especificidade esta ausente na teoria de sitemas.
Além disso, a Teoria de Sistemas não identifica as relações específicas que existem entre
dimensões organizacionais. Por exemplo, via de regra a concepcão da organização impacta
directamente os processos comportamentais.
De forma analoga, a TGS não faz distinção entre tipo de variáveis . Por exemplo, a tomada de
decisão no modelo organizacional de comportamento e essencialmente restringida por outras três
dimensões organizacionais: conceção organizacional, planejamento, e controle organizacional e
processos comportamentais.

9. Teoria de Sistemas
Por volta de 1960, a inclusão da Teoria de Sistemas na administração mostrou que nenhuma
organização existe no vácuo, e nenhuma organização é autónoma e livre no seu funcionamento,
pelo contrário, cada organização vive e opera em uma ambiente, no qual recebe insumos e
entrada (de materiais, energia, informação) na qual coloca seus produtos ou saídas ( de produtos,
serviços ou informação). Nesse âmbito, existem os mercados com os quais a organização se
relaciona e interage e dos quais é dependente. Assim, a organização é visualizada como um
sistema operando em um meio ambiente e dependente dele para obter seus insumos e colocar
seus produtos/serviços.

10. O que é um Sistema?


Um sistema é definido como um conjunto integrado de partes, que são íntimas e dinamicamente
relacionadas, que desenvolve uma atividade ou função e é destinado a atingir um objectivo
específico. Todo o sistema faz parte de um sistema maior (supra-sistema e que constitui seu
ambiente) e é constituído de sistemas menores (subsistemas). É o caso, por exemplo, do sistema
solar, que existe dentro de um sistema maior (o universo) e é constituído de subsistemas (os
diversos planetas e satélites). A organização é visualizada como um sistema constituído de
subsistemas, que são seus departamentos, equipes etc. Mais do que isso, como um sistema aberto
em constante interseção com seu ambiente externo.

11. A Abordagem Sistema


Ao invés de lidar separadamente com os vários segmentos de uma organização, a abordagem
sistemática vê a organização como um sistema unificado e propositado, composto de partes inter-
relacionadas. Essa abordagem permite que os administradores vejam a organização como um
todo e como parte de um sistema maior, o ambiente externo. A teoria dos sistemas nos diz que a
atividade de qualquer segmento de uma organização afeta em graus variados a actividade de
todos os outros segmentos.

Ex: os gerentes de produção numa determinada fábrica gostariam de ter longos períodos de
produção de produtos padronizados, para poder manter o maximo de eficiência e baixos custos.
Os gestores de marketing, por sua vez, querem oferecer entrega rápida de uma grande variedade
de produtos, gostariam de um programa de produção flexível que pudesse atender a pedidos
especiais quase de imediato. Os gestores de produção orientados por uma "abordagem
sistematica" só tomariam decisões sobre outros departamentos e sobre a organização como um
todo. O ponto fundamental da abordagem sistematica é que os administradores não podem
funcionar completamente dentro dos limites do organograma tradicional. Devem fundir seu
departamento a empresa como um todo, e para fazê-lo precisam se comunicar com outros
empregados e departamentos, e frequentemente com os representantes de outras organizações
12. Conclusão
Com o presente trabalho podemos concluir que a TGS contrubui para que possamos
compreender a inter-relação existente entre os diversos sistemas que existem actualmente, e a
complexidade desses relacionamentos, tais como: sistema humano, agroindustrial, e o sistema
natural, meio ambiente. Através dos presupostos gerais dessa teoria podemos estudar formação,
organização, tendências futuras, potenciais dos sistemas entre outras coisas .

O novo paradigma desta era da informação e do conhecimento envolve múltiplas variáveis,


interconectadas e complexas. Novas tecnologias, novos mercados, novas midias, novos
consumidores transformaram o mundo em uma grande sociedade, globalizada e globalizante,
onde a visão sistemática é essencial.

Com essas variáveis atuam nesse novo contexto, como elas influenciam e são influenciadas não
pode ser estudada no caracter absoluto e isolado.
13. Referência Bibliográfica
 GOUVEIA, Luís Borges ET al. Uma revisão sobre os princípios da Teoria Geral dos
Sistemas. Revista Estação Cientifica, Brasil, 2016.
 CHIAVENATO, Idalberto. Introdução a Teoria Geral da Administração, São Paulo,
2004.
 BONOME, Joao B.V, Teoria Geral da Administração, Brasil, 2009.
 DA SILVA, Reinaldo O, Teorias da Administração, 2° edição, Pearson, 2013.
 BERTALANFFY, L. Teoria Geral dos Sistemas: São Paulo: Vozes, 1977.
 ADALBERTO Chiavenato - Administração nos novos tempos - editora Campus.... 2ª
edição.- Rio de Janeiro. - 2004 pág 51-55
 ANDREW J. Dubrin - princípios de Administração - 4ª edição - livros técnicos e
científicos Editora S.A. - 1998 pág 147-149
 Robbins, Decenzo. - Fundamentos da Administração Conceitos essenciais e Aplicações...
2004 - são Paulo Prentice Hall edição pág 88-89

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