DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO
Beira
2021
CARLOTA FILIPE FERNANDO MACUACUA
Beira
2021
Índice
1. Introdução............................................................................................................................4
1.1. Objectivos.....................................................................................................................4
1.1.1. Geral......................................................................................................................4
1.1.2. Específicos............................................................................................................4
1.2. Metodologias................................................................................................................4
2. AVALIAÇÃO DA QUALIDADE EM EDUCAÇÃO........................................................5
2.1. Conceitos......................................................................................................................5
2.1.1. Educação...............................................................................................................5
2.1.2. Qualidade..............................................................................................................5
2.1.3. Qualidade em educação........................................................................................5
2.2. Avaliação da qualidade em educação...........................................................................6
2.2.1. Indicadores da qualidade na educação..................................................................6
2.2.2. Juízo crítico sobre a missão da escola...................................................................8
2.2.3. Avaliação fragmentada e/ou dialéctica.................................................................8
3. Conclusão..........................................................................................................................11
4. Referências bibliográficas.................................................................................................12
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1. Introdução
Este presente trabalho versa de um modo analítico e critico sobre o tema Avaliação Da
Qualidade Em educação. Estema asseta-se na justificativa de que no processo de construção
do conhecimento, a avaliação da aprendizagem e de todo o sistema escolar, ou seja, do
funcionamento da instituição é peça fundamental e serve, ao contrário do que a grande
maioria dos professores acredita, para averiguar tanto a evolução dos alunos quanto o
desempenho dos professores em sala de aula. Por tratar-se de um processo contínuo e diário, a
avaliação tem como propósito buscar diagnosticar, motivar, conquistar, transformar, superar,
sensibilizar, conhecer, dinamizar e incluir, uma vez que será através da avaliação da
aprendizagem que o professor terá uma posição ao objecto avaliado e assim decidir qual a
sequência da acção.
1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
1.1.2. Específicos
1.2. Metodologias
2.1. Conceitos
2.1.1. Educação
Freitas (1994) e Brandão (1993) pontuam a educação como forma de pensar o tipo de cidadão
que a sociedade deseja, ajudando a criá-lo, mediante formas de passar adiante saberes e
costumes que legitimem determinadas formas de pensar e agir, tais como: valores, crenças,
rituais, hábitos, etc.
2.1.2. Qualidade
Para de Eithier (1989), o conceito de qualidade em educação é muito difícil de definir e refere
basicamente que este está centrado em três parâmetros:
Qualidade dos recursos humanos, materiais e financeiros de que deve dispor um serviço
de educação;
Qualidade do processo educativo em que os programas e os métodos exprimam todo o seu
potencial;
Qualidade dos resultados académicos, mas também dos relacionados com o
desenvolvimento pessoal e social dos estudantes.
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O autor Cunha (1997, p. 89) em sua obra “educação em debate” reflecte sobre o mesmo
assunto, afirmando que, o sucesso qualitativo do sistema depende da interacção harmoniosa
de todos os elementos, no sentido de se completarem, se apoiarem e darem a sua contribuição
específica para os objectivos globais do mesmo sistema.
Freire (1996, p.32) diz que “não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino”. É preciso
conhecer o aluno, estar mais perto, saber suas dificuldades e suas motivações para que a partir
daí o professor crie caminhos pedagógicos com maiores possibilidades de alcançar os
objectivos e envolver o aluno na aprendizagem.
2.2.1.3. A avaliação
Segundo Amélia Hamze (2010), a prática pedagógica e avaliação refletem coletivamente
sobre a proposta pedagógica da escola, sobre o planejamento das atividades educativas, sobre
as estratégias e recursos de ensino aprendizagem, os processos de avaliação dos alunos,
incluindo a auto-avaliação e a avaliação dos profissionais da escola
Por isso se torna importante à esses profissionais a formação e condições de trabalho, pois é
exactamente através deste indicador que os professores serão melhor preparados e capacitados
à desenvolverem um bom trabalho.
De acordo com Horn (2004), é no espaço físico que a criança consegue estabelecer relações
entre o mundo e as pessoas, tomando-o como base para explorar suas emoções. Além de ser
necessária a disponibilidade de recursos no espaço físico escolar é preciso também o uso
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correto dos mesmos para que sejam aproveitados ao máximo e a flexibilidade quanto a tudo
que é parte deste universo, a fim de rever e refazer adaptações quando necessário,
promovendo assim melhor qualidade no processo de ensino e aprendizagem.
A função da Escola é criar a oportunidade, o direito e o dever que cada um tem, de conhecer o
mundo, para o transformar. A Escola deve ser um contexto de vida enriquecedor e fomentar
não só a qualidade mas a excelência (consecução do potencial máximo de cada pessoa),
valorizando cada criança com a sua singularidade, como se fosse única no meio de muitas
outras, proporcionando experiências ricas, intensas, diversas e profundas ao nível cognitivo,
social, emocional e físico.
Considera-se que a avaliação escolar interna é um dos grandes problemas que perpassam a
educação básica, pois nem sempre está a serviço daquilo que deveria estar. A construção de
novas aprendizagens e novos níveis de desenvolvimento para todos os alunos.
O autor explica que na referida concepção dialética, a proposta pedagógica tem como
primeiro passo, ver a prática social dos sujeitos da educação, a tomada de consciência sobre
esta prática, levando professores e alunos a teorizar sobre a realidade. Isto possibilita passar
do senso comum para os conhecimentos científicos e retornar à pratica social de origem com
uma perspectiva transformadora desta realidade. Sendo assim, com o conhecimento teórico
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adquirido, o aluno vai actuar sobre seu meio social com um entendimento mais crítico,
elaborado e consistente (Gasparin, 2005).
Sendo a avaliação uma das etapas da atividade escolar, é necessário que esteja sintonizada
com a finalidade do processo ensino e aprendizagem e como possibilidade de perceber nos
sujeitos escolares suas fragilidades, seus avanços e desta forma, mediar o processo de
apropriação do conhecimento e consequentemente, com a função social a fim de possibilitar
ao aluno condições de emancipação humana. Deste modo, a educação ofertada pela
instituição escolar deve possibilitar o processo dialético de trabalho pedagógico para formar
alunos autônomos em sua aprendizagem e em seu desenvolvimento humano, produtores de
conhecimento crítico e significativo, conscientes e compromissados com a melhoria do seu
meio social.
Para Gasparin (2005), o trabalho de todo o processo ensino e aprendizagem deve contribuir
para transformar um aluno-cidadão em um cidadão mais autônomo. Inicialmente, este
trabalho pedagógico exige um aluno que se aproprie dos conhecimentos científicos pela
mediação do professor. Depois, ao término do período escolar, pressupõe-se que esse aluno
apresente a condição de cidadão crítico e participativo, sem a presença e intermediação do
professor, transportando os conceitos científicos apreendidos para a nova dimensão de sua
vida.
O processo de avaliação da aprendizagem deve ser praticado com esta perspectiva dialética do
conhecimento, mas os critérios e procedimentos de avaliação muitas vezes não condizem com
a realidade vivida pelo aluno no processo de construção do conhecimento, levando-o ao
fracasso escolar.
Ainda na perspectiva de Vasconcellos (2005, p. 69).) propõe-se que o papel que se espera da
escola é que possa colaborar com a formação do cidadão pela mediação do conhecimento
científico, estético, filosófico. Para o autor, os alunos, desde cedo, precisariam ser orientados
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para dar um sentido ao estudo. Na tríplice articulação entre compreender o mundo em que
vivemos, usufruir do património acumulado pela humanidade e transformar este mundo, qual
seja, colocar este conhecimento a serviço da construção de um mundo melhor, mais justo e
solidário.
O conhecimento deve ajudar a compreender o mundo e nele intervir sendo que a principal
finalidade da avaliação no processo escolar é ajudar a garantir a formação integral do aluno
pela mediação do conhecimento e da aprendizagem por parte de seus alunos.
Esta concepção de avaliação exige uma mudança de postura do professor o qual deve investir
suas potencialidades, não no controle do que foi transmitido e sim na aprendizagem dos
alunos.
Na visão de interactivo Luckesi (2005) esta concepção dialéctica, a forma de trabalho em sala
de aula terá que sofrer mudanças. É preciso olhar para o que cada aluno já sabe e para suas
reais necessidades e, isso significa olhar para a prática e para a teoria que sustenta essa
prática, articulando-as com a dinâmica do trabalho em sala de aula. Superar os conteúdos
desvinculados da prática social dos alunos e a metodologia passiva, uma vez que o professor,
pela avaliação, vai acompanhar a construção da aprendizagem do aluno na perspectiva de
superação do senso comum.
3. Conclusão
Apos a compilação deste trabalho de pesquisa, o grupo pôde anotar algumas notas
conclusivas. No que diz respeito a avaliação dialéctica, podemos concluir que professor é
verdadeiramente mediador quando começa seu trabalho a partir do que o aluno sabe, isto é,
tem como ponto de partida a prática da avaliação diagnóstica, com objectivo de auxiliar o
aluno no seu desenvolvimento pessoal a partir do processo de ensino-aprendizagem.
4. Referências bibliográficas
Brandão, C. R. (1993) O que é educação? 28.ed. São Paulo, SP: Brasiliense, Coleção
Primeiros Passos.
Cabral, Ruben de Freitas (1999). O Novo Voo de Ícaro- Discursos sobre Educação. Lisboa,
ESE João de Deus.
Ferreira, A. B. H. Novo dicionário Aurélio básico da língua portuguesa. São Paulo: Nova
Fronteira/Folha São Paulo, 1994. P. 692.
Freire, P. (1996), Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São
Paulo: Paz e Terra, 32p.
Gasparin, J (2005). Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. 3.ed. Campinas, SP:
Autores Associados.
Gentili, Pablo; SILVA, Tomas T. da, org. Neoliberalismo, qualidade total e educação: visões
críticas. 4 a. ed. RJ: Vozes, 1994.
Horn, M. G. S. (2004)Sabores, cores, sons, aromas: A organização dos espaços na educação
infantil. Porto Alegre: Artmed. P 28.
Luck, Heloísa. Perspectivas da avaliação institucional da escola. Vol. VI. Petrópolis: Vozes,
2012.
Luckesi, C (2005). Avaliação da aprendizagem escolar: estudos eproposições. 17. Ed. São
Paulo: Cortez.
Nardi, Elton L.; schneider, Marilda P (Org.). Qualidade da educação no ensino fundamental:
entre políticas e a (ex)tensão do tema na escola pública. 1a. ed. Ijuí: Unijuí, 2015., v 1. 268p.
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