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IPCA de março registra 1,73% em Campo Grande, segundo maior valor para o

mês desde que o índice começou a ser calculado na capital


O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março, em Campo Grande, ficou em 1,73%, 0,67 ponto
percentual (p.p.) acima da taxa de 1,06% de fevereiro. Foi a segunda maior variação para um mês de março desde o
início da coleta na cidade, em 2014 (março de 2015 = 1,79%). Nos últimos 12 meses, o IPCA acumula alta de 12,02%,
acima dos 11,18% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Somente em 2022, o aumento registrado
ficou em 3,44%. No mesmo período, a variação mensal foi de 1,62% no Brasil.

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados entre 26 de fevereiro e 30 de março de 2022
(referência) com os preços vigentes entre 29 de janeiro e 25 de fevereiro de 2022 (base).

Campo Grande - MS - março 2022

Índice geral e grupos de produtos e Variação mensal Variação acumulada no ano Peso mensal
serviços (%) (%) (%)

Índice geral 1,73 3,44 100,0000

Alimentação e bebidas 2,58 5,18 21,9105

Habitação 2,23 3,41 15,3128

Artigos de residência 1,55 4,40 4,5677

Vestuário 0,71 3,00 4,7615

Transportes 2,78 3,67 23,1518

Saúde e cuidados pessoais 0,01 0,95 12,0053

Despesas pessoais 0,72 1,83 9,0508

Educação 0,17 6,43 4,2569

Comunicação -0,04 0,93 4,9827

Fonte: IBGE - Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - março 2022

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados em Campo Grande, oito tiveram alta de preços em março. A
maior variação e impacto vieram de Transportes (2,78% e 0,643 p.p. de impacto). Na sequência vieram Alimentação
e bebidas (2,58% e 0,565 p.p.) e Habitação (2,23% e 0,341 p.p.). Os demais grupos seguiram da seguinte forma:
Artigos de residência (1,55%), Vestuário (0,71%), Saúde e cuidados pessoais (0,01%) Despesas pessoais (0,72%) e
Educação (0,17%) e Comunicação (-0,04%).

O grupo Alimentação e bebidas (2,58%) teve o segundo maior impacto no índice em fevereiro (0,565 p.p.)
A alimentação no domicílio passou de 1,79% em fevereiro para 3,05% em março. Os principais destaques vieram dos
subitens tomate (40,08% e impacto de 0,18 p.p.), mamão (34,97%), pão francês (7,02%) e banana d’água/nanica
(14,8%). Além disso, os preços do café moído (2,38%) subiram pelo 15º mês consecutivo (desde janeiro de 2021),
acumulando 72,33% de aumento nos últimos 12 meses. Nas baixas, ganham destaque a banana-maçã (-12,38%), o
açúcar cristal (-3,54%) e as carnes (-0,97%).

A alimentação fora do domicílio aumentou 1,07%, a refeição passou de 0,79% em fevereiro para 0,08% em março,
enquanto o lanche passou de 1,68% em fevereiro para 2,62% em março.
Grupo habitação tem novo aumento junto com gás de botijão
O grupo Habitação (2,23%), acelerou em relação a fevereiro (0,47%) sendo o destaque a alta do gás de botijão
(5,64%), com impacto de 0,10 p.p. no índice. O gás teve a maior variação positiva dentro do grupo e acumula
aumento de 34,9% nos últimos 12 meses. A energia elétrica residencial também registrou aumento (1,95%), com
impacto de 0,10 p.p. Vale lembrar que, desde setembro de 2021, permanece em vigor a bandeira Escassez Hídrica,
que acrescenta R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos.

No lado das quedas, os material hidráulico registrou o valor de 1,66% negativos.

Aumento generalizado nos transportes faz o grupo ser o maior aumento e impacto do mês
O grupo Transportes teve aumento de 2,78% e impacto de 0,643 p.p. Em fevereiro os números eram 0,51%, e 0,118
p.p. respectivamente. Foi mantido o ciclo de aumentos que vinha sendo registrado desde 2020. O acumulado em 12
meses ficou em 17,27%. O item combustíveis, com aumento de 4,44% foi o responsável pelo maior impacto positivo
(0,429 p.p.). Dentre seus subitens, a gasolina (4,46% e impacto de 0,402 p.p.) ganha destaque, com aumento
acumulado de 2062% em 12 meses. Na sequência, o óleo diesel (8,92% e 0,029 p.p.), que acumula aumento de
42,95% em doze meses. Também impactou positivamente o grupo, o item veículo próprio (1,45% e impacto de 0,175
p.p.), com acúmulo de aumento de 14,75% em 12 meses.

Entre as quedas, ônibus intermunicipal (-2,1%) e etanol (-0,7%).

Produtos farmacêuticos e óticos contribuem para queda no grupo saúde e cuidados pessoais
No grupo Saúde e Cuidados pessoais (0,01%) houve retração no período em relação ao mês anterior (0,76%). Esse
resultado foi motivado pela queda das variáveis que integram os subgrupos produtos farmacêuticos e óticos (-
1,76%) e serviços de saúde (-0,22%). No lado das altas, houve aumento no subgrupo cuidados pessoais, com
destaque para o item higiene pessoal (1,80%).

Refrigerador mantém padrão desde agosto de 2021, registrando aumento de 0,93% no mês e acumulado
de 32,33% em doze meses
O grupo dos Artigos de residência apresentou aumento de 1,55% na capital sul-mato-grossense, trazendo o índice
0,07p.p. para cima. Os maiores impactos vieram do item mobiliário (3,41%) e eletrodomésticos e eletrônicos
(1,74%), dentro do qual se destacam os subitens fogão (3,11%) e refrigerador (0,93%, com aumento acumulado de
32,55% em 12 meses).

No lado das baixas, o item tv, som e informática teve queda de 1,72%.

O grupo de vestuário teve aumento de 0,71%, gerando impacto de 0,033p.p. no índice. Os itens roupa masculina e
roupa feminina foram os que tiveram os maiores impactos positivos (0,022 p.p. e 0,033 p.p.), tendo aumentado
2,08% e 2,56% respetivamente. No lado das quedas, ganha destaque o subitem tênis, que caiu 1,57% e impactou em
-0,01p.p. o índice.

Após recuperação em fevereiro (0,57%), o grupo Despesas Pessoais voltou a subir no mês de março (0,72%), em
Campo Grande. A variação mensal foi influenciada pelo aumento nos subitens hospedagem (2,84%), serviço de
higiene para animais (1,91%) e cinema, teatro e concertos (1,81%). No lado das quedas, destacam-se os subitens
tratamento de animais em clínica (-1,86%) e pacote turístico (-1,45%).

Após alta em fevereiro (5,94%), o índice do grupo Educação voltou a cair em março (0,17%). Esse resultado é fruto
direto dos subitens: livro não didático (-1,36%) e leitura (-0,10%). No lado das altas, os destaques foram artigos de
papelaria (3,74%) e autoescola (2,19%).

O grupo Comunicação apresentou variação mensal de -0,04% em Campo Grande. Na capital, observa-se uma
retração em relação ao mês anterior (0,32%). O maior impacto para esse grupo é resultante do subitem aparelho
telefônico, que apresentou variação de -0,22%.

Maiores informações:
https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/33438-inflacao-acelera-
para-1-62-em-marco-maior-para-o-mes-desde-1994

https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/33436-ipca-foi-
de-1-62-em-marco

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