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Matemática 12ºAno

Ficha de Trabalho

1. A magnitude aparente de uma estrela (ou de outro astro), M , está relacionada com a
intensidade do seu brilho, B , medida a partir da Terra, em unidades de energia por
unidade de área, por:
æ Bö
M = -2, 5log10 ç ÷
è B0 ø
sendo B0 a intensidade do brilho tomado por padrão (normalmente é o brilho da estrela
Vega).
-0,4 M
a) Mostre que B = 10 ´ B0 .

b) Sabe-se que a magnitude aparente do Sol é -26, 74 e a magnitude aparente média da


Lua, em fase de lua cheia, é -12, 74 . Mostre que a intensidade do brilho do Sol,
medida a partir da Terra, é cerca de 400 mil vezes ( 398 107) maior que a da Lua em
fase de lua cheia

2. Para determinados números reais a , b e c , sabe-se que log a b = 1 e logb c = 2. Qual é


4
o valor de logb ( ac )?

9 3 9
(A) (B) (C) (D) 6
4 4 2

3. Considere a função f de domínio ℝ definida por

ì 2 x - sin ( 3 x )
ï se x < 0
f ( x) = í x
ï x - 1 + x e- x se x ³ 0
î
a) Averigue se a função f é contínua em x = 0 .
b) Estude o gráfico da função f quanto à existência de assíntota quando x tende para
+¥ .

4. Para um certo valor de 𝑎 ∈ ℝ"


! , considere a função f definida em

! por f ( x ) = ax + x ln x. Seja x0 o único zero da função f . Mostre


ℝ"
que o declive da reta tangente ao gráfico de f no ponto de abcissa
x0 não depende do valor de a .

1
Ficha 7

5. Seja f a função de domínio ℝ definida por f ( x ) = 1 -2ex .


x

e
a) Estude a função f quanto à monotonia e quanto à existência de extremos relativos.
b) Existe um número real a para o qual a taxa média de variação de f entre a e a + 2 é
igual a -1. Determine o valor de a recorrendo às capacidades gráficas da calculadora. Na
sua resposta:
• apresente a(s) equação(ões) que lhe permite(m) obter a solução do
problema;
• reproduza, num referencial, o(s) gráfico(s) da(s) função(ões) visualizado(s)

na calculadora que lhe permitem resolver a(s) equação(ões);


• apresente o valor de a arredondado às centésimas.

6. Em ! , conjunto dos números complexos, seja z0 uma solução não nula da equação

z 2 = i z . Qual dos seguintes valores pode ser um argumento de z0 ?


p p p p
(A) (B) (C) (D)
2 6 4 3

7. Em ! , conjunto dos números complexos, considere z1 = 2 - 2 3 i . Determine o

menor número natural n para o qual ( i ´ z1 )n é um número real negativo.

8. Na figura está representada parte do gráfico de uma função f, polinomial do 3.º grau.
Sabe-se que f (1) é um extremo relativo de f .Qual das seguintes afirmações é
verdadeira?
y

(A) f ( -1) < f (1) < f ¢¢ (1) < f ¢ (1) f

(B) f ¢ ( -1) < f (1) < f ¢ (1) < f ¢¢ (1)

(C) f ( -1) < f (1) < f ¢ (1) < f ¢¢ (1) -1 O 1 x

(D) f ¢¢ ( -1) < f ¢ ( -1) < f ¢ (1) < f ¢¢ (1)


-1

2
Ficha 7

RESOLUÇÃO

æ Bö
1. M = -2, 5log10 ç ÷
è B0 ø
æ Bö M æ Bö æ Bö
a) M = -2,5log10 ç ÷ Û = log10 ç ÷ Û -0, 4 M = log10 ç ÷ Û
è B0 ø -2,5 è B0 ø è B0 ø
B
Û = 10-0,4 M Û B = 10 -0,4 M ´ B0
B0
b) M Sol = -26, 74
M Lua = -12, 74

BSol = 10-0,4 MSol ´ B0 = 10-0,4´( -26,74) ´ B0 = 1010,696 ´ B0

BLua = 10-0,4 M Lua ´ B0 = 10-0,4´( -12,74) ´ B0 = 105,096 ´ B0

BSol 1010,696 ´ B0
= 5,096 = 1010,696-5,096 = 105,6 » 398 107
BLua 10 ´ B0
BSol » 398 107 ´ BLua
Portanto, a intensidade do brilho do Sol, medida a partir da Terra, é cerca de 400
mil vezes
( 398 107) maior do que a da Lua, em fase de lua cheia.

1
2. log a b =
4
logb c = 2
log a a 1
logb ( ac ) = logb a + logb c = +2= +2= 4+2=6
log a b 1
4
Resposta: (D)

ì 2 x - sin ( 3 x )
ï se x < 0
3. f ( x) = í x
ï x - 1 + x e- x se x ³ 0
î

æ0ö
2 x - sin ( 3 x ) è 0 ø æ 2 x sin ( 3 x ) ö sin ( 3 x )
ç ÷
3.1. lim- f ( x ) = lim- = lim- ç - ÷ = 2 - xlim =
x ®0 x ®0 x x ® 0
è x x ø ® 0 -
x

3
Ficha 7

sin ( 3 x ) sin y
= 2 - 3 lim- = 2 - 3 lim- = 2 - 3 ´ 1 = -1
x ®0 3x y ®0 y

y = 3x
Se x ® 0- , y ® 0-

lim f ( x ) = lim+ ( x - 1 + x e- x ) = 0 - 1 + 0 ´ e0 = -1 = f ( 0 )
x ® 0+ x ®0

Como lim f ( x ) = lim f ( x ) = f ( 0 ), existe lim f ( x ) . Logo, a função f é


- + x ®0
x ®0 x ®0

contínua em x = 0 .
3.2. Seja y = mx + b a assíntota do gráfico da função f quando x tende para +¥ ,
caso exista.
f ( x) x - 1 + x e- x æ 1 ö
m = lim = lim = lim ç1 - + e- x ÷ = 1 - 0 + 0 = 1
x ®+¥ x x ®+¥ x x ®+¥
è x ø
( ¥´0 )
b = lim ( f ( x ) - mx ) = lim ( x - 1 + x e- x - x ) = lim ( -1 + x e- x ) = -1 + lim ( x e- x ) =
x ®+¥ x ®+¥ x ®+¥ x ®+¥

æ ö æ ö
æ x ö ç 1 ÷ ç 1 ÷ 1
= -1 + lim ç x ÷ = -1 + xlim ç ÷ = -1 + ç ÷ = -1 + = -1 + 0 = -1
x ®+¥ e
è ø ®+¥ e x
ç ÷ ç lim e
x
÷ +¥
ç ÷ ç x ®+¥ ÷
è x ø è x ø
A reta de equação y = x - 1 é uma assíntota ao gráfico da função f quando x
tende
para +¥ .
4. f ( x ) = ax + x ln x

f ( x ) = 0 Û ax + x ln x = 0 Û

Û x ( a + ln x ) = 0 Û a + ln x = 0 Û
x >0

Û ln x = -a Û x = e- a
O único zero da função f é x0 = e- a.

O declive da reta tangente ao gráfico de f no ponto de abcissa x0 é igual

a f ¢ ( x0 ).

f ¢ ( x ) = ( ax + x ln x )¢ = ( ax )¢ + ( x ln x )¢ =
1
= a + x¢ ln x + x ( ln x )¢ = a + ln x + x ´ =
x
= a + ln x + 1
f ¢ ( x0 ) = f ¢ ( e- a ) = a + ln e- a + 1 = a - a + 1 = 1

4
Ficha 7

Portanto, o declive da reta tangente ao gráfico de f no ponto de

abcissa x0 é igual a 1, logo não depende do valor de a .

1 - ex
5. f ( x) =
e2 x
x ¢ 2x 2x ¢
ö¢ (1 - e ) e - (1 - e )( e ) - e ´ e - (1 - e ) ´ 2 ( e )
x x 2x x 2x
æ 1 - ex
a) f ¢( x) = ç 2x ÷ = = =
è e ø ( )
e 2x 2
( )
e 2x 2

e2 x ( - e x - 2 + 2 e x ) ex - 2
= = 2x
(e )
2x 2 e

ex - 2
f ¢( x) = 0 Û = 0 Û e x - 2 = 0 Ù e2 x ¹ 0 Û e x = 2 Û x = ln 2
e2 x

x -¥ ln 2 +¥
f¢ - 0 +
1 1 - eln 2 1 - 2 -1 1
f ! -
4
! f ( ln 2 ) = 2ln 2
= ln 22 = ln 4 = -
e e e 4
Mín.

Podemos, assim, concluir que:

• f é estritamente decrescente em ]-¥ , ln 2] e estritamente crescente em

[ln 2 , + ¥[;
1
• f tem um mínimo relativo igual a - para x = ln 2 .
4

f ( a + 2) - f ( a )
b). A taxa média de variação de f entre a e a + 2 é dada por .
2
f ( x + 2) - f ( x )
O valor de a pedido é a solução da equação = -1.
2
Recorrendo à calculadora gráfica, definiram-se:
1 - ex ,
y1 = f ( x ) =
e2 x
y1 ( x + 2 ) - y1 ( x )
y2 = e y3 = -1
2
De seguida, determinou-se a abcissa do ponto de interseção dos gráficos de y2 e

y3 .
Obteve-se o seguinte resultado:

5
Ficha 7

O x

Portanto, a » -0, 66 .
6. Seja z = r eiq
p
z 2 = i z Û ( r ei q ) = i r ei q Û ( r ei q )
2 2 i
= e 2 ´ r ei ( -q ) Û
æp ö
i ç -q ÷ p
Û r 2 e i ( 2q ) = r e è 2 ø
Û r 2 = r Ù 2q = - q + 2 kπ, k Î ¢ Û
2
p
Û r 2 - r = 0 Ù 3q = + 2 kπ, k Î ¢ Û
2
p 2 kπ
Û r ( r - 1) = 0 Ù q = + , k ΢
6 3
p p 2π 5p p 4π 3p
Temos, portanto q = , q = + = ou q = + =
6 6 3 6 6 3 2
Resposta: (B)

7. z1 = 2 - 2 3 i

( )
2
z1 = 2 2 + -2 3 = 4 + 4 ´ 3 = 16 = 4

Seja q um argumento de z1

ì -2 3
ï tan q = ì tan q = - 3 p
2 ï
í Ûí Þ - é um argumento de z1
(
ï 2, - 2 3 Î 4.º Q
)
ïî 2, - 2 3 Î 4.º Q 3 ( )
î
p
-i
z1 = 4e 3

= (e ) = ( 4e ) = ( 4e ) == 4 e
n n n
p p æp pö p p np
i -i iç - ÷ i i ´n´ i
( i ´ z1 )
n
2
´ 4e 3 è2 3ø 6 n 6
= 4n e 6

( i ´ z1 )
n
é um número real negativo se e só se np = p + 2k p , k Î !
6

6
Ficha 7

np
= p + 2k p, k Î ! Û np = 6p + 12k p, k Î ! Û n = 6 + 12k , k Î !
6
Portanto, o menor número natural para o qual ( i ´ z1 )n é um número real negativo é

n = 6 + 12 ´ 0 = 6 .
Caderno 1
8. f ( -1) = -1 < f (1) < 0 ; f ¢ ( -1) > 0 ; f ¢¢ ( -1) < 0

f ¢ (1) = 0 ; f ¢¢ (1) > 0

(A) f ( -1) < f (1) < f ¢¢ (1) < f ¢ (1) (F)


V V F

(B) f ¢ ( -1) < f (1) < f ¢ (1) < f ¢¢ (1) (F)


F

(C) f ( -1) < f (1) < f ¢ (1) < f ¢¢ (1) (V)


V V V

(D) f ¢¢ ( -1) < f ¢ ( -1) < f ¢ (1) < f ¢¢ (1) (F)


V F

Resposta: (C)

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