Você está na página 1de 3

FMU - Faculdades metropolitanas unidas

Melquisedeque da Silva Romano

Análise dos cincos primeiro capítulos do livro três do texto A Cidade Antiga de
Fustel de Coulanges

Sobre autor e texto


Numa Denis Fustel de Coulanges também conhecido apenas como Fustel de Coulanges é
um história dos francês do século XIX, com inclinações a vertentes positivistas e coletivistas e
notamos no texto em questão essas relações filosófica, onde o conhecimento científico é único a
produzir verdade e propondo a analisar o aspecto humano, sendo prático e distante do metafísico,
existem também traços coletivistas, por causa da sua preocupação com retratar a o coletivo e a
vida extremamente coletiva que as antigas sociedades em questão tinham. Podemos traçar
alguns paralelos entre a visão de Durkheim com a do autor, tendo os dois se preocupado com a
religião e sua relação com sociedade sendo os dois positivista, mesmo existindo várias distinções
das mesmas. Tratando neste momento especificamente sobre o livro terceiro dos três intitulados:
A cidade antiga, sendo os capítulos do I ao V, este livro foi publicado em 1864, o que explica a
ligação de coulanges com essas filosofias características da ciência da época. Tendo este livro
para representar as regras que governam a sociedade grega e romana, usando essas duas para o
estudo por descender do mesmo e idiomas e serem culturalmente muito parecidos e também
apresentam uma formação de cidade parecidas, não só nessas duas cidade mas a o redor do
mundo este conceito e teoria de formação de cidades se apresenta sem muitas diferenças.

Objetivo do trabalho
Com esse texto eu pretendo rememorar aspectos que ainda hoje tem resquícios em nossa
cultura, mesmo que a comparação do tempo passado ao tempo presente seja uma movimento
errôneo em grande das vezes como o próprio autor fala em seu texto e mais a frente também
apontou diferenças muito díspares do passado, mas a minha intenção real e notar que mesmo
diluída existe uma tradição na nossa maneira de cultuar e relacionar religião e ambiente urbano.

Análise
Para iniciar as discussões o autor decide por falar da primeira formação de sociedade que
conhecemos, a família que no decorrer acaba por formar, as denominadas fratrias, este
agrupamento toma como base religiosa a ancestralidade, tornando deuses aqueles membros
falecidos, estes exs líderes da tribo em questão,e é notável a permanência dessa mentalidade de
se organizar socialmente primeiramente com sua família, sendo elas o primeiro contato isto é
compreensível, provando-se a permanência pelos rituais de passagem que ainda hoje fazem parte
da sociedade a passagem da religião paterna para o rebento se mantém até o presente momento.
Parágrafos mais a frentes coulange propõe discutir a formação de tribos, essas que a de vinham
de liturgias parecidas e que apresentaram uma nova forma de sociedade além da família, as
tribos, que por sua vez apresentam formas mais complexas de uma sociedade como as primeiros
decretos por voto em assembleia e um líder tribal, ainda nos tempos atuais a forma de
organização de sociedade em camadas (família-tribo e família-estado).
Passando para o capítulo seguinte o autor apresenta as duas mais populares religiões e
que tem base na alma humana, nos líderes mortos das famílias e das forças da natureza, que
eram a percepção do homem sobre os aspectos do mundo a o seu redor essas que permaneceu
por mais tempo pois trazia um misto de temor e amor e se modificou aos poucos, já a outra se fez
estática presas aos seus dogmas. Para tratar agora do paralelo entre a sociedade e a religião,
essa religião anterior se apresentou com uma individualidade característica uma relação íntima
com o povo ditando as regras mais básicas da sua vivência e como a devem do seio da família a
ligação e individualidade cria um egoísmo por parte da família, notamos ainda hoje esse apego a
religião paterna essa proximidade de ter como parte excepcional de sua vida nos maiores casos
atualmente o Deus cristão, o se mostra bem diferido da atualidade é a monolatria da época a
compreensão de que um só deus não poderia governar esse visão ou até construção social da
existência de variados deuses, ainda sim demorou para que os deuse em questão deixam o seio
de suas famílias e adentrar nesse novo espectro de deus central, um deus “acima” dos outros que
toda a tribo adora além do seu familiar, essa disseminação de um culto se deu pelo prestígio
daqueles mais ricos que detinham mais terra e logo mais poder, um pequeno burgo, sendo assim
criando pequenas teocracias como Cécrops o que seria um líder de Atenas por que o seu culto
família se tornou o culto da futura cidade.
O capítulo três tem como título, forma-se a cidade o que põe em questão a formação da
cidade, começa por dizer que a cidade é a associação das tribos, onde uma família nunca fazia
parte das outras porém coexistiam e articulavam entre si e as tribos que eram conjuntos destas
famílias necessitavam de um deus em comum para formalizar essa união, que começa a parecer
uma cidade essa religião ditava tudo que tangia a sociedade desde as leis até como a cidade
deveria ser construída, e imprimiu uma necessidade de estudar as leis e liturgia do deus da cidade
estes que por sua vez foram sendo disseminados e integrados em outras populações e cidades
por isso se acredita que os meios de surgimento das cidades não tenham sido tão diferentes uns
dos outros por meio de migrações, a própria mudança de uma cidade para outra tinha seu ritual,
levar um bloco de terra para ser dissolvido em um fosso na nova terra para que os espíritos dos
antepassados agora habitassem o novo lar, como no parágrafo anterior surgem as doze
associações de Atenas e grandes símbolos de unificações de tribos como Teseu, estes burgos
desenvolvem o que seria o primeiro conceito de direito privado, de detenção de terras e até do
seus próprio deus, mas a grande questão é, O que uniu este povo ?, afinal traçando um
comparativo com a atualidade novamente notamos uma dificuldade em manter a união entre
grupos o que levou estes homens então a se manterem unidos e articulando entre si quando na
contemporaneidade notamos as fomentações de guerras civis e problemática em manter uma paz
comum, fustel de coulanges diz que a cola deste povo era a crença, mais que conceitos filosóficos
ou convencimentos, era acreditar nas mesmas coisas e um governo central que interliga as tribos
e mantém firme a religião e moral de respeito aos antepassados algo que não é aplicável hoje em
dia.
Tratando já do quarto capítulo o autor introduz o conceito de urbe comparando o conceito
de cidade, do agrupamento político religioso das tribos e famílias, já a uber é o local religioso, a
casa e o santuário do deus da cidade, esta que é formada no momento em que a cidade se
encontra pronta, Coulanges alerta sobre comparar as cidades antigas com as da atualidade, mas
é claro para mim que ainda sim existem resquícios de culturas que surgiram nesta época anterior,
pois ter um altar em casa ainda neste tempo é culturalmente recorrente claro que a relação da
religião com a cidade e a liturgia da igreja católica é totalmente outra, sendo o conceito de urbe
algo quase que completamente diferente do que estou citando apenas por um pequeno detalhe o
apego a religião e a esta fazer parte da sua casa, estar presente em um local de cultuamento.
Após essa introdução da urbe o autor passa a tratar do exemplo de roma citando o asilo de
Rômulo, e as fontes em relação, fontes essas inspiradoras e descritivas e ensinamentos de como
deveria ocorrer a construção da cidade formando assim a urbe, estes textos eram de Dionísio de
Halicarnasso, Plutarco, Ovídio e Tácito. No contínuo do capítulo Coulanges descreve o ritual da
construção da cidade e da formação da urbe que era toda pensada e organizada pela religião a
saída a entrada as relações internas, existiam marcações no chão (sulcos) que delimitam as áreas
internas da cidades e urbe e eram os deuses que denominavam este local, e como rômulo era
latino foi pelo voo das aves que os deuses apontaram o local correto, em Palatino e para os
gregos o oráculo de Delfos delimitaria onde deveria ser a cidade para os latinos era necessário o
ritual para mudar os espíritos ancestrais para a nova terra, e a mudança dos espíritos ancestrais
se dava em dissolver um da terra antiga em um fosso. Para finalizar o quarto capítulo o autor
propõe tratar do caso de Messênia, estes que foram expulsos de seu país e por meio de
intervenção e influências de povos a sua volta decidiram por se estabelecer na região do
Peloponeso, porém se encontravam sem informações sobre onde construir e onde pois a Pítia era
distante de Esparta impossibilitando a consulta do oráculo de Delfos , sendo assim por meio de
um sonho vindo de um sacerdote messênita decidiram pelo local do monte Itoma, agora sem os
ritos necessários de como formar a urbe, foi novamente por um sonho que receberam os detalhes
e de como executar a cerimônia e a partir daquele momento registraram-a para não ocorrer perda
e para poder ser repetida. Sendo assim a notamos a intensa ligação de esse povos antigos tinham
com suas religiões sem poderem então viver adequadamente sem uma, sendo que é a base para
tudo em sua vida, desde uma vivência física em volta da cidade até a espiritual e como essas
duas se encontram e interagem. Surgindo a celebração destes ritos e da construção da cidade a
celebração anual com um sacrifico do aniversário da cidade para que nunca seja esquecido da
santa cerimônia que a urbe nunca seja abandona pois ela é santa e tem em si arraigada os deus
por isso é tão importante.
O Autor se propõe no início do quinto capítulo a comentar da importância dos líderes de
cada cidade do fundador da uber este que em si funcionava como um símbolo e pôs morte só
tornava um deus a ser cultuado em sua casa em em toda cidade o que me parece bem aplicável a
religiões mais contemporâneas claro que nesta época a questão não era o mártir nem esse
conceito existia por isso a comparação com jesus cristo não é válida mas ter ele como sagrado,
como a própria divindade é uma semelhança e talvez um eco desta cultura de dever culto a o líder
morto e assim a seus sucessores quando falecerem essa gratidão se expressava em forma de
memória, em poemas tratando assim de alguns dos primeiro sacerdotes. Esta memória é tão
importante e fomentou o culto aos mesmo deus, tempos depois do completo desaparecimento da
cidade.
Concluindo, no texto de Coulanges notamos que os aspectos do nascimento da cidade
que intrinsecamente ligados à religião podem ser percebido em outros nascimentos de cidade,
porém a cultura não pode ser comparada em sua completude a nossa atualidade, afinal somos
muitos mais complexos que nossos antepassados, podendo nós apenas notar coisas que
permaneceram mesmo sem motivo aparente, alguns detalhes da nossa cultura que nos ligam a
um passado muito distante, e este foi objetivo final deste texto, exemplificar e expor esses
detalhes remanescente desta cultura.

Bibliografia
Informações sobre o autor
ALVES, Leonardo Marcondes. Fustel de Coulanges: A Cidade Antiga. Ensaios e Notas. 2017.
Disponível em: <https://wp.me/pHDzN-4Ce>.

Autores múltiplos. Numa Denis Fustel de Coulanges. Wipédia 2019


https://pt.wikipedia.org/wiki/Numa_Denis_Fustel_de_Coulanges

Texto de análise
COULANGES, Fustel. A cidade antiga, Livro III, Capítulo I a V. Martins Fontes São Paulo 2004

Você também pode gostar