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Manual para

Empreendimentos
Anteprojeto de Manual para Empreendimentos
BRK.Ambiental_Anteprojeto de Manual para Empreendimentos_2017.00.docx
Glossário de Termos e Siglas

1. SAA: Sistema de Abastecimento de Água;


2. SES: Sistema de Esgotamento Sanitário;
3. ART: Anotação de Responsabilidade Técnica;
4. PTP: Poço Tubular Profundo;
5. RAP: Reservatório Apoiado;
6. REL: Reservatório Elevado;
7. EEAT: Estação Elevatória de Água Tratada;
8. MS: Ministério da Saúde;
9. SEMA/MA: Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais – Maranhão;
10. SEMMA/SJR: Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Agricultura, Pesca e Abastecimento
– São José de Ribamar/MA;
11. DATUM SIRGAS 2000: Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas;
12. CLP – Controlador Lógico Programável;
13. Manta Geotêxtil – Tecido sintético que envolve a tubulação de drenagem;
14. PEAD – Polietileno de Alta Densidade;
15. PP – Poli Propileno;
16. FoFo – Ferro Fundido;
17. PVC – Cloreto de Poli Vinila;
18. DeFoFo – Diâmetro Externo Equivalente ao Ferro Fundido.
19. SPDA – Sistema de Proteção de Descarga Atmosférica

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Sumário
Glossário de Termos e Siglas .................................................................................................. 2
1. Empreendimentos: ............................................................................................................. 5
1.1. Objetivo: ....................................................................................................................... 5
1.2 Disposições Gerais .......................................................................................................... 5
2. Documentação e Procedimentos Gerais ........................................................................ 6
2.1. Procedimentos para início de Processo ................................................................. 6
2.2. Apresentação do projeto ........................................................................................... 6
2.3. Análise do Projeto ...................................................................................................... 7
2.4. Fiscalização das Obras ............................................................................................. 8
2.5. Recebimento Provisório ............................................................................................ 9
2.6. Recebimento Definitivo .............................................................................................. 9
2.7. Documentação Ambiental e legal .......................................................................... 10
3. Parâmetros Técnicos e Diretrizes para Projeto ........................................................... 11
3.1. Sistema de Abastecimento de Água ..................................................................... 11
3.1.1. Parâmetros de População, Vazões e Pressões .......................................... 11
3.1.2. Produção de Água ............................................................................................ 11
3.1.3. Qualidade de Água........................................................................................... 12
3.1.4. Reservação de Água........................................................................................ 13
3.1.5. Distribuição de Água ........................................................................................ 14
3.1.6. Ramais e ligações ............................................................................................ 14
3.1.7. Da execução das Obras .................................................................................. 15
3.1.8. Validade das Documentações ........................................................................ 15
3.2. Sistema de Esgotamento Sanitário ....................................................................... 16
3.2.1. Parâmetros de DBO, SS, Vazão, Consumo, Infiltração. ............................ 16
3.2.2. Redes ................................................................................................................. 16
3.2.3. Ligações de Esgoto .......................................................................................... 17
3.2.4. Estações Elevatórias (EEE) e Linhas de Recalque .................................... 17
3.2.5. Aspectos eletromecânicos .............................................................................. 19
3.2.6. Projeto de Estação de Tratamento – ETE .................................................... 19
3.2.7. Materiais ............................................................................................................. 20
4. Referências ....................................................................................................................... 22

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1. Empreendimentos:

1.1. Objetivo:

Este documento tem por objetivo disponibilizar às empresas e empreendedores os


procedimentos técnicos, orientações e determinações para elaboração de projetos de Sistemas
de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário em empreendimentos nos municípios de
Paço do Lumiar/MA e São José de Ribamar/MA, sob a concessão da BRK Ambiental Maranhão.

1.2 Disposições Gerais

Toda e qualquer tubulação destinada ao abastecimento público de água ou esgotamento


sanitário pertencente aos municípios de Paço do Lumiar e São José de Ribamar, nos sistemas
operados pela BRK Ambiental Maranhão, deverá ser implantada com aprovação de projeto e a
vistoria das obras.
Após implantação e recebimento definitivo, os equipamentos dos sistemas de saneamento
passarão a integrar o patrimônio dos municípios, mediante Termo de Doação.
Em se tratando de sistemas de abastecimento de água de qualquer empreendimento, é de
responsabilidade da BRK Ambiental Maranhão, além da aprovação do projeto, a vistoria das
obras e de todos os componentes dos sistemas propostos em projeto, previamente aprovado
pela mesma companhia.
Todos os custos referentes a execução e implantação dos projetos e obras e as melhorias
operacionais necessárias para viabilizar o abastecimento de água e esgotamento sanitário do
empreendimento, são de responsabilidade do empreendedor.
Se for de interesse da BRK Ambiental Maranhão, poderá ser firmada em contrato uma
parceria no custeio da obra, visando maior abrangência e otimização do Sistema de
Abastecimento de Água e de esgotamento sanitário.
A aprovação do projeto não exime a responsabilidade do empreendedor e do responsável
técnico contratado pelo mesmo.
A BRK Ambiental Maranhão reserva-se o direito de exigir a demolição e adequação de
sistemas executados sem projetos aprovados pela concessionária.
A BRK Ambiental Maranhão reserva-se o direito de exigir a demolição e adequação de
sistemas executados em desconformidades com os projetos aprovados pela concessionária.
A BRK Ambiental Maranhão reserva-se o direito de solicitar complementações e/ou
readequações no projeto fruto de alteração de legislação e/ou revisão de diretriz interna, até o
momento do Recebimento Definitivo do empreendimento.
Mesmo após o Recebimento Definitivo, permanece a responsabilidade do empreendedor de
realizar todo e qualquer reparo decorrente de vício ou defeito de construção.

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2. Documentação e Procedimentos Gerais

2.1. Procedimentos para início de Processo

O Empreendedor interessado em solicitar parecer da Concessionária sobre o atendimento


de água e esgoto nos municípios de São José de Ribamar e Paço do Lumiar, deverá protocolar
no escritório sede BRK Ambiental Maranhão ofício com a solicitação de emissão de Carta de
Viabilidade para Água e Esgoto para o empreendimento específico.
Para tanto, deverá apresentar junto ao ofício os seguintes dados:
a) Nome do empreendimento;
b) Dados do empreendedor;
c) Dados gerais do empreendimento (economias, tipologia, etc.);
d) Previsão de início de obra;
e) Previsão de término de obra;
f) Planta de localização do loteamento dentro da área do município;
g) Planta topográfica com curvas de nível de metro a metro, em escala legível;
h) Planta de situação (logradouros públicos, quadras, lotes, e quadro resumo de áreas);
Nota: todas as plantas e mapas deverão estar georreferenciadas em DATUM UTM SIRGAS
2000.
Após a apresentação do ofício, em até 05 (cinco) dias úteis, será feito o cadastro do
empreendimento e emissão das taxas de Viabilidade de Interligação de Água e de Esgoto.
Posteriormente ao recebimento do comprovante de pagamento das taxas de viabilidade,
o setor técnico da BRK Ambiental Maranhão realizará a avaliação das condições de atendimento
e emitirá, em até 05 (cinco) dias úteis, parecer através da Carta Consulta de Viabilidade para o
empreendimento.
De posse da Carta Consulta de Viabilidade, o empreendedor deverá proceder à
elaboração dos projetos de SAA e SES, para que sejam submetidos à análise da área técnica
da BRK Ambiental Maranhão.
Nos casos em que houver negativa de Viabilidade atestado pela Carta Consulta emitida,
o empreendedor deverá apresentar a solução técnica para atendimento do abastecimento de
água e do esgotamento sanitário para análise da BRK Ambiental Maranhão, cuja estrutura do
sistema, após sua implantação, será doada ao Município em que estiver implantado e a operação
e manutenção transferidas à Concessionária.
A Carta Consulta de Viabilidade de Atendimento tem validade de 12 (doze) meses a
partir da data de sua emissão.
A Carta Consulta de Viabilidade não concede ao empreendedor direito de iniciar qualquer
tipo de obra, serviço ou soluções alternativas, sem que antes os projetos tenham sido analisados
e aprovados pela BRK Ambiental Maranhão.

2.2. Apresentação do projeto

O empreendedor deverá solicitar ao setor técnico a emissão das taxas de análise para
Projeto de Água (SAA) e para Projeto de Esgoto (SES) e após o pagamento deverá protocolar
01 (uma) via física encadernada em espiral e 01 (uma) via digital em CD, de cada projeto, no
escritório geral de operações da BRK Ambiental Maranhão, acompanhado de ofício formalizando
a solicitação de análise, somente após este procedimento o projeto será analisado pela
Concessionaria.

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Abaixo segue relação de documentos a serem apresentados junto aos projetos SAA e SES:
a) Carta Consulta de Viabilidade de Atendimento;
b) Comprovante de pagamento da Taxa de Análise de Projeto;
c) Anotação de Responsabilidade Técnica do projeto de instalações de água e esgoto,
devidamente assinada e acompanhada de comprovante de pagamento;
d) Levantamento geológico e hidrogeológico visando definição da fonte de captação para
produção de água, se negada a viabilidade de abastecimento pela concessionária;
e) Estudos ambientais para destinação de efluentes sanitários e tratamento de lodo, em
caso de negativa de atendimento de esgotamento sanitário na emissão da Carta de
Viabilidade, expedido pelo órgão responsável de cada município.
Os projetos de SAA e SES deverão conter:
a) Planta de situação do loteamento localizando-o dentro da área urbana, em DATUM
SIRGAS 2000;
b) Planta topográfica com curvas de nível a cada 01 (um) metro da área a ser loteada em
escala legível, em DATUM SIRGAS 2000;
c) Planta urbanística do empreendimento em escala legível contendo logradouros públicos,
quadras, lotes e quadro resumo de áreas, em DATUM SIRGAS 2000;
d) Memorial Descritivo de todos os sistemas propostos;
e) Memorial de Cálculo de todos os sistemas propostos;
f) Diagrama de vazões por trecho de tubulação (água e esgoto);
g) Planta específica com traçado do emissário do efluente, bem como detalhe do ponto de
lançamento conforme outorga;
h) Demais plantas necessárias ao detalhamento do projeto.

2.3. Análise do Projeto

Os projetos finais do SAA e SES deverão ser apresentados encadernados em espiral,


acompanhados da documentação relacionada no item 2.2.
Após a apresentação do projeto e da documentação necessária anteriormente discriminada,
a área técnica da BRK Ambiental Maranhão fará a análise em até 20 (vinte) dias úteis e se
necessário, solicitará informações, plantas e detalhamentos complementares, ou alterações nos
documentos já apresentados, através da emissão de Relatório de Avaliação. Em caso de
reprovação deverá ser revisado e reapresentado iniciando-se o prazo de 20 (vinte) dias úteis
para nova análise.
O projeto somente poderá ser aprovado por profissional de nível técnico (técnico de
saneamento ou técnico de edificações) ou engenheiro (sanitarista ou civil) da BRK Ambiental
Maranhão e deverá ser entregue ao solicitante no escritório onde se originou o processo.
Toda documentação necessária junto aos órgãos competentes para implantação do
empreendimento, inclusive aquelas decorrentes de exigências da BRK Ambiental Maranhão para
viabilização do abastecimento de água ou esgotamento sanitário, deverão ser providenciadas e
custeadas pelo empreendedor.
Uma vez aprovado o projeto, o interessado deverá apresentar à BRK Ambiental Maranhão
03 (três) cópias físicas idênticas para receberem o carimbo de aprovação, e mais 01 (uma) via
em meio digital.
As 02 (duas) vias físicas e uma via digital farão parte do arquivo técnico da BRK Ambiental
Maranhão, sendo a terceira via devolvida ao interessado com o carimbo de aprovação.

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A via digital deverá conter os projetos de SAA e SES em extensão .dwg, as planilhas de
dimensionamento das redes em extensão .xls, os memoriais descritivos e de cálculo dos
sistemas projetados, e demais anexos que se fizerem necessários nas extensões .pdf ou .doc.
A validade da aprovação do projeto é de 02 (dois) anos a partir da data de emissão do
parecer de aprovação pela BRK Ambiental Maranhão.
As alterações do(s) projeto(s) após aprovação pela BRK Ambiental Maranhão, deverão
ser reapresentadas, para nova análise e aprovação, estando passíveis de emissão de novas
taxas.

2.4. Fiscalização das Obras

A BRK Ambiental Maranhão não se responsabiliza por obras executadas sem sua
análise prévia e aprovação dos projetos dos SAA e SES.
As obras que forem executadas sem o prévio conhecimento e fiscalização da BRK
Ambiental Maranhão estarão sujeitas a serem refeitas total ou parcialmente.
O empreendedor informará a BRK Ambiental Maranhão, através de ofício, o início das
obras e garantirá o acesso supervisionado de técnicos da concessionária quando necessário
Após o término dos serviços, o interessado fornecerá cópia do relatório fotográfico da
execução da obra contendo assinatura do responsável técnico.
Concluídas as obras de implantação da rede de abastecimento de água e esgotamento
sanitário, o empreendedor solicitará a BRK Ambiental Maranhão a vistoria dos serviços
realizados, mediante a apresentação do cadastro dos SAA e SES, em arquivo na extensão dwg,
georreferenciadas com DATUM SIRGAS 2000.
Após a realização da vistoria e, tendo sido constatado pela equipe técnica da BRK
Ambiental Maranhão a inexistência de pendências, o Empreendedor deverá solicitar a
interligação do empreendimento às redes públicas de água e de esgotamento sanitário, ou
deverá solicitar a emissão do Termo de Recebimento Provisório conforme procedimento
específico da concessionária - para fins de início da Operação dos Sistemas construídos.
O empreendedor deverá entregar à BRK Ambiental Maranhão os Termos de Doação aos
municípios, devidamente registrados em cartório, das áreas e equipamentos que fizerem parte
dos SAA e SES dos empreendimentos, juntamente com ofício oficializando o pedido de
transferência de titularidade das ligações de energia elétrica das unidades operacionais dos
sistemas recebidos.
O munícipio incorporará ao seu patrimônio as estruturas dos SAA e SES tais como
poços, reservatórios, redes de água, estações de tratamento, elevatórias de recalque de esgoto,
e outros equipamentos executados por terceiros, mediante apresentação do cadastro técnico
das instalações, o qual deverá estar de acordo com as normas da BRK Ambiental Maranhão.
No empreendimento em que for autorizada a interligação final às redes públicas dos
sistemas SAA e SES implantados, deverá ser executada pela concessionária, sendo que os
materiais utilizados deverão ser fornecidos pelo empreendedor, conforme projeto aprovado.
O empreendedor deverá reparar e/ou substituir, qualquer material que esteja defeituoso,
ou que tenha sido alterado no decorrer das obras, em até 60 (sessenta) dias após a notificação
por parte da BRK Ambiental Maranhão.

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2.5. Recebimento Provisório

Após a conclusão das obras caberá ao empreendedor a solicitação por meio de ofício,
documentado conforme procedimento específico da concessionária, a realização de vistoria
técnica para avaliação do Recebimento Provisório dos SAA e SES.
Caberá a concessionária a decisão de vincular o recebimento do SAA ao recebimento do
SES, ou de recebê-los separadamente.
Após a realização da vistoria pela BRK Ambiental Maranhão, será emitido o relatório técnico
onde serão relacionadas, caso haja, pendências e discordâncias com o projeto aprovado, bem
como outras observações pertinentes relacionadas à operacionalização do sistema. É de
responsabilidade do empreendedor providenciar a correção desses apontamentos, antes de
solicitar nova vistoria.
Caso o Relatório de Vistoria informe que há condições de operacionalidade do sistema, será
emitido o Termo de Recebimento Provisório.
O Termo de Recebimento Provisório responsabiliza a concessionária pela operação,
conservação e manutenção dos sistemas recebidos, garantindo às suas equipes de manutenção
e operação, ampla e irrevogável autorização de acesso livre e permanente aos locais onde se
encontra instalada a rede de abastecimento e a rede de esgotamento, bem como os
equipamentos que as integram, tornando-a pública.
Após o recebimento provisório, no prazo mínimo de 180 (cento e oitenta) dias, a
concessionária emitirá relatório de inspeção geral, inclusive levantamento de atendimento à
legislação ambiental, da infraestrutura de abastecimento de água e de esgotamento objetos do
presente termo.
Para empreendimentos não habitados, em casos específicos em que não seja possível
acompanhamento da operacionalização dos SAA e SES, o período de recebimento provisório
poderá ser estendido, desde que solicitado formalmente pelo empreendedor, até que se tenha
condições de avaliação dos sistemas em plena operação.
Caso o relatório emitido pela BRK Ambiental Maranhão aponte que a infraestrutura dos
sistemas indicados não foi executada de acordo com os projetos apresentados e/ou de acordo
com as normas técnicas em vigor, o empreendedor será notificado para em até 10 (dez) dias
iniciar os trabalhos corretivos necessários.
O empreendedor deverá executar o reparo das falhas apontadas no relatório de inspeção do
período de recebimento provisório, inclusive a regularização de itens que implicam em passivos
ambientais, dentro do prazo estabelecido pela BRK Ambiental Maranhão no referido relatório.
Caso o empreendedor proceda com a execução de todos os reparos apontados no relatório
de inspeção, dentro do prazo ali estabelecido, a BRK Ambiental Maranhão fará nova vistoria da
infraestrutura recebida, para que a seja avaliada a execução conforme os projetos aprovados e
normas técnicas em vigor.

2.6. Recebimento Definitivo

Ao final do período de Recebimento Provisório e após a constatação pela BRK Ambiental


Maranhão de que a infraestrutura recebida foi executada de acordo com os projetos aprovados,
normas técnicas em vigor e não tendo mais pendências, caberá ao empreendedor solicitar por
meio de ofício, documentado conforme procedimento específico da concessionária, a emissão
do Termo de Recebimento Definitivo para o empreendimento.

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O empreendedor será o único responsável legal originado de atos ou fatos ocorridos
anteriormente à celebração do Termo de Recebimento Definitivo, em relação aos respectivos
serviços e sistemas, devendo manter a BRK Ambiental Maranhão isenta de qualquer
responsabilidade no caso de afronta à legislação ambiental pelo lançamento de efluentes sem
tratamento ou tratamento inadequado.
A concessionária somente terá qualquer responsabilidade a partir da emissão do Termo de
Recebimento Definitivo. O recebimento definitivo da infraestrutura não exime o empreendedor
ou os responsáveis técnicos sobre as estruturas projetadas e executadas, bem como do dever
de realizar todo e qualquer reparo decorrente de vício oculto ou defeito de construção.

2.7. Documentação Ambiental e legal

O empreendedor é o responsável pela viabilização de toda documentação ambiental relativa


aos Sistemas de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário de empreendimentos a
serem recebidos para operação da Concessionária.
Para fins de emissão do Recebimento Definitivo dos sistemas, toda documentação
necessária ao atendimento dos requisitos legais para operação do SAA e SES deverá ser
apresentada, dentro do prazo de validade, para análise da Concessionária, dentre eles:
Sistema de Abastecimento de Água:
 Outorga de captação de água subterrânea ou superficial, para abastecimento público,
acompanhada das evidências de cumprimento das condicionantes ambientais que
constarem na autorização, até a data do recebimento definitivo.
Sistema de Esgotamento Sanitário:
 Licença de Operação da Estação de Tratamento de Esgoto e suas respectivas
evidências de cumprimento das condicionantes ambientais até a data do recebimento
definitivo;
 Licença de Operação da Estação Elevatória de Esgoto e suas respectivas evidências
de cumprimento das condicionantes ambientais até a data do recebimento definitivo;
 Alvará de funcionamento da Estação de Tratamento de Esgoto;
 Alvará da vigilância Sanitária da Estação de Tratamento de Esgoto;
 Certificado de Aprovação do Corpo de Bombeiros do Estado do Maranhão para
Estação de Tratamento de Esgoto.

A emissão, renovação e elaboração de documentações complementares para atendimento


às condicionantes das licenças e outorgas é responsabilidade do empreendedor, sendo
transferida à Concessionária após a emissão do Recebimento Definitivo.
A concessionária se reserva o direito de solicitar documentações complementares, além dos
destacados nesse manual, para atendimento dos requisitos legais.

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3. Parâmetros Técnicos e Diretrizes para Projeto

Todas as unidades que compõem o SAA quanto o SES deverão possuir projeto de
urbanização.
O SAA e SES devem ser implantados conforme as necessidades técnicas e urbanísticas do
empreendimento e do entorno onde será inserido, respeitando as demandas operacionais da
concessionária.
O projeto urbanístico deverá apresentar a área das unidades, os limites do terreno,
vizinhanças, disposição dos acessos, áreas de manobra de veículos, delimitação e especificação
de pavimentação interna, muros com cercamentos, iluminação de pátios internos e tipo de
pavimentação do acesso externo.
A implantação destes equipamentos deverá garantir o livre e exclusivo acesso das equipes
da concessionária, e estar integrada ao arruamento e via pública.
Nos casos de empreendimentos situados em bacias em que a Carta de Viabilidade informar
a negativa de atendimento do esgotamento sanitário, deverá ser apresentado junto ao projeto do
SES a solução técnica para tratamento do efluente, incluindo estrutura para recalque se
necessário, obedecendo todos os critérios e padrões da ABNT e conforme Lei Estadual 9550/12.
A BRK Ambiental Maranhão se reserva o direito de exigir mudanças no que se refere à
implementação de novos materiais em substituição aos usuais, bem como adotar novos
parâmetros gerais pertinentes ao projeto.
O empreendedor deverá viabilizar o comissionamento e startup dos sistemas.

3.1. Sistema de Abastecimento de Água

3.1.1. Parâmetros de População, Vazões e Pressões

Os seguintes parâmetros e considerações deverão ser adotados aos projetos de SAA:


a) Coeficiente do dia de maior consumo (K1): 1,2;
b) Coeficiente da hora de maior consumo (K2): 1,5;
c) Coeficiente da hora de menor consumo (K3): 0,5;
d) Consumo per capita de 150 litros por habitante por dia;
Para a taxa ocupacional do loteamento serão consideradas no mínimo 4 (quatro) pessoas
para cada economia. Para valores diferentes desse, cabe ao empreendedor apresentar
justificativa técnica a ser analisada pelas equipe BRK Ambiental Maranhão.
Considerar a pressão dinâmica mínima de 10 mca e pressão estática máxima na rede de
distribuição de 50 mca.

3.1.2. Produção de Água

Em sistemas que utilizam Poços Tubulares Profundos (PTP) como manancial de


produção, deverá ser considerado o tempo máximo de 16 (dezesseis) horas de operação por
dia, para fins de elaboração das estimativas de demanda de projeto.
Os sistemas de produção e distribuição devem ser dotados de automação que garantam
o a autonomia de funcionamento dos equipamentos, incluindo paradas programadas, segurança
contra extravasamento, revezamento de equipamentos.

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Não serão aceitos PTP com diâmetro menor do que 08 (oito) polegadas.
Não serão aceitos edutores menores do que 21/2 (duas e meia) polegadas, ou que
causem perda de carga excessiva. Fica a critério da equipe técnica da BRK Ambiental Maranhão
avaliar essa escolha.
Deverá ser apresentada a planilha de dimensionamento da bomba a ser instalada no
PTP, bem como o ponto de trabalho na curva de operação. Essa planilha também deverá indicar
a altura manométrica da bomba, a vazão de produção, a perda de carga no edutor, nível estático
do poço, nível dinâmico do poço e capacidade específica do poço.
Para sistemas de produção que demandem potências maiores ou iguais a 12 (doze) cv,
será necessária a instalação de softstarter no quadro de comandos para acionamento da bomba.
Para sistemas de produção que demandem potências maiores ou iguais a 12 (doze) cv,
será necessária a instalação de subestação de energia elétrica, que atenda aos requisitos da
concessionária de energia elétrica local.
Fica a cargo da BRK Ambiental Maranhão a exigência de entrega por parte do
empreendedor de equipamentos reserva eletromecânicos.
Para avaliação do recebimento de PTP deverá ser providenciada a seguinte
documentação:
a) Autorização de uso de água (outorga) válida;
b) Perfil construtivo do poço;
c) Perfil litológico;
d) Perfil hidrogeológico;
e) Estudo de disponibilidade hídrica do manancial;
f) Documentação de Responsabilidade Técnica (ART) referente à execução do poço,
acompanhado do comprovante de pagamento;
g) Teste de vazão escalonado com 04 (quatro) vazões diferentes e conforme modelo
padrão da concessionária;
h) Análises físico-químicas e microbiológicas, respeitando a portaria 2.914 de 2011 do
Ministério da Saúde e resolução CONAMA 396, recentes e feitas em laboratório
independente;
i) Esquema elétrico do quadro de comando da bomba do poço;
j) Diagrama unifilar do quadro de comandos;
k) Projeto de aterramento da estrutura elétrica e metálica.
A produção de toda e qualquer documentação ou licença, relacionada a captação de
água bem como os processos junto aos órgãos competentes, são de responsabilidade do
empreendedor.
A especificação da estrutura de apoio, para abrigo do quadro de comando de bomba,
deve seguir o padrão BRK Ambiental Maranhão.

3.1.3. Qualidade de Água

Para cada um dos mananciais, deverá ser apresentada a análise físico-química e


microbiológica da água bruta, de acordo com o que exige a portaria vigente, feita em laboratório
isento e assinado por profissional qualificado.
Conforme o resultado das análises, o empreendedor deverá apresentar o método de
tratamento necessário, de forma a garantir que a produção de água para atendimento do
empreendimento se encontra dentro dos parâmetros exigidos pela portaria 2.914 de 2011 do
MS.

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Para Unidades de Tratamento Simplificado (cloração e fluoretação) deve ser utilizado o
sistema padrão utilizado pela BRK Ambiental Maranhão.
A especificação da estrutura de apoio para abrigo do sistema de tratamento deve seguir
o padrão utilizado pela BRK Ambiental Maranhão.
Após tratamento, o empreendedor deverá realizar novos testes físico-químicos e
microbiológicos que demonstrem que o padrão de potabilidade da água distribuída está de
acordo com o exigido pela portaria 2.914 de 2011 do Ministério da Saúde e resolução CONAMA
396, inclusive quanto aos residuais de cloro e flúor, tanto na saída do tratamento quanto nas
redes de distribuição.
Para Estações de Tratamento de Água (ETA), cabe a BRK Ambiental Maranhão solicitar
projetos e informações complementares.

3.1.4. Reservação de Água

Em sistemas independentes, o volume de reservação deverá ser dimensionado levando


em consideração a eficiência energética do bombeamento e as paradas de produção horo-
sazonais.
O dimensionamento de Reservatórios Elevados (REL) deverá garantir a autonomia de 3
(três) horas de consumo no dia de maior consumo (K1).
Para o dimensionamento de Reservatórios Apoiados (RAP), deverá garantir a autonomia
de 8 (oito) horas de consumo no dia de maior consumo (K1).
A seguir, seguem demais considerações no desenvolvimento dos sistemas de
reservação:
a) Deve-se considerar o nível de fundo do reservatório para o dimensionamento das
pressões na rede de distribuição;
b) O projeto do reservatório deve apresentar descarga para limpeza, extravasor e
demais itens descritos na ABNT NBR-12217 - Projeto de reservatório de distribuição
de água para abastecimento público;
c) O volume de reservação exigido para o loteamento não deverá ser dividido, salvo
por justificativa técnica apresentada pelo empreendedor e aprovada pela BRK
Ambiental Maranhão;
d) O projeto do reservatório deve indicar as cotas dos níveis de água mínimo e máximo;
e) Os reservatórios individuais, instalados nas economias, não devem ser
contabilizados como parte do volume útil de reservação;
f) Deverá ser prevista a instalação de equipamentos de segurança, conforme norma,
garantindo o acesso para limpeza e vistoria.
Os detalhes de dimensionamento dos reservatórios deverão ser apresentados em
planilhas no formato .xls, bem como indicados em plantas técnicas detalhadas incluindo cortes,
plantas, elevações, detalhes típicos e projeto estrutural.
A especificação de acabamento para Reservatório deve seguir o padrão BRK Ambiental
Maranhão.
O acesso ao reservatório deverá ser garantido através de escada conforme norma de
segurança.
As tubulações de alimentação, distribuição, extravasor e limpeza que se apresentarem
expostas deverão ser executadas em aço carbono ou ferro fundido, devendo receber pintura
conforme especificação padrão da BRK Ambiental Maranhão.

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Deverá ser apresentada a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), do
responsável pelo projeto e pela execução do sistema de reservação, acompanhada do
comprovante de recolhimento da devida taxa.
Os sistemas de produção e distribuição devem ser dotados de automação que garantam
o a autonomia de funcionamento dos equipamentos, incluindo paradas programadas, segurança
contra extravasamento, revezamento de equipamentos.

3.1.5. Distribuição de Água

Para a rede de distribuição de água tratada deve ser adotada pressão dinâmica mínima
de 10 mca e pressão estática máxima de 50 mca.
As redes de distribuição devem ser alocadas levando-se em consideração a regularidade
de pressões durante o dia, o controle de perdas de água e a definição de setores de manutenção.
O diâmetro mínimo para a tubulação das redes de distribuição deve ser de DN 50 em
PVC PBA classe 0,75 MPa JEI.
A planta das redes de distribuição deve apresentar as seguintes informações: material
da tubulação, classe de pressão, comprimento dos trechos, identificação das conexões,
localização de equipamentos, indicação de descarga de rede, ventosas, registro de manobra e
macromedidor, dentre outros caso estejam presentes.
O projeto deve apresentar, ainda, o perfil da instalação da rede, indicando a profundidade
da tubulação e a distância em relação à testada do imóvel, assim como a largura do passeio.
Devem ser incluídos os detalhes de ancoragem das conexões da rede de distribuição e
das linhas de recalque.
O projeto deve apresentar o detalhamento das instalações e do abrigo de proteção dos
registros de manobra, de descarga e dos hidrantes, se for o caso.
Devem ser especificados a função e a localização dos registros de manobra e descarga
nos projetos do SAA.
É obrigatório o uso de, no mínimo, 01 (um) registro de descarga, na cota mais baixa do
loteamento. Este registro deverá ser instalado em “Caixas de Registro de Descarga”.

3.1.6. Ramais e ligações

A hidrometração das economias deverá ser individualizada e instalada de forma a


permitir o acesso seguro e livre da concessionária para aferição do consumo, conforme padrão
da BRK Ambiental Maranhão.
O interessado deverá executar as ligações com o fornecimento de água interrompido,
através de aplicação de cap na tubulação de alimentação da unidade de micromedição. As
tampas da caixa de abrigo deverão ser lacradas, após vistoria para recebimento da
concessionária.
Os hidrômetros das ligações devem ser entregues instalados e devem atender à relação
de fornecedores homologados pela BRK Ambiental Maranhão.
Em sistemas com concepção de reservação inferior, deve ser previsto hidrometração do
ponto da alimentação, além da macromedição do ponto de fornecimento principal e da
micromedição individualizada.

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3.1.7. Da execução das Obras

As redes de distribuição de água e seus acessórios devem ser assentados em


logradouros públicos, servidões de passagem ou em terrenos, ambos passíveis de escrituração
e destinados ao SAA do empreendimento, somente após aprovação dos respectivos projetos
pela BRK Ambiental Maranhão.
A execução e implantação dos projetos devem ser custeadas pelo empreendedor. Caso
haja interesse da concessionária, em decorrência de projetos de expansão do SAA dos
municípios de abrangência da concessão, poderá ocorrer participação no custeio da obra.
Os eixos das tubulações de água devem estar localizados no logradouro público, a uma
distância de 1,5 metros do alinhamento do meio fio do passeio em que estiver instalada a rede
de energia elétrica.
Para reservatórios em fibra, ou outro material, com volume até 25 m³, deverá ser
projetada plataforma de acesso devidamente protegida de acordo com NBR, garantindo-se área
de circulação mínima de 80 (oitenta) centímetros.
Croquis, detalhes e demais informações relativas a serviços executivos, tais como
implantação de redes, assentamentos, execução de caixas de proteção para válvulas diversas,
alambrados, portões, ancoragem de conexões, dentre outros, consultar detalhes da
concessionária.
Nos casos em que o projeto for omisso em relação ao detalhe construtivo, prevalecerá a
orientação da BRK Ambiental Maranhão.

3.1.8. Validade das Documentações

a) Carta Consulta de Viabilidade de Atendimento: 12 (doze) meses, contados a partir da


data de emissão;
b) Aprovação de Projeto: 02 (dois) anos, contados a partir da data de emissão do termo de
aprovação;
c) Vistoria para Recebimento Provisório: 60 (sessenta) dias, contados a partir da data de
emissão do relatório;
d) Termo de Recebimento Provisório: mínimo de 90 (noventa) dias, contados a partir da
emissão e prorrogável conforme necessidade do empreendimento;
e) Vistoria para Recebimento Definitivo: 60 (sessenta) dias, contados a partir da data de
emissão do relatório;
f) Termo de Recebimento Definitivo: vigência do contrato de concessão firmado entre os
municípios e a BRK Ambiental Maranhão.
Em caso de vencimento do prazo de validade do documento - Carta Consulta de
Viabilidade; Aprovação de Projeto; Termo de Recebimento Provisório – a solicitação de
renovação de prazo deverá ser feita através de ofício protocolado na sede BRK Ambiental
Maranhão.
Para revalidação do projeto deverá ser apresentada 01 (uma) cópia física do projeto já
aprovado anteriormente.
Ainda para revalidação, o projeto deverá estar de acordo com a padronização atual da
BRK Ambiental Maranhão, no que diz respeito aos materiais e equipamentos.

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3.2. Sistema de Esgotamento Sanitário

3.2.1. Parâmetros de DBO, SS, Vazão, Consumo, Infiltração.

Os seguintes parâmetros e considerações deverão ser adotados para os projetos de


SES:
a) , /habitante.dia: 54g;
b) SS/habitante.dia (ss=sólidos em suspensão): 60g;
c) Coeficiente do dia de maior consumo (K1): 1,2;
d) Coeficiente da hora de maior consumo (K2): 1,5;
e) Coeficiente da hora de menor consumo (K3): 0,5;
f) Taxa de infiltração: 0,5 L/s.km;
g) Recobrimento mínimo na via pública em relação à soleira superior da tubulação: 0,90m;
h) Recobrimento mínimo em passeio em relação à soleira superior da tubulação: 0,60m;
i) Diâmetro mínimo em PVC para esgoto sanitário (NBR referente tubo PVC rígido coletor
esgoto sanitário): 150 mm;
j) Período de detenção dos despejos no tanque séptico por faixa de contribuição diária (T):
0,50;
k) Período de detenção dos despejos no filtro anaeróbio por faixa de vazão diária e
temperatura do esgoto maior do que 25ºC (T): 0,50;
l) Taxa de acumulação total de lodo no tanque séptico, em dias, por intervalo entre
limpezas e temperatura do mês mais frio (para t≥20ºC) (K): 57;
m) A contribuição per capita para unidades residenciais nos municípios de São José de
Ribamar e Paço do Lumiar é de 80% do consumo diário.
Para a taxa ocupacional do loteamento serão consideradas no mínimo 4 (quatro)
pessoas para cada economia. Para valores inferiores, cabe ao empreendedor apresentar
justificativa técnica a ser analisada pelas equipe BRK Ambiental Maranhão.

3.2.2. Redes

a) O empreendedor deverá apresentar para análise e aprovação da BRK Ambiental


Maranhão, o Memorial Descritivo, Memorial de Cálculo, Planilha de Dimensionamento
da rede, Planilha Quantitativa de Material, Projetos e Perfil da Rede Coletora.
b) A rede coletora deve ser dimensionada de forma a atender todo o loteamento.
c) Áreas desmembradas e remanescentes devem ser previstas no dimensionamento da
rede coletora.
d) A rede coletora deve ser assentada no eixo da via, sobre valas devidamente preparadas
e re-compactadas conforme respectiva norma técnica (NBR 9814).
e) Nas vias maiores que 09 (nove) metros de largura, ou com canteiro central, é obrigatório
a implantação de rede coletora nos dois lados da via.
f) Para redes com profundidade maior ou igual a 03 (três) metros, deve ser previsto rede
auxiliar para conexão das ligações.
g) O início da rede coletora deve ser previsto poço de visita.
h) Nos projetos de redes cada trecho deverá ser identificado com numeração, comprimento
(m), diâmetro da rede (DN) e declividade.
i) Os poços de visita das redes devem ser indicados no projeto, acompanhados das
informações de cota do terreno, cota de tubulação de montante, profundidade do PV,
numeração dos PV’s, altura do degrau e cota da soleira.
j) A distância máxima entre poços de visita deve ser de 75 (setenta e cinco) metros e as
tampas devem ser em ferro fundido dúctil.
k) Em toda entrada e saída de PVs deverá ser colocado Adaptador Bolsa Coletor x Ponta
Cerâmica.

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l) Na construção dos PVs deve ser utilizado impermeabilizante tanto no concreto da laje
de fundo, quanto na argamassa das juntas de assentamento e do reboco interno e
externo. Ainda deverá ser executada impermeabilização
m) Quando o coletor apresentar degrau com altura maior ou igual a 75 (setenta e cinco)
centímetros deve ser previsto tubo de queda.
n) Para redes projetadas com profundidade entre 03 (três) e 05 (cinco) metros deve ser
utilizado tubo corrugado. Para redes com profundidade acima de 05 (cinco) metros deve
ser utilizado tubo em FoFo TK7 JE aluminosos.
o) A limpeza da rede de esgoto, para fins de recebimento, é de responsabilidade do
empreendedor, devendo ser acompanhada pela concessionária.
p) A vistoria dos poços de visita deverá ser executada pela concessionária acompanhada
do projeto aprovado, ou as built apresentado pelo Empreendedor.
q) O diâmetro interno dos Poços de Visita deve respeitar a variação de diâmetro da rede
coletora, conforme Tabela 1 a seguir.
r) Não serão aceitos tubulações com diâmetros inferiores à 150 mm.
Diâmetro máx. do Diâmetro Interno do PV Diâmetro da base de Diâmetro da base de
Profundidade do PV (m) Material do PV
coletor de saída (mm) (mm) concreto (mm) brita (mm)
150 600 ≤ 1,50 1500 1800
Alvenaria de tijolos maciços,
150 800 ≤ 2,50 1500 2000
ou blocos de cimento, ou
350 1000 ≤ 4,00 1700 2200
anéis de concreto.
350 1200 > 4,00 1900 2400
400 1000 > 4,00 1700 2200 Alvenaria de tijolos maciços,
500 1200 > 4,00 1900 2400 ou blocos de cimento, ou
600 1400 > 4,00 2200 2800
700 1400 > 4,00 2200 2800
800 1800 > 4,00 2600 3200
Alvenaria de blocos de
900 1800 > 4,00 2600 3200
cimento.
1000 2200 > 4,00 3000 3600
1200 2200 > 4,00 3000 3600
1500 2500 > 4,00 3300 3900

Tabela 1: Dimensões dos poços de visita para rede coletora.

3.2.3. Ligações de Esgoto

a) O Empreendedor deverá executar todas as ligações prediais de esgoto sanitário na


testada do imóvel, com declividade mínima de 2%.
b) Os ramais deverão ser em tubo de PVC para esgoto sanitário, no diâmetro de 100mm,
para caixas de inspeção que recebam contribuições de até 12 (doze) economias. Para
as caixas de inspeção que recebam contribuições de mais de 12 (doze) economias o
diâmetro é de 150mm.
c) Para empreendimentos com lotes vagos, o ramal deverá ser de diâmetro 150mm, com
caixa de inspeção entregue lacrada.
d) As caixas de inspeção deverão ser locadas nos passeios, receber tampas em ferro
fundido dúctil e ter profundidade mínima de 70cm, devendo ser construídas em tubo de
concreto de diâmetro de 40cm para contribuição de até 12 (doze) economias e 60cm
para contribuição acima de 12 (doze) economias.
e) Todos os ramais devem apresentar um cap/plug na extremidade.
f) As tampas das caixas de inspeção devem ser identificadas.

3.2.4. Estações Elevatórias (EEE) e Linhas de Recalque

a) A apresentação do Projeto de EEE deve conter: estudo de transientes hidráulicos,


definição de equipamentos de proteção, curva do sistema, dimensionamento dos
barriletes de sucção e de recalque.
b) Os memoriais de cálculo devem ser acompanhados de perfil reduzido da linha de
recalque, com todas as informações necessárias a análise.
c) Deverão ser apresentadas ARTs e plantas necessárias ao completo entendimento do
projeto e seus detalhes.

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d) Para atendimento as normas ABNT referentes a sistemas de bombeamento de esgotos
sanitários consultar a NBR 12208.
e) As linhas de recalque para diâmetros de 100mm até 500mm devem ser executadas em
FoFo aluminoso, ou DeFoFo. Para diâmetros acima de 500mm poderá ser utilizada
tubulação em aço devidamente normatizado com revestimento interno próprio para
esgoto.
f) Para alturas manométricas acima de 10mca devem ser apresentados estudos de
transientes hidráulicos.
g) Nas estações elevatórias, as válvulas utilizadas devem ser do tipo gaveta com cunha de
alumínio e junta elástica nitrílica, ou válvula gaveta de ferro fundido nodular com cunha
emborrachada (NBR 14968).
h) Toda EEE deve prever gradeamento grosso, gradeamento fino, extravasor com
comporta, canal desarenador com 02 (dois) canais, medidor de vazão tipo calha Parshall,
medidor de nível automatizado, cesto de coleta, poço de sucção.
i) Deverá contemplar poço bipartido em 02 (duas) câmaras independentes,
hidraulicamente comunicantes através de registro de gaveta.
j) Deve ser previsto estrutura para içamento de bombas e cestos.
k) Se houver necessidade de rampa de acesso ao poço das bombas, garantir que tenha
no máximo 25º de inclinação e largura mínima de 1,2 m.
l) As tampas, guarda-corpos, corrimãos devem atender aos parâmetros de segurança
previstos por norma.
m) As dimensões do terreno escolhido devem satisfazer as necessidades de início e fim de
plano.
n) A área interna da EEE deverá ter espaço físico suficiente para montagens e manutenção.
o) Para o compartimento de apoio prever iluminação e ventilação adequados, sendo que a
utilização de janelas deve contemplar grades de segurança.
p) Devem ser previstas portas duplas para movimentação de material com travas e chaves,
e pé-direito com no mínimo 2,8 metros a partir da entrada da estrutura.
q) A submergência “S”, que é a diferença entre o nível mínimo do poço e a GS do tubo, da
bomba no poço de sucção deverá ser S > 2,5DN sendo S > ou = 0,50 m (NBR 590).
r) A EEE deverá conter sistema de drenagem externo (coletar águas pluviais) e interno
(coletar águas de lavagem), está direcionada ao poço de sucção.
s) A elevatória não deve ser construída em área de inundação. A comprovação deste item
deverá ocorrer pela apresentação do estudo hidrológico dos últimos 50 (cinquenta) anos
e a planta de localização deverá conter a cota de inundação.
t) Deve ser previsto acesso de caminhões e máquinas à área da EEE.
u) Deve ser previsto instalação de água potável.
v) Deve ser prevista estrutura de casa de apoio, em laje de concreto e cobertura em telha
cerâmica, com previsão de instalação sanitária.
w) Deve ser previsto local para armazenamento de cal e disposição de resíduos gerados.
x) Deverá ser executada calçada em concreto com espessura de 05 cm e de, no mínimo,
01 metro em torno de toda a instalação civil da elevatória.
y) A área interna deve ser pavimentada, sendo que no acesso de veículos deve ser previsto
piso intertravado ou laje de concreto.
z) Projetos de elevatória em áreas verdes, institucionais ou áreas de proteção permanente
(APP) devem apresentar as devidas anuências e autorizações dos órgãos competentes.
aa) É importante salientar que o tipo de cimento, o traço do concreto com seus aditivos e o
recobrimento das armaduras (igual ou superior a 05 cm) deverão resultar em uma
estrutura resistente aos agentes hostis existentes no esgoto. Pois o meio é fortemente
agressivo pelo ataque químico de sulfatos. Inclui-se neste item parede mínima de 25 cm.
bb) Em meio agressivo ou pouco agressivo usar um concreto com traço adequado, como
Tabela 2 indicado por K.Beer [85].

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Itens Traço Concreto Valores
Teor mínimo de cimento RS, resistente a sulfatos > 335 kg/m3
Teor de micro-sílica 17 kg/m3
Pedra 1130 kg/m3
Areia 744 kg/m3
Relação água / (cimento +micro-sílica) 0,38
Superplastificante de acordo com o abatimento (slump) desejado; -
Abatimento ( Slump) 75mm a 100mm
Massa específica 2220 kg/m3 a 2490 kg/m3
Resistência à compressão ( fck) > 38 Mpa
Ensaio de permeabilidade ASTM C 1202 = Q < 2000 Coulombs
Ensaio de profundidade de penetração da água conforme NBR 10787/94 máximo 30mm

Tabela 2: Traço do concreto para meio agressivo, K.Beer [85].


Os sistemas de coleta e transporte de esgoto devem ser dotados de automação que
garantam o a autonomia de funcionamento dos equipamentos, incluindo paradas programadas,
segurança contra extravasamento, revezamento de equipamentos.

3.2.5. Aspectos eletromecânicos

a) Para dimensionamento do conjunto motor-bomba, deverão ser garantidos os critérios


estabelecidos pela NR-10, desde o projeto até o recebimento.
b) Devem ser apresentados o dimensionamento completo, contendo tempo de detenção,
curva do sistema de recalque, curva da bomba, lista de especificação de materiais e
memória de cálculo.
c) Deve ser prevista instalação de iluminação interna, e externa através de holofotes com
acionamento por fotocélula.
d) As caixas de passagem de fiação subterrânea, quando houver, devem ser fechadas com
tampa de concreto.
e) Deve ser previsto no mínimo duas tomadas de força próximas ao painel de comando
para uso de equipamentos auxiliares.
f) O padrão de entrada de energia deve ser instalado de forma que a leitura do medidor
seja realizada sem necessidade de acessar a elevatória.
g) O disjuntor de funcionamento deve ser instalado para o lado interno da estrutura.
h) Bombas centrífugas quando utilizadas devem ser tipo auto-escorvante quando não
houver poço seco.
i) A EEE deve prever gerador de emergência que atenda o sistema de bombas e
iluminação.
j) O sistema de automação deverá ser elaborado de forma que seja dispensada a presença
de operador na EEE.

3.2.6. Projeto de Estação de Tratamento – ETE

a) São itens obrigatórios do projeto da ETE os acessos de veículos de médio porte para
serviços de operação e manutenção, a iluminação, casa de química, sistema para
secagem de lodo, pavimentação, cercamento e instalação sanitária.
b) A ETE deve contemplar Tratamento Preliminar, Recalque de Esgoto Bruto, Tratamento
Biológico, Tratamento e Disposição de Lodo.
c) Para composição da etapa de tratamento preliminar deve ser previsto canal de
gradeamento, canal desarenador, medidor de nível por calha Parshall.
d) Para Recalque ver notas do item 3.2.4.

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e) Para o Tratamento Biológico, deverá considerar a aplicação dos processos adequados
de acordo com o nível de tratamento requerido para obter efluente que atenda à
legislação.
f) O tratamento deverá prever remoção de carga orgânica e nitrogênio com processo
biológico e estabilização de lodo, remoção de fósforo, tratamento terciário quando
aplicável, desinfecção.
g) Deverá ser previstos sistema de adensamento e desaguamento do lodo produzido de
forma a gerar material sólido que possa ser disposto em aterros sanitários licenciados
para resíduos sólidos da classe II A.
h) Para o poço de sucção, o controle das vazões das bombas de recalque de esgoto deve
ser realizado por variação automática da rotação dos motores, em função do nível no
poço de sucção.
i) A pressão de recalque e a vazão devem ser variáveis para detecção de anomalias na
linha de recalque, com previsão de alarme e desarme de conjunto moto-bomba.
j) A ETE deve prever gerador de emergência que atenda o sistema de bombas e
iluminação.
k) O empreendedor deve elaborar o projeto da ETE e considerar a aplicação dos processos
adequados de acordo com o nível de tratamento requerido para obter o parâmetro de
efluente que atenda à legislação.
l) Deverão ser considerados os seguintes parâmetros de qualidade, no mínimo, para o
efluente das ETE’s: DBO 5 dias 20ºC (mgO²/L), Nitrogênio Total (mgN/L), Fósforo Total
(mgP/L), Coliformes Termotolerantes ou E. Coli (org/100ml), OD – Oxigênio dissolvido
após diluição no corpo receptor).
m) A qualidade do efluente tratado deverá ser suficiente para atender aos padrões de
emissão estabelecidos na Resolução CONAMA 430/2011 e em Decreto Estadual.
n) No cálculo dos padrões de emissão para atendimento aos limites e condições fixadas
para as águas dos corpos receptores, na legislação estadual e federal, deve ser
observada a vazão média do dia de maior produção de efluente tratado.
o) No cálculo dos valores máximos de parâmetros qualitativos deverá considerar a vazão
de referência do corpo receptor na seção de lançamento. A vazão de referência deverá
ser calculada com base no que determina a Resolução CONAMA 430/2011, artigo 20.
Na ausência de vazão de referência deverá ser utilizada vazão mínima de sete dias
consecutivos de período de recorrência 10 (dez) anos.
p) Deverá ser realizado estudo de autodepuração do corpo receptor com base nos padrões
de lançamento previstos.
q) Os pedidos de informação sobre vazões de captação outorgadas devem ser feitos
diretamente pelo empreendedor à SEMA e considerar as outorgas a montante do ponto
de lançamento previsto.

3.2.7. Materiais

a) Os materiais previstos em projeto devem ser especificados conforme normas da ABNT


e em uso pela BRK Ambiental Maranhão.
b) O material constituinte das redes coletoras será em PVC ultra ou rígido com junta
elástica, conforme NBR 7362.
c) As redes de diâmetro maior que 400mm deverão ser previstas em tubos de concreto
armado.
d) Quando a rede projetada tiver profundidade de até 03 (três) metros, deve ser utilizado
tubo PVC vinilfort ocre. Para redes com profundidade entre 03 (três) e 05 (cinco) metros,
deve ser utilizado tubo PVC vinilfor ultra. Acima de 05 (cinco) metros de profundidade
deve ser utilizado tubulação em FoFo TK7 JE Aluminoso, ou concreto armado.

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e) A fiscalização da BRK Ambiental Maranhão se reserva o direito de exigir inspeção, com
respectiva apresentação de laudos emitidos por instituição tecnológica reconhecia e
aceita pela BRK Ambiental Maranhão, que certifiquem a qualidade e conformidade dos
materiais a serem empregados na implantação do sistema projetado.
f) Os materiais, tubos e conexões em geral deverão ser acompanhados de certificado de
ensaio de testes previsto na legislação vigente (NBR 8890, 7362-1, 7262-2, 7362-3,
7661, 7662).

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4. Referências
 ABNT NBR 12212 - Projeto de poço para captação de água subterrânea.
 ABNT NBR 12214 - Projeto de sistema de bombeamento de água para abastecimento
público.
 ABNT NBR 12217 - Projeto de reservatório de distribuição de água para abastecimento
público.
 ABNT NBR 12218 - Projeto de rede de distribuição de água para abastecimento público.
 LEI ESTADUAL 6.546/95 - CBMMA
 ABNT NBR 9649 - Projeto de redes coletoras de esgoto sanitário.
 ABNT NBR 12209 - Projeto de estações de tratamento de esgoto sanitário.
 ABNT NBR 12208 - Projeto de estações elevatórias de esgoto sanitário.
 ABNT NBR 13969 - Tanques sépticos - Unidades de tratamento complementar e
disposição final dos efluentes líquidos - Projeto, construção e operação.
 NBR 14968
 NBR 8890 - Tubo de concreto armado, de seção circular, para esgoto sanitário.
 NBR 7362-1
 NBR 7362-2
 NBR 7362-3
 NBR 7661
 NBR 7662
 NBR 9814 - Execução de rede coletora de esgoto sanitário.
 NBR 12207 - Projeto de interceptores de esgoto sanitário
 LEI ESTADUAL 7229 - Projeto, construção e operação e sistemas de tanques sépticos.
 LEI ESTADUAL 9.550/2012

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