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GRATUIDADE DA JUSTIÇA
com esteio nos arts. 61 da Lei n° 7.357/85 (Lei do Cheque) e 282 e ss. do Código
de Processo Civil, bem como nos demais dispositivos aplicados a espécie, em
face de:
I - DOS FATOS
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A Promovente é credora da quantia de R$ 2.000,00 (dois
mil reais), representado pelo cheque que segue (anexo I) , emitido pela
Promovida, titular da conta corrente nº 011930-0, da agência 2968-8, do Banco
Bradesco, situado à Avenida Paraguaçu, n. 1975, Capão da Canoa - RS, conforme
discriminado a seguir:
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"As ações cambiais do cheque são duas: a execução, que
prescreve nos 6 meses seguintes ao término do prazo de
apresentação; e a de enriquecimento indevido, que tem
natureza cognitiva e pode ser proposta nos dois anos seguintes
à prescrição da execução. Nas duas, operam-se os princípios do
direito cambiário e, assim, o demandado não pode argüir, na
defesa, matéria estranha à sua relação com o demandante.
Prescrita a execução, o portador do cheque sem fundos poderá,
nos 2 anos seguintes, promover a ação de enriquecimento
indevido contra o emitente, endossante e avalistas (LC, art. 61).
Trata-se de modalidade de ação cambial, de natureza não
executiva. O portador do cheque, através do processo de
conhecimento, pede a condenação judicial de qualquer devedor
cambiário no pagamento do valor do título, sob o fundamento
que se operou o enriquecimento indevido. De fato, se o cheque
está sem fundos, o demandado locupletou-se sem causa lícita,
em prejuízo do demandante, e essa é, em princípio, a matéria
de discussão."(Curso de Direito Comercial, v. 1, Saraiva, 2a
edição, 1999 – Grifo nosso).
Em nosso ordenamento jurídico-processual, são quatro,
portanto, as formas de cobrança de dívida decorrente da emissão de um cheque,
a saber:
(...)
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"A diferença fundamental entre ambas, destarte, reside no onus
probandi. Enquanto na ´ação de locupletamento` o próprio
cheque basta como prova do fato constitutivo do direito do
autor, incumbindo o réu provar a falta de causa do título, na
´ação de cobrança` necessário se faz que comprove o autor o
negócio gerador do crédito reclamado."
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O julgado trouxe, em suas últimas linhas, importante
questão que merece destaque: a prova do prejuízo. Como já se frisou, a
presunção de enriquecimento ilícito tem suporte na simples existência do
cheque devolvido por falta de provisão de fundos. No bojo de um
primoroso e elucidativo voto da lavra do preclaro Juiz Costa de Oliveira,
do Primeiro Tribunal de Alçada Civil do Estado de São Paulo, há excerto
que merece destaque:
III - DO PEDIDO
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c) Julgar PROCEDENTE a presente ação, para
condenar a Promovida ao pagamento da quantia de R$ 3.445,00 (três mil
quatrocentos e quarenta e cinco reais), consoante às exposições supra,
acrescida de juros e correção monetária.
Nestes Termos,
Pede e Aguarda Deferimento.
AUTOR, nacionalidade, estado civil, profissão, filiação, inscrito no RG: ... e no CPF: ...,
residente e domiciliado no endereço ..., por seu advogado que esta subscreve, vem respeitosamente
à presença de Vossa Excelência,
propor AÇÃO DE ENRIQUECIMENTO INDEVIDO (Art. 61, Lei do
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Cheque) em face deRÉU, nacionalidade, estado civil, profissão, inscrito no RG: ... e no CPF:
... , residente e domiciliado no endereço ..., pelas seguintes razões de fato e de direito:
DOS FATOS
Em 19 de julho de 2013, o Réu procurou o Autor e lhe pediu uma pequena quantia em
direito emprestada. Como foram vizinhos e são amigos há muitos anos, o Autor, emprestou ao Réu
a importância de R$... (...).
Como pagamento, o Réu emitiu o cheque nº ...., contra o Banco ..., agência ..., conta ...,
no valor de R$..., “pré-datado” para o dia ... de ... de 2013, em favor do Autor.
Na data avençada, o Autor apresentou o cheque ao Banco para pagamento, entretanto,
para sua surpresa o cheque foi devolvido pelo banco por insuficiência de fundos (Motivo 11), no
dia ... de ... de 2013.
De posse do cheque devolvido, o Autor tentou entrar em contato diversas vezes com o
Réu, entretanto, não conseguiu vez que, o mesmo havia mudado de telefone.
Sem alternativas, no dia ... de ... de 2013, o Autor apresentou o cheque pela segunda vez
ao banco. Mais uma vez, o mesmo foi devolvido por insuficiência de fundos (Motivo 12).
Desde então, o Autor vem tentando contato com o Réu, a fim de receber o valor que lhe é
devido. Contudo, até a presente data, não logrou êxito, razão pela qual, se vê obrigado, a buscar a
ajuda do poder judiciário.
DO DIREITO
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enriquecimento indevido. De fato, se o cheque está sem fundos, o demandado
locupletou-se sem causa lícita, em prejuízo do demandante, e é essa, em
princípio, a matéria de discussão na ação(grifo nosso) [4].
O devedor em mora responde pelos prejuízos que sua mora der causa
mais juros, atualização monetária e honorários advocatícios (art. 395, CC[5]).
Considerando que o cheque em questão foi devidamente apresentado para
pagamento na data avençada, o Réu foi devidamente constituído em mora, na data
da apresentação (art. 397, CC[6]).
Dessa forma, os juros de mora contar-se-ão desde o vencimento da
obrigação (data da apresentação). Nesse sentido, se posiciona a jurisprudência
atualizada do ínclito Superior Tribunal de Justiça.
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monetariamente pelos índices oficiais e com juros de mora incidentes desde o
vencimento da obrigação.
DO PEDIDO
AÇÃO DE COBRANÇA
em face a RA-HOOR-KHUIT ME, pessoa jurídica de direito privado, inscrito no CNPJ sob
o n. 0, com sede a Rua Y, pelos fatos e fundamentos que passa a expor:
I – DOS FATOS.
O Requerente tornou-se credor da quantia de R$ 17.200,00 (dezessete mil e duzentos
reais), referente a lauda de cheque de n. 0, do banco Capitalismo Selvagem, da ag. 0,
conta 0, com data de emissão e apresentação em 07 de abril de 2014, de titularidade do
Requerido.
Ocorre que na data acordada para o depósito o Requerente assim o realizou, entretanto
para sua surpresa o mesmo voltou pelo motivo “20” (Cheque sustado ou revogado em
virtude de roubo, furto ou extravio de folhas de cheque em branco).
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A pendencia do Requerido hoje é de R$ 21.643,36 (vinte e um mil, seiscentos e quarenta
e três reais e trinta e seis centavos), conforme atualização realizada junto a Corregedoria
Geral de Justiça do TJSC, (anexo).
II – DO DIREITO.
No entanto, a mesma Lei n.º 7.357 de 02/09/85, em seu art. 61, prevê a possibilidade de
cobrança do cheque no prazo de 02 (dois) anos em face do emitente, verbis: ação de
enriquecimento contra o emitente ou outros obrigados, que se locupletaram injustamente
com o não-pagamento do cheque, prescreve em 2 (dois) anos, contados do dia em que
se consumar a prescrição prevista no art. 59 e seu parágrafo desta Lei.
Por fim, protesta e requer o requerente provar o alegado por todos os meios de prova
admitidos em Direito.
Termos em que,
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Pede deferimento.
Aleister Crowley
OAB 93
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