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UNIVERSIDADE LICUNGO

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO

CURSO DE LICENCIATURA EM CIENCIAS DE EDUCAÇÃO

CARLOTA FILIPE FERNANDO MACUACUA


CARLOS FRANCISCO M. VINHO
CHERCIA DA NEIMA CARLOS MACHAVA
DERCIO NEHEMIA MUJUI
EGAS DA LUCINDA FERNANDO
FELIPE MANJARA FRANCISCO
FERNANDO RAMOS JANEIRO
FRANCISCO SIMÕES BERNARDO MACITELA

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE EM EDUCAÇÃO

Beira

2021
CARLOTA FILIPE FERNANDO MACUACUA

CARLOS FRANCISCO M. VINHO

CHERCIA DA NEIMA CARLOS MACHAVA

DERCIO NHE MUJUI

EGAS DA LUCINDA FERNANDO

FELIPE MANJARA FRANCISCO

FERNANDO RAMOS JANEIRO

FRANCISCO SIMÕES BERNARDO MACITELA

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE EM EDUCAÇÃO

Trabalho de pesquisa a ser


apresentado no departamento de
educação na disciplina de Avaliação
Da Qualidade Em Educação para
efeitos avaliativos.

Docente: MSC Filomena Moniz Alberto Cossoma

Beira

2021
Índice
1. Introdução............................................................................................................................4
1.1. Objectivos.....................................................................................................................4
1.1.1. Geral......................................................................................................................4
1.1.2. Específicos............................................................................................................4
1.2. Metodologias................................................................................................................4
2. AVALIAÇÃO DA QUALIDADE EM EDUCAÇÃO........................................................5
2.1. Conceitos......................................................................................................................5
2.1.1. Educação...............................................................................................................5
2.1.2. Qualidade..............................................................................................................5
2.1.3. Qualidade em educação........................................................................................5
2.2. Avaliação da qualidade em educação...........................................................................6
2.2.1. Indicadores da qualidade na educação..................................................................6
2.2.2. Juízo crítico sobre a missão da escola...................................................................8
2.2.3. Avaliação fragmentada e/ou dialéctica.................................................................8
3. Conclusão..........................................................................................................................11
4. Referências bibliográficas.................................................................................................12
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1. Introdução
Este presente trabalho versa de um modo analítico e critico sobre o tema Avaliação Da
Qualidade Em educação. Estema asseta-se na justificativa de que no processo de construção
do conhecimento, a avaliação da aprendizagem e de todo o sistema escolar, ou seja, do
funcionamento da instituição é peça fundamental e serve, ao contrário do que a grande
maioria dos professores acredita, para averiguar tanto a evolução dos alunos quanto o
desempenho dos professores em sala de aula. Por tratar-se de um processo contínuo e diário, a
avaliação tem como propósito buscar diagnosticar, motivar, conquistar, transformar, superar,
sensibilizar, conhecer, dinamizar e incluir, uma vez que será através da avaliação da
aprendizagem que o professor terá uma posição ao objecto avaliado e assim decidir qual a
sequência da acção.

1.1. Objectivos

1.1.1. Geral

 Falar de Avaliação Da Qualidade Em Educação.

1.1.2. Específicos

 Juízo crítico sobre a missão da escola: constrangimentos e problemas;


 Avaliação fragmentada e/ou dialéctica: a questão da área-qualidade.

1.2. Metodologias

De acordo PRODANOV e FREITAS (2013) metodologia é a aplicação de procedimentos e


técnicas que devem ser observados para construção de conhecimento com propósito de
comprovar a sua validade e utilidade nos diversos âmbitos da sociedade, os mesmos autores
consideram métodos como uma forma de abordagem em nível de abstracção dos fenómenos.
Para efectivação deste trabalho recorreu-se a pesquisa bibliográfica dos manuais físicos,
electrónicos e auxiliando com alguns meios da internet.
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2. AVALIAÇÃO DA QUALIDADE EM EDUCAÇÃO

2.1. Conceitos

2.1.1. Educação

Freitas (1994) e Brandão (1993) pontuam a educação como forma de pensar o tipo de cidadão
que a sociedade deseja, ajudando a criá-lo, mediante formas de passar adiante saberes e
costumes que legitimem determinadas formas de pensar e agir, tais como: valores, crenças,
rituais, hábitos, etc.

2.1.2. Qualidade

Segundo Ferreira (1994, p.591), qualidade é definida como:

“Propriedade, atributo ou condição das coisas ou pessoas capaz


de distingui-las das outras e lhes determinar a natureza; numa
escala de valores, qualidade é a propriedade que permite avaliar
e, consequentemente, aprovar, aceitar ou recusar qualquer
coisa”.

2.1.3. Qualidade em educação

Segundo a Unesco (2001), qualidade em educação é um conceito dinâmico que deve se


adaptar permanentemente a um mundo que experimenta profundas transformações sociais e
económicas.

Para de Eithier (1989), o conceito de qualidade em educação é muito difícil de definir e refere
basicamente que este está centrado em três parâmetros:

 Qualidade dos recursos humanos, materiais e financeiros de que deve dispor um serviço
de educação;
 Qualidade do processo educativo em que os programas e os métodos exprimam todo o seu
potencial;
 Qualidade dos resultados académicos, mas também dos relacionados com o
desenvolvimento pessoal e social dos estudantes.
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Outros autores, na análise de qualidade de educação da escolas ou dos sistemas educativos,


debruçam-se sobretudo sobre a qualidade dos recursos, enquanto outros se concentram
essencialmente sobre a qualidade do processo e dos resultados.

O autor Cunha (1997, p. 89) em sua obra “educação em debate” reflecte sobre o mesmo
assunto, afirmando que, o sucesso qualitativo do sistema depende da interacção harmoniosa
de todos os elementos, no sentido de se completarem, se apoiarem e darem a sua contribuição
específica para os objectivos globais do mesmo sistema.

2.2. Avaliação da qualidade em educação

Segundo o autor Luck (2012, p. 24) Propõe-se a realização de avaliação institucional da


escola, que passa pela observação, análise e interpretação do que acontece em seu ambiente,
de modo a se dimensionar os múltiplos factores internos e contextuais interferentes na
produção da qualidade do ensino, além de seus processos e sua capacidade de realizar os
objectivos educacionais de formação e aprendizagem dos alunos. A avaliação institucional da
escola, sob essa perspectiva, permite ter uma visão ampla, relacional e interactiva do
desempenho da escola, de modo a se poder realizar qualquer interferência adequada a respeito
de sua efectividade e como melhorá-la.

A avaliação escolar deve ser um espaço de experiências que estimule a participação, a


formação da razão, do desenvolvimento de pensamentos e imaginações suficientemente
sólidas que atendam o que consideramos uma escola e qualidade, de forma que todos os seus
atores participem do processo.

O discurso de vários pesquisadores caminham em direcção oposta, para os quais o conceito de


qualidade da educação está atrelado à necessidade de considerar outros aspectos
condicionantes do processo de ensino-aprendizagem que também são importantes para o
sucesso da escola (GENTILI, 1994; LÜCK, 2012; NARDI E SCHNEIDER, 2015; entre
outros).

2.2.1. Indicadores da qualidade na educação

2.2.1.1. Ambiente Educativo


A professora Amélia Hamze (2010) diz que o ambiente educativo se refere ao respeito, à
alegria, à amizade e solidariedade, à disciplina, ao combate à discriminação e ao exercício dos
direitos e deveres.
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As características supracitadas precisam estar presentes não só no alunado mas também em


todos os profissionais que compõem este ambiente, pois estas influenciam o crescimento
através da socialização, integração e solidariedade e ainda complementam o processo de
ensino aprendizagem.

2.2.1.2. A Prática Pedagógica


Entender a sala de aula como espaço de reprodução e também de inovação pode contribuir
para a construção de teorias pedagógicas alternativas, através das quais as práticas
vivenciadas tornam-se a inspiração para a construção de novos conhecimentos (CUNHA,
2001, p. 43);

Freire (1996, p.32) diz que “não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino”. É preciso
conhecer o aluno, estar mais perto, saber suas dificuldades e suas motivações para que a partir
daí o professor crie caminhos pedagógicos com maiores possibilidades de alcançar os
objectivos e envolver o aluno na aprendizagem.

2.2.1.3. A avaliação
Segundo Amélia Hamze (2010), a prática pedagógica e avaliação refletem coletivamente
sobre a proposta pedagógica da escola, sobre o planejamento das atividades educativas, sobre
as estratégias e recursos de ensino aprendizagem, os processos de avaliação dos alunos,
incluindo a auto-avaliação e a avaliação dos profissionais da escola

2.2.1.4. A Formação e Condições de Trabalho dos Profissionais da Escola


diz respeito aos processos de formação dos professores, a competência, assiduidade e
estabilidade da equipe escolar.

Por isso se torna importante à esses profissionais a formação e condições de trabalho, pois é
exactamente através deste indicador que os professores serão melhor preparados e capacitados
à desenvolverem um bom trabalho.

2.2.1.5. O Espaço Físico Escolar


muito influencia na qualidade do ensino, pois é necessário que o aluno se sinta bem em um
lugar aconchegante, onde há organização, limpeza e principalmente recursos disponíveis
suficientes para a exploração, concretização e aprofundamento no seu estudo.

De acordo com Horn (2004), é no espaço físico que a criança consegue estabelecer relações
entre o mundo e as pessoas, tomando-o como base para explorar suas emoções. Além de ser
necessária a disponibilidade de recursos no espaço físico escolar é preciso também o uso
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correto dos mesmos para que sejam aproveitados ao máximo e a flexibilidade quanto a tudo
que é parte deste universo, a fim de rever e refazer adaptações quando necessário,
promovendo assim melhor qualidade no processo de ensino e aprendizagem.

2.2.2. Juízo crítico sobre a missão da escola

Parafraseando Cabral (1999), podemos afirmar que A missão da Escola é basicamente


promover a Educação sendo o acto de educar a tentativa sempre renovada de encontro com o
sentido da vida. O que pressupõe, não só saber o que é educar, mas também saber para e como
se educa numa perspectiva de desenvolvimento contínuo.

A função da Escola é criar a oportunidade, o direito e o dever que cada um tem, de conhecer o
mundo, para o transformar. A Escola deve ser um contexto de vida enriquecedor e fomentar
não só a qualidade mas a excelência (consecução do potencial máximo de cada pessoa),
valorizando cada criança com a sua singularidade, como se fosse única no meio de muitas
outras, proporcionando experiências ricas, intensas, diversas e profundas ao nível cognitivo,
social, emocional e físico.

2.2.3. Avaliação fragmentada e/ou dialéctica

Considera-se que a avaliação escolar interna é um dos grandes problemas que perpassam a
educação básica, pois nem sempre está a serviço daquilo que deveria estar. A construção de
novas aprendizagens e novos níveis de desenvolvimento para todos os alunos.

“É evidente que o fracasso escolar, a evasão e a repetência


estão relacionados com a utilização de modelos inadequados,
parciais e fragmentados de avaliação.” (Franco, 1993, p. 25)

Gasparin (2005) destaca também que a avaliação da aprendizagem na concepção dialética do


conhecimento, é a manifestação de quanto o aluno se apropriou das soluções para a resolução
dos problemas e das questões levantadas, ou seja, do conhecimento adquirido.

O autor explica que na referida concepção dialética, a proposta pedagógica tem como
primeiro passo, ver a prática social dos sujeitos da educação, a tomada de consciência sobre
esta prática, levando professores e alunos a teorizar sobre a realidade. Isto possibilita passar
do senso comum para os conhecimentos científicos e retornar à pratica social de origem com
uma perspectiva transformadora desta realidade. Sendo assim, com o conhecimento teórico
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adquirido, o aluno vai actuar sobre seu meio social com um entendimento mais crítico,
elaborado e consistente (Gasparin, 2005).

2.2.3.1. Avaliação fragmentada e/ou dialéctica: a questão da área-qualidade


Os novos desafios do mundo contemporâneo exigem inovações didáticopedagógicas que
possam contribuir para que a escola cumpra com seus objetivos de ensino e aprendizagem
proporcionando um espaço repleto de possibilidades.

Sendo a avaliação uma das etapas da atividade escolar, é necessário que esteja sintonizada
com a finalidade do processo ensino e aprendizagem e como possibilidade de perceber nos
sujeitos escolares suas fragilidades, seus avanços e desta forma, mediar o processo de
apropriação do conhecimento e consequentemente, com a função social a fim de possibilitar
ao aluno condições de emancipação humana. Deste modo, a educação ofertada pela
instituição escolar deve possibilitar o processo dialético de trabalho pedagógico para formar
alunos autônomos em sua aprendizagem e em seu desenvolvimento humano, produtores de
conhecimento crítico e significativo, conscientes e compromissados com a melhoria do seu
meio social.

Para Gasparin (2005), o trabalho de todo o processo ensino e aprendizagem deve contribuir
para transformar um aluno-cidadão em um cidadão mais autônomo. Inicialmente, este
trabalho pedagógico exige um aluno que se aproprie dos conhecimentos científicos pela
mediação do professor. Depois, ao término do período escolar, pressupõe-se que esse aluno
apresente a condição de cidadão crítico e participativo, sem a presença e intermediação do
professor, transportando os conceitos científicos apreendidos para a nova dimensão de sua
vida.

O processo de avaliação da aprendizagem deve ser praticado com esta perspectiva dialética do
conhecimento, mas os critérios e procedimentos de avaliação muitas vezes não condizem com
a realidade vivida pelo aluno no processo de construção do conhecimento, levando-o ao
fracasso escolar.

Ainda na perspectiva de Vasconcellos (2005, p. 69).) propõe-se que o papel que se espera da
escola é que possa colaborar com a formação do cidadão pela mediação do conhecimento
científico, estético, filosófico. Para o autor, os alunos, desde cedo, precisariam ser orientados
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para dar um sentido ao estudo. Na tríplice articulação entre compreender o mundo em que
vivemos, usufruir do património acumulado pela humanidade e transformar este mundo, qual
seja, colocar este conhecimento a serviço da construção de um mundo melhor, mais justo e
solidário.

O conhecimento deve ajudar a compreender o mundo e nele intervir sendo que a principal
finalidade da avaliação no processo escolar é ajudar a garantir a formação integral do aluno
pela mediação do conhecimento e da aprendizagem por parte de seus alunos.

Esta concepção de avaliação exige uma mudança de postura do professor o qual deve investir
suas potencialidades, não no controle do que foi transmitido e sim na aprendizagem dos
alunos.

Na visão de interactivo Luckesi (2005) esta concepção dialéctica, a forma de trabalho em sala
de aula terá que sofrer mudanças. É preciso olhar para o que cada aluno já sabe e para suas
reais necessidades e, isso significa olhar para a prática e para a teoria que sustenta essa
prática, articulando-as com a dinâmica do trabalho em sala de aula. Superar os conteúdos
desvinculados da prática social dos alunos e a metodologia passiva, uma vez que o professor,
pela avaliação, vai acompanhar a construção da aprendizagem do aluno na perspectiva de
superação do senso comum.

Com uma concepção dialéctica da educação, supera-se o sujeito passivo da educação


tradicional, quanto o sujeito activo da educação nova, em direcção ao sujeito interactivo
(VASCONCELLOS, 2005).
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3. Conclusão
Apos a compilação deste trabalho de pesquisa, o grupo pôde anotar algumas notas
conclusivas. No que diz respeito a avaliação dialéctica, podemos concluir que professor é
verdadeiramente mediador quando começa seu trabalho a partir do que o aluno sabe, isto é,
tem como ponto de partida a prática da avaliação diagnóstica, com objectivo de auxiliar o
aluno no seu desenvolvimento pessoal a partir do processo de ensino-aprendizagem.

À medida que buscamos promover o desenvolvimento de uma nova cultura de avaliação da


aprendizagem escolar para a melhoria da qualidade da educação ofertada em escolas públicas
de ensino, compreendemos que vários factores interferem no desempenho dos alunos.
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4. Referências bibliográficas
Brandão, C. R. (1993) O que é educação? 28.ed. São Paulo, SP: Brasiliense, Coleção
Primeiros Passos.

Cabral, Ruben de Freitas (1999). O Novo Voo de Ícaro- Discursos sobre Educação. Lisboa,
ESE João de Deus.

Cunha, P, (1997), educação em debate, Universidade Católica Editora, Lisboa.

Either, G. (1987), La gestion de l’excelence en éducacion,Presses de l’Université du Quebec.

Ferreira, A. B. H. Novo dicionário Aurélio básico da língua portuguesa. São Paulo: Nova
Fronteira/Folha São Paulo, 1994. P. 692.
Freire, P. (1996), Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São
Paulo: Paz e Terra, 32p.

Gasparin, J (2005). Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. 3.ed. Campinas, SP:
Autores Associados.

Gentili, Pablo; SILVA, Tomas T. da, org. Neoliberalismo, qualidade total e educação: visões
críticas. 4 a. ed. RJ: Vozes, 1994.
Horn, M. G. S. (2004)Sabores, cores, sons, aromas: A organização dos espaços na educação
infantil. Porto Alegre: Artmed. P 28.

Luck, Heloísa. Perspectivas da avaliação institucional da escola. Vol. VI. Petrópolis: Vozes,
2012.
Luckesi, C (2005). Avaliação da aprendizagem escolar: estudos eproposições. 17. Ed. São
Paulo: Cortez.

Nardi, Elton L.; schneider, Marilda P (Org.). Qualidade da educação no ensino fundamental:
entre políticas e a (ex)tensão do tema na escola pública. 1a. ed. Ijuí: Unijuí, 2015., v 1. 268p.
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Vasconcellos, C. (2005). Avaliação: concepção dialética libertadora do processo de avaliação


escolar. 15. Ed. São Paulo: Libertad.

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