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Data: 28/06/2022
Matrícula: 001-007273
Curso: Medicina Período: 1°
Preceptor: Prof. Adriana
Atividade: Portifólio reflexivo
Local: Centro de Saúde Gapara.
No dia 28 de junho de 2022, a turma foi dividida em duas equipes e visitamos 4 famílias
para o preenchimento do cadastro individual e familiar no e-SUS, com o objetivo de manter
atualizado os dados de saúde dessas famílias, sob ponto de vista dos parâmetros do Sistema
Único de Saúde (SUS).
Tais direcionamentos de cadastro servem para o controle das condições de saúde das
famílias cadastradas e, por conseguinte, para serem assistidas dentro do âmbito das Unidades
Básicas de Saúde, dessa forma, essa perspectiva faz com que a família passe a ser o objeto de
atenção, entendida a partir do ambiente onde vive.
De acordo o Ministério de Saúde, "mais que uma delimitação geográfica, é nesse espaço
que se constroem as relações intra e extra-familiares e onde se desenvolve a luta pela melhoria
das condições de vida, permitindo, ainda, uma compreensão ampliada do processo
saúde/doença e, portanto, da necessidade de intervenções de maior impacto e significação
social. As ações sobre esse espaço representam desafios a um olhar técnico e político mais
ousado, que rompam os muros das unidades de saúde e se enraízem para o meio onde as pessoas
vivem, trabalham e se relacionam" (BRASIL, 1997).
Na equipe em que participei, visitamos duas famílias, sendo que na primeira, composta
por quatro pessoas e os encontramos gozando de boa saúde, e percebemos que esta família
acaba compondo suas necessidades básicas alimentares com o plantio e a criação de animais,
além de outros subsídios.
A maior dificuldade dessa família e de várias outras da comunidade, está na distribuição
da água, que é feita por meio de poços artesianos com baixa qualidade e escassa distribuição,
fazendo com que eles tenham que comprar periodicamente água mineral.
A Constituição de 1988 e a lei 8.080 contribuíram para que na década de 1990 se
intensificassem as discussões em torno da reorganização do sistema de vigilância
epidemiológica na perspectiva do SUS, tornando possível se conceber a proposta de
ação baseada na vigilância em saúde , que incorpora ria a identificação e divulgação
de fatores condicionantes – modo de vida (condições e estilos de vida) – e
determinantes socioambientais dos problemas de saúde, articulando-os com o
conjunto de políticas econômicas e sociais visando ao controle de causas e à redução
do risco da doença e outros agravos (IESUS, 1993).
Outro fato que chamou a atenção foi o descarte do lixo que é feito na esquina da rua,
por todas as famílias da redondeza, pois não há coleta de lixo nas residências, gerando
consequências danosas à saúde coletiva.
1b. Descreva sobre o que aprendeu e quais sentimentos suscitaram com esses fatos.
A frequente visita dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) aos lares permite que a
saúde dos moradores esteja em constante atenção. Uma forma de assistência a saúde pode ser
dada por meio do agendamento de consultas médicas e odontológicas no momento da visita da
ACS, que é feita mensalmente. Isso demonstra o grande potencial do SUS de atenção primária
a saúde e a proximidade que esse tem das famílias.
Pontos a refletir
As visitas da semana foram diferentes da semana anterior por ter mudado o perfil da
condição de saúde das famílias visitadas. Essas visitas contextualizam-se com a Política
Nacional de Atenção Básica 1 que trata sobre a promoção da saúde. No caso dessas famílias,
que gozam de boa saúde, a Atenção Básica chega a elas antes da necessidade de algum
atendimento médico para recuperação da saúde. Para melhor sincronia com o programa da
Atenção Básica, a atualização periódica dos dados das famílias é fundamental para acompanhar
a história da saúde dessas e promover-lhes ações mais eficazes de promoção e proteção da
saúde.
Os desafios são dados a partir do entendimento de que se faz necessária a busca por
referenciais bibliográficos que tratam dos fatores abióticos que interferem sobremaneira nos
aspectos da saúde, como a água. Dessa forma, torna-se essencial estudar cada caso de saúde
individual, considerando as múltiplas influências de fatores abióticos na vida familiar.
1
Portaria n.2436 de 21 de setembro de 2017. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a
revisão de diretrizes para a organização da Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
Descreva as oportunidades e lacunas percebidas em sua aprendizagem
Referências:
BRASIL. Ministério da Saúde. Saúde da família: uma estratégia para a reorientação do modelo
assistencial Brasília, 1997.