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É considerado como bem tudo aquilo que é utilizado na satisfação direta ou indireta de uma
necessidade humana.
Os bens podem existir em quantidades ilimitadas, não sendo necessária moeda para os obter (sol, ar,
água da praia, etc.), sendo por isso designados por bens livres. Por outro lado, existem bens que são
limitados face às necessidades existentes ou que não apresentam características necessárias à
satisfação imediata das necessidades, sendo por isso submetidos a processos de transformação para
se tornarem aptos ao consumo e à satisfação de necessidades. Assim, os bens escassos e resultantes
de processos de transformação são designados por bens económicos.
Quanto à natureza: os bens económicos podem ser classificados de bens materiais quando se
tratam de objetos tangíveis, que assumem uma forma física, ou então de bens imateriais
(serviços) quando se tratam do desempenho de determinadas funções exercidas por indivíduos, não
assumido a forma material, como é o caso de uma consulta médica.
Quanto à função que desempenham: podem ser classificados como bens de consumo quando se
destinam ao consumo final, não indo sofrer mais transformações, como é o caso do leite que bebemos
ao pequeno-almoço. Podem ter ser bens de produção, neste caso trata-se de bens que são
incorporados no processo de fabrico de outros, sendo considerados consumo intermédio, ou seja, são
utilizados na transformação e obtenção de outros bens, como é o caso da farinha utilizada na
confeção do pão.
Quanto à duração: podemos falar de bens duradouros quando estes podem ser utilizados mais do
que uma vez na satisfação das necessidades sem perderem as características que os tornam aptos à
satisfação de necessidades, como é o caso de uma televisão, e podemos referir bens não
duradouros quando só podem ser utilizados uma vez, pois extinguem-se quando são consumidos,
como é o caso dos alimentos.
Quanto à relação com outros bens: podem ser classificados de bens substituíveis ou sucedâneos
quando se trata de bens que cumprem a mesma função, podendo ser substituídos uns pelos outros.
Podemos também falar de bens complementares quando se trata de bens que são usados em
conjunto, como a gasolina e o carro.
BENS ECONÓMICOS
LIVRES
MATERIAIS
SERVIÇOS
DE PRODUÇÃO
DE CONSUMO
DURADOUROS
NÃO DURADOUROS
U3 – A produção de bens e serviços
SUBSTITUÍVEIS
COMPLEMENTARES
Produção: atividade de combinação dos fatores de produção, gerando bens e serviços para a
satisfação das necessidades.
Setor primário: incluem-se as atividades relacionadas com a recolha de bens, ou seja, com a extração
dos recursos naturais, como a agricultura, a pesca, a silvicultura, a pecuária e a indústria extrativa.
Os fatores de produção são todos os elementos necessários ao fabrico de bens, ou seja, são as
componentes utilizadas na produção de bens. Os fatores podem ser agrupados e classificados de
acordo com a sua contribuição para o processo produtivo: recursos naturais, fator trabalho e
fator capital.
Recursos naturais não renováveis: são os recursos que não podem ser repostos pela natureza em
tempo útil, ou seja, a sua reposição só é possível num período de tempo muito longo que não acompanha
o ritmo das necessidades humanas. (petróleo, carvão, gás natural);
Recursos naturais renováveis: são aqueles que não se esgotam num curto espaço, sendo possível a
sua renovação, vão sendo substituídos periodicamente. (energia eólica, solar, geotérmica, etc.)
3.3.2 – O trabalho
O fator trabalho representa a capacidade humana para produzir, ou seja, o trabalho compreende todo
o esforço humano, físico e intelectual despendido no processo produtivo.
Verificam-se modificações na constituição da população ativa, quando esta é afetada por fatores
como a evolução social, o crescimento da população, as alterações na legislação e a situação
económica e política do país.
População inativa: indivíduos que não exercem uma atividade remunerada, nem estão ativamente à
procura de emprego, como é o caso das donas de casa, dos reformados, dos estudantes, da
população com menos de 15 anos e dos inválidos.
Taxa de atividade: representa a percentagem de população total que é ativa, ou seja, que trabalha ou
que se encontra à procura de um trabalho.
População ativa
Taxa de atividade= × 100
População total
Desemprego
São considerados desempregados os indivíduos que, não estando empregados, têm condições e
vontade de trabalhar, não conseguindo encontrar emprego.
População desempregada
Taxa de desemprego= ×100
População ativa
Tipos de desemprego:
Terciarização
A terciarização designa o facto do setor terciário ter vindo a ganhar cada vez mais peso na estrutura
da atividade económica. Esta tendência deve-se em grande parte a fatores como o aumento dos
serviços nas indústrias, devido à necessidade de organizar e melhorar os processos de produção, à
crescente utilização de serviços relacionados com a comercialização dos bens, como o controlo de
qualidade, marketing e estudos de mercado, e à frequente execução, por parte de terceiros, de
serviços, que anteriormente eram executados em casa, como as engomadorias, a limpeza do lar ou as
refeições pré-confecionadas.
3.3.3 – O capital
U3 – A produção de bens e serviços
O fator capital é constituído por todos os elementos que participam no processo produtivo, com
exceção dos recursos naturais e do trabalho. É assim constituído pelos recursos obtidos noutros
processos produtivos, mas aplicados a novos processos produtivos.
Distinção entre riqueza e capital: a riqueza traduz a posse de um bem e a sua utilização para uso
privado do proprietário, enquanto o capital corresponde à aplicação dos meios de produção no
processo produtivo.
Tipos de capital
Capital financeiro: meios financeiros de que as empresas dispõem, como moeda, depósitos,
juros, ações, etc.
Capital financeiro próprio: meios financeiros que pertencem aos proprietários da unidade
produtiva;
Capital financeiro alheio: meios financeiros que não pertencem à unidade produtivo, embora
estejam à sua disposição.
Capital humano: conjunto de aptidões humanas para trabalhar que inclui a experiencia, os
conhecimentos dos indivíduos e o saber fazer adquirido ao longo dos tempos.
Capital natural: conjunto de recursos naturais que se encontram disponíveis, como o petróleo, as
florestas e os cursos de água. Este deve ser utilizado de forma racional, não colocando em risco o
desenvolvimento sustentável do planeta.
Classifica-se o tempo de implementação de uma mudança como sendo de curto prazo, quando se
podem alterar apenas alguns fatores, e de longo prazo, quando é possível modificar todos os fatores.
Produtividade
A produtividade é um indicador económico que mede a eficiência da combinação dos fatores de produção, ou
seja, a relação entre o que é produzido e o que é gasto para obter essa produção.
U3 – A produção de bens e serviços
AUMENTAR A PRODUTIVIDADE REDUZIR OS CUSTOS POR UNIDADE AUMENTAR
A COMPETIVIDADE
valor da produção
Produtividade total =
valor dos fatores de produçãoempregues
quantidade de produção
Produtividade média emtermos físicos=
quantidade do fator
Produtividade média em termos monetários: quando se pretende apurar o valor da produção obtida
por um fator.
valor da produção
Produtividade média emtermos monetários=
valor do fator
Produtividade marginal: permite medir o acréscimo de produção obtido de cada vez que se adiciona
uma unidade de fator produtivo, ou seja, o impacto de uma unidade suplementar de fator no
resultado final.
Custos de produção
Os encargos com a produção de bens e serviços denominam-se custos de produção e representam o
custo total que uma unidade produtiva tem de desembolsar para o desenvolvimento da sua atividade.
Estes incluem os custos fixos e os custos variáveis.