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SISTEMA DE PADRONIZAÇÃO
USO INTERNO
DE ENGENHARIA - SPE
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GUIA DE ENGENHARIA PARA GU - E - 633 REV.
SISTEMAS DE ENGENHARIA DIGITAL (BIM)
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REVISÕES
TE: TIPO A - PRELIMINAR C - PARA CONHECIMENTO E - PARA CONSTRUÇÃO G - CONFORME CONSTRUÍDO
EMISSÃO B - PARA APROVAÇÃO D - PARA COTAÇÃO F - CONFORME COMPRADO H - CANCELADO

Rev. TE Descrição Por Ver. Apr. Aut. Data

0 C PUBLICAÇÃO NO SPE RRS RCC GG FL 19/06/12


ALTERADO O ITEM 6.1 CONFORME
1 C RRS RCC GG FL 02/07/12
VERSÕES DISPONÍVEIS NA VALE
2 C REVISÃO GERAL GG RCC FL ME 07/08/13

3 C ADEQUAÇÃO DO FORMATO GG RCC FL ME 22/08/13

4 C REVISÃO GERAL LMA GGG MB AC 20/10/15

5 C REVISÃO DOS ITENS 10, 12, 13 E 14 LMA EMG MB GCC 12/01/17

6 C REVISÃO DO ITEM 14 LMA EMG MB GCC 24/07/17

7 C REVISÃO GERAL FBT LMA GCC GCC 30/09/20

Este documento somente poderá ser alterado/revisado pela equipe de gestão do SPE.

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ÍNDICE

ITEM DESCRIÇÃO PÁGINA

1.0 OBJETIVO 3

2.0 APLICAÇÃO 3

3.0 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA 3


4.0 DEFINIÇÕES 4

5.0 ENGENHARIA DIGIT AL (BIM) PARA PROJETOS 5

6.0 CONTRAT AÇÃO DE PROJETOS COM ENGENHARIA DIGIT AL (BIM) 6

7.0 MDR - MASSA DE DADOS DE REFERÊNCIA 8


8.0 ANÁLISE DE INTEGRIDADE E CONSISTÊNCIA DOS DADOS 9

9.0 DOCUMENTAÇÃO DE PROJETO EXTRAÍVEL DOS MODELOS 11

9.1 FINALIZAÇÃO DE DOCUMENTOS 12

ANEXOS 12
ANEXO A - SISTEMAS DE ENGENHARIA DIGITAL (BIM) PARA PROJETOS DE MAIOR
COMPLEXIDADE 12
ANEXO B - SISTEMAS DE ENGENHARIA DIGITAL (BIM) PARA PROJETOS DE MENOR
COMPLEXIDADE 12
ANEXO C - MAPEAMENTO DOS PRODUTOS DE ENGENHARIA X DISCIPLINA X FASE
FEL VS SISTEMAS ENGENHARIA DIGITAL 13
ANEXO D - FORMULÁRIO DE ENTREGA DA ENGENHARIA DIGITAL MODELOS
HEXAGON 13
ANEXO E - FORMULÁRIO DE ENTREGA DA ENGENHARIA DIGITAL MODELOS
AUTODESK 13

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1.0 OBJETIVO

Orientar os projetos da Vale na utilização dos sistemas de engenharia digital, os quais


seguem os conceitos da metodologia Building Information Modeling (BIM), também
conhecido como Plant Design ou Automação de Projetos. Apresentar o escopo de
modelagem, os documentos extraíveis e os requisitos para a entrega de modelos 2D e 3D
gerados pelos sistemas de engenharia digital (BIM) homologados pela Vale.

2.0 APLICAÇÃO

Aplica-se a todos os projetos que venham a utilizar os sistemas de engenharia digital (BIM)
para desenvolvimento da engenharia dos projetos.

3.0 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

Os documentos relacionados abaixo foram utilizados na elaboração deste documento ou


contêm instruções e procedimentos aplicáveis a ele. Devem ser utilizados na sua revisão
mais recente.

GU-G-655 Critérios de Medição de Projetos de Engenharia


GU-E-408 Guia de Engenharia para Desenvolvimento de Projeto Conceitual
(FEL 2) – Processo
GU-E-420 Guia de Engenharia para Desenvolvimento de Projeto Conceitual
(FEL 2) – Sistemas de Utilidades
GU-E-338 Guia de Engenharia para Desenvolvimento de Projeto Básico
(FEL 3) – Sistemas de Utilidades
GU-E-339 Guia de Engenharia para Desenvolvimento de Projeto Básico
(FEL 3) – Tubulação
GU-E-340 Guia de Engenharia para Desenvolvimento de Projeto Básico
(FEL 3) – Mecânica
GU-E-341 Guia de Engenharia para Desenvolvimento de Projeto Básico
(FEL 3) – Processo
GU-E-350 Guia de Engenharia para Desenvolvimento de Projeto Básico
(FEL 3) – Elétrica
GU-E-351 Guia de Engenharia para Desenvolvimento de Projeto Básico
(FEL 3) – Automação Industrial
GU-E-352 Guia de Engenharia para Desenvolvimento de Projeto Básico
(FEL 3) – Telecomunicações
GU-E-357 Guia de Engenharia para Desenvolvimento de Projeto Detalhado
(Execução) – Processo
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GU-E-366 Guia de Engenharia para Desenvolvimento de Projeto Detalhado
(Execução) – Elétrica
GU-E-367 Guia de Engenharia para Desenvolvimento de Projeto Detalhado
(Execução) Automação Industrial
GU-E-368 Guia para Desenvolvimento de Projeto Detalhado (Execução) -
Telecomunicações
GU-E-369 Guia de Engenharia para Desenvolvimento de Projeto Detalhado
(Execução) – Sistemas de Utilidades
GU-E-370 Guia de Engenharia para Desenvolvimento de Projeto Detalhado
(Execução) - Tubulação
GU-E-371 Guia de Engenharia para Desenvolvimento de Projeto Detalhado
(Execução) – Mecânica
GU-E-400 Glossário de Termos e Siglas Utilizados nos Empreendimentos
PR-E-004 Procedimento para Estruturação do Planejamento em Projetos
de Capital
PR-E-163 Procedimento para Execução das Análises de Conformidade,
Integridade e Consistência dos Dados de Engenharia - Model
Review
GU-G-657 Guia de Metodologia BIM para Projetos

4.0 DEFINIÇÕES

As definições de caráter geral, comuns ao universo de implantação de projetos, podem ser


encontradas no GU-E-400.

BIM Metodologia que visa a gestão da informação por todo o ciclo de


vida de um projeto.
Sistemas de Conjunto de softwares utilizados para o desenvolvimento da
Engenharia Digital engenharia de projeto em conformidade com as práticas da
metodologia BIM.
Modelo Conteúdo do banco de dados de um sistema de engenharia
digital, associado às suas bibliotecas de referência e demais
arquivos que são utilizados e produzidos ao longo do projeto.
MDR Massa de Dados de Referência ou bibliotecas de modelos de
Engenharia Digital (BIM).
Backup É a forma do pacote de entrega de um modelo. Os modelos são
extraídos dos seus bancos de dados de origem na forma de
backups (cópias de segurança) e assim podem ser transportados

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Dump Corresponde a uma extração de dados de um banco de dados
em formato texto (ASCII), o que permite sua carga posterior
através de aplicativos destinados a este fim. Os dumps são
frequentemente utilizados como formato de backup.
Carga de um modelo Corresponde à atividade de restaurar um backup de modelo
previamente extraído e habilitá-lo para ser novamente acessado.

5.0 ENGENHARIA DIGITAL (BIM) PARA PROJETOS

O uso de sistemas computacionais CAD (Computer-Aided Design), especializados no


desenvolvimento de projetos de engenharia, vem sendo aplicado desde meados dos anos
1980 e seus ganhos são reconhecidos em todo o mercado. Historicamente, esses sistemas
computacionais foram desenvolvidos para facilitar o processo de desenvolvimento dos
produtos gerados na etapa de engenharia em projetos.

Com o avanço tecnológico, os sistemas baseados em CAD evoluíram, saindo puramente do


desenvolvimento de produtos em 2D para a possibilidade do desenvolvimento de produtos
em 3D.

Os sistemas baseados em CAD, alinhados à metodologia BIM e utilizados para o


desenvolvimento da etapa de engenharia na Vale, são referidos como sistemas de
engenharia digital (BIM) para projetos. Dentre as opções existentes no mercado, a Vale
homologou e utiliza como padrão os Sistemas Hexagon SmartPlant Enterprise e os
Sistemas Autodesk, detalhados no Anexo A e Anexo B respectivamente.

A disciplina responsável pela gestão, customização e suporte à aplicação desses sistemas


na Vale é a Engenharia Digital. Cabe a ela a configuração dos sistemas, com base nas
especificações de engenharia da Vale, bem como bibliotecas de simbologia e dicionários de
dados de projeto, modelos de documentos e relatórios, entre outras definições. Essas
configurações e customizações formam a base de referência, denominada MDR, para o
desenvolvimento da engenharia de projetos com os sistemas de engenharia digital no
padrão Vale.

A Engenharia Digital também é responsável por aliar as práticas da metodologia BIM às


diferentes fases dos projetos na Vale. Na etapa de engenharia, são diretamente aplicáveis
as dimensões 2D e 3D do BIM, abrangendo a modelagem 2D e 3D dos produtos de
engenharia, como fluxogramas, diagramas, desenhos ortográficos, isométricos e modelos
3D, com suas respectivas informações de projeto. Como consequência, as informações e
produtos de engenharia, elaborados conforme a metodologia BIM, alimentam novas práticas
e sistemas, permitindo a aplicação das dimensões posteriores do BIM. Assim, a engenharia
do projeto fornecerá subsídios para se realizar, com maior qualidade e eficiência, a gestão
da construção e comissionamento (BIM 4D), planejamento de custos (BIM 5D) e práticas de
sustentabilidade para o empreendimento (BIM 6D). A aplicação da metodologia BIM em
projetos de engenharia da Vale está descrita no documento GU-G-657.

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Dentre os benefícios observados do uso de sistemas de engenharia digital, alinhados à
metodologia BIM, podem ser destacados:

• Aumento da qualidade das informações de engenharia devido ao uso de


regras e bibliotecas padronizadas;
• Aumento da precisão de quantitativos de materiais;
• Redução do número de inconsistências de projeto;
• Detecção precoce de interferências entre disciplinas, o que pode ter impacto
decisivo na fase de Construção;
• Uniformização dos produtos de engenharia produzidos nos diversos projetos
da Vale;
• Antecipação de decisões de projeto para as fases de projeto conceitual e
básico, reduzindo custos e esforços;
• Ganho de produtividade no gerenciamento da construção, comissionamento,
gestão de materiais e planejamento de custos;
• Aumentos das práticas de sustentabilidade para o empreendimento.

6.0 CONTRATAÇÃO DE PROJETOS COM ENGENHARIA DIGITAL (BIM)

Ao optar pelo desenvolvimento da engenharia com a utilização dos sistemas de engenharia


digital (BIM), os projetos devem se preparar adequadamente para tirar o maior proveito
possível da tecnologia. O primeiro ponto a ser considerado é que a introdução desses
sistemas modifica substancialmente os processos de engenharia na empresa projetista e
também na Vale. É importante que a equipe Vale esteja ciente do uso dos sistemas no
projeto e que estude a melhor forma de integrá-los aos seus processos.

A seguir estão listados alguns pontos que, se observados durante o processo de contratação
da engenharia, podem potencializar os ganhos obtidos pelo projeto:

1) Definir bem o escopo dos sistemas de engenharia digital e integrá-lo ao escopo da


engenharia do projeto. Ao fazer isso, deve-se optar sempre que possível pelo uso das
funcionalidades padrão dos sistemas, de modo a reduzir a necessidade de
customizações, as quais demandam sempre prazo e custos adicionais.

2) Incluir a solicitação de uso dos sistemas, bem como o escopo desejado, nas
Requisições Técnicas (RT’s) de engenharia e solicitar que as empresas proponentes
se posicionem de forma explícita e detalhada sobre sua capacidade de atender ao
escopo solicitado, de preferência apresentando casos reais de experiências
anteriores.

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3) Negociar o escopo desejado com as empresas proponentes, alinhando expectativas e
gerando soluções conjuntas para eventuais gaps. Dar especial atenção aos
documentos 2D que devem ser extraídos. Recomenda-se que sejam solicitados às
empresas de engenharia exemplos dos documentos gerados pelos sistemas e que,
sobre eles, se discuta a respeito do nível de detalhe que deverá constar de cada
documento versus o que pode ser produzido pelos sistemas. Privilegiar sempre o
funcionamento padrão dos sistemas para reduzir a necessidade de customizações.

4) Levar em consideração o uso dos modelos 2D e 3D nos critérios de medição de


engenharia. Definir critérios objetivos baseados na contagem de objetos dos modelos
e no preenchimento de atributos. O critério de A1-Equivalente utilizado com
frequência para medição de engenharia não é o mais apropriado para aferir o avanço
dos modelos. Informações mais detalhadas sobre critérios de medição utilizando o
avanço dos modelos estão descritas no documento GU-G-655 (Critérios de Medição
de Projetos de Engenharia).

5) Negociar entregas periódicas dos modelos (de preferência mensais). Os Anexos D e


E deste documento são os formulários referentes aos sistemas Hexagon e Autodesk
respectivamente, que podem ser utilizados para formalizar essas entregas.

6) Viabilizar infraestrutura local no projeto e licenças para que os modelos entregues


possam ser carregados e disponibilizados para a equipe do projeto. Contratar ou
capacitar pessoas que possam carregar os modelos entregues pelas empresas de
engenharia e também atuar como facilitadores, extraindo relatórios, desenhos e
gerando arquivos de visualização para os demais membros da equipe.

7) Sessões de Design Review de engenharia utilizando os modelos 2D e 3D podem ser


adotadas como marcos contratuais. Recomenda-se também, além das sessões
oficiais, a realização de sessões de trabalho informais na Vale pela equipe de projeto,
especialmente antes das reuniões oficiais para aumentar a eficácia dos comentários
quando diante da empresa de engenharia.

8) Quando necessário, privilegiar o uso de desenhos 2D extraídos diretamente dos


sistemas (formato nativo) e evitar ao máximo a necessidade de realização de
“maquiagem” por parte da empresa de engenharia.

9) Considerar a disponibilização de modelos no campo para reduzir a quantidade de


papel utilizado na emissão de desenhos 2D. Incentivar a utilização dos modelos para
orientação de equipes de montagem e eventuais simulações.

10) A utilização de sistemas de engenharia digital facilita a manutenção dos modelos


durante a Construção, de modo a mantê-los as-built. Eventuais modificações de
campo podem ser incorporadas imediatamente aos modelos (especialmente o 3D), de
modo a permitir que seus impactos nas partes ainda não construídas sejam avaliados.
Alterações de campo feitas diretamente em desenhos 2D podem inutilizar o modelo
ao torná-lo defasado.

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11) A totalidade das informações produzidas por meio dos sistemas de engenharia digital
é propriedade exclusiva da Vale. Os bancos de dados, modelos e demais arquivos
componentes do conjunto de dados podem ser solicitados pela equipe de projeto a
qualquer momento e devem estar plenamente funcionais, sempre que forem
solicitados, e não apenas ao final do projeto. Isso significa que devem ser entregues
com todo o conjunto de biblioteca e demais arquivos que permitam o carregamento
dos modelos pela Vale. É recomendável que se faça menção a essas exigências nos
contratos de engenharia dos projetos.

7.0 MDR - MASSA DE DADOS DE REFERÊNCIA

Massa de Dados de Referência é uma expressão que designa um conjunto de arquivos e


configurações (templates) que servem de referência para a confecção dos modelos 2D e 3D
da engenharia de projeto. A MDR é parte do modelo e este não existe sem ela. Tipicamente,
a MDR é composta de símbolos, um dicionário padrão de propriedades (ou atributos),
configurações de projeto pré-definidas, especificações de materiais, templates de relatórios
e desenhos 2D, além de outras definições.

Os sistemas já vêm de fábrica com uma MDR padrão baseada em normas internacionais
(americanas, europeias, às vezes japonesas). Cada projeto pode e deve, no entanto, fazer
ajustes nessa MDR sempre que ela não atender alguma demanda específica.

A MDR Vale é uma adaptação da MDR padrão para que ela inclua alguns elementos
particulares da Vale, como simbologias, especificações de material, propriedades e
templates, baseados no SPE e em experiências de outros projetos, que vão sendo
incorporadas ao longo do tempo, mediante avaliação. Porém, assim como o SPE não se
propõe a cobrir toda a padronização dos projetos da Vale, a MDR Vale também não
contempla toda a necessidade dos projetos em termos de MDR. Ela serve como uma
referência e deve ser expandida sempre que um projeto julgar necessário. Não é necessário
solicitar autorização para utilizar ou modificar a MDR Vale. Solicita-se apenas que toda
modificação seja documentada para facilitar o processo de análise e posterior incorporação
de novos elementos na MDR Vale, de modo a beneficiar outros projetos.

Como todo projeto demanda certo tempo de adaptação da MDR padrão, espera-se que o
uso da MDR Vale possa ajudar os projetos a iniciar a modelagem mais rapidamente, além
de aumentar o nível de padronização, o que facilita a gestão dos projetos. A MDR contém
ainda vários procedimentos e orientações a respeito da forma como os modelos devem ser
construídos, o que pode ajudar a empresa de engenharia a entender melhor os requisitos da
Vale sobre os modelos. Por estas razões, seu uso é recomendado. A decisão, porém, pela
utilização ou não da MDR Vale deve partir da equipe Vale, considerando suas necessidades
e o contexto do projeto.

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Figura 7.1 - MDR VALE

No caso dos sistemas Hexagon, a MDR Vale foi desenvolvida a partir dos templates de
configuração para plataforma ORACLE fornecidos pelo fabricante do software, portanto faz-
se necessário a utilização do banco de dados ORACLE para sua utilização.

Sendo a empresa de engenharia suficientemente familiarizada com o uso dos sistemas de


engenharia digital, ela não deverá ter dificuldades em compreender, instalar e modificar a
MDR conforme as necessidades do projeto.

Sempre que um projeto utilizar a MDR Vale, o mesmo deverá informar eventuais
customizações adicionadas ou modificadas, sendo devidamente identificadas nos
formulários dos Anexos D e E, para sistemas Hexagon e Autodesk respectivamente. Deve
ser fornecido também o código-fonte de todos os programas de automação (API)
desenvolvidos ou modificados pela empresa de engenharia, especialmente nos casos em
que estes programas sejam necessários para a emissão da documentação do projeto. A
Vale deve ser capaz de reproduzir todos os documentos emitidos dos sistemas de forma
integral. O código-fonte deve ser suficientemente documentado para que a Vale possa
entender sua função.

8.0 ANÁLISE DE INTEGRIDADE E CONSISTÊNCIA DOS DADOS

O Model Review é uma ferramenta de análise dos dados de engenharia que visa garantir a
qualidade dos modelos desenvolvidos com sistemas de engenharia digital (BIM).

É recomendado a execução de uma análise de integridade e consistência dos dados com o


objetivo de auxiliar o projeto a encontrar possíveis gaps nas informações presentes nos
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bancos de dados e documentos gerados pelos sistemas de engenharia digital. Essas
avaliações são denominadas Model Review, podendo ser realizada pela equipe própria
(owner team) do projeto ou pela equipe corporativa da Vale.

As análises de integridade visam verificar a completação dos dados relevantes e/ou


necessários para gerar os produtos de engenharia extraídos dos bancos de dados dos
sistemas de engenharia digital (BIM). Abaixo estão relacionados alguns exemplos das
análises de integridade:

• Análise da integridade na composição dos tags (Ex.: BP-1050SA-01);


• Preenchimento dos atributos requeridos (Ex.: Peso, Pressão, Temp., etc.).

As análises de consistência visam certificar a equivalência dos dados entre os diversos


bancos de dados dos sistemas de engenharia digital e também entre os bancos de dados e
os produtos de engenharia gerados por esses sistemas. Abaixo estão relacionados alguns
exemplos das análises de consistência:

• Comparação das informações entre modelos 2D x modelo 3D;


• Comparação das Listas (LEM, LL, LI, LEE e LB) x Bancos de Dados;
• Comparação entre os Desenhos emitidos x Modelos 2D/3D.

Para os projetos que utilizarem os sistemas de engenharia digital (BIM), recomenda-se a


realização de sessões do Model Review definidas no cronograma de planejamento e
alinhadas com o avanço físico, da seguinte forma:

• 1 sessão – 90% de avanço físico do modelo 3D;


• 2 sessões – 45% e 90% de avanço físico do modelo 3D;
• 3 sessões – 30%, 60%, 90% de avanço físico do modelo 3D.

A realização das sessões do Model Review é fortemente indicada, entretanto, a sua


realização é facultativa, ficando a cargo da equipe Vale do projeto a decisão sobre sua
execução.

A utilização de sistemas como o SmartPlant Foundation ou até mesmo sistemas


desenvolvidos internamente pelas projetistas para garantir a integridade e consistência dos
dados nos projetos, não restringem a realização das sessões de Model Review.

O procedimento para realização do Model Review nos projetos que utilizam os sistemas de
engenharia digital (BIM) está descrito no PR-E-163 do SPE.

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9.0 DOCUMENTAÇÃO DE PROJETO EXTRAÍVEL DOS MODELOS

No Anexo C deste documento estão listados os produtos levantados a partir dos guias de
engenharia do SPE. O objetivo é mostrar, a partir dos documentos demandados para cada
fase do projeto, quais são aqueles cujo conteúdo pode ser extraído integral ou parcialmente
dos sistemas de engenharia digital. O anexo possui uma aba dedicada aos produtos de
engenharia dos sistemas Hexagon e outra similar para os produtos dos sistem as Autodesk.

A capacidade de geração desses documentos varia diretamente com a estratégia de


modelagem utilizada e com o escopo de objetos dos modelos. Por esta razão, as indicações
desta seção não devem ser utilizadas como regras a respeito de quais documentos devem
ou não ser extraídos dos sistemas. Embora o conteúdo dos guias possa variar ao longo do
tempo, as tabelas apresentadas nesta seção não se tornam necessariamente obsoletas. A
ausência de um ou outro documento pode ser compensada pelo entendimento global do
escopo e do funcionamento de cada sistema, que é fundamental para as equipes de projeto
e empresa de engenharias que pretendem utilizá-las.

As tabelas contêm uma coluna chamada Modo de Produção. Essa coluna indica se o
documento pode ser extraído integralmente do sistema (Integral), desde que todos os
objetos necessários para a extração estejam modelados, ou se ele pode ser extraído
parcialmente (Parcial), seja porque demanda ajustes posteriores, seja porque possui uma
abordagem distinta da abordagem usual da Vale ou simplesmente porque não contém todas
as informações demandadas pelo guia.

A respeito das extrações parciais, recomenda-se observar o que já foi mencionado no item
6.0 deste documento: que as equipes de projeto avaliem junto às suas empresas de
engenharia, de preferência durante a fase de contratação, o conjunto de documentos que
será extraído de cada sistema e que este conjunto se atenha ao mínimo necessário, tanto
por uma questão de economia de papel, quanto por uma questão de consistência. A
extração de documentos em formatos editáveis (Word, Excel, AutoCAD e o próprio
SmartSketch) é um convite à edição manual e fora de contexto, o que pode introduzir erros e
inconsistências ao projeto.

Recomenda-se ainda que as equipes Vale, junto com suas empresas de engenharia,
avaliem o conteúdo padrão dos desenhos e relatórios gerados pelos sistemas e verifiquem
se podem adequar seus processos de trabalho a esses conteúdos. Na maioria das vezes,
quando há alguma diferença entre a forma usual dos documentos da Vale e os padrões dos
sistemas, nota-se que elas, na verdade, contêm as mesmas informações utilizadas
usualmente, embora dispostas de maneira diferente. Deve-se lembrar ainda que esses
sistemas foram baseados em práticas da indústria mundial e são aplicados com sucesso em
muitos projetos de diferentes áreas. Quanto mais o projeto seguir os padrões dos sistemas,
mais qualidade espera-se obter dos mesmos, além de permitir absorver com mais rapidez as
boas práticas de outros mercados e indústrias incluídas neles. Além disso, manter a
documentação mais próxima do default exige menos trabalho por parte da empresa de
engenharia e evita a introdução de “maquiagens” nos desenhos e relatórios, prática que é
muito prejudicial devido ao risco de introdução de erros e inconsistências no projeto.

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9.1 FINALIZAÇÃO DE DOCUMENTOS

Quando um documento extraído de um sistema de engenharia digital necessita de algum


tipo de complementação de ordem visual ou formal, isto é, que não afete os dados, mas
somente a apresentação do documento, dizemos que ele precisa ser finalizado. Essa
finalização, quando aplicada a desenhos, também é conhecida como “maquiagem”.

Quando a finalização é realizada sobre documentos em formato de planilha (listas e


relatórios), ela deve ser executada no sistema nativo da planilha (Microsoft Excel). Nestes
casos, além dos documentos finalizados, devem ser entregues também, junto com os
modelos, as extrações originais dos sistemas, como meio de comprovar que os dados foram
mesmo extraídos dos modelos. As extrações originais devem ser mantidas nas pastas
apropriadas dentre os arquivos que compõem o modelo.

Quando a finalização é realizada sobre desenhos 2D, ela deve ser realizada dentro do
próprio sistema de onde o desenho foi extraído, utilizando as ferramentas de desenho
disponíveis. Dessa forma, a finalização fica armazenada dentro do modelo e pode ser
reaproveitada no caso de uma reemissão. Não é, portanto, recomendada a finalização de
desenhos em AutoCAD, uma vez que se perde o vínculo entre o desenho finalizado e
modelo que o originou. Exceções a essa regra devem ser definidas preferencialmente antes
do início da modelagem, de modo a não causar impactos sobre a produção de desenhos.

Em qualquer caso, porém, não devem ser acrescentados novos dados aos documentos
durante a finalização, que deve ser estritamente relacionada à forma de apresentação do
documento. Quando há necessidade de complementação de dados, desde que esses dados
não possam ser extraídos dos sistemas por não fazerem parte do seu escopo, a produção
de documentos segue o modelo convencional.

ANEXOS

ANEXO A - SISTEMAS DE ENGENHARIA


DIGITAL (BIM) PARA PROJETOS DE MAIOR
ANEXO A -
COMPLEXIDADE
SISTEMAS DE ENGENHARIAFormato: Adobe
DIGITAL (BIM) PDF DE MAIOR COMPLEXIDADE.pdf
PARA PROJETOS
(13 páginas)
ANEXO B - SISTEMAS DE ENGENHARIA
DIGITAL (BIM) PARA PROJETOS DE MENOR
ANEXO B -
COMPLEXIDADE
SISTEMAS DE ENGENHARIAFormato:
DIGITAL (BIM) PARA PROJETOS
Adobe PDF DE MENOR COMPLEXIDADE.pdf
(12 páginas)

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ANEXO C - MAPEAMENTO DOS PRODUTOS DE


ENGENHARIA X DISCIPLINA X FASE FEL VS
ANEXO C -
SISTEMAS ENGENHARIA DIGITAL
Formato:
MAPEAMENTO DE PRODUTOS VS. SIST. Microsoft Excel
DE ENG. DIGITAL.xlsx
(3 páginas)

ANEXO D - FORMULÁRIO DE ENTREGA DA


ENGENHARIA DIGITAL MODELOS HEXAGON
ANEXO D - Formato: Microsoft Word
FORMULÁRIO DE ENTREGA DA ENGENHARIA DIGITAL MODELOS HEXAGON.doc
(3 páginas)

ANEXO E - FORMULÁRIO DE ENTREGA DA


ENGENHARIA DIGITAL MODELOS AUTODESK
ANEXO E - Formato: Microsoft Word
FORMULÁRIO DE ENTREGA DA ENGENHARIA DIGITAL MODELOS AUTODESK.doc
(3 páginas)

DÚVIDAS, CRÍTICAS OU SUGESTÕES


Para dúvidas, críticas ou sugestões relacionadas ao SPE, acesse a central online SPE Responde,
disponível no Portal de Projetos, ou utilize o endereço eletrônico spe@vale.com

Sua participação é fundamental nos processos de melhoria e manutenção do acervo do SPE.

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