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A inclusão social tem assumido posição de alta relevância atualmente. Porém quando se fala
em inclusão de portadores de deficiência no mercado de trabalho contábil é algo que
disconhecemos, com isso, a seguinte pesquisa tem como objetivo encontrar quais as principais
barreiras encontradas pelos profissionais e estudantes (PcDs) no mercado de trabalho contábil
e como quebrar esse paradgma. A metodologia empregada foi realizada uma pesquisa
qualitativa constituída atraves levantamento bibliográfico sobre o tema, apos isso, foi feito um
questionario aplicados a 15 (PcDs) que estudam ou já concluiram o curso de ciências
contábeis localizados em todo o Brasil. Após a coleta de dados, foi indentificado que a
maioria dos (PcDs) entrevistados possui deficiêcia física do sexo masculino eles apresentam
um excelente conhecimento a respeito das leis de cotas para pessoas com deficiência, porém,
ainda existe um longo caminho a percorrer para se obter mais oportunidades e condições de
igualdade.
Palavras-chave: Pessoas com Deficiência; Contábil; Acessibilidade.
1 INTRODUÇÃO
As leis de cotas para deficientes foram estabelecidas segundo a lei de número 8.213 de
24 de julho de 1991, no art. 93° onde fica assegurado que toda empresa com um número
superior a 100 pessoas deve destinar entre 2% a 5% das vagas dependendo da quantidade de
funcionários, essas serão asseguradas para pessoas que possuem algum tipo de deficiência e
se dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência.
Diante disto o que é caracterizado deficiência e quem pode ser considerado portador
de deficiência, Pessoas com deficiência são aquelas que possuem impedimentos de longo
prazo em características físicas, mentais, intelectuais ou sensoriais, os quais, em interação
com diversas barreiras ambientais, podem obstruir sua participação plena e efetiva na
sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas (ONU, 2007).
Inclusão social é um tema cada vez mais abordado no nosso cotidiano. Não seria
diferente em relação ao mercado de trabalho, por isso a autora Souza (2015) estudou como a
inclusão de portadores de deficiência no mercado de trabalho tem enfrentado entraves para
conseguir aceitar as diferenças e banir barreiras que impossibilitem a participação desses
efetivamente na sociedade. O relatório abordou como a inclusão social no mercado de
trabalho na percepção das pessoas com deficiência e dos gestores na cidade de Campina
Grande – PB, sua metodologia foi através de pesquisas descritivas e qualitativas baseada em
levantamentos bibliográficos e pesquisa e campo respeitando a Lei de Cotas e acessibilidade.
Procurando evidencias para os resultados na tentativa de fazer mudanças e perceber quais as
dificuldades que se encontra com relação a acessibilidade metodológica e instrumentais.
Existe um grande desafio para entrada no mercado de trabalho, porém uma barreira
que é ainda maior é para as pessoas com algum tipo de deficiência (PcD’s), observando essa
dificuldade a autora Messias (2018) pesquisou com o intuito de entender qual a percepção dos
(PCDs) sobre sua entrada no mercado de trabalho e como isso o afeta e qual é a visão das
empresas sobre a inserção dessas pessoas no ambiente organizacional. Com o objetivo de
inserir e pontuar a atuação da pessoa com deficiência (PCD) no mercado de trabalho,
considerando as perspectivas da pessoa com deficiência e do empregador. Essa pesquisa
enquadra-se na perspectiva compreensiva, do tipo qualitativa, e foi realizada na cidade de
Viçosa-MG, que, de acordo com o Censo (2010). Com resultados até satisfatórios apesar de o
estigma para com as PCDs ainda estar presente, muitos avanços vêm sendo conquistados, e a
entrada da pessoa com deficiência reflete positivamente tanto para elas próprias como para
suas famílias e empresas nas quais estão inseridas, no entanto ainda existem muitas mudanças
a se fazer.
Este artigo científico trata das leis para inclusão de pessoas com deficiência no
mercado de trabalho, colocando em questão a eficácia das Lei nº 8.213/1991 (Lei de Cotas) e
da Lei nº 13.146/2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência. O artigo revisa o
desenvolvimento do serviço social, destacando a contínua dificuldade das pessoas com
deficiência exercerem a força de trabalho sendo elaborado por ARAÚJO NETO (2018). O
artigo revisa o desenvolvimento do serviço social, destacando a contínua dificuldade das
pessoas com deficiência exercerem a força de trabalho. Dando continuidade, por meio de uma
abordagem dedutiva, passa a abordar o processo legal no Brasil, com foco nas leis de cotas e
regulamentações da deficiência, visando eliminar a discriminação contra as pessoas com
deficiência e cumprir as cotas prescritas a esses trabalhadores. Essa pesquisa é realizada com
base em artigos científicos e em materiais que estudam sobre o tema, utilizando o método
quantitativo através de índices oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). Com base em artigos científicos e materiais relacionados ao tema, pode-se constatar
que os incentivos e benefícios fiscais para empregadores que cumprem as leis de cotas podem
estimular a contratação de pessoas com deficiência, reduzindo assim a discriminação contra
pessoas com deficiência, resultando em economia para as empresas. Esses recursos são
utilizados em diversos países com resultados positivos. No entanto, o Brasil não implementou
tal política pública, tornando o processo de contratação de pessoas com deficiência no
mercado de trabalho uma tarefa árdua para esses funcionários.
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A ciência surge em um contexto humano e precisa saber por que os eventos e como
compreender e analisar o mundo através de um conjunto de técnicas e métodos(LAKATOS;
MARCONI, 2003, p. 84). Tendo em vista isso a pesquisa teve o objetivo principal de
identificar qusais são as principais barreiras encontradas por estudantes (PcDs) no mercado de
trabalho contabíl e como poderia ser quebrado esse paradgma.
De forma estratégica a abordagem planejada para a coleta dos dados foi a aplicação de
um questionário, onde foram recolhidos os dados pelo Google formulários através de links
enviados para os estudantes e bachareis de ciências contábeis que possuem algum tipo de
deficiência. Para atingir os objetivos da pesquisa foi feito um levntamento através das redes
sociai como Whatsapp, Istagram e o foco principal será no Facebook onde existem grupos
com uma concentração maior de pessoas com deficiêcia ou pessoas que cohecem alguem que
tenham as características necessaria para a pesquisa. No qual foi apresentou 14 perfis que
serão analisados e assim responderão o questionário.
O Questionário será dividido em quatro blocos, sendo o primeiro sobre os perfis que
serão analisados, contendo três questões fechadas e uma questão aberta. O segundo bloco será
dos conhecimentos de uma pessoa com deficiência tem em relação aos seus direitos quando se trata
de trabalho, com quatro questões. O bloco três é de que modo os conselhos nacionais, estaduais e
os empregadores da área contábil olham para as pessoas com deficiência, na visão dos próprios
(PcDs), que possuui quatro questões e o quarto e último bloco contem perguntas sobre a
percepção dos (PcDs) depois de formados e como eles se veem dento de um ambiente contábil
finalizando com três perguntas.
O questionário foi elaborado com base no estudo de (GALVÃO, Nadielli Maria dos
Santos; DEJESUS, Gabriel Santos, 2020) e publicado pela (RBC) Revista Brasileira de
Contabilidade queestudou a Percepção de estudantes de Ciências Contábeis quanto à inclusão
de pessoas comdeficiência na área contábil.
4. ANALISE DOS RESULTADOS
Tipos de Deficiência
Deficiência
Motora Deficiência Visual
57% Deficiência
Mental Deficiência Motora
7% Deficiência Mental
Deficiência Deficiência Auditiva
Auditiva Paralisia Cerebral
21%
Deficiência Visual
14%
Observa-se no gráfico 1, segundo a pesquisa que mais de 50% dos (PcDs) que fazem
ciências contábeis possuem deficiência motora com aproximadamente 57%. As demais
deficiências que a pesquisa encontrou foi a deficiência auditiva com 22%, visual com 14% e
deficiência mental com 7%.
Tabela 2: Nível de conhecimento sobre os direitos das pessoas com deficiência no trabalho
Uma pessoa com deficiência é definida como
qualquer pessoa com dificuldade tanto física,
mental, intelectual ou sensorial de longo prazo,
que em interação com uma ou mais barreiras
possa impedir sua participação plena e efetiva
na sociedade em igualmente com os outros
Frequência %
Sim 8 57,10%
Não 3 21,40%
Neutro 3 21,40%
Total 14 100,00%
As leis de cotas aplicadas no país não levam a
políticas inclusivas e continuam sendo fonte de
resistência, embora as leis sejam a principal
Frequência
ferramenta disponível ainda existem pessoas
com deficiência que não podem se inserir no
mercado de trabalho forma igualitária %
Concordo 14 100,00%
Discordo 0 0,00%
Neutro 0 0,00%
Total 14 100,00%
Em princípio, as políticas de cotas são
concebidas para proporcionar igualdade de
oportunidades para todos, reconhecendo o
direito das pessoas com determinadas
deficiências de concorrer, seja para buscar Frequência
trabalho em um mercado de trabalho
normalmente competitivo ou para ingressar no
serviço público por meio de seleção.
%
Concordo 14 100,00%
Discordo 0 0,00%
Neutro 0 0,00%
Total 14 100,00%
A legislação brasileira destinada a garantir
acesso ao trabalho para pessoas com deficiência
e promover a igualdade de oportunidades para
Frequência
essas pessoas é bastante desenvolvida em
comparação com outros países
%
Sim 2 14,30%
Não 6 42,90%
Neutro 6 42,90%
TOTAL 14 100,00%
Fonte: Dados da pesquisa, 2022.
Tabela 4: A percepçaõ dos (PcDs) depois que se formam como eles se veem dentro de um ambiente contábil
Os estudante portadores de deficiência que se
formam estão preparados para o mercado de
trabalho contábil tanto quanto a um estudante
sem deficiência Frequência %
Sim 13 92,90%
Não 0 0,00%
Neutro 1 7,10%
Total 14 100,00%
Os alunos com deficiência não terão
dificuldades nas atividades desenvolvidas no
Frequência
domínio da contabilidade dentro de um
ambiente contábil %
Sim 6 42,90%
Não 5 35,70%
Neutro 3 21,30%
Total 14 100,00%
Qualquer pessoa pode praticar atividade
contábil, independentemente da deficiência ou Frequência
condição %
Sim 12 85,70%
Não 0 0,00%
Neutro 2 14,30%
Total 14 100,00%
Fonte: Dados da pesquisa, 2022
Foram analisados 14 perfis no qual se verificou uma grande maioria masculina nos
respondentes e a deficiência predominante foi a física. Após isso foi notado nos resultados
que os entrevistados têm um excelente conhecimento a respeito das leis de cotas para pessoas
com deficiência, porém, isso ainda não seja suficiente para criar mais oportunidades.
Talvez se os órgãos regulamentadores incentivarem mais em questões de
oportunidades para os (PcDs) cobrando aos empegadores mais meios que garantam emprego,
na condição de acessibilidade dos modos de trabalho e espaço físico, pois, depois de
questionados os respondentes garantem que podem exercer suas funções tanto a uma pessoa
que não possui alguma deficiência o que dificulta a disputa pela vaga é a igualdade de
competição.
BRASIL. Lei Brasileira da Pessoa com Deficiência: Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015.
ELSNER, Larissa de Oliveira. Uma análise legal sobre o sistema de cotas para pessoas
com deficiência e repercussões no âmbito do trabalho. Universidade do vale do rio dos
sinos – UNISINOS, 2018.
JESUS, Gabriel Santos de; SANTOS, Vitor de Sousa; GALVÃO, Nadielli Maria dos Santos.
A percepção dos donos de escritório de contabilidade sobre a contratação de pessoas
portadoras de necessidades especiais. PROGRAMA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA
VOLUNTÁRIA – PICVO, 2018.
MESSIAS, Eliane Pereira. Pessoa com deficiência e mercado de trabalho: um olhar sobre
as empresas de Viçosa-MG. Programa de Pós-Graduação em Economia Doméstica, 2018.