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OBS. O texto na cor preta, é o mesmo da revista, na cor vermelha é o COMENTÁRIO DA LIÇÃO
e na cor AZUL são orientações para os professores.
Lembrando que na aula em vídeo faço muitos outros comentários extras, por isso assista a aula
em vídeo e complemente com esse comentário.
TEXTO ÁUREO
“Porque pela graça sois salvos por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus.” (EF 2.8).
VERDADE PRÁTICA
A graça de Deus não é barata. Ela requer arrependimento, novo comportamento, ou seja, Nova
vida em Cristo.
4 – Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou,
5 – estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela
graça sois salvos),
6 e nos ressuscitou juntamente com ele, e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo
Jesus;
7 – para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça, pela sua
benignidade para conosco em Cristo Jesus.
8 – Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus.
10 – Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus
preparou para que andássemos nelas.
Palavra-Chave: BANALIZAÇÃO
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PLANO DE AULA
Todo cristão precisa compreender o que é a doutrina da graça. Existe por parte de Satanás uma
banalização da graça, e por isso devemos conscientizar nossos alunos que a graça é um bem
precioso de Deus para a nossa vida e, jamais pode ser banalizada.
Objetivos da Lição:
Na lição, há uma indicação de que a expressão “’graça barata” foi introduzida na literatura para
expressar a vida cristã nominal ou mundanizada”. A partir desse conceito, ao introduzir o último
tópico da lição, solicite aos alunos que citem exemplos em que a graça tenha sido banalizada.
Em seguida, mostre que a graça de Deus compreende arrependimento, novo comportamento e
nova vida em Cristo como bem expressa a verdade pratica de nossa lição.
O advento da graça é a maior prova do amor de Deus pela humanidade. Ela é preciosa porque
é uma iniciativa de Deus para salvar o homem pecador. Por isso, não podemos banalizá-la. A
graça não é uma licença para pecar, como, infelizmente, muitos fazem pensar. Ela revela um
alto preço que foi pago pelo nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo.
Desejo a todos os professores uma edificante aula e nunca desprezem o dom que há em vós.
INTRODUÇÃO
Nesta lição estudaremos sobre a graça de Deus. Não há dúvidas de que nos últimos anos os
cristãos têm demonstrado maior interesse em conhecer melhor a doutrina da graça. Nesse
sentido, pode-se dizer que há um despertar da graça. Contudo, para muitos, esse ensino
continua ainda ofuscado. Nesse aspecto, pode se dizer que a doutrina da graça tem sido mal
compreendida e, portanto, mal assimilada e, consequentemente, desvirtuada. Muito do que se
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prega e se ensina como sendo o Evangelho da graça, nada mais é do que uma forma deturpada
da graça. É a graça barateada.
I – COMPREENDENDO A GRAÇA
1- A graça é divina.
Ao se afirmar que a graça é divina, se quer dizer com isso que a sua origem está inteiramente
em Deus. Foi Ele quem quis agir com graça. O testemunho bíblico e que “aprouve a Deus salvar”
os homens (1 Co 1.21). Isso significa que a origem da graça, bem como a iniciativa da salvação,
é ato de Deus. A graça, portanto, tem origem no céu. Ninguém pode salvar a si mesmo.
Consciente de nossa resistência por natureza à graça, Jesus falou dela com frequência. Ele
descreveu um mundo banhado pela graça de Deus: onde o sol brilha sobre bons e maus; onde
as aves recolhem sementes de graça, sem arar nem colher para merecê-las; onde flores
silvestres crescem sobre as encostas rochosas das montanhas sem serem cultivadas. Dessa
forma ainda que venhamos rejeitar, está mais do que provado que a graça é um ato unicamente
de Deus.
2- A graça é imerecida.
A graça é um favor imerecido. lsso significa que ninguém a merecia e nem tinha como merecê-
la. A doutrina da graça é o âmago do cristianismo bíblico. De acordo com o Dicionário Teológico
Beacon, a graça é “o amor espontâneo de Deus, ainda que imerecido, para o homem
pecaminoso, revelada supremamente na vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo”. De fato, a
Escritura diz que “não há justo, nem um sequer” (Rm 3.10). Esse texto testemunha a culpa
universal, tanto de judeu como dos gentios. Paulo demonstra que toda humanidade estava
corrompida pelo pecado. Por isso não existe ninguém melhor do que ninguém. Nossa justiça
própria é como trapo da imundícia (Is 64.6). Deus através do profeta Isaías deixa muito claro
para os leitores da época e também para nós, que nossas obras baseadas na justiça própria não
têm nenhum valor. Não são aceitáveis. A nossa condição antes de conhecermos a graça se
assemelhava a de alguém que deve uma grande quantia e não tem com que pagar (Lc 7.42; Ef
2.4,5).
Lc 7:42 na (ARC) diz: E, não tendo eles com que pagar, perdoou-lhes a ambos. Dize, pois: qual
deles o amará mais?
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SINOPSE I
Deus quis agir com graça para com todos os homens sem que eles merecessem e, por isso, essa
graça é um favor imerecido.
1- A necessidade da graça.
Uma das doutrinas mais bem definidas e claras nas Escrituras é a referente à queda do homem.
Na teologia ela chama-se doutrina do pecado (hamartiologia). Entender sobre a doutrina do
pecado é importante, porque ela explica o motivo do homem necessitar de salvação. O primeiro
fato a ser observado é que Adão, o primeiro homem, foi criado como um ser moralmente livre,
podendo escolher o que fazer. Dessa forma o primeiro casal não foi criado sem poder expressar
sua vontade. Deus criou seres livres para que pudessem viver para a glória do seu nome. A
Escritura diz que Adão foi tentado (Gn 3.6), mas não coagido a pecar (Gn 2.16,17). Isso quer
dizer que eles não foram obrigados ou forçados a pecar. Deus o responsabilizou por sua
desobediência (Gn 3.17). O primeiro homem, portanto, de forma livre e voluntária, (ele fez mau
uso de sua liberdade de escolha) desobedeceu e pecou (Rm 5.12a). Rm 5:12a na (ARC) diz: Pelo
que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte... .
O segundo fato é que a queda do homem produziu consequências, tanto para ele como para
sua posteridade. Adão era o cabeça da raça e como tal todos os homens estavam sob seus
lombos (Rm 5.12b; Gn 3.23). Gn 3:23 na (ARC) diz: o SENHOR Deus, pois, o lançou fora do jardim
do Éden, para lavrar a terra, de que fora tomado. Rm 5:12b na (ARC) diz: ... assim também a
morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram.
Ninguém, portanto, ficou fora da esfera do pecado. Tendo caído no pecado, o homem não podia
por si mesmo se libertar. Ele se tornou escravo do pecado. Uma das consequências advindas da
Queda foi a necessidade da satisfação da justiça divina. Por isso, a justiça de Deus exige a
punição do pecado. Isso porque Deus sendo justo e santo não deixaria o pecado impune. Deus
como o ofendido poderia ter executado a sentença completa imediatamente, tirando a vida do
primeiro casal e os enviando para a morte eterna, mas não o fez. Contudo, assim como Deus é
justo, da mesma forma, Ele é amor. Isso é denominado pelos teólogos como a doutrina do
“duplo amor de Deus” – O amor de Deus à justiça e o amor de Deus a humanidade. Se por um
lado, a justiça divina exige a punição do pecado, por outro lado, o amor de Deus pela
humanidade levou-o a prover a cruz como o meio de justificação (1Tm 2.5; Jo 3.16). Em Cristo
Jesus, portanto, Deus manifesta o seu grande amor pela humanidade e vê nEle sua justiça
satisfeita. Jesus levou sobre si o nosso castigo e assim pagou nossa dívida.
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2- A extensão da graça.
As Escrituras afirmam que Deus quer salvar a todos (1 Tm 2.4). 1Tm 2:4 na (ARC) diz: que quer
que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade. Deus ama todos os
homens. Logo, o mais vil pecador, no lugar onde estiver, é amado por Deus e, por isso, deve ser
alcançado. O alcoólatra, o adúltero, o homicida etc., todos serão aceitos por Deus se receberem
a graça divina, Cristo Jesus. Uma coisa importante que devemos ter em mente, é que amar o
pecador, não significa que Deus concorda com seus atos. Devemos falar do amor de Deus para
as pessoas levando-as a entender que sem Cristo, elas estão condenadas e apresentar o amor
de Deus como solução para essa condição desesperadora. Essa graça é extensiva a todos os
homens. Ela é universal. Contudo, essa graça não é universalista. Uma coisa não tem relação
com a outra. O universalismo prega que todos, independente de credo, religião ou
arrependimento, ou comportamento, serão salvos. Essa é uma heresia que sutilmente banaliza
a graça. Ao contrário, a graça é universal porque é estendida a todos os homens. Todos os que
se arrependerem e confessarem a Cristo podem ser salvos. A graça é oferecida a todos (Tt 2.11).
Contudo, só se torna eficaz na vida daquele que crer (Mc 16.16; Jo 6.47). Nenhuma obra que
fizermos nos garante salvação, mas a salvação tem uma condição para ser recebida: Se
arrepender e confessar Jesus como único e suficiente salvador.
SINOPSE II
No contexto bíblico, a graça é uma necessidade de todos os homens. Por isso, ela é estendi-da
a toda a humanidade.
A Reforma Protestante foi um dos eventos mais marcantes na história recente da humanidade.
O Movimento não foi apenas religioso, mas envolveu aspectos políticos, econômicos, sociais,
culturais e filosóficos da Europa. A Reforma também gerou as igrejas chamadas evangélicas
aqui no Brasil. Lutero combateu veementemente falsos ensinos, que foram registrados na
redação de suas 95 Teses. O ponto central da Reforma de Lutero foi não mais reconhecer a
Igreja Católica como a intérprete exclusiva das Escrituras, propondo a Bíblia como a única fonte
de Revelação e a melhor intérprete de si mesma. Este é, sem dúvida, o ponto mais importante
para a história da civilização ocidental.
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influência e, por isso, surgiu uma reação contra os líderes religiosos por conta de seu baixo
nível moral; a rejeição da doutrina católica como valida; um maior interesse pela educação, que
deixa de ser um privilégio dos líderes católicos; é uma maior diversidade doutrinária. De uma
forma direta, pode-se afirmar que a Reforma surge como uma resposta ao enfraquecimento,
deturpação e negação da doutrina da graça, que no período medieval, havia sido totalmente
desconfigurada. A salvação pelas obras havia substituído a salvação pela fé somente.
Com o passar dos tempos, a indulgência transformou-se num vergonhoso comércio, através do
qual a Santa Sé aumentava seus rendimentos, e o povo obtinha a serenidade da consciência
quanto aos pecados passados, presentes e até futuros.
Como foi observada, a reforma, portanto, surge como reação à corrupção da doutrina da graça.
Lutero, monge alemão agostiniano, se torna o principal porta voz da doutrina ‘pela fé somente”.
Posteriormente, o lema luterano seria conhecido como as cinco solas: sola gratia (só a graça).
Os reformadores estavam também convictos de que somente através o retorno às escrituras a
doutrina da graça poderia ser restaurada. Foi por isso que lutaram. Foi por isso que sofreram e,
até mesmo, morreram. A graça não aceita misturas. É pela graça somente que somos salvos.
As cinco solas.
Sola Fide = Só a Fé
SINOPSE III
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1- A graça barateada.
Há muito a expressão “graça barata” foi introduzida na literatura para expressar a vida cristã
nominal ou mundanizada. De fato, o evangelho expresso por alguns ensinadores não reflete
mais a graça. Parece que quanto mais crescem, menos influência os evangélicos estão causando
na sociedade. Urge (é urgente) voltar para o Evangelho da genuína graça de Deus.
Satanás sutilmente trocou a maneira do ataque, pois muitos ainda acreditam na salvação por
obras, porém, hoje o inimigo tenta mundanizar a vida cristã. Dessa forma as pessoas podem se
achar salvas (as que buscam salvação pelas obras e as que vivem de forma mundanizada),
quando na verdade continuam perdidas. Infelizmente muitas dessas mensagens onde
apresentam a graça barateada, usam para atrair os ouvintes o amor de Deus. Porém quando
estudamos a Bíblia de forma séria, respeitando as regras de interpretação, iremos observar que
Deus ama o pecador, mas abomina o pecado (Jo 3.16; 1Ts 4.1-8; 1Pe 1.13-16), o Deus de pessoas
que barateiam a graça, se apresenta de forma diferente: ama o pecador, mas sem se importar
com o pecado. E esse discurso é recepcionado prazerosamente por muitos em nossos dias.
Então chegamos à conclusão que em sua sutileza Satanás usa o amor de Deus de forma
distorcida na boca dos falsos mestres para enganar pessoas que desejam a salvação, mas não
querem abrir mão da realização de seus prazeres.
São pessoas que estão aderindo a um evangelho que não é o Evangelho de Cristo. Isso fica
muito evidente quando Jesus fala das condições para alguém se tornar seu discípulo.
Paulo em suas cartas deixa bem evidente o que significa negar a si mesmo. É não viver guiado
pela “carne” (nossa natureza pecaminosa), ele descreve as obras da carne em Gálatas 5.19-21.
Inclusive menciona o seguinte: “que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de Deus.”
Seguindo nessa mesma linha diz o seguinte aos membros da igreja em Corinto.
1Co 6:10-11 na (ARC) diz: 10 - Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros,
nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados,
nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o Reino de Deus. 11 - E é o que alguns têm
sido, mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em
nome do Senhor Jesus e pelo Espírito do nosso Deus.
Ef 4:25,28,29 na (ARC) diz: 25 - Pelo que deixai a mentira e falai a verdade cada um com o seu
próximo; porque somos membros uns dos outros. 28 - Aquele que furtava não furte mais; antes,
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trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o que tiver
necessidade. 29 - Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para
promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem.
Recebemos salvação através da graça e essa mesma graça nos transforma a imagem de Cristo.
Qualquer outro tipo de graça pregada por aí, não é a graça de Deus!
2- O valor da graça.
Escrevendo aos coríntios, o apóstolo da graça afirmou “Vocês foram comprados por preço”
(1 Co 7.23 – NAA). Paulo foi um defensor do Evangelho da graça. Em seu tempo ele não aceitou
de forma alguma os penduricalhos (acréscimos) que alguns cristãos quiseram por ao Evangelho.
O apóstolo sabia do alto preço que custou a nossa salvação – o sangue de Cristo. A salvação é
de graça, mas o seu preço custou caro. Duas coisas precisam ser observadas neste texto.
Primeiramente, a voz passiva do verbo grego indica que outra pessoa fez a transação por nós e
o tempo verbal (aoristo) diz que essa transação foi completa. Não há mérito humano, Cristo
pagou o preço e fez tudo por nós. Nada mais precisa ser acrescentado à nossa salvação. Isso é
graça.
O assunto em pauta nesse subtópico é a nossa redenção. A redenção tem um significado triplo,
que pode ser:
O preço pago por Cristo efetuou as três condições acima juntas para nós.
O cristão foi comprado por Deus e agora lhe pertence, é seu “escravo”. Isso lhe confere uma
condição de honra incomparável, pois o escravo representa seu Senhor; e uma condição de
liberdade, pois é o Senhor quem cuida dele e dirige sua vida.
Gl 2:20 na (ARC) diz: Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em
mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se
entregou a si mesmo por mim.
O sacrifício de Jesus na cruz é o amor de Deus em ação para resgatar o homem do pecado que
começou lá no Éden. Tudo isso veio por meio da graça de Deus e custou o preço do sangue de
Jesus derramado.
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Não há nada para acrescentar a salvação e nada para ser tirado. A parte do ser humano é aceitar
o presente de Deus chamado salvação e viver de acordo com a vida de um salvo.
SINOPSE IV
CONCLUSÃO
O advento da graça é a maior prova do amor de Deus pela humanidade. Ela é preciosa porque
é uma iniciativa de Deus para salvar o homem pecador. Por isso, não podemos banalizá-la. A
graça não é uma licença para pecar, como, infelizmente, muitos fazem pensar. Ela revela um
alto preço que foi pago pelo nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo.
A Paz do Senhor