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Sobre os aspectos do conhecimento histórico

Este texto propõe tratar do que foi construído nas aulas de introdução aos estudos históricos tendo
como base os textos da mesma apostila, como tema principal os aspectos do conhecimento histórico.
Ao tratar destes aspectos necessitamos primeiro entender o que é eo que não é história.
Collinwood trata nesse primeiro capítulo sobre o que não pode ser considerado história, que é a
forma de narrativa, teocrática que consiste em retratar as ações das divindades como protagonista
sobre o homem (apenas com um personagem secundário), ainda nesse capítulo o autor apresenta
outra forma de narrativa, a mitológica, que busca a origem de tudo, caracterizada pela ausência
humana, propondo explicações para a criação da própria humanidade e do cosmos e se apresenta
atemporalmente sem data. Já no segundo capítulo Collinwood considera o que é história e desse
modo chega a conclusão de que história se apresenta com o protagonismo humano se preocupando
com a preservação da memória do homem para o homem utilizando de questionamentos e razão
prática aplicada aos fatos.
Ainda nessa obra no capítulo três observamos uma propensão dos gregos a serem anti-históricos
pois estão apegados ao conhecimento que explique de maneira prática o mundo, aquele saber que
não é mutável ou questionável, por isso os gregos se distanciam do conhecimento histórico, porque a
mesma se apresenta de maneira humana e de seu mundo que é efêmero, logo não produz verdade e
conhecimento, é apenas a compilação de fatos humanos do passado que não trazem inteligibilidade.
Apesar de influência cultural grega tucídides apresenta pela primeira vez um pensamento históricos
próximo aos moldes atuais de produção histórica, entendendo que mesmo contrário a filosofia da
época a história pode alcançar compreensão do homem para o próprio homem e isso tem o seu valor
para ele, que produzia seus textos por meio de relatos e entrevistas cruzados em busca de uma fator
comum o que limitava-o a um curto espaço de tempo para estudar.
Tratando ainda dos aspectos do conhecimento histórico, Marrou procura desconstruir o conceito de
história analisando por meio de sub conceitos relacionados chegando a conclusão de que história é
por definição o conhecimento científico do passado humano, sendo a mesma todas manifestações
voluntárias passíveis de assimilação pelo homem de hoje, a relação entre homens e mulheres do
passado e os do presente, para organizar o conceito o autor define duas histórias a de H (maiúsculo)
simbolizando o devir o acontecido e a com h (minusculo) a produção de conhecimento científico sobre
o devir sendo assim a definição mais elaborada seria: história é o conhecimento científico do passado
humano e para tal é necessário um método a tecnica (Techné) está que devem dos gregos e foi
sendo aperfeiçoada até do dia de hoje, em que permanece uma grande influências do séc XVIII e
XIX. O problema então é o apego da ciência desta época a fórmulas, quando a história não se
apresenta com regras concretas a não ser alguns específicos casos, isso leva então a necessidade
de uma academia, um grupo de pesquisadores que exercem a pesquisa, como meio para um fim de
um conhecimento histórico, e que este grupo se auto regule e aprove os textos finais para que estes
possam produzir a doxa é que a fixação do conhecimento na sociedade, e para analisar este passado
de maneira eficaz é necessário o distanciamento do observador do observado do tempo e sociedade
passadas para a que o historiador se encontra, permitindo assim uma percepção mais fria e concreta
do passado humano sendo assim cientificamente acurada;
Assim como Marrou, Paul Veyne trata da mesma maneira, considerando que história seria uma
narrativa do verdadeiro e entende que na ciência existe o Sujeito do Conhecimento e o Objeto do
conhecimento, sendo o sujeito o que se observa é o objeto aquilo que está sendo observado. Porém
as semelhanças se encerram quando Paul Veyne classifica história com algo não científico,
assumindo que história são fatos históricos nao repetitivos, diferentemente da ciência que são fatos
físicos repetitivos naturais, embora existam ainda alguns acontecimentos que se repetem na história,
Como a teoria do surgimento das cidades de fustel de coulanges, finalizando seu pensamento
dizendo que história são fatos que promovem a mudança e que trazem a especificidade. Veyne trata
também acerca da historicidade, que em definição seria entender que obras históricas tem o seu
próprio tempo.
Diante a análise de Prost o tempo da história é precisamente coletivo e social, não é um tempo
moldado, ele está ligado à acontecimentos e fatos, a verdadeira essência de história em harmonia
com os próprios objetos e fatos. No entanto o tempo não é o mesmo para todas as sociedades e isso
se dá por não ser possível concretizar e delimitar a história por completo. Isto é para se fazer história
de fato é necessário que se periodize em blocos os acontecimentos e data possibilitando um estudo
mais específico de uma época e tempos posterior, sucede-se então a criação de um objeto de estudo
e a objetivação do seu tempo o que significa distanciar-se da época anterior, possibilitando então uma
analisar mais precisamente e menos emocional como Marrou também propõe ao falar do método
científico.
Tendo observado todos esses aspectos podemos dizer que fazer então história necessita de uma
dedicação científica e racional de fatos passados, não todos, mas sim os que fazem parte da
humanidade sendo ela um dos nosso ou o mais importante objeto de estudo, não sendo essa ciência
produtora de saber universal como os gregos achavam mas sim de fatores inteligíveis e mutáveis
para a humanidade, exigindo também a regulamentação dos mesmo humanos que a ela interessa,
sendo essa academia um grupo orgânico de validação e desenvolvimento do próprio conhecimento
histórico, que se advém da habilidade de distanciamento que seus integrantes desenvolveram ao
longo do tempo, e todos esses textos nos permitiram inteligir o próprio método de se fazer história ao
longo do tempo levando-nos a entender de onde vem os aspectos do conhecimento históricos e a
relação dos autores com ele

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