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FACULDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO NORTE.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA


E INSTUCIONAL: TEORIA E PRÁTICA
DISCIPLINA: INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA CLÍNICA
PROFESSORA ESPECIALISTA: FRANCISCA MORAIS DA
SILVA

MOSSÓRO- RN
2021
INTERVENÇÃO

AÇÃO
INTER ENTRE

ATENÇÃO INTERAÇÃO

INVENÇÃO?

INTERVENÇÃO

Mediação entre dois sujeitos:


Ação entre duas ou mais pessoas;
Movimento orientado para a busca do equilíbrio.

A intervenção psicopedagógica é um procedimento realizado pelo


psicopedagogo com o intuito de melhorar o processo de
aprendizagem e promover a autonomia e autoestima dos aprendentes.
ABORDAGEM DA EPISTEMOLOGIA CONVERGENTE;

UMA ABORDAGEM NASCIDA DO MOVIMENTO DA


PSICOPEDAGOGIA ARGRNTINA DE JORGE VISCA.

- A Epistemologia Convergente foi criada por Jorge Visca (1935-2000) –

renomado psicopedagogo argentino.

Quem foi Jorge Visca?

- Fundou os Centros de Estudos Psicopedagógicos de Buenos Aires, de

Missiones, do Rio de Janeiro, de Curitiba, de São Paulo e de Salvador.

-Essa abordagem trabalha com a Psicanálise (conceito de transferência e

contratransferência

Epistemologia Genética – Jean Piaget (exame clínico, etapas universais de

idade cronológica; a compreensão do erro etc.)

Psicologia Social – Pichon – Rivière (aprendizagem centrada na tarefa;

grupos operativos).

Em Visca compreendemos que a aprendizagem depende das seguintes

estruturas:

A cognitiva;

Afetiva;

Social.

A problemática de aprendizagem está indissociavelmente ligada a alguns

aspectos desses três fatores –sempre compreendidos de modo interdinâmico.


INSTRUMENTOS DE INTERVENÇÃO

CAIXA DE TRABALHO :CRIADA POR VISCA

A caixa de trabalho é para o trabalho do Psicopedagogo. Ele traz dentro

materiais que possibilitem a vivência do aprender para a criança ou para o

adolescente.

A Caixa de Trabalho é considerada como um continente, no qual a

criança poderá depositar seus conteúdos de saber e de não saber. Esta caixa,

portanto, deve conter materiais que são escolhidos previamente, considerando

a leitura que fizemos da criança ou do adolescente durante a

avaliação psicopedagógica.
O QUE COLOCAR NA CAIXA DE TRABALHO?

Brinquedos de materiais estruturados: família de animais domésticos e


selvagens, família terapêutica – família de bonecos; equipamentos de cozinha,
telefone, casinha com quarto, cozinha, banheiro e sala; posto de gasolina;
carrinhos; bola; armas de brinquedo; de enfermagem ou ferramentas; entre
outros.
Para se organizar uma caixa é preciso considerar alguns aspectos, tais
como: estágio de pensamento, interesses ou motivações, déficits de
aprendizagem, sexo, idade, meio sociocultural, prognóstico e grau de
focalização da tarefa (Visca, 1987, p. 29). Barbosa completa ainda com: nível de
apropriação da linguagem escrita, vínculos afetivos estabelecidos com as
situações de aprendizagem (2002, p. 36). Barbosa nos faz uma observação de
extrema relevância acerca da composição da caixa. Há crianças ou
adolescentes que apresentam o predomínio da assimilação, ou seja, são
aquelas que se aproximam mais de situações lúdicas. Para estes sujeitos
deverão ser colocados apenas um material não estruturado (tinta, argila, peças
para montar, massa de modelar, etc.) e mais materiais estruturados ou
semiestruturados (cadernos, livros, jogos com regras, modelos, receitas etc.) a
fim de que ele se identifique com a caixa através deste único material não-
estruturado e experimente mudanças através dos diferentes materiais
estruturados (2002, p. 36-37).
É comum crianças e adolescentes quererem trazer objetos de casa ou
levar objetos da caixa para casa. Isto só pode acontecer se fizer parte de um
combinado entre aprendiz e terapeuta; se for contribuir para a aprendizagem ou
para a minimização da dificuldade de aprendizagem; se houver clareza dos
objetivos desta ação (Id. Ibid., 2002, p. 38)
Outra modificação está em repor objetos como uma cola que a criança
usou em apenas uma tarefa de recorte e colagem. Barbosa nos orienta repor
“dependendo da consciência que ela possui em relação aos limites e ao seu
descontrole frente aos limites” (2002, p. 38).
O QUE É O MATERIAL DISPARADOR ?

Segundo Bosse (BOSSE, 1995, p. 81), o material disparador poderá ser


um livro, um jogo, pedaços de tecido, papel de dobradura entre outros.
Objetivo é de fortalecer o vínculo afetivo com a psicopedagoga e também
algumas possibilidades de trabalho para desenvolver algumas habilidades que
ele necessita como: classificação/ dicotomia/seriação/ expressão oral/
organização do pensamento/ memória/ atenção, através de conversas e
consignas.

Ele ficará constante nos atendimentos para serem esgotados todas


as possibilidades de aprendizagem, ou seja, fazer com que a aprendizagem da
criança seja sempre cada vez maior.

A escolha do material disparador deve atender às necessidades de cada


sujeito, identificadas por ocasião do diagnóstico psicopedagógico, seja a
estimulação do desenvolvimento de suas estruturas cognitivas, seja a
estimulação de aspectos funcionais ou emocionais que estejam limitando suas
possibilidades de aprendizado. Vera Regina Passos Bossi. BARBOSA, p.140.

MATERIAL DISPARADOR

O jogo “Cara a Cara” muito utilizado e outros jogos de memória, mais


simples encontrados em caixas de cereais, podem servir de material disparador.
As noções de significantes e significados são trabalhadas sem a necessidade
das costumeiras repetições em sala de aula. A imagem física da face das
personagens.

PROJETO DE TRABALHO OU PROJETO DE APRENDER

Não é um método, sim uma atitude educativa que dá sentido ás situações


de aprendizagens,

É parte de um tema problema e envolve para busca de solução e


execução do projeto.
Mostrar ao aprendiz que é necessário planejar, listar os elementos a
serem buscados, organizar fazer previsões saber esperar, visto que projetar e
executar não se constrói instantâneo.

ESCOLHEMOS O TEMA DO PROJETO, INICIAMOS NOSSA TAREFA


DE PROJETAR.

O que vamos fazer?

Com vai ser?

Para que vai servir?

Quanto tempo será necessário?

O que podemos aprender nesse projeto?

Quais as nossas intenções?

O projeto de Aprender é uma atitude que revela uma concepção de


aprendizagem. Partindo do conhecimento do aprendiz o projeto propõe a
interdisciplinaridade e promove o desenvolvimento do aprendiz.

O JOGO E A BRINCADEIRA COMO RECURSOS DE INTERVENÇÃO


PSICOPEDAGÓGICA

Através das brincadeiras é possível se trabalhar vários domínios


responsáveis por facilitar o aprendizado que acontece diariamente no âmbito
pedagógico e psicopedagógico.

Por meio destas atividades o psicopedagogo pode interagir de forma mais


natural com a criança e contribuir para o desenvolvimento da mesma, além de
melhor avaliar o desempenho da criança quanto às habilidades apresentadas.
BRINCADEIRAS DISPARADORAS

E criada e proposta pelo psicopedagogo na tentativa e provocar uma


tensão de desequilibrar o aprendiz o aprendiz e provocar uma tensão tal que o
leve a buscar caminhos para o equilíbrio.

Normalmente é extraída do próprio repertório da criança, visando ampliá-


lo, especializá-lo e potencializá-lo.

JOGOS

Os jogos são recursos indispensáveis, tanto na avaliação, como na


intervenção psicopedagógica, pois favorecem os processos de aprendizagem e
o desenvolvimento cognitivo do indivíduo.

Conclui-se o quanto os jogos são importantes na ação do psicopedagogo,


possibilitando à criança o desenvolvimento de suas habilidades cognitivas,
afetivas e motoras de forma prazerosa, o que torna sua prática de grande
contribuição para o contexto da clínica psicopedagógica.

PROPOSTA DE TRABALHO

ESTUDO DE CASO 1

A criança em foco, é do sexo masculino, tem 12 anos de idade, cursando


o 7º ano do Ensino Fundamental I em uma escola privada. M.P apresenta
dificuldade de aprendizagem na leitura e escrita, troca fonemas não reconhece
todas as letras do alfabeto. Traz um diagnóstico de Dislexia. Você como
Psicopedagogo (a) trace um plano de intervenção Psicopedagógico, visando
minimizar ou superar as dificuldades apresentadas.
ESTUDO DE CASO 2

J.E. do sexo masculino, adora Matemática e desenvolve muito bem a


habilidade de contagem. Inclusive em multiplicação. Mas, na língua escrita ainda
não é alfabetizado. Conhece as letras do alfabeto, mas não consegue associar
as sílabas. Não escreve seu nome completo. Esquece de recados importantes.
Não faz nenhum tipo de acompanhamento. O laudo médico tem como
diagnóstico de Transtorno de Déficit de Atenção / Hiperatividade (TDAH) com
déficit de atenção. J. E. estuda numa escola pública, cursando o 4º ano das
séries inicias.

Trace um plano de intervenção Psicopedagógico Clínico, na tentativa de


ajuda-lo a amenizar suas dificuldades.

ESTUDO DE CASO 3

A criança em foco tem 08 (oito) anos de idade do sexo feminino, cursa o


primeiro ano, do Ensino Fundamental I não reconhece cores, números e nem
letras. Não faz o nome, apenas em cima de pontilhados mas treme o risco. Fala
muito baixo, não consegue expressar seus desejos, apresenta prejuízos no
pensamento lógico. Não formula frases complexas.
Sua genitora apresentou o laudo médico de M. L. com Deficiência
Intelectual (D. I ). Trace um Plano de Intervenção psicopedagógico clinico que
potencialize o processo ensono de aprendizagem da aprendente.
COMO ELABORAR UM PLANO DE INTERVENÇÃO

Escreva uma frase que permita identificar o tema do seu projeto


e o problema para o qual se pretende buscar a solução.

Problema. O problema é a questão que se buscará resolver por


meio do Plano de intervenção

Justificativa. ...

Objetivos. ...

Metodologia. ...

Cronograma.

Referência
PLANO DE INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICO CLINICA

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
NOME: M. P DATA DE NASCIMENTO: _______________
IDADE: 12 anos
INSTITUIÇÃO ESCOLA: Escola Estadual Camilo de Léllis

SÉRIE/*ANO :7°ano TURNO: matutino


FILIAÇÃO: F.D.F

ENDEREÇO: Rua 15 de novembro

DIAGNÓSTICO

Em linhas gerais a análise psicopedagógico do caso de M.P sugere que


o problema de aprendizagem realmente existe; o seu ritmo de aprendizagem é
lento, caso aproximado a dislexia. Seu desenvolvimento na leitura e na escrita
encontra-se comprometido. Seu nível de escrita encontra-se no nível transitório
silábico alfabético, já próximo a alfabetização, no entanto foi percebida sua
dificuldade em evoluir, visto que já se encontra no 7º° ano do ensino
fundamental.

MATERIAL DISPARADOR

JUSTIFICATIVA

O presente trabalho tem como enfoque a necessidade da Intervenção


Psicopedagógica, no caso proposto de M. P. O aprendente apresenta inúmeras
dificuldades cognitivas.
Daí a escolha do “ Material Disparador “como uma das possibilidades
como uma proposta inicial, diante do quadro clínico apresentado, mas em
momento algum a escolha se sustenta apenas nesse recurso. Porque,
dependerá da evolução cognitiva do aprendente.

OBJETIVOS

DESENVOLVIMENTO

O plano de intervenção aqui desenvolvido realizar-se-á em cinco sessões


psicopedagógico correspondendo à carga horaria de 5hs, ocorrendo de segunda
feira, quarta feira e sexta feira, devido à necessidade de da evolução do
aprendente.

RECURSOS;

Papel ofício;

Lápis;

Tesoura; etc..

CRONOGRAMA;

AVALIAÇÃO;

NOME DA ESTAGIÁRIO (a)

DATA HORA Nº ATIVIDADES RECURSOS


DE
SESSÕES

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