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Apostila
De
Teoria Musical
Volume 1
Professora Laura Vitachi
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Sumário:
1. Música ---------- 2
2. Pauta ou pentagrama ---------- 2
3. Claves ---------- 3
4. Notas ---------- 4
5. Linhas suplementares ---------- 5
6. As Figuras musicais e seus valores ---------- 7
7. Compasso ---------- 9
8. Blocos de notas musicais ---------- 10
9. Ponto de aument0 ---------- 10
10. Tons e semitons ---------- 11
11. Acidentes ---------- 12
12. Escalas maiores ---------- 13
13. Armadura de clave ---------- 15
14. Escalas maiores com sustenidos ---------- 15
15. Andamentos ----------- 17
16. Metrônomo ---------- 17
17. Sinais de intensidade (dinâmica) ---------- 18
18. Sinais de repetição ---------- 18
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1. MÚSICA

O que é música?

- som em combinações puras, melódicas ou harmônicas produzido por voz ou

instrumento

- combinação de sons e silêncios de uma maneira organizada

- a arte de se expressar por meio de sons, seguindo regras variáveis conforme a

época, a civilização, entre outros fatores

De maneira mais didática e abrangente, a música é composta por: melodia,


harmonia e ritmo

MELODIA: é a combinação dos SONS SUCESSIVOS (dados uns após outros). É a

concepção horizontal da música

HARMONIA: é a combinação dos SONS SIMULTÂNEOS (dados de uma só vez).


É a concepção vertical da Música

RITMO: é a combinação dos valores tempo

2. PAUTA OU PENTAGRAMA

Usamos a Pauta ou Pentagrama para escrever música; que é um conjunto de 5


linhas paralelas dispostas na horizontal:

A pauta possui 5 linhas e 4 espaços, que devem ser contados de baixo para
cima:
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3. CLAVES

O que vai dar nome para as notas é a Clave, um símbolo musical que fica do

lado esquerdo da pauta e fixa o nome das notas. Existem vários tipos de claves,
mas a clave utilizada no caso do violino é a Clave de Sol:

Mas é importante conhecermos também as outras claves e sabermos quais a

diferenças de uma para a outra.

CLAVE DE SOL: aponta a posição na nota sol na pauta, é utilizada por


instrumentos agudos, como o violino e a flauta

CLAVE DE FÁ: aponta a posição na nota fá na pauta, predominantemente usada

por instrumentos graves, como o violoncelo, tuba e contrabaixo

CLAVE DE DÓ: aponta a posição na nota dó na pauta, é a menos utilizada; um


exemplo é a viola de arco ou em passagens mais agudas de trombone e

violoncelo
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4. NOTAS

As notas musicais são escritas nas linhas ou nos espaços da pauta (ou

pentagrama):

Para conseguirmos entender onde fica cada nota, primeiro precisamos conhecer
as sete notas músicas: DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI

No caso da Clave de Sol, a primeira nota que vamos memorizar é a nota que dá

nome a Clave, ou seja, a nota Sol, que fica na 2 linha da pauta:

Se partimos então da nota Sol (2ª linha) e subirmos para a próxima casa (2º

espaço), subimos também na ordem das notas:


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Ou seja, descobrimos onde fica a nota Lá.

Esse raciocínio é seguido para descobrirmos todas as outras notas:

Se tivermos que ler uma nota que está antes da nota Sol, seguimos o mesmo

raciocínio, porém descendo na pauta e na ordem das notas:

5. LINHAS SUPLEMENTARES

As linhas suplementares são a continuação da pauta, elas são usadas para

representar notas que ultrapassam limites superiores e inferiores:


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Quando você enxergar esses pequenos tracinhos, tente imaginar a figura abaixo.

Continue contando as notas da mesma forma que fazia na pauta: cada espaço
ou linha é uma nota diferente.

Lembrando que, assim como notas suplementares superiores, também existem


as notas suplementares inferiores, que seguem o mesmo tipo de raciocínio para

descobrirmos qual é a nota representada:


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6. AS FIGURAS MUSICAIS E SEUS VALORES

A música é representada pelo equilíbrio de sons e silêncios. Ambos têm

durações diferentes e são representados por sinais denominados valores. Os


valores que representam a duração dos sons musicais são chamados de

FIGURAS. Os que representam as ausências de sons são chamados de PAUSAS.

Cada figura de SOM tem sua respectiva PAUSA que lhe corresponde ao mesmo
tempo de duração:

As figuras que representam os valores das notas têm duração indeterminada,

isto é, não têm valor fixo. Quem os determinará será uma fração ordinária escrita
após a clave e os acidentes fixos que é chamada de FÓRMULA DE COMPASSO.

O número superior mostra a quantidade de tempos no compasso, sendo o 3 no


caso acima.
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O número inferior indica a figura musical que valerá 1 (unidade de tempo). Na

tabela abaixo você poderá ver a relação entre números e figuras musicais:

Sabemos que 3 (número de cima) é a quantidade de figuras e, consultando a


tabela anterior, temos que 4 (número de baixo) é o número que representa a

figura da semínima. Portanto, três por quatro (3/4) nada mais é do que três
semínimas em cada compasso, ou seja, neste exemplo, em cada compasso

teremos sempre o equivalente a três semínimas. Nesse caso, é a semínima que


valerá 1 tempo. Sendo assim, o valor das outras notas será:
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Por hora, vamos tomar como referência as fórmulas de compasso em que a

semínima ( ) vale 1, ou seja, quando o número inferior for 4. Por tanto, foque

na tabela de valores acima.

7. COMPASSO

É também pela forma de compasso que os compassos são determinados:

Como já vimos, o número superior mostra a quantidade de tempos no

compasso, sendo 3 no caso acima. Cada compasso é separado do seguinte por


uma linha divisória vertical (travessão):

Algumas das fórmulas de compassos que mais iremos usar nesse início:
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8. BLOCOS DE NOTAS MUSICAIS

2 colcheias:

4 semicolcheias:

2 semicolcheias + 1 colcheia:

1 semicolcheia + 1 colcheia + 1 semicolcheia:

9. PONTO DE AUMENTO

Um ponto colocado à direita de uma figura serve para aumentar a metade do

valor de duração dessa figura:


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As pausas também podem ser pontuadas:

DUPLO PONTO DE AUMENTO: dois pontos podem ser colocados à direita da

NOTA ou PAUSA. O primeiro ponto acrescenta a metade do valor da FIGURA; o


segundo a metade do valor do primeiro ponto:

10. TONS E SEMITONS

SEMITOM : é o menor intervalo existente entre dois sons que o ouvido humano
ocidental pode perceber e classificar, a menor distância entre duas notas

TOM : é o intervalo existente entre dois sons, formado por dois semitons

ESCALA DIATÔNICA : é a sucessão de 8 sons por intervalos de tom ou de

semitom.

Por exemplo:
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Ou já na partitura:

Essa é a Escala de Dó Maior, e é a mais fácil de visualizarmos e entendermos,

pois não possui nenhum sustenido ou bemol (os acidentes), assunto que
veremos a seguir.

11. ACIDENTES

Dá-se o nome de acidente ao sinal que se coloca antes de uma nota para

modificar-lhe a entoação. A entoação das notas, conforme o sinal de alteração,


poderá ser elevada ou abaixada em um ou dois semitons. São os seguintes:

SUSTENIDO: eleva um semitom

BEMOL: abaixa um semitom

DOBRADO SUSTENIDO: eleva dois semitons

DOBRADO BEMOL: abaixa dois semitons


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BEQUADRO: anula o efeito de qualquer um dos outros sinais anteriores, fazendo

a nota voltar à entoação natural

Os acidentes podem ser FIXOS, OCORRENTES ou de PRECAUÇÃO.

FIXOS : são aqueles que fazem parte da armadura de clave. Seu efeito vale por

todo o trecho musical

OCORRENTES: são aqueles que aparecem no decorrer de um trecho musical


predominando, somente, no compasso em que são escritos

DE PRECAUÇÃO: são aqueles que aparecem a fim de evitarem erros na leitura


rápida. Normalmente são grafados entre parêntesis

12. ESCALAS MAIORES

O que são escalas?


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Como dito anteriormente, escala é uma sequência de notas através de um


caminho medido por tons e semitons.

Por exemplo: Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si, Dó… Repetindo esse ciclo.

Nessa escala, começou-se com a nota Dó e foi-se seguindo uma sequência bem
definida de intervalos até o retorno para a nota Dó novamente.

Relembrando, para representarmos as distâncias entre as notas usamos:

SEMITOM (ST): menor distancia entre duas notas

TOM (T): dois semitons

Repare que entre cada nota que nós já conhecíamos (DÓ RÉ MI FÁ SOL LÁ SI
DÓ) existem notas intermediárias, notas com # ou com b. Essa sequência é
importante de ser decorada.

*AS NOTAS QUE TERMINAM COM i NÃO TEM NOTA INTERMEDIÁRIA (SI e MI)

Podemos fazer o mesmo, mas começando de outra nota. Respeitamos a mesma


sequência de intervalos (distância entre as notas, tons e semitons), porém
partindo de outra nota.

Alguns exemplos são:


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13. ARMADURA DE CLAVE

É o conjunto de alterações (sustenidos ou bemóis) que pertencem a uma escala.


A armadura é grafada no começo da pauta, imediatamente após a clave.

A armadura informa quais notas são sempre sustenizadas ou bemolizadas


durante uma música, salvo indicação em contrário por um acidente ocorrente.

Os acidentes são grafados na armadura na ordem em que surgem na formação


de escalas.

Ordem dos sustenidos: Fá - Dó – Sol – Ré – Lá – Mi - Si

Ordem dos bemóis: Si – Mi – Lá – Ré – Sol – Dó – Fá

14. ESCALAS MAIORES COM SUSTENIDOS


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Dó Maior

DO MAIOR - - - - - (Com 0 #)

SOL MAIOR - - - - - (Com 1 # - Fá)

RÉ MAIOR - - - - - (Com 2 # - Fá - Dó)

LÁ MAIOR - - - - - (Com 3 # - Fá - Dó - Sol)

MI MAIOR - - - - - (Com 4 # - Fá - Dó - Sol - Ré)

SI MAIOR - - - - - (Com 5 # - Fá - Dó - Sol - Ré - Lá)

FA # MAIOR - - - - - (Com 6 # - Fá - Dó - Sol - Ré - Lá - Mi)

DO # MAIOR - - - - - (Com 7 # - Fá - Dó - Sol - Ré - Lá - Mi - Si).

Por hora, vamos ficar apenas com as Escalas Maiores com Sustenidos, mas é
importante que já saibamos que existem as Escalas Maiores com Bemóis, além
de outros tipos de Escalas (Escalas Menores Melódicas, Escalas Menores
Harmônicas, etc).

Dicas para ler e interpretar uma armadura de clave

Quando temos uma armadura com sustenidos, você vai descobrir a tonalidade
olhando apenas para o último sustenido (obs: a ordem é da esquerda para a
direita). No exemplo abaixo, esse é o último sustenido:

A tonalidade da música será um grau (DÓ RÉ MI FÁ SOL LÁ SI) acima do último


sustenido. No exemplo acima, o último sustenido estava na nota Dó, portanto, a
tonalidade é Ré maior.

Obs: um grau é a próxima nota da linha ou espaço


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Caso a nota que você encontrou tenha um acidente também na armadura de


clave, você precisa aplicar esse acidente à tonalidade. Por exemplo, na armadura
abaixo, o último sustenido está na nota Mi, o que nos leva a concluir que a
tonalidade é Fá maior. Mas a nota Fá possui um sustenido (#) na armadura,
então a tonalidade é Fá sustenido (#) e não Fá!

15. ANDAMENTOS

Andamento é o que define a velocidade de uma música. Se ela é lenta, média


ou rápida, se vai ser dançante ou não, etc.

LARGO: o mais lento

LARGHETTO: um pouco menos lento

LENTO: lento

ADÁGIO: um pouco mais movido que o precedente

ANDANTE: mais movido que o adágio

ANDANTINO: pouco mais rápido que o anterior

MODERATO: moderado

ALLEGRETTO: mais rápido que o moderato

ALLEGRO: rápido

VIVACE: ainda mais rápido

VIVO: bastante movido

PRESTO: muito rápido

PRESTÍSSIMO: o mais rápido de todos

16. METRÔNOMO
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Para determinar com absoluta certeza a duração exata do tempo, os


compositores e executantes usam um aparelho denominado METRÔNOMO. As
oscilações geradas pelo METRÔNOMO devem ser contadas por minuto, ou
abreviado, BPM. Por exemplo, 100BPM significa cem batidas por minuto,
quanto maior o BPM maior a velocidade da música, quanto menor o BPM
menor a velocidade da música ou do trecho musical.

17. SINAIS DE INTENSIDADE (DINÂMICA)

A INTENSIDADE do som, isto é, a variação dos sons FORTES e FRACOS, constitui


o colorido da MÚSICA, também muito conhecida por DINÂNICA. Indica-se a
intensidade dos sons, quase sempre, por palavras italianas (muitas vezes
abreviadas) e também por sinais gráficos convencionados. Eis as palavras mais
usadas com as respectivas abreviaturas:

18. SINAIS DE REPETIÇÃO

Sinais de repetição são sinais que determinam a repetição de um trecho musical,


compasso ou a repetição completa, desde o início.

RITORNELLO: é um travessão com dois pontos, sendo um acima e outro abaixo


da 3ª linha, indicando que o trecho deve ser repetido. Quando numa música se
deseja repetir apenas um trecho, e este se encontra no princípio, no meio ou no
fim, haverá dois ritornellos, nos quais os pontos do primeiro se encontram à
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direita das barras duplas, e os do segundo à esquerda. O trecho compreendido


entre os dois ritornellos deve ser repetido.

SEGNO: é um termo musical que literalmente significa "a partir do sinal", ou seja
indica ou marca o início de uma repetição

DA CAPO (D.C): indica que deve ser voltar do início da música

DA CAPO AL FINE: indica que se deve voltar ao princípio e parar no final


determinado

CODA: aparece quando a música se repete a partir de um trecho, porém, ela


não repete o trecho inteiro e pula para uma outra parte com notações diferentes
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DA CAPO AL CODA: indica que se deve voltar ao princípio e seguir o Coda

CHAVE 1 E CHAVE 2: em alguns casos nós temos um trecho musical que se


repete, porém, a parte final do trecho não termina da mesma maneira. Nesses
casos utilizamos os sinais 1ª vez e 2ª vez para indicar que a repetição do trecho
musical irá ocorrer até o compasso anterior à marcação da 1ª vez, pulando para
o sinal onde está marcado 2ª vez.
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Fim do Volume 1

BONS ESTUDOS!!!
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