Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O eletrocardiograma veterinário, também conhecido pelas siglas ECG, é um exame não invasivo e fundamental
para a cardiologia, permite uma análise profunda das atividades cardíacas dos animais, verificando problemas
como por exemplo arritmias, bradicardia ou taquicardia, podendo ser realizados desde pequenos animais como
cães e gatos ou até mesmo em animais de grande porte como equinos.
Onda Q - é a primeira deflecção negativa que precede a onda R nas derivações I, II, III e aVF
(positiva nas derivações aVR e aVL);
Representa a propagação do influxo no septo ventricular.
Onda R - é a primeira deflecção positiva nas derivações I, II, III e aVF e
(negativa nas derivações aVR e aVL).
Representa a despolarização das paredes ventriculares esq. e direito;
Onda S - é a primeira deflecção negativa que se segue à onda R nas derivações I, II, III e aVF (positiva nas
derivações aVR e aVL)
A largura do QRS é medida desde o início da primeira deflecção até ao fim da última deflecção do
complexo. A altura da onda R é medida a partir do limite superior da linha de base até ao topo da onda R. A
profundidade das ondas Q ou S é medida a partir do limite inferior da linha de base até à parte mais baixa
de Q ou S, respectivamente.
Esta deflecção, que se segue ao QRS termina como retorno à linha isoeléctrica.
Pode ser positiva, negativa ou difásica. Uma onda T > que 1/4 de R é sinal de
hipertrofia ventricular esquerda.
EIXO ELETRICO
Corresponde a uma média de todas as forças elétricas produzidas pela despolarização ventricular a cada
instante. O eixo elétrico normal do cão está compreendido entre +40º e +100º. No gato o valor variará entre
os valores compreendidos entre 0º e 160º.
O primeiro significado clínico do eixo elétrico é o de estabelecer critérios para a dilatação ventricular direita
e para vários defeitos de condução interventriculares. Se o eixo é < que +40º chama-se desvio à esquerdo;
se é
> que 100º chama-se desvio à direita. Se há hipertrofia dos dois ventriculos o eixo elétrico permanece
normal.(se o E.C.G. indica só uma hipertrofia do vent esquerdo mas o eixo está normal => considerar
que os dois ventriculos estão hipertrofiados). A forma do tórax de várias raças de cães afecta o eixo
eléctrico:
1
0
Cães de peito estreito: Collies; Caniches, P. Alemão - tem um coração mais vertical.
Cães de peito largo: Cocker spaniel e Boxer tem um eixo mais horizontal.
O E.C.G. é assim utilizado para avaliar a atividade elétrica do coração de diferentes ângulos. A cada ângulo
diferente ou par de elétrodos é chamado DERIVAÇÃO.
Derivações dos membros (Sistema de Bailey):
Derivações BIPOLARES standard - medem diferença de potencial enter dois eléctrodos:
I - ant. dir.(-) comparando com ant. esq.(+)
Derivações UNIPOLARES:
aVR - ant. dir. (+) comparando com ant. esq. e post esq.(-)
aVL - ant. esq. (+) comparando com ant.dir. e post esq. (-)
aVF - post. esq (+) comparando com ant. dir. e ant. esq. (-)
Derivações PRÉCORDIAIS.
0
De forma a recolher todos os dados, o E.C.G. deve incluir as derivações I, II, III, aVR, aVL e aVF registando
pelo menos 4 complexos em cada uma delas e, finalmente, um traçado do E.C.G. com um mínimo de 5-6 seg.
de duração exclusivamente na derivação II. (Escrever no papel: (1) sempre que se mudar a derivação; (2) a
calibração no início e (3) as derivações).
A velocidade a que se faz o E.C.G. deve ser registada. Cada velocidade tem as suas vantagens e os seus
inconvenientes:
A 50 mm/seg. é mais fácil identificar cada onda e realizar correctamente as medições.
A 25 mm/seg. é mais fácil observar alterações do ritmo e variações devidas às fases respiratórias.
Cada E.C.G. deve ser sistematicamente examinado em, pelo menos, quatro parâmetros:
Intervalo P-R
Complexo QRS
Segmento S-T
Onda T
Intervalo Q-T
FREQUÊNCIA
O método mais fácil para calcular a frequência, o qual é valido ainda que estejamos em
presença de arritmias, consiste em marcar 3 segundos no traçado do E.C.G., contar nesse intervalo o
nº de complexos QRS e multipicá-lo por 20. Teremos assim a frequência por minuto.
Contudo, se houver possibilidade, contar num período de tempo mais longo (6 segundos e
multiplicar por 10) o cálculo obtido é mais exato.
AVALIAÇÃO DO RITMO
Para avaliar o ritmo cardíaco, devemos analisar o E.C.G. de uma forma sistemática:
2. Identificar as ondas P
3. Reconhecer os complexos QRS
1
0
4. Analisar a relação entre ondas P e complexos QRS
No cão constata-se a ausência de uma regularidade absoluta no nódulo sinusal e, deste modo, admite-se
que o é ritmo é REGULAR sempre e quando as diferenças entre os intervalos R-R não sejam maiores de
0,12 segundos (6 quadrados a 50 mm/seg e 3 quadrados a 25 mm/seg).
METODO DE DETERMINAÇÃO
É necessário encontrar uma derivação isoeléctrica (a soma algébrica nula das deflecções positivas e
negativas do complexo QRS), depois observar no sistema tri-axial duplo de Bailey qual é a derivação
perpendicular a qual é tomada como eixo eléctrico (o sinal é dado pelo valor - negativo ou positivo - da
maior deflecção dessa derivação).
0
1
2