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RESUMO
ABSTRACT
In Brazil, the national average of sewage treatment is 44.92%, the absence of effluent
treatment exposes a large part of the population to diseases, as well as damages to the
environment. The absence of public policies provides the dissemination of knowledge related
to basic sanitation and sustainable techniques such as biodigesters and biological reactors that
present themselves as a model of social technology as a low cost alternative. The research
aims to present the viability of the implantation of some types of biodigesters that can be used
in small communities. The models of biodigestors found in the bibliographic study were
Indian, Chinese, Canadian and Batch. These systems are a viable option for sewage treatment,
because their models allow adaptations according to the needs of the region and the
population.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
LISTA DE TABELAS
N2 Nitrogênio
H2 Hidrogênio
CO Monóxido de Carbono
PH Potencial Hidrogeniônico
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 8
2. OBJETIVO ...................................................................................................................... 10
8. CONCLUSÃO ................................................................................................................. 37
1. INTRODUÇÃO
Atualmente grande parte da população brasileira ainda convive com a inadequação do
serviço de saneamento básico caracterizado pela disposição de efluentes sem tratamento
prévio representando uma fonte potencialmente contaminante para água, solo e ar (BRANCO,
2013; MARTINETTI et al., 2013; MOURA et al., 2011).
Segundo estudo publicado em 2017 pela Agência Nacional de Águas (ANA) apenas 43%
da população possuía acesso a coleta de esgoto e estação de tratamento de esgoto, 12% é
atendido por formas alternativas como fossa séptica, 18% esgoto coletado, porém não tratado
e 27% não tem acesso a coleta e tratamento do esgoto (ANA, 2017).
A Lei 11.445/2007 dispõe sobre um conjunto de serviços estruturais de abastecimento de
água, esgotamento sanitário, manejo de resíduos sólidos e limpeza urbana e drenagem de
águas pluviais. Tem como princípio fundamental a universalização do acesso a fim de gerar
melhores condições de vida para a população (BRASIL, 2007).
Com a importância do tema, o impacto gerado ao meio ambiente e a população foram
criadas políticas públicas nacionais como o Plano Nacional de Saneamento Básico
(PLANSAB), elaborado em 2014, que estabelece diretrizes, metas e ações de saneamento
básico no país, além de compromissos internacionais assinados por ocasião da Cúpula das
Nações Unidas que tratou dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em 2015,
onde o país se comprometeu universalizar o acesso à água potável e alcançar o acesso a
saneamento e higiene adequados e equitativos até 2030 (BRASIL, 2013, 2015).
Apesar da legislação vigente e dos acordos internacionais a evolução no cumprimento da
meta estabelecida caminha a passos lentos, segundo o Instituto Trata Brasil a universalização
dos serviços que pode contribuir para reduzir as desigualdades sociais e regionais que
desafiam o nosso país não acontecerá sem um maior engajamento dos prestadores e
comprometimento dos governos federal, estaduais e municipais (TRATA BRASIL, 2018).
A ausência de políticas públicas proporciona a disseminação de conhecimento
relacionado ao saneamento básico e técnicas sustentáveis de forma interativa e participativa.
Dessa forma diversos estudos vêm sendo apresentados de forma descentralizada ao tratamento
de efluentes entre elas os biodigestores, que além do tratamento, promove a produção de
biogás e fertilizantes (SABEI E BASSETTI, 2013).
A fim de sanar a problemática de tratamento de esgoto em regiões que não possuem
coleta e tratamento, o uso de biodigestores torna-se uma alternativa promissora. Biodigestão
trata-se de uma técnica simples e economicamente viável para o tratamento de dejetos,
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consiste em câmaras hermeticamente fechadas, onde a matéria orgânica diluída em água passa
por um processo de fermentação anaeróbia (sem oxigênio), os resíduos são decompostos
oferece como produto o biogás e Biofertilizante (TURDERA e YURA, 2006).
Os biodigestores apresentam-se como modelo de tecnologia social como alternativa de
baixo custo construído através de materiais disponíveis em lojas de materiais de construção e
de simples manutenção. Além de ser uma alternativa de agregar valor ao meio ambiente e as
pequenas comunidades, encorajando atores sociais a pensar e resolver problemas fortalecendo
a prática da cidadania (CARVALHO et al., 2017; OLIVEIRA, 2018).
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2. OBJETIVO
3. METODOLOGIA
Tratou-se de uma pesquisa de revisão bibliográfica realizada nas bases de dados virtual.
Foram utilizados como descritores: Saneamento básico, preservação ambiental, reatores
anaeróbios, biodigestores.
Para concretização desta pesquisa, a triagem das publicações, dissertações e teses, feita a
partir de critérios de inclusão e exclusão. Dessa maneira, foram selecionados: artigos
disponíveis online na íntegra, tendo em seu conteúdo o uso de biodigestor como alternativa
para tratamento de esgoto, além de pesquisas sobre o diagnóstico do saneamento básico no
Brasil. Foram utilizados com critério de exclusão: artigos não disponíveis na íntegra no
formato eletrônico, publicações duplicadas e artigos incompatíveis ao objetivo do estudo.
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4. REVISÃO DE LITERATURA
4.1.1. Definição
Segundo Souza (2002) apud Jacobi (1999) compreende-se por meio ambiente um
habitat socialmente e modificado pela ação humana, e do discernimento da questão ambiental,
como qualquer outra em geral, resultando não só de impactos objetivos da ação sobre os
indivíduos, mas como um intervenção social, de valores culturais, agindo assim na vivência
do ser humano.
(DATASUS, 2014).
DATASUS (2014) enfatiza que o custo de uma internação por infecção
gastrointestinal no Sistema Único de Saúde foi cerca de R$ 355,71 por paciente. Acarretando
em despesas públicas de R$ 121 milhões por ano, a universalização traria uma economia
anual de R$ 27,3 milhões, distribuídos 52,3% no Nordeste e 27,2 no Norte, e o restante a
região Sudeste, Sul e Centro Oeste do país.
Os parasitas em geral possuem duas fases de vida: uma dentro do hospedeiro onde
possuem condições ideais para seu desenvolvimento (temperatura, umidade e alimento) e
outra no meio ambiente onde estão ameaçados e morrem com facilidade pela luminosidade
excessiva, calor, falta de alimento e a presença do oxigênio, portanto o tempo que passa fora
do hospedeiro deve ser suficiente para alcançar novos organismos e continuar seu ciclo.
(RIBEIRO & ROOKE, 2010).
Portanto, para Ribeiro de Rooke (2010), os parasitas são eliminadas pelo portador
junto com fezes, urina e catarro, e misturadas com microrganismos que vivem livre no solo,
na água e no ar. Logo uma pessoa sadia, ficará doente se entrar em contato ou ingerir água ou
alimentos contaminados.
A preocupação proporcional ao tamanho do problema, pois, além dos impactos
causados na saúde, a ausência de tratamento do esgoto traz também graves consequências
ambientais, a matéria orgânica presente nos dejetos em contato com a água de rios, riachos,
açudes, leva a proliferação de bactérias aeróbias, provocando o consumo de oxigênio
dissolvido, os baixos índices ou sua extinção leva degradação da vida aquática (BRANCO,
2013).
água
provocando crescimento acelerado de vegetais microscópicos responsáveis pelo desiquilíbrio
ecológico, ocasionando escurecimento da água e mau odor e sabor (SABEI e BASSETTI,
2013).
As águas residuárias domésticas apresentam componentes tais como água de banho e
de lavagens, fezes, urinas, resíduos de comida, sabões, detergentes, óleos e graxa.
Normalmente mais de 99,9% do esgoto é constituído por água, porém, os 0,01% são
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responsáveis pela deterioração da qualidade do corpo da água (MOURA et. al., 2011,
MARTINETTI et al., 2013).
Os efluentes líquidos advindos do esgoto doméstico, industrial ou agrícola são
responsáveis por uma parte significativa de poluição hídrica a medida que são lançadas nos
corpos hídricos receptores sem prévio tratamento (MARTINETTI et al., 2013).
Outro fator que justifica essa preocupação e também merece destaque, é o risco que a
humanidade corre de enfrentar uma escassez insolúvel de água potável (GASPAR, 2003).
A escassez não é resultado a um volume pequeno de água doce no planeta, porém
devido ao seu uso incorreto, o processo de poluição, são resultados das ações humanas.
(GASPAR, 2003).
Os biodigestores são considerados como tecnologias sociais e são capazes de
solucionar ou pelo menos reduzir os problemas de esgotamento sanitários, possibilitando as
populações carentes que vivem em pequenas comunidades melhor qualidade de vida e
conscientização ambiental (OLIVEIRA, 2018).
Dentre as opções os biodigestores são possibilidades viáveis, pois sua instalação é de
baixo custo e, além do evitar a poluição do solo e mananciais, pode ser utilizado como
geração do biogás e fertilizantes para adubação do solo (MARTINETTI, 2013 et al.
OLIVEIRA, 2018).
4.3. O Biogás
4.3.1. Definição
O biogás é um subproduto resultante da biodigestão, produzido por micro-organismos
quando matérias orgânicas (de dejetos animais e humanos, resíduos vegetais e de lixo
orgânico industrial ou residencial) são fermentadas dentro de determinados limites de
temperatura, teor de umidade e acidez, em um ambiente impermeável ao ar, é um gás incolor,
inodoro, altamente combustível (GASPAR, 2003 apud OLIVEIRA, 2018).
A biodigestão pode ser dividida em quatro etapas: hidrólise, acidogênese,
acetogênese e metanogênese.
Na hidrólise, as enzimas produzidas pelas bactérias transformam polímeros,
como amido e proteínas, em monômeros, como açúcares e aminoácidos. Na acidogênese,
esses monômeros são transformados em ácidos graxos voláteis (AGV), como ácido butírico e
ácido propiônico. Na acetogênese, esses ácidos graxos voláteis são transformados em ácido
acético, gás carbônico e hidrogênio gasoso. Na metanogênese, o ácido acético é transformado
em metano e gás carbônico pelas bactérias metanogênicas acetoclásticas e o gás carbônico e o
hidrogênio são combinados, formando metano, pelas bactérias metanogênicas
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hidrogenotróficas. Como resultado desse processo, é gerado um gás, chamado de biogás, que
é composto basicamente de metano e gás carbônico, mas contém gás sulfídrico e outros
componentes em quantidades menores. Além disso, a matéria orgânica residual é rica em
nitrogênio, segundo à figura 10. (BALMANT, 2009).
Metanogênese
Acetogênese
Hidrólise
Acidogênese
4.4. Biodigestores
De acordo com a literatura a utilização do biodigestor não é recente, em 1900 em
Bombaim considerada a maior e mais importante cidade da Índia o primeiro digestor a
batelada foi posto em funcionamento contínuo, além dos indianos, os alemães e italianos
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desenvolveram técnica de obter biogás de dejetos, durante e após a segunda guerra mundial.
Há registro que a China utiliza os biodigestores a pelo menos meio século (GASPAR, 2003).
Os biodigestores são constituídos basicamente por uma estrutura física composta por
uma câmara hermeticamente fechada que abriga e permite o processo da degradação da
matéria orgânica através da digestão anaeróbica e o gasômetro para armazenar o biogás
(FRIGO et al., 2015; OLIVEIRA 2018; GASPAR 2003).
Tem capacidade de receber outros materiais de origem orgânica, como estercos de
animais e restos de vegetais, com exceção de madeira. Contudo, os restos vegetais, por
possuírem baixa densidade, podem se acumular no topo do material, provocando a
interrupção da produção de gás. É importante salientar que os materiais orgânicos devem ser
diluídos em água, porém, a quantidade adicionada depende do substrato inserido (OLIVEIRA,
2018).
Para a escolha adequada do biodigestor é necessário entender seus princípios de
operação e dessa forma realizar a seleção e o planejamento de um modelo de tratamento de
resíduos.
Segundo Fukayama (2008) apud Frigo et al. (2015), é de necessidade conhecer
parâmetros básicos como tempo de Retenção dos Microrganismos (TRM), Tempo de
Retenção Hidráulica (TRH) e Tempo de Retenção dos Sólidos, pois os tipos, suas
características de biodigestores, condicionam na operação e eficiência da produção de biogás.
oxigênio, sendo de mais importância o grupo de metanogênicas, responsável pela última etapa
com formação do metano (CH4).
Existem vários tipos de biodigestores. Na literatura pesquisada há registro de quatro
deles: Indiano, Chinês, Canadense e Batelada que serão abordados a seguir, mas, em geral,
todos são compostos, basicamente, de duas partes: um recipiente (tanque) para abrigar e
permitir a digestão da biomassa, e o gasômetro (campânula), para armazenar o biogás, além
de contar com uma válvula, onde sai o biogás; e uma saída para retirada de biofertilizante
(GASPAR, 2003; CASTANHO e ARRUDA, 2008).
4.4.1.1. Modelo Indiano
É construído como um poço, local onde ocorre a digestão da biomassa, coberto por
uma tampa cônica, (campânula) geralmente de ferro ou fibra que controla a pressão do gás
metano e permite a regulagem da emissão deste. Ocupa pouco espaço e não é necessário
estabelecer medidas fixas para o diâmetro e a profundidade necessária, de acordo com a
variabilidade do solo, devendo atentar-se apenas com a relação de capacidade do tanque
digestor e da campânula. É possível alterar a profundidade do biodigestor em função do
diâmetro, dessa forma quanto menor a profundidade maior o diâmetro ou vice e versa
(GASPAR, 2003; CASTANHO e ARRUDA, 2008).
Como este modelo fica abaixo do solo isso favorece o aproveitamento da temperatura
e acelera o processo de fermentação, favorecendo a ação das bactérias.
Este modelo tem como característica a campânula (uma espécie de tampa conhecida
como gasômetro), pode estar submersa sobre a biomassa em fermentação, ou em um selo
Isso ajuda a reduzir as perdas de gás durante o processo. Há uma parede
centralizada na estrutura do tanque que o divide em duas câmaras. A função da parede
divisória fazendo com que o material possa circular por todo o interior da câmara de
fermentação (BONTURI; VAN DIJK, 2012).
um
espaçamento entre as paredes, preenchidas com água e a campânula permanece flutuando no
volume do fluido propiciando o armazenamento do biogás (AMORIM,2004 et al.
OLIVEIRA, 2018).
A biomassa utilizada para alimentação do biodigestor indiano, deverá ser contínua e
apresentar uma concentração de sólidos não superior a 8%, para assim facilitar a circulação do
resíduo por seu interior evitando os entupimentos nos canos de entrada e saída do material
(DEGANUTTI et al., 2002). Considerado de fácil construção, segundo a figura 1, 2 e 3,
porém o gasômetro de metal pode elevar o custo final. (DEGANUTTI et al., 2002).
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Fonte: Extraído de Utilização de um biodigestor para tratamento de esgoto e geração de energia: um estudo de
caso na comunidade de Portelinha (2018).
Em que:
Di - Diâmetro interno do biodigestor;
Ds - Diâmetro interno da parede superior;
Dg - Diâmetro do gasômetro;
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É utilizada uma técnica segundo Oliveira (2018), onde o tijolo é mantido na posição
necessária pelo próprio peso, até que a argamassa seque. As paredes internas recebem uma
camada de impermeabilizante, impedindo as infiltrações que são absorvidas pelo solo durante
as chuvas, evitando assim, trincas ou rachaduras.
Devido a variação de fermentação da biomassa (característico deste modelo de
biodigestor), a pressão do gás gerado não é constante, uma parcela do gás formado na caixa
de saída é liberado para a atmosfera, diminuindo parte da pressão interna do gás, devido a isto
a construção do biodigestor tipo chinês não são utilizadas para instalações de grande porte
(OLIVEIRA, 2018 apud DEGANUTTI, 2002).
Diversos autores, referem-se à oscilação da pressão de consumo como um fator
negativo na utilização desse modelo, porém, um projeto de adaptação do modelo chinês às
características brasileiras foi empreendido pela Universidade Católica de Goiás resolveu a
problemática com a utilização de uma simples válvula, a qual mantinha a pressão no nível
desejado (GASPAR, 2003).
Assim como no modelo indiano, para evitar entupimentos do sistema de entrada e
facilitar a circulação do material o substrato deverá ser fornecido continuamente, com a
concentração de sólidos totais em torno de 8%. (DEGANUTTI, 2002).
Outra consideração importante ao utilizar esse modelo de biodigestor para o
tratamento de efluentes domésticos, deve-se acoplar à tecnologia de um sistema de tratamento
complementar como o de zona de raízes, segundo à figura 5 e 6, onde solos filtrantes
proporcionam o tratamento integral do esgoto residencial através da remoção de poluentes por
meios de processos físicos, químicos e biológicos. (OLIVEIRA, 2018).
Em que:
D - Diâmetro do corpo cilíndrico;
H - Altura do corpo cilíndrico;
Hg - Altura da calota do gasômetro;
hf - Altura da calota do fundo;
Of - Centro da calota esférica do fundo;
Og - Centro da calota esférica do gasômetro;
he - Altura da caixa de entrada;
De - Diâmetro da caixa de entrada;
hs - Altura da caixa de saída;
Ds - Diâmetro da caixa de saída;
A - Afundamento do gasômetro;
Fonte: Utilização de um biodigestor para tratamento de esgoto e geração de energia: um estudo de caso na
comunidade de Portelinha (2018).
modo a formar uma campânula de armazenamento, possui uma caixa de saída para o efluente
e também um registro para saída do biogás (CASTANHO e ARRUDA, 2008; FRIGO, 2015).
É um modelo tipo horizontal onde a caixa de carga feita em alvenaria, possui largura
maior que a profundidade, desta forma, tem uma área maior de exposição ao sol o que
possibilita grande produção de biogás e evita o entupimento (FRIGO et al., 2015;
CASTANHO e ARRUDA, 2008).
Este biodigestor precisa ser totalmente vedado e o local da instalação deve
proporcionar o menor risco de ocorrer furos na manta superior que venham ocasionar
vazamento de gás. Durante o processo de produção de gás a cúpula infla em decorrência do
material maleável que pode ser retirado quando necessário, esta cúpula aumenta o custo final
desse modelo (FRIGO et al., 2015).
O abastecimento pode ser feito de forma contínua ou por batelada, pode ser utilizado
em pequenas e grandes propriedades e também em projetos agroindustriais, segundo à figura
7. (FRIGO et al., 2015).
Em que:
Di - Diâmetro interno do biodigestor;
Ds - Diâmetro interno da parede superior;
Dg - Diâmetro do gasômetro
H - A altura do nível do substrato;
h1 - Altura ociosa do gasômetro;
h2 - Altura útil do gasômetro;
h3 - Altura útil para deslocamento do gasômetro;
b - Altura da parede do biodigestor acima do nível do substrato;
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Robra (2006) apud Reis (2012) afirma que, somente com a crise mundial de energia
no ano de 1973 e mais recentemente, com o aumento da conscientização sobre as questões
ambientais em relação a produção e uso de energia, visando o destino adequando de resíduos
sólidos e líquidos, foi onde o desenvolvimento da tecnologia da biodigestão foi retomado: E,
ROBRA, 2006 apud REIS, 2012 afirmou que:
Fonte: Avaliação de desempenhe de reator UASB no tratamento de águas residuárias de sinocultura (2010).
4.4.4. Biofertilizante
Com a digestão anaeróbia da biomassa, após a produção do biogás, obtém-se
um produto de forma líquida, rica em material orgânico (húmus), com grande poder de
fertilização (OLIVEIRA, 2018 apud GASPAR, 2003).
Este adubo orgânico quando produzido apenas de matéria orgânica isento de agentes
patógenos, contribui para melhoria da atividade microbiana no solo, resultando em melhora
na estrutura e textura tornando fácil seu manuseio e melhorando assim a penetração de raízes,
que conseguem absorver melhor a umidade do subsolo, podendo resistir mais facilmente a
longos períodos de estiagem (OLIVEIRA, 2018; GASPAR 2003).
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5. MATERIAIS E MÉTODOS
Para início de processo, foi realizada uma revisão da literatura sobre saneamento e os
biodigestores existentes no Brasil e no Mundo.
A partir desta fundamentação, acercou-se do objetivo, ou seja, como apresentar uma
viabilidade de implantação dos modelos de biodigestores a serem utilizados em pequenas
comunidades.
Para que o estudo fosse assertivo, verificou-se, então, a necessidade de pesquisar
bibliograficamente sobre o tema proposto para diagnosticar quais medidas deveriam ser
acercadas pelo assunto estudado.
Esta pesquisa levou os pesquisadores a formar um campo de observação de processos,
não somente de um projeto, mas sim a algo que pudessem levar a esta classificação:
alternativa de projeto interligado ao desenvolvimento social.
Devido a isto, optou-se por analisar uma experiência com a seguinte característica:
Segundo o Plano Municipal de Turismo do Ribeirão do Salto (2017), a cidade está localizada
estando a uma altitude média de 33 metros. Se limita com os Municípios de Barra do Turvo,
Cajati, Eldorado, Pariquera-Açu, Cananéia, possui uma área de 708 km², sendo 10,4 km2 de
área urbano e 698,0 km² de área rural, clima subtropical, quente e úmido, e temperatura média
anual de 22 °C, com mínimas de 5°C e máximas de 36°C. A época vai de outubro a março. A
precipitação pluviométrica é entorno de 2.300mm sua vegetação típica da Mata Atlântica para
um bioma complexo com muitas espécies endêmicas, que compreende cerca de 70% das
espécies de árvores, 85% dos primatas e 39% dos mamíferos.
Como o mais importante corredor ecológico da Mata Atlântica, o local representa a
melhor garantia para a sustentabilidade da evolução contínua do bioma. A flora e a fauna são
extremamente diversificadas e muito ricas. A época das chuvas às margens da maior rodovia
do país e inclusa na bacia hidrográfica do rio Ribeira de Iguape, único rio do estado de São
Paulo que deságua no oceano atlântico. A população da região consiste na mescla de índios,
Legenda:
1, 4, 5, 7, 8, 9, 10, 11 Domicílios;
2 Associação dos pequenos produtores rurais do Ribeirão do Salto;
3 Escola Municipal Ensino Fundamental de Ribeirão do Salto;
6 Igreja Adventista;
A linha verde água representa Ribeirão do Salto
6.2. Descrição
A área rural de Ribeirão do Salto de acordo com contagem populacional do IBGE em
2007 fica em torno de 7.627 habitantes. Tem predominância de produtores rurais trabalhando
suas terras com mão de obra familiar ou utilizando eventualmente pessoas para colheita e
controle de pragas. A bananicultura é a principal fonte de renda e emprego fixo ou eventual
para os trabalhadores e moradores rurais. A cultura da mandioca já foi a segunda produção
dentro da agricultura, hoje está em decadência. Possuem dificuldades na comercialização de
seus produtos, como também não tem recursos para investir em melhoria de produção,
consequentemente têm índices de produtividade baixos. Necessitam de atividades que venham
32
a gerar renda, pois são pessoas carentes, faltam empregos principalmente para as mulheres e
jovens.
A região é banhada pelos rios Jacupiranga, Guaraú, Turvo e Canha. O município está
inserido na Bacia Hidrográfica do Ribeira de Iguape que desagua no oceano Atlântico no
litoral Sul do estado de São Paulo. As figuras 16, 17, 18, 19 e 20 ilustram como está o
vilarejo.
Alguns domicílios possuem fossa séptica como a mostrada na figura 17, porém,
grande parte dos moradores utilizam fossas rudimentares como fossa negra ou despejo direto
no rio.
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Em que:
Q = Vazão;
L= Litros;
A NBR 7229 define que o valor de Tempo de Retenção Hidráulica (TRH) deve ser
considerado por 2.500 L/dia, sendo 12 horas, porém para biodigestores é recomendável
utilizar um TRH entre 1 e 2 dias, sendo que o biodigestor substitui o tanque séptico, o TRH
será adotado de 1 dia ao contrário de 12 horas. Portanto:
V (m³) = 25 x 1 = 50 m³ (2)
Valor Total
Itens Finalidade Unid. Quant. Valor Unitário (R$)
(R$)
Ferro 6,3 mm Piso do tanque kg 3 R$ 6,00 R$ 18,00
Arame 12 galvanizado Amarração do tanque kg 5 R$ 9,00 R$ 45,00
Brita 01 Lastro da câmara de fermentação Lata 6 R$ 2,00 R$ 12,00
Caixa de fibra 3.000 litros
(FORTLEVE) Câmara de fermentação Unidade 1 R$ 700,00 R$ 700,00
Zinco 0,40 m Lastro da câmara de fermentação kg 8 R$ 7,00 R$ 56,00
Tela de nylon 1,5 x 0,80 Caixa de descarga Metro 1 R$ 9,00 R$ 9,00
Cano PVC rígido 60 mm Cano guia da camara de fermentação Metro 1,5 R$ 17,00 R$ 25,50
Tábua 0,15 x 0,04 m Cano guia da camara de fermentação Metro 2 R$ 10,00 R$ 20,00
Base de madeira do cano guia Unidade 4 R$ 2,00 R$ 8,00
Cano PVC esgoto 75 mm Dreno Metro 1 R$ 4,50 R$ 4,50
Cap PVC esgoto 75 mm Dreno Unidade 2 R$ 5,00 R$ 10,00
T PVC rígido 20 mm Dreno Unidade 1 R$ 0,50 R$ 0,50
Cano PVC rígido 20 mm Tubulação de gás Metro 25 R$ 1,00 R$ 25,00
Joelho PVC rígido 20 mm Unidade 7 R$ 0,50 R$ 3,50
Adaptador com Flange 20 mm Unidade 2 R$ 7,00 R$ 14,00
Adaptador longo com Flange Filtro de água Unidade 1 R$ 10,00 R$ 10,00
Ligação da saída de gás com a
Mangueira plástica 25 mm tubulação de gás Metro 5 R$ 2,00 R$ 10,00
Registro de esfera 20 mm Início e termino da tubulação de gás Unidade 2 R$ 6,00 R$ 12,00
Ligações de mangueira de gás Unidade 3 R$ 1,00 R$ 3,00
Garrafão acrílico de água minera Filtro de água Unidade 1 R$ 30,00 R$ 30,00
União 20 mm Filtro de água Unidade 1 R$ 10,00 R$ 10,00
Cola PVC pequena Unidade 1 R$ 2,00 R$ 2,00
Cimento Saco 9 R$ 22,00 R$ 198,00
Areia m³ 1 R$ 70,00 R$ 70,00
Mão de obra especializada Dias/homem 3 R$ 40,00 R$ 120,00
Mão de obra não especializada Dias/homem 6 R$ 20,00 R$ 120,00
TOTAL GERAL R$ 1.742,50
7. ANÁLISE DE RESULTADOS
Após verificação da necessidade da obtenção de uma melhoria no processo de
sanemento básico, através da pesquisa de campo relizada entre Outubro de 2018 à Junho de
2019 denota-se a necessidade de uma atuação eficiente mas, não existirá viabilidade caso não
haja uma integração e conscientização dos moradores do local.
8. CONCLUSÃO
Os bairros periféricos das grandes metrópoles sofrem com crescimento desordenado e
sem planejamento acarretando problemas típicos como a falta de saneamento básico entre
outros problemas de infraestrutura. No meio rural, a ausência de planejamento dos municípios
e estado impõe aos moradores a busca por soluções tanto na captação de água quanto na
destinação do esgoto.
O saneamento é um direito básico que pode assegurar a saúde da população e vai
muito além, um indicador de qualidade de vida e de condições mínimas de dignidade. Além
da inegável importância do tratamento do esgoto para saúde humana, esta questão também
está relacionada com a manutenção da integridade do meio ambiente prevenindo diferentes
formas de poluição.
Com engajamento dos moradores e associações locais as comunidades rurais podem se
organizar estudando a viabilidade da construção de biodigestores e utilização segura dos seus
subprodutos. As associações habituadas na busca de melhoria local, pode junto a prefeitura
conquistar outros parceiros para construção de biodigestores em locais com destinação
inadequada do efluente, podendo a partir dessas experiências expandir sua implantação. Para
comunidades rurais seu uso possibilita destinação adequada dos dejetos de animais além de
restos de comida que contribuem na formação do biogás e biofertilizante.
É importante que as comunidades estejam sensibilizadas quanto a importância da
temática, pois, o tratamento de esgoto beneficia imediatamente a saúde dos moradores e a
longo prazo cria uma cultura de preservação ao meio ambiente ainda não arraigado em muitos
moradores de área rural.
O uso dos subprodutos pode auxiliar a comunidade economicamente, o biogás pode
ser utilizado nos domicílios ou em espaços de convivência comunitária como associações de
bairro, centro recreativos, escolas, entre outros espaços, assim como o uso do biofertilizante
que pode auxiliar na produção de alimentos, evitando o uso de fertilizantes químicos.
O estudo sobre os biodigestores contribui para ampliar a divulgação sobre técnicas
viáveis e sustentáveis afim de garantir o acesso ao saneamento básico, este, previsto na
constituição, como direito de todos.
As pesquisas demonstram que o uso dos biodigestores podem ser uma alternativa
viável, além de apresentar custo de produção e manutenção mais baixo quando comparados
38
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Agência Nacional de Águas (ANA). Atlas esgotos: despoluição de bacias
hidrográficas / Agência Nacional de Águas, Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental. -
Brasília: ANA, 2017. Acesso em: 17. Ago. 2018.
AMBIENTE BRASIL. Biodigestores.
<https://ambientes.ambientebrasil.com.br/energia/artigos_energia/biodigestores.html>
Acessado em: 20 de maio de 2019.
RIBEIRO, Júlia W; ROOKE, Júlia Maria S. Saneamento básico e sua relação com o
meio ambiente e a saúde pública. 2010. 28 f. Trabalho de Curso. (Especialização em
Análise Ambiental) - Especialização em Análise Ambiental, Universidade Federal de Juiz de
Fora, Juiz de Fora, 2010. Disponível em:
<http://www.ufjf.br/analiseambiental/files/2009/11/TCC/SaneamentoeSa%C3%BAde.pdf>.
Acesso em: 10. Set. 2018.
SABEI, Thayze Rochele; BASSETTI, Fátima de Jesus. Alternativas Ecoeficientes
para o Tratamento Efluentes em Comunidades Rurais. Periódico Eletrônico Fórum
Ambiental da Alta Paulista, 2013. Disponível em:
<http://www.amigosdanatureza.org.br/publicacoes/index.php/forum_ambiental/article/view/6
92>. Acesso em: 06. Set. 2018.
TRATA BRASIL. Ranking do Saneamento - Instituto Trata Brasil São Paulo
2018 Disponível em: <http://www.tratabrasil.org.br/images/estudos/itb/ranking-
2018/realatorio-completo.pdf>. Acesso em: 13. Ago. 2018.
TURDERA, Mirko V., YURA, Danilo. Estudo da viabilidade de um biodigestor no
município de dourados. Encontro de energia no meio rural, 6., 2006, Campinas. Proceedings
online. Acesso em: 10 de maio de 2019
42
10. ANEXOS
Endereço de e-mail *
silvatamirespps@gmail.com
414102931
Rafael Henrique
412101137
Robison Bruno
44
412101802
Jonathan Galdino
914210738
3014200789
Série *
9º Semestre
10º Semestre
45
Turma *
A
B
C
D
E
F
G
H
I
J
Período *
Manhã
Noite
Título do Trabalho *
Resumo *
Estes sistemas são uma opção viável ao tratamento de esgoto, devido a seus modelos
possibilitarem adaptações de acordo com a necessidade da região e da população.
Objetivo Geral *
Este trabalho terá como objetivo apresentar a viabilidade da implantação dos modelos de
biodigestores que podem ser utilizados em pequenas comunidades.
Objetivo Específico *
cabilidade da técnica em
Padrão: xxxxxx
011772
Nome do Professor 1
Diogo Jocemar
Matrícula do Professor 1
Padrão: xxxxxx
Nome do Professor 2
Fernanda Barberoto
Matrícula do Professor 2
Padrão: xxxxxx