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Resumo

A inclusão social tem assumido posição de alta relevância atualmente. Porém quando se fala
em inclusão de portadores de deficiência no mercado de trabalho contábil é algo que
disconhecemos, com isso, a seguinte pesquisa tem como objetivo encontrar quais as principais
barreiras encontradas pelos profissionais e estudantes (PcDs) no mercado de trabalho contábil
e como quebrar esse paradgma. A metodologia empregada foi realizada uma pesquisa
qualitativa constituída atraves levantamento bibliográfico sobre o tema, apos isso, foi feito um
questionario aplicados a 15 (PcDs) que estudam ou já concluiram o curso de ciências
contábeis localizados em todo o Brasil. Após a coleta de dados, foi indentificado que a
maioria dos (PcDs) entrevistados possui deficiêcia física do sexo masculino eles apresentam
um excelente conhecimento a respeito das leis de cotas para pessoas com deficiência, porém,
ainda existe um longo caminho a percorrer para se obter mais oportunidades e condições de
igualdade.
Palavras-chave: Pessoas com Deficiência; Contábil; Acessibilidade.
1 INTRODUÇÃO

O acesso das pessoas com deficiência (PcDs) ao mercado de trabalho, de forma


competitiva, é assegurado por meio da lei brasileira de inclusão da pessoa com deficiência n°
13.146/2015 e na lei de cotas n° 8.213/1991. Sob a perspectiva, a condição de ser (PcDs) no
qual não deveria ser um empecilho para a oferta de oportunidades de ingresso ao ambiente de
trabalho. Já em relação aos direitos de estágio para pessoa com deficiência por meio da Lei
11.788/2008 para a administração pública, empresas privadas e profissionais liberais de nível
superior registrados em conselho e prevê o estágio de estudantes que estejam frequentando o
ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino
médio, da educação especial e nos anos finais de ensino na modalidade de educação
profissional de jovens e adultos. Por meio destes códigos, fica assegurado às pessoas
portadoras de deficiência o percentual de 10% (dez por cento) das vagas oferecidas pela parte
concedente de estágio ou emprego quando seu quadro de funcionarios é superior a cem
peesoas.
No entanto, ainda tem muito para avançar, principalmente, no que se remete à inserção
de (PcDs) no mercado de trabalho visto que estes indivíduos ainda sofrem o preconceito de
serem considerados incapazes por conta de suas limitações (CASTRO; AMARAL; BORGES,
2017). A inclusão social enquadra-se como uma dessas ações em busca dos direitos das
pessoas com deficiência para conseguirem o acesso à sociedade, permitindo-lhes usar de seus
direitos sem ser necessário se importar com limitações que lhe são acometidas. O ambiente
social está se modificando, mesmo que lentamente, para receber estas pessoas para
desempenharem suas funções socialmente através de uma habilitação profissional (SOUSA,
2015).
Segundo (BRITO, 2011), é essencial que se entenda que a deficiência não impede que
o indivíduo exerça o seu papel de cidadão. O que se nota nas pessoas com deficiência é a
presença de uma vontade de compartilhar suas habilidades, podendo agir ativamente no meio
ao qual está inserida. Porém ele também constatou que por conta da falta de informações as
organizações em relação aos (PcD 's) algumas empresas afirmaram que contratam pessoas
com deficiência muitas vezes apenas para cumprirem a obrigatoriedade legal, sem de fato
estarem comprometidas com o processo efetivo de inclusão social.
Diante do exposto, é de se notar que os (PcDs) encontram diverssas barreiras,
verificando isso vamos identificar as dificuldades dos profissionais e alunos de ciências
contábeis que possuem algum tipo de deficiência no mercado de trabalho. Esperamos, com
isso, conscientizar cada vez mais empregadores sobre a possibilidade de admissão e oferta de
estágios para esses indivíduos. Assim, por meio de uma pesquisa de campo será possível
responder ao seguinte questionamento: Quais as principais barreiras encontradas pelos
profissionais e estudantes (PcDs) no mercado de trabalho contábil e como quebrar esse
paradigma ?
Essa a produção científica visa analisar a realidade das pessoas com deficiência
inseridas na área contábil, assim posteriormente vamos investigar os reais motivos de muitos
empregadores não oferecerem vagas de emprego e a falta de empregados com deficiência nos
escritórios de contabilidade, com isso, será exposto as barreiras encontradas pelos (PcDs) e a
sua percepção enquanto profissionais formados na área e se tiveram oportunidades de estágio
ou emprego no meio contábil, dos estudantes de ciências contábeis que estão em formação e
tem interesse de ingressar nesse mercado. Vamos produzir informações que possam agregar
aos empregadores e assim fazê-los entender o quanto é importante a necessidande de oferecer
tais oportunidades quebrando essa barreira no mercado e desse modo integrando os
profissionais (PcDs) no mercado contábil.
Esse artigo está dividido em cinco seções, além desta introdução que apresenta a
contextualização do problema e objetivo da pesquisa tem-se: a segunda seção que faz uma
revisão da literatura sobre o tema, a terceira seção descreve a metodologia utilizada na
pesquisa empírica, a quarta apresenta a análise dos resultados e por fim a quinta seção traça as
considerações finais sobre a pesquisa.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Lei de cotas trabalhista para deficientes

As leis de cotas para deficientes foram estabelecidas segundo a lei de número 8.213 de
24 de julho de 1991, no art. 93° onde fica assegurado que toda empresa com um número
superior a 100 pessoas deve destinar entre 2% a 5% das vagas dependendo da quantidade de
funcionários, essas serão asseguradas para pessoas que possuem algum tipo de deficiência e
se dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência.
Diante disto o que é caracterizado deficiência e quem pode ser considerado portador
de deficiência, Pessoas com deficiência são aquelas que possuem impedimentos de longo
prazo em características físicas, mentais, intelectuais ou sensoriais, os quais, em interação
com diversas barreiras ambientais, podem obstruir sua participação plena e efetiva na
sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas (ONU, 2007).

A princípio a política de cotas visa igualar as oportunidades para todos, reconhecendo


o direito das pessoas com algum tipo de deficiência a participarem da competição, seja na
busca de um emprego no mercado de trabalho competitivo normal, ou no serviço público
através do processo seletivo dos concursos (ROSA, 2008). No entanto, essas leis não atingem
resultados satisfatório, pois, mesmo com essas ações, benefícios e leis que os favorecem,
encontram outros obstáculos que acabam impedindo por outros lados como, por exemplo, as
barreiras de acessibilidade, a baixa qualificação profissional, a falta de recurso tanto material
quanto profissional destinado à sua escolarização e profissionalização e o preconceito por
parte dos empregadores, devido ao desconhecimento das potencialidades e capacidades das
pessoas que possuem algum tipo de deficiência (LOBATO, 2009). Segundo (LISBOA, 2018)
“Falta muito para que as pessoas com deficiência tenham plena inserção no mundo
profissional. Autoridades trabalhistas esperam que supervisão mais severa com relação à lei
de cotas, nova norma que obriga empresas terceirizadas a cumprirem a legislação e
fiscalização da acessibilidade nos ambientes corporativos virem o jogo.” No entanto, há
questões de descumprimento da legislação tornando a realidade uma realidade Mercado de
trabalho de pessoas com deficiência muito distantes.

2.2 A difícil inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho.


Hoje no brasil existe uma política de inclusão de pessoas que possuem algum tipo de
deficiência, porém, mesmo com essa política implantada no país muitos (PcD’s) ainda
encontram diversas barreiras, as leis de cotas aplicadas não conduzem a políticas inclusivas e
são uma fonte de resistência, embora a lei seja o principal instrumento disponível Pessoas
com deficiência não alcançam uma vaga no mercado de trabalho formal (NERI et al., 2003;
HEINSKI e BIGNETT, 2002). Os principais impedimentos são exemplificados pela
necessidade de adaptações em postos de trabalho, fato que é agravado pela falta de preparo
dos empregadores ao absorver pessoas com deficiência (SILVA, 1993). As empresas devem
ajustar seus espaços para poder inserir as pessoas com deficiência em seu quadro de
funcionários, e para isso, é necessário que o espaço físico seja adequado com banheiros para
deficientes, escadas e rampas com corrimões duplos, mesas adaptadas para cadeirantes, tudo
de acordo com as normas de Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Além disso,
deve dispor de intérprete de libras, rotas internas e externas acessíveis, sinalização em braile,
entre outras que se fizerem necessárias. (VALENTIM, 2019).

Inegavelmente, o principal fator que implica na inclusão do grupo em estudo no


mercado de trabalho ainda é a discriminação. O preconceito com as diferenças físicas e
psicológicas da PCD ainda representam algo de grande peso para a sociedade, onde grande
parte da população não acha agradável conviver com o deficiente, preferindo ignorar sua
existência o que leva a esta constante segregação. Assim, tanto os funcionários preferem não
conviver com um colega de trabalho deficiente, quanto o empregador não acha benéfico por
questões de preconceito, e por acreditar que uma pessoa com deficiência não é competente
para a realização de qualquer tipo e trabalho o que torna a sua contratação prejudicial para os
lucros da empresa. (ELSNER,2018).Outros fatores que excluem esses brasileiros do mercado
de trabalho são a falta de políticas de reabilitação e qualificação de pessoas com deficiência,
bem como as barreiras sociais cotidianas. Essas dificuldades acabam tornando os profissionais
incapacitados e impossibilitados de se integrar ao ambiente de trabalho devido a deficiências
físicas, mentais ou sensoriais desta forma, é preciso que haja uma reflexão de que contratar as
(PcDs) é muito mais do que colocá-la dentro de um local para trabalhar, mas é a garantia de
gozo de direitos cidadãos, que é preciso respeitar a peculiaridade destas pessoas (VILLELA,
2018). Assim, a admissão de PCD é um ato que afeta tanto a economia do Brasil no que
concerne a geração de emprego, como também dignifica essas pessoas ao incluí-las no
mercado de trabalho. Dessa forma, pode-se dizer que não é ofertado apenas o salário, mas
também uma oportunidade de integrar socialmente o indivíduo que passa a gozar de seus
plenos direitos de cidadão (JESUS, 2018).

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem no


brasil mais de 45 milhões de pessoas possuem algum tipo de deficiência. Segundo Priscilla
Gaspar, secretária nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência é fundamental para
minimizar a discriminação, falar mais sobre a importância da inclusão e assim
consequentemente garantiria o exercício fundamental para a cidadania, pois, segundo ela "Os
direitos conquistados pelas pessoas com deficiência precisam ser preservados e ampliados.
Para tanto, é de fundamental importância a mais ampla articulação e união de esforços dos
diferentes segmentos da sociedade, com especial destaque para o protagonismo das próprias
pessoas com deficiência" então é de fundamental importância para o equilíbrio econômico e
social capacitar e oferecer espaço no mercado para as pessoas com deficiência (MINISTÉRIO
DE ECONOMIA, 2019). Implica dendro da organização em relação a seus valores
institucionais e nos valores do próprio individuo que segundo (SIGNIFICADO, 2019) um
PCD inserido no mercado de trabalho aprende a ter consideração pelos demais, respeito e
assim conquista seu próprio espaço. Quando realiza um trabalho bem feito, está contribuindo
para a sua autoestima, satisfação pessoal e realização profissional.

2.3 Estudos anteriores

O artigo da “revista ambiente contábil" feito em (2012), sendo elaborado e


reformulado por Jonatas Dutra Sallaberry e Bárbara Rocha Bittencourt Sallaberry onde os
autores buscam identificar os aspectos da contabilidade voltados às ações de inclusão social,
com foco na acessibilidade das pessoas com necessidade especial. Tem por objetivo
identificar atividades nos diversos campos de atuação da contabilidade voltadas às ações de
inclusão social, com foco na acessibilidade das pessoas com necessidade especial, a fim de
vincular o tema acessibilidade sob o ponto de vista da ética na ciência contábil, foi realizado
procedimentos e técnicas de pesquisas bibliográficas junto aos periódicos e sites das
instituições que regulamentam e influenciam a contabilidade e a acessibilidade. Para uma
efetiva inclusão na sociedade das pessoas com necessidades especiais, este trabalho buscou
identificar vínculos na atuação da contabilidade voltadas às ações de inclusão social, focado
na acessibilidade das pessoas com necessidade especial. Destaque-se que ainda há uma grande
margem entre as necessidades do povo e as ações do Estado cabendo aos contabilistas e aos
acadêmicos voltar os olhos à essa problemática e envidar esforços para que as pessoas no seu
relacionamento com a contabilidade sejam materialmente tratadas com igualdade de
oportunidades.

Inclusão social é um tema cada vez mais abordado no nosso cotidiano. Não seria
diferente em relação ao mercado de trabalho, por isso a autora Souza (2015) estudou como a
inclusão de portadores de deficiência no mercado de trabalho tem enfrentado entraves para
conseguir aceitar as diferenças e banir barreiras que impossibilitem a participação desses
efetivamente na sociedade. O relatório abordou como a inclusão social no mercado de
trabalho na percepção das pessoas com deficiência e dos gestores na cidade de Campina
Grande – PB, sua metodologia foi através de pesquisas descritivas e qualitativas baseada em
levantamentos bibliográficos e pesquisa e campo respeitando a Lei de Cotas e acessibilidade.
Procurando evidencias para os resultados na tentativa de fazer mudanças e perceber quais as
dificuldades que se encontra com relação a acessibilidade metodológica e instrumentais.

As autoras Silva e Alves (2019) realizaram um estudo e o tema abordado foram as


dificuldades das Pessoas com Deficiência (PcDs) no mercado de trabalho, visando a
dificuldade de contratação de PcDs em uma empresa de transporte coletivo da Grande
Vitória-ES. O estudo empregou estudo dççe caso, de natureza descritiva e exploratória,
utilizando-se uma abordagem qualitativa para apresentação de resultados. Os resultados
encontrados foram a real dificuldade de (PcDs) entrarem nesse mercado, a valorização dos
que conseguiram entrar nesse mercado e uma reflexão de empregabilidade, as possibilidades,
inclusão e desenvolvimento pessoal e profissional para o público PcDs.

Existe um grande desafio para entrada no mercado de trabalho, porém uma barreira
que é ainda maior é para as pessoas com algum tipo de deficiência (PcD’s), observando essa
dificuldade a autora Messias (2018) pesquisou com o intuito de entender qual a percepção dos
(PCDs) sobre sua entrada no mercado de trabalho e como isso o afeta e qual é a visão das
empresas sobre a inserção dessas pessoas no ambiente organizacional. Com o objetivo de
inserir e pontuar a atuação da pessoa com deficiência (PCD) no mercado de trabalho,
considerando as perspectivas da pessoa com deficiência e do empregador. Essa pesquisa
enquadra-se na perspectiva compreensiva, do tipo qualitativa, e foi realizada na cidade de
Viçosa-MG, que, de acordo com o Censo (2010). Com resultados até satisfatórios apesar de o
estigma para com as PCDs ainda estar presente, muitos avanços vêm sendo conquistados, e a
entrada da pessoa com deficiência reflete positivamente tanto para elas próprias como para
suas famílias e empresas nas quais estão inseridas, no entanto ainda existem muitas mudanças
a se fazer.
Este artigo científico trata das leis para inclusão de pessoas com deficiência no
mercado de trabalho, colocando em questão a eficácia das Lei nº 8.213/1991 (Lei de Cotas) e
da Lei nº 13.146/2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência. O artigo revisa o
desenvolvimento do serviço social, destacando a contínua dificuldade das pessoas com
deficiência exercerem a força de trabalho sendo elaborado por ARAÚJO NETO (2018). O
artigo revisa o desenvolvimento do serviço social, destacando a contínua dificuldade das
pessoas com deficiência exercerem a força de trabalho. Dando continuidade, por meio de uma
abordagem dedutiva, passa a abordar o processo legal no Brasil, com foco nas leis de cotas e
regulamentações da deficiência, visando eliminar a discriminação contra as pessoas com
deficiência e cumprir as cotas prescritas a esses trabalhadores. Essa pesquisa é realizada com
base em artigos científicos e em materiais que estudam sobre o tema, utilizando o método
quantitativo através de índices oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). Com base em artigos científicos e materiais relacionados ao tema, pode-se constatar
que os incentivos e benefícios fiscais para empregadores que cumprem as leis de cotas podem
estimular a contratação de pessoas com deficiência, reduzindo assim a discriminação contra
pessoas com deficiência, resultando em economia para as empresas. Esses recursos são
utilizados em diversos países com resultados positivos. No entanto, o Brasil não implementou
tal política pública, tornando o processo de contratação de pessoas com deficiência no
mercado de trabalho uma tarefa árdua para esses funcionários.
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A ciência surge em um contexto humano e precisa saber por que os eventos e como
compreender e analisar o mundo através de um conjunto de técnicas e métodos(LAKATOS;
MARCONI, 2003, p. 84). Tendo em vista isso a pesquisa teve o objetivo principal de
identificar qusais são as principais barreiras encontradas por estudantes (PcDs) no mercado de
trabalho contabíl e como poderia ser quebrado esse paradgma.

Este trabalho utiliza a bibliografia como um estudo preliminar para construir a


bibliografia teoricamente. É importante entender que a pesquisa é um processo construirá um
conhecimento que contribua para a compreensão dos fenômenos, realidades no reino da vida
que fornecerão o conhecimento para ler realidade vivida (MINAYO, 2002). Em segundo
momento, a pesquisa se basea numa pesquisa qualitativa dados, que pode ser entendido como
um fenômeno caracterizado por analise e coleta de dados para que assim em uma amostragem
chegue em uma conclusão.

De forma estratégica a abordagem planejada para a coleta dos dados foi a aplicação de
um questionário, onde foram recolhidos os dados pelo Google formulários através de links
enviados para os estudantes e bachareis de ciências contábeis que possuem algum tipo de
deficiência. Para atingir os objetivos da pesquisa foi feito um levntamento através das redes
sociai como Whatsapp, Istagram e o foco principal será no Facebook onde existem grupos
com uma concentração maior de pessoas com deficiêcia ou pessoas que cohecem alguem que
tenham as características necessaria para a pesquisa. No qual foi apresentou 14 perfis que
serão analisados e assim responderão o questionário.

O Questionário será dividido em quatro blocos, sendo o primeiro sobre os perfis que
serão analisados, contendo três questões fechadas e uma questão aberta. O segundo bloco será
dos conhecimentos de uma pessoa com deficiência tem em relação aos seus direitos quando se trata
de trabalho, com quatro questões. O bloco três é de que modo os conselhos nacionais, estaduais e
os empregadores da área contábil olham para as pessoas com deficiência, na visão dos próprios
(PcDs), que possuui quatro questões e o quarto e último bloco contem perguntas sobre a
percepção dos (PcDs) depois de formados e como eles se veem dento de um ambiente contábil
finalizando com três perguntas.

O questionário foi elaborado com base no estudo de (GALVÃO, Nadielli Maria dos
Santos; DEJESUS, Gabriel Santos, 2020) e publicado pela (RBC) Revista Brasileira de
Contabilidade queestudou a Percepção de estudantes de Ciências Contábeis quanto à inclusão
de pessoas comdeficiência na área contábil.
4. ANALISE DOS RESULTADOS

Os resultados analisados a seguir foram embasados nas respostas de 14 pessoas que


estão cursando ou já finalizaram o curso de ciências contábeis espalhados por todo brasil.

4.1. PERFIL DOS RESPONDENTES

O gráfico 1 a seguir descreverá o qual o tipo de deficiêcia cada reposndente possui

Gráfico 1: Tipos de deficiência

Tipos de Deficiência
Deficiência
Motora Deficiência Visual
57% Deficiência
Mental Deficiência Motora
7% Deficiência Mental
Deficiência Deficiência Auditiva
Auditiva Paralisia Cerebral
21%

Deficiência Visual
14%

Fonte: Dados da pesquisa, 2022.

A tabela 1 a seguir descreverá o perfil dos respondentes em relação gênero, o tempo de


lesão, em que período se encontra no curso de ciências contábeis e em que status de trabalho
está atualmente o respondente na área contábil.

Tabela 1: Perfil dos respondentes


Gênero Frequência %
Feminino 4 28,60%
Masculino 10 71,40%
Total 14 100,00%
Tempo de lesão Frequência %
Desde que nasceu 6 42,90%
0 a 05 anos 4 28,60%
05 a 10 anos 2 14,30%
Acima de 10 anos 2 14,30%
Total 14 100,00%
Se encontra em que período do curso de
Frequência
ciências contábeis %
1° ao 4° semestre 3 21,40%
4° ao 8° semestre 5 35,70%
Já concluiu o curso 6 42,90%
Total 14 100,00%
Em que condição de trabalho na área contábil
Frequência
você está atualmente %
Atualmente trabalho ou faço estágio 3 21,40%
Já tive experiência 5 35,70%
Não possuo experiência 6 42,90%
Total 14 100,00%
Fonte: Dados da pesquisa, 2022.

Observa-se no gráfico 1, segundo a pesquisa que mais de 50% dos (PcDs) que fazem
ciências contábeis possuem deficiência motora com aproximadamente 57%. As demais
deficiências que a pesquisa encontrou foi a deficiência auditiva com 22%, visual com 14% e
deficiência mental com 7%.

Na tabela 01 pode-se observar que o gênero predominante é o masculino com 71,40%;


a maioria dos respondentes já nasceram com algum tipo de deficiência com 42,90%; em
relação ao período em que se encontra no curso de ciências contábeis concentra-se com
42,90% quase a metade já concluíram o curso; o equilíbrio maior foi na condição de trabalho
na área contábil onde atualmente quem trabalha ou faz estágio tem 21,40%
aproximadamente, os respondentes que já tiveram experiencia foram 35,70% e a maioria com
42,90% não possuem experiencia na área contábil.

4.2. NÍVEL DE CONHECIMENTO SOBRE OS DIREITOS DAS PESSOAS COM


DEFICIÊCIA NO TRABALHO

Na tabela 2 é apresentado o nível de conhecimento das pessoas com deficiência acerca


de leis que regulamentam o país e se conhecem os seus direitos quando se trata de trabalho.

Tabela 2: Nível de conhecimento sobre os direitos das pessoas com deficiência no trabalho
Uma pessoa com deficiência é definida como
qualquer pessoa com dificuldade tanto física,
mental, intelectual ou sensorial de longo prazo,
que em interação com uma ou mais barreiras
possa impedir sua participação plena e efetiva
na sociedade em igualmente com os outros
Frequência %
Sim 8 57,10%
Não 3 21,40%
Neutro 3 21,40%
Total 14 100,00%
As leis de cotas aplicadas no país não levam a
políticas inclusivas e continuam sendo fonte de
resistência, embora as leis sejam a principal
Frequência
ferramenta disponível ainda existem pessoas
com deficiência que não podem se inserir no
mercado de trabalho forma igualitária %
Concordo 14 100,00%
Discordo 0 0,00%
Neutro 0 0,00%
Total 14 100,00%
Em princípio, as políticas de cotas são
concebidas para proporcionar igualdade de
oportunidades para todos, reconhecendo o
direito das pessoas com determinadas
deficiências de concorrer, seja para buscar Frequência
trabalho em um mercado de trabalho
normalmente competitivo ou para ingressar no
serviço público por meio de seleção.
%
Concordo 14 100,00%
Discordo 0 0,00%
Neutro 0 0,00%
Total 14 100,00%
A legislação brasileira destinada a garantir
acesso ao trabalho para pessoas com deficiência
e promover a igualdade de oportunidades para
Frequência
essas pessoas é bastante desenvolvida em
comparação com outros países
%
Sim 2 14,30%
Não 6 42,90%
Neutro 6 42,90%
TOTAL 14 100,00%
Fonte: Dados da pesquisa, 2022.

Analisando a tabela 2 verificamos que os respondentes conhecem a definição de


deficiência e responderam sim a afirmação com 57,10% que consiste por meio da lei
brasileira de inclusão da pessoa com deficiência n° 13.146/2015 mais precisamente no art. 2°
que Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de
natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais
barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de
condições com as demais pessoas.
Quando se trata das leis e a politica de cotas empregadas no brasil as opiniões são
divergentes, segundo a ASID (Ação social para igualdade das diferenças) a taxa de inclusão
de PcD no mercado de trabalho tem apresentado crescimento constante ao longo dos
últimos anos. Porém ainda é pouco representativo em relação ao total de empregos no
Brasil (ASID,2019). Conforme os resulatados apresentaram de deforma unanime os
respondentes afirmam com 100,00% que as leis de cotas aplicadas no país não levam a
políticas inclusivas e não reconhece o direito das pessoas com determinadas deficiências de
concorrer, seja para buscar uma vaga no mercado de trabalho ou para ingressar no serviço
público por meio de seleção e afirma ainda que as politicas inclusivas de outros paísis
funcionan melhor que as politicas inclusivas aplicadas no nosso país com 42,90%.

4.3 PERSPECTIVA DOS (PcDs) EM RELAÇÃO AOS CONSELHOS NACIONAIS,


ESTADUAIS E OS EMPREGADORES DA ÁREA CONTÁBIL
Já na tabeala 3 será apresentado a visão dos (PcDs) e como eles enxergam a posição
dos conselhos nacionais, estaduais e os empregadores da área contábil em relação aos
proprios.
Tabela 3: De que modo os conselhos nacionais, estaduais e os empregadores da área contábil olham para as
pessoas com deficiência, na visão dos própios (PcDs)
O Conselho Federal de Contabilidade e os
Conselhos Regionais devem criar ações para
uma conscientização sobre a inclusão de pessoas
com deficiência na área contábil. Frequência %
Concorda 13 92,90%
Discorda 0 0,00%
Neutro 1 7,10%
Total 14 100,00%
A empresa que entende e trabalha para o
respeito à diversidade é uma organização que
demonstra um diferencial competitivo sendo Frequência
assim ela promove a valorização da perspectiva
individual e do coletivo da empresa. %
Concorda 13 92,90%
Discorda 0 0,00%
Neutro 1 7,10%
Total 14 100,00%
Empregadores em contabilidade estão abertos a
recrutar pessoas com deficiêcia Frequência
%
Sim 6 42,90%
Não 5 35,70%
Neutro 3 21,40%
Total 14 100,00%
Os escritórios de ciências contábeis devem Frequência %
investir em acessibilidade visando não só
contratação de pessoas com deficiência
Concorda 14 85,70%
Discorda 0 0,00%
Neutro 2 14,30%
TOTAL 14 100,00%
Fonte: Dados da pesquisa, 2022

Analisando a tabela 3 é possível verificar que os portadores de deficiencia necessitam


de um auxilio melhor dos conselhos de contabilidade crinando ações para que assim de forma
mais copetitva no mercado e concientizem sobre a inclusão assim afirmam 92,90% dos
entrevistados, eles entendem que com uma politica mais inclusiva, os conselhos contribuindo
e com os empregadores contratando eles concordam com 92,90% de forma quase unanime
que se torna um diferencial competitivo.
Porém existe uma duvida em questão se os empregadores estão dispostos a contratar
pessoas com deficiência na visão dos entrevistados são 42,90% sim eles estão dispostos a
contratar, mas para 35,70% eles não estão, o que os mesmos não tem duvia é em questão de
acessibilidade nos escritorios não so visando a contratação de (PcDs), pois, a acessibilidade
não é um direito só do trabalho e sim de todos isso segundo 85,70% dos respondentes.

4.4 A PERCEPÇÃO DOS (PcDs) DEPOIS QUE SE FORMAM E ELES SE VEEM


DENTRO DE UM AMBIENTE CONTÁBIL

Na tabela 4 é apresentado a percepção dos (PcDs) já dentro do ambiente contábil e


como eles se veem no desenvolvimento e nas atividades contábeis depois que se formam

Tabela 4: A percepçaõ dos (PcDs) depois que se formam como eles se veem dentro de um ambiente contábil
Os estudante portadores de deficiência que se
formam estão preparados para o mercado de
trabalho contábil tanto quanto a um estudante
sem deficiência Frequência %
Sim 13 92,90%
Não 0 0,00%
Neutro 1 7,10%
Total 14 100,00%
Os alunos com deficiência não terão
dificuldades nas atividades desenvolvidas no
Frequência
domínio da contabilidade dentro de um
ambiente contábil %
Sim 6 42,90%
Não 5 35,70%
Neutro 3 21,30%
Total 14 100,00%
Qualquer pessoa pode praticar atividade
contábil, independentemente da deficiência ou Frequência
condição %
Sim 12 85,70%
Não 0 0,00%
Neutro 2 14,30%
Total 14 100,00%
Fonte: Dados da pesquisa, 2022

É possivel observar na tabela 4 o quanto os alunos portadores de deficiência se


incomodam muitas vezes com as condições que muitos os colocam só pelo simples fato de
portar uma deficiêcia, afirma com 92,90% que tem as mesmas condições de executar tarefas
contábeis depois de formados na mesma condição que os alunos e profissionais que não
possuem deficiência, porém, existe um equilibrio na opnião dos entrevistados pois para uma
parte deles vão existir dificuldades com 42,90% por conta da condição que tera que ser
adaptada conforme for sua dificualdade e para 35,70% não existirá dificualdade de se adaptar.
Mas concordam que qualquer pessoa pode execultar as as atividades contábeis tendo
oportunidades e condiçoes de trabalho iguais com 85,70% dos entrevistados.

4.5 ANÁLISE GERAL DOS RESULTADOS

Através dos principais resultados, analisados dos 15 discentes e profissionais de


Ciência Contábeis que possuem algum tipo de deficiência, mostra a preocupação dos
respondentes a respeito das condições do mercado de trabalho contábil quando se trata de
pessoas com deficiência. 
A partir do resultado da análise, nota-se que a maioria dos respondentes tem um bom
conhecimento a respeito das leis de cotas para pessoas com deficiência, porém ainda é pouco
representativo em relação ao total de empregos no Brasil, pois, ainda é uma barreira
enorme para muitos empregadores contratar pessoas com deficiência por conta das
exigências que é contratar um (PcD).
Por outro lado, a maioria dos entrevistados entendem que não são amparados pelos
órgãos regulamentadores da categoria, pois, não existe incentivo dessas entidades para que
os empregadores contratem (PcDs) e nenhum programa como os de capacitação especifica
tanto em relação a empresa quanto ao (PcD) que está entrando no mercado. Mas conforme
a pesquisa grande maioria se sente apta a exercer as atividades mercado do mercado
contábil o que falta são as oportunidades e os meio para isso.
Logo, a pesquisa atingiu totalmente o seu objetivo geral, que foi entender como
estão os conhecimentos dos estudantes e profissionais (PcDs) de ciências contábeis em
relação aos seus direitos e como se encontra o meio contábil em pauta as oportunidades
para as pessoas com deficiência.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo da pesquisa foi de encontrar estudantes e profissionais de ciências


contábeis (PcDs) e assim identificar sua percepção e maiores dificuldades em relação ao
mercado de trabalho contábil, o qual foi totalmente alcançado.

Foram analisados 14 perfis no qual se verificou uma grande maioria masculina nos
respondentes e a deficiência predominante foi a física. Após isso foi notado nos resultados
que os entrevistados têm um excelente conhecimento a respeito das leis de cotas para pessoas
com deficiência, porém, isso ainda não seja suficiente para criar mais oportunidades.
Talvez se os órgãos regulamentadores incentivarem mais em questões de
oportunidades para os (PcDs) cobrando aos empegadores mais meios que garantam emprego,
na condição de acessibilidade dos modos de trabalho e espaço físico, pois, depois de
questionados os respondentes garantem que podem exercer suas funções tanto a uma pessoa
que não possui alguma deficiência o que dificulta a disputa pela vaga é a igualdade de
competição.

O presente estudo apresentou algumas limitações dentre elas a amplitude da pesquisa


no que ocorreu uma enorme dificuldade para encontra pessoas com deficiência e que faça ou
fizeram ciências contábeis, pelo fato de ser muito específica e outra dificuldade da
pesquisa foi encontrar artigos ou pesquisas onde lidam com pessoas com deficiência na área
contábil.

Para os estudos futuros deixam a sugestão de pesquisa com os empregadores em


ciências contábeis, buscando entrevistá-los e verificar se os escritórios possuem acessibilidade
para funcionários e clientes ou se os escritórios já trabalharam com pessoas com deficiência.
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